Back To The Dream. escrita por Jajabarnes


Capítulo 9
Perigo.


Notas iniciais do capítulo

SOrry se demorei, mas o capítulo ficou compridão no caderno, agora pensa, digitar tudinho de novo... infim, mas como eu amo vocês eu estou aqui!
Espero que gostem, é só mais um pouquinho de aventura e perigo nesse paraíso chamado Narnia!!



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- Acho que posso ajudar quanto a isso. – uma voz feminina vinha do outro lado do riacho.

            Olhamos na direção da voz. Vimos uma jovem. Ela tinha longos e lisos cabelos castanhos que se moviam como se ventasse, mas não havia vento nenhum. Um vestido de um azul bem claro descia elegantemente até a relva, sua pele era alva, tinhas lábios rosados e seus olhos eram incrivelmente verdes. A moça caminhou em nossa direção, atravessando o riacho. Ela parecia brilhar, mas não um brilho ofuscante, como o de estrela, mas sim um brilho suave como o brilho da água. Sem duvida era muito bonita.

            - Quem é você? – perguntou Pedro enquanto eu o ajudava a pôr-se de pé.

            - Meu nome é Héryka, Rei Pedro. – ela fez uma leve reverencia a ele. – É um prazer conhecer vocês. – a jovem sorriu olhando de Pedro para mim.

            - Sou Juli... – comecei, mas ela me interrompeu.

            - Julia Belacqua, eu sei. – ela ainda sorria e perguntei-me como ela sabia.

            - Você disse que podia ajudar quanto a quem nos atacou. – Pedro lembrou. Ela assentiu tendo o sorriso fugindo e seu rosto assolado por uma seriedade repentina.

            - Não é seguro ficar pelo bosque. Venham vou leva-los para um lugar seguro. – disse Héryka logo nos dando as costas, voltando para o riacho. Pedro deu o primeiro passo para segui-la.

            - Como vamos saber se é confiável? – sussurrei para ele.

            - Juh – ele aderiu meu apelido, olhou em meus olhos com um leve sorriso. – Ela é uma ninfa, tem poderes, se fosse nos fazer alguma coisa já teria feito não acha?

            - Talvez...

            Eu estava desconfiada, mas mesmo assim fui com Pedro seguindo-a e trazendo o cavalo pelas rédeas.

            Caminhamos por entre as arvores por um bom tempo, em silêncio, guiados apenas pela velha jovem. Velha por que ela deveria apenas miseras centenas de anos e jovem por causa de sua bela aparência.

            Andamos muito, por horas. Então, finalmente, chegamos a uma pequena clareira, pouco conhecida pelos narnianos, cercada por frondosas arvores.  Ali ela parou de andar. Agradeci mentalmente por isso, pois minhas pernas doíam desde que passamos de três horas de caminhada sem intervalo.

            Héryka permaneceu imóvel e em silencio. Pedro e eu trocamos um olhar com as sobrancelhas unidas tentando, de alguma forma, entender o que acontecia.

            - Vai nos contar ou não? – Pedro perguntou calmamente.

            - Claro, majestade, mas creio que queiram saber também sobre o Rei Rillian. – disse ela.

            - Você sabe sobre Rillian?! – perguntei quase eufórica.

            - Eu não muito, mas minhas irmãs sim. – explicou.

            - E  onde elas estão? – quis eu saber.

            - Aqui. – uma nova voz então soou atrás de nós. Viramos para ela e vimos três jovens, caminhando em nossa direção. Elas pareciam com Héryka, na juventude, na beleza e nas roupas. As três usavam um vestido aparentemente igual, com a mesma tonalidade clara, mudando apenas a cor.

            A do meio tinha longos e ondulados cabelos ruivos, seu vestido em tom claro de marrom, quase caramelo, as bochechas levemente salpicadas por sardas, os olhos de um castanho-terra meio cintilante. O brilho que irradiava dela era de um jeito cremoso perolado. A da esquerda vestia roupas lilás, os fios finos e dourados passavam da cintura, movendo-se a cada movimento que a ninfa fazia. Seus olhos azuis e parecia cintilar. E por fim a da direita, esta usava um vestido verde, tinha a pele amorenada, os olhos negros e densos e compridos cachos.

