Sweet Homework escrita por Puella


Capítulo 3
Parte 2 - O meu professor particular


Notas iniciais do capítulo

Oi minna-san, depois de um tempo eu voltei! tava na casa dos pais, e o pc de lá era terrível, por isso fiquei sem postar até agora..... gomen :')
Mas vamos ao que interessa.... eu sei que não tem tantos reviews nessa fic mas acredito que agora as coisas fiquem mais interessantes...
Boa leitura



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Sakura's POV


Acordei mais cedo do que de costume. O sol estava belo, os passarinhos cantavam na minha janela. Parecia que tudo ia bem, menos comigo, havia tido um dia cheio ontem. Vesti meu uniforme e arrumei os meus cabelos no meu penteado de sempre e saí do quarto pra tomar café.

Touya ficou surpreso em me ver na cozinha tão cedo, e como sempre, aproveitou para me zoar:

– Que milagre é esse monstrenga? De certo vai chover hoje...

Nada. Nenhuma resposta, deixei meu querido onii-chan no forever alone, não tava muito a fim de gastar a minha saliva com ele. Touya arregalou os olhos e ficou me fitando, achou estranho eu não ter revidado.

Logo depois meus pais desceram as escadas para se juntarem a nós para tomar o café da manhã.

– Itadakimassu!

Tomei meu café rapidamente e saí em seguida.

Cheguei na escola com uma cara nada amistosa, que me visse veria que sobre mim estava uma nuvem preta com um risinho malicioso nos lábios, e quem me visse também pensaria que eu estava muito parecida com o quasímodo por causa da minha corcunda de desânimo. Entrei na sala de aula sem dizer nada, joguei a minha bolsa em cima da mesa e me arriei na carteira, ficando de cabeça baixa.

– Bom dia Sakura!

–Bom dia...

– Sakura? Aconteceu alguma coisa? - como era de se esperar, Tomoyo-chan sempre perceberia quando as coisas estavam diferentes.

Eu levantei a minha cabeça e ela viu o meu semblante triste, porem eu tentei disfarçar, não queria que ela ficasse preocupada comigo.

– Não é nada não.

– Eu te conheço Sakura, você nunca foi boa em esconder emoções.

– Droga, tudo bem... eu te conto depois – falei resignada. Nada escapava da minha amiga.


No intervalo....


– O quê! Você está fora do clube de torcida? - Tomoyo não parecia acreditar em minhas palavras.

– Não exatamente fora, e sim suspensa – falei dando um triste suspiro – E o pior, vou ter que fazer aulas extras! - soltei exasperada.

– Tomoyo apenas colocou a mão no meu ombro, embora o consolo não adiantasse muito.

– Amiga, você vai sair dessa, afinal você é Sakura Kinomoto, aquela que sempre soube sair de enrascadas.

– É, mais desta vez é diferente – disse desanimada – eles me tiraram o que eu mais adorava fazer e sabia fazer de melhor.

– Não é o fim do mundo ainda Sakura-chan, você... só vai ter que estudar um pouco além do normal...

– E desde quando eu estudo Tomoyo-chan? – falei irônica.

A porcaria da sineta logo tocou. Eu e a Tomoyo seguimos para a sala. O resto da aula segui tranquilamente – pra não dizer entediante -, dava pra ver as olhadas intensas que algumas pessoas faziam para o relógio no alto do quadro-negro, loucas para que ele desse o sinal de ir embora. Após uma longa e interminável espera, a aula havia finalmente terminado. Despois de bater um papo com a Tomoyo no banheiro feminino, ela foi pra aula de música dela. Eu caminhava já um pouco animada para pegar o resto das minhas coisas no armário e ir embora quando eu lembrei com pesar que eu havia esquecido algo. “Droga” praguejei em minha mente, eu havia esquecido da aula de reforço, e pior, estava atrasada , dei meia volta e corri para subir as escadas até chegar na sala que me havia sido passada. Parei ao lado da porta e dei uma respirada, arrumei direito o uniforme e entrei “calmamente”.

– Está atrasada – disse uma voz masculina em estágio intermediário de puberdade. “Não é nenhum sansei” cogitei ao olhar para a tal pessoa.

Me deparei com nada mais nada menos que Shoran Li, que estava escorado na mesa me encarando de braços cruzados, me olhando de forma séria.

– Foi mal aí...

– Procure ser pontual, não costumo aceitar atrasos – ele me interrompeu seco, apresentando o seu cartão de visitas.

– Eu sou Sakura -

– Eu sei quem é você ok? - ele falou pouco interessado.

Que cara chato” pensei enquanto sentava na carteira retirando o livro de matemática da bolsa.

– O negócio é o seguinte - prosseguiu ele – não estou aqui por minha livre e espontânea vontade, foi o Kassahara-sansei que me pediu, já que ninguém do clube de matemática se ofereceu.

