Sweet Homework escrita por Puella


Capítulo 2
Parte 1 - Entrando numa fria


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!
Na real essa fic já está pronta como eu havia dito, e vai ser dividida em seis capítulos.



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Parte 1 - Entrando numa fria...!


– Ai ai ai ! – roia a unha nervosa.

– Calma Sakura, o que foi ?

– Ai Tomoyo.. é hoje que o professor Kassahara vai entregar a prova de matemática... - eu sabia muito bem que havia sido um desastre, afinal, matemática nunca foi o meu forte.

– E o que tem isso?

– É que eu to achando que fui mal - achando? Não! Lógico que eu fui mal!

Eu mal parava de roer minhas unhas.

– Aliás - eu continue - eu fui ruim em varias outras provas, e ultimamente o sansei tem me olhado de forma muito estranha.

– Relaxa Sakura, vai dar tudo certo - Tomoyo sempre tentava me aliviar, embora ela mesma soubesse a verdade - e para de roer essa unha viu?

– Ok  - só a Tomoyo mesmo para me motivar, ela sempre foi um amor de pessoa, sempre calma e confiante, a não ser quando ficava perto do Hiiragizawa...

O dia correu tranquilamente, eu até tinha me esquecido de toda aquela tensão. Entre uma aula chata e outra e vice-versa. Bem, aí chegaram as duas ultimas aulas que eram, obviamente, de matemática com o terrível Yoshikoshi Kassahara. Um homem calvo, de cara séria e óculos fundo de garrafa, meio corcunda.

Ele começou a dar a aula. E que aula chata! Só sei que eu comecei a viajar, olhava para a janela, quando uma régua bateu bruscamente em minha carteira. Quase pulei de susto quando olhei para o Kassahara.

– Vejo que estava vendo algo muito mais interessante que a minha, não Kinomoto?

Para o seu desgosto qualquer coisa é melhor que a suas aula baka!”

– Hã? Não sansei - respondi na lata, cinicamente.

– Não foi o que pareceu.

– Engano seu, eu estava ouvindo - menti.

– Já que diz, espero que depois saiba como se virar na minha prova.

Sorri amarelo para ele, como odiava aquele ser, ele parecia ser recíproco ao sentimento.

– Pode deixar sansei.

– E melhor que mais atenta mesmo, pois vai precisar - frisou a ultima palavra num tom ameaçador. O que ele queria dizer? Oh Kami...

Ele voltou para a mesa e retirou um bolo de papeis da pasta.

– Irei entregar a prova de vocês... Nita!

Meu estomago começou a embrulhar, senti meu coração disparar e meus ouvidos se tamparam. A única coisa que eu via era o sansei mexendo os lábios e entregando as provas para cada aluno.

– Yamazaki!

Eu abaixei a cabeça e fiquei fitando a mesa.

– Daidouji!

Tomoyo foi pegar a prova dela, parecia tão tranqüila, assim que retornou eu perguntei a ela.

– E aí?

– Tirei um b+ - disse ela contente - nada que eu não esperasse de mim.

Foi quando a sala fez um enorme alvoroço.

– Li! - disse o professor - Meus parabéns, foi a maior nota das turmas de segundos anos - ele entregou a prova a um garoto de cabelos e olhos amendoados.

– Obrigado Sansei - ele agradeceu de forma fria sem expressar nada, uma reação muito esquisita para quem acertou 100 por cento da prova, ou talvez ele já estivesse acostumado. Os outros alunos o parabenlisavam, principalmente as meninas. Mas o pior estava ainda por vir.

– Kinomoto... - ele frisou bem o meu nome, e a sua cara era péssima.

Peguei a prova rapidamente e me sentei na carteira, de forma tímida eu virei o papel e quase cai da cadeira. Olhei de novo e senti como se tivesse levado uma facada com aquele F grandão e horrível!

– O que foi Saki?

– Ai Tomoyo... acho que vou vomitar...

– Puxa - ela disse assim que eu mostrei a minha nota pra ela.

Acho que o pior ainda estava por vir.

Sineta tocou, e aquele monte de alunos começou a sair da sala. Eu, disfarçadamente saí pelo canto, mas não teve jeito, provavelmente não escaparia hoje.

– Aonde pensa que vai Kinomoto?

Droga! Eu estava mais ferrada do que nunca!

– Estava indo embora - respondi ironicamente.

– Sente-se, quero ter uma palavrinha em particular com a senhorita.