– E você aceitou?

– Para mim tanto faz, já que estou inscrito em tantas atividades do colégio além da matemática, tem xadrez, teatro, literatura, basquete, luta, astronomia e musica, eu acho que dar aula para uma aluna em sérios riscos de repetência não faria  diferença não acha? - ele ponderou sarcástico.

– Credo! Você praticamente mora na escola – falei horrorizada – Você não tem necessidades não? É algum tipo de santo ou messias?

– É, talvez eu seja. - ele respondeu irônico – mas mudando de assunto, vamos ao que interessa - me olhou seriamente - Vamos à aula. Tenho aqui a relação de assuntos que você deverá estudar - ele me passou uma “lista”.

– Tudo isso! - falei incrédula.

– Por isso, - falou tirando um bolo enorme de papéis cheios de exercícios – preparei tudo isso aqui pra você praticar a vontade.

– Hã! - eu quase cai da cadeira - eu não vou fazer isso aí não!

– Ótimo – ele disse indiferente – então eu sou inútil aqui, vou embora.

– O quê! Espera aí! Você não pode me deixar aqui!

– Oras – ele falou agora transparecendo uma irritação visível - O que quer eu faça? Você nem se quer dá ao luxo de se importar com isso, acha que eu estou aqui para me divertir? Acha que eu queria ficar aqui perdendo tempo com uma garotinha mimada? Tanto faz eu te ajudar com também não te ajudar. É você que está precisando de mim e pra isso é obvio que você tem que fazer o que eu te propor. Por acaso isso não te passou pela cabeça?

Eu fiquei muda e não consegui revidar porque infelizmente ele estava certo, para o meu próprio desgosto tive que engolir aquelas palavras como se eu estivesse comendo konnyaku, argh! Como odeio aquela geleia!

– Tá – eu falei - eu faço esses exercícios...

– Ah, o discurso que coloca qualquer sujeito no seu devido lugar, sempre funciona – ele falou sorrindo matreiro.

– O QUÊ! - eu falei indignada e ao mesmo tempo surpresa, eu quase não via ele rindo na sala de aula.

Ele jogou aquela “pilha” de exercícios em cima da minha mesa, cerca de duzentos exercícios pra ser mais exato.

– Como eu te chamo? - eu perguntei e ele me olhou estranho.

– Como assim?

– Te chamo de sansei, Li ou sei-lá-o-quê?

– Li – ele falou me cortando – me chame de Li.

– Como quiser Li – falei meio cínica.

O resto daquela aula transcorreu normalmente, até que ele mandava bem, explicava a matéria melhor que o Kassahara embora eu não entendesse nada... não sabia se eu me concentrava na matéria ou nele, já que ele.... era tão kawai apesar de chato.

Estava tão distraída que nem percebi e acabei dormindo debruçada sonhando com sorvete de chocolate. Foi quando eu senti um sopro no meu ouvido e tomei um grande susto.

– Hooooooooeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!! - arfei com a mão no peito, e ele sorria de orelha a orelha, mas era aquele riso de quem tava puto da cara – Que diabos você fez?

– Acordou? Ótimo. E pelo jeito não faz a miníma ideia do que eu expliquei. Durma de novo mais uma vez e vai sempre tomar um susto desses sempre que acordar.

– Caramba você é mau! - eu falei ainda tomando o folêgo.

– A culpa é toda sua – ele falou me deixando mais irritada – dar aula pra você é como ensinar á paredes.

– Desculpe...

– Em fim - ele revirou os olhos – a aula já terminou.

– Terminou? Ótimo! - eu falei alegre e arrumando minhas coisas.


Shoran's POV


Analisei a forma meteórica como ela arrumava a mochila, saindo da sala a todo vapor rumo a liberdade, sem ao menos me dar um mísero tchau.

– Mal-educada – eu falei já arrumando minhas coisas e fechando a porta da sala.

Olhei para o relógio que marcava umas sete e meia da noite, hora de ir pra casa. A rotina de sempre: escola-casa, casa-escola, e nisso se resumia a minha vida, a vida de Shoran Li, um estudante empenhado e com vida social escassa. Mas eu gosto, ao menos posso me dedicar e alcançar os meus objetivos. Vim de Hong Kong há alguns meses, e já sou um dos melhores da escola, embora eu não me importe muito com isso. Ainda não sei por que eu resolvi dar reforço pra essa garota, a Kinomoto, mas já vi que vai ser um desafio e tanto, e, eu gosto disso. Mesmo sabendo do caso dela, que é difícil, eu acho que talvez eu consiga algum resultado, apesar de pouco provável.





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Notas finais do capítulo

Comentem!
Obs: apesar de terminada esta fic está passando por algumas modificações - já que eh antiga e na época eu ainda tava pegando o jeito da coisa.
Espero que tenham curtido!
Bjs!