Ele me olhou de um jeito atravessado, me sentia perfurada pelas farpas que saiam daqueles óculos fundo de garrafa. Uma sensação desagradável inebriou todo o meu corpo.

– Você se acha muito esperta não é mesmo? Ah, mas parece que sua sorte acabou Kinomoto, se achava que poderia escapar de mim, agora, acredite esta chance não existe mais - seu sorriso era tão diabólico quanto perverso.

Arriei-me um pouco na cadeira.

– Sabia que a senhorita está quase reprovada na minha matéria?

– Sério?

– Sério? - ele imitou o meu tom de voz - isso não é nenhuma brincadeira Kinomoto! E eu sei muito bem que você vira com suas desculpas esfarrapadas de sempre, mas agora - ele olhou para mim com um sorriso irônico - estou com a diretoria e o clube de torcida do meu lado.

– C-como? O que disse? - Me engasguei surpresa.

– Exatamente o que você ouviu. Se não melhorar as suas notas, você será expulsa do clube.

– O QUÊ! O SENHOR NÃO PODE FAZER ISSO!

– POSSO SIM! E NÃO OUSE GRITAR COMIGO! OU QUER QUE AS COISAS FIQUEM MAIS PRETAS PRO SEU LADO COMO JÁ ESTÃO!?

A essa altura eu fiquei toda encolhidinha de medo.

– Além do que, a professora de Ed. Física concordou. E até o dia da prova você estará suspensa das atividades da torcida.

Aquilo devia ser algum tipo de brincadeira, e de muito mau gosto, podia ser qualquer coisa - minto- mas, menos isto.

– Olha vamos negociar, eu estudo e continuo no clube - tentei convencê-lo com o velho truque do olhar do cachorrinho sem dono, mas nem isso fez diferença - Ah qual é! Por favor!

– Não Kinomoto. Já foi decidido. Você ficará fora do clube temporariamente. E a partir de amanhã você fará aula de reforço todos os dias.

– Aula de reforço! - e isso ainda existe? - Com o senhor - falei com uma cara enojada.

– Felizmente não. Um aluno se encarregou de lhe ensinar.

– E quem é? Posso saber?

– Não. Amanhã você verá. Agora foi avisada. E melhor que você se empenhe pois eu não vou facilitar as coisas. Entendido?

– Sim sansei - respondi cabisbaixa.

Sai da sala desolada. Eu estava fula pra caramba! Só me falta acontecer mais alguma coisa agora!

E provavelmente aconteceria, pra variar.

Quando cheguei em casa, senti um clima estranho. Resolvi sair de fininho pelo corredor para o quarto, mas fui vista e uma voz, ou para ser mais clara, o meu pai me chamou:

– Sakura.

– Sim papai?

– Venha cá.

Sabe aquela sensação de estar no Tribunal da Santa Inquisição? Pois é, foi o que eu senti ao entrar na sala e ver meus pais sentados no sofá com uma expressão séria em seus rostos. Ao lado deles estava Touya me olhando de forma debochada, ele sussurrou pra mim, tipo: “Ta ferrada em monstrenga!” Quando olhei para ele eu fechei logo a cara e em seguida me sentei no sofá que ficava de frente pra eles.

– O que foi?

Minha mãe começou:

– Recebemos uma ligação da escola hoje.

Aiaiaiai....

– De que você está com péssimas notas em matemática e que ainda corre o risco de reprovar – disse o meu pai, pondo mais lenha na fogueira – Então, como seus pais, é dever nosso que tomemos algumas medidas importantes.

– Vai ficar de castigo! Nanananana...

– Cala a boca Touya! – eu gritei quase choramingando.

– Touya – disse minha mãe – fique quieto.

– Continuando – prosseguiu o meu pai – você ficará sem mesada, sem passeios ao shopping e sem internet até segunda ordem.

– O quê?! Mas papai...

– Nem mas e nem meio mas Sakura, você já é uma mocinha, precisa amadurecer e também a dar mais valor aos seus estudos.

– Não é justo... – choraminguei.

– Entenda querida, é para o seu próprio bem.

Arrasada, eu me levantei do sofá e fui para o meu quarto chorar. Melequei o travesseiro inteiro. Foi muita coisa num dia só. Eu fui suspensa da atividade que eu mais amava fazer e ainda tive os meus meios de sobrevivência juvenis cortados por tempo indeterminado.


Era demais pra mim!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Bjs!