            Elas chegaram mais perto de nós.

            - É uma honra, majestade. – a do meio se pronunciou, fazendo uma reverencia seguida pelas outras duas. – Sou Ecco. Essas são Adrya – gesticulou para a loira – E Lenny. – indicou a outra.

            - A honra é nossa. – disse Pedro.

            - Vocês querem saber sobre o Rei Rillian, suponho. – disse Lenny com sua voz intensa.

            - Também. Héryka disse que vocês podem nos dar informações. – falei. Adrya olhou para o céu.

            - Está escurecendo, Héryka. – disse ela – É melhor entrarmos.

            A mesma assentiu.

            - Venham.

            Suspirei exausta só de pensar em andar de novo, mas quando vi Héryka se dirigir para uma das grandes arvore. Ela caminhou de encontro ao caule e não parou ao tocá-la, Héryka simplesmente entrou no tronco.

            Pedro e eu trocamos um olhar, completamente abismados com o que acabamos de ver. Claro, sabíamos que suas casas eram as arvores, mas mesmo assim o que ela acabara de fazer não é uma coisa que se vê todo dia.

            - Podem deixar o cavalo com Lenny. Venham conosco. – Ecco segurou a mão de Pedro, ele a minha e eu a de Adrya. Com essa corrente seguimos em direção a mesma arvore que Héryka. Segurei a mão de Pedro como se ela fosse a minha tábua de salvação. Fechei os olhos com força e só voltei a abri-los quando senti um calo que não sentia antes. Vi a aconchegante casa no interior da arvore; chamas suaves crepitavam na lareira de madeira que por obra das ninfas não pegava fogo assim como tudo ali era de madeira e quem visse aquele interior nunca imaginaria que estávamos dentro de uma árvore.

            - Sentem-se, fiquem à vontade. – disse Héryka indicando a mesa com cadeiras para onde Ecco se dirigia. Adrya soltou minha mão e se dirigiu para o que eu acreditava ser a cozinha. Sem soltar nossas mãos, Pedro e eu nos sentamos à mesa.

            - então, por onde começamos? – perguntou Héryka, assumindo seu lugar ao lado de Ecco.

            - Podemos começar pelo ataque que sofremos hoje. – sugeriu Pedro olhando sugestivo para seu braço machucado.

            - Ah! Eu cuido disso. – Adrya voltou da “cozinha” com água morna e bandagens limpas, ajoelhando-se ao lado de Pedro. Ela, com cuidado, retirou o curativo improvisado que eu havia feito e fazendo um mais decente. Enquanto ela cuidava de ferimento do Rei, nossa conversa prosseguiu com as outras ninfas.

            - Quem nos atacou? – perguntei gentilmente, mas já estava cansada de tanta embromação. Héryka suspirou.

            - Dói dizer isso – começou ela, com pesar. – Mas quem atirou aquelas flechas foram algumas de nossas irmãs. – lamentou.

            - O que?! – Pedro se exaltou, movendo o braço machucado, fazendo-o doer. – Ai... – gemeu ele apertando minha mão que ainda segurava a sua, debaixo da mesa. Logo suspirando e falando com calma. – Por que elas nos atacaram?

            - Elas, infelizmente, são algumas das que se uniram a ela, iludidas por promessas. – explicou Héryka.

            - Foram essas ninfas que esconderam os Seres da Escuridão para que eles andassem despercebidos por Narnia e as mesmas os auxiliaram a fugir com o Rei Rillian sem deixar pistas. – acrescentou Ecco.

            - Por que elas fizeram isso? – perguntei em tom chocado ao mesmo tempo em que uma fúria nascia em mim. Tive vontade de empurrar de um penhasco uma a uma essas malditas ninfas que permitiram Rillian ser levado por aquela cobra de saia.

            - Por promessas que foram feitas a elas. – falou Héryka. – Elas não contam o que lhes fora prometido, porém nós desconfiamos do que seja.

            - Que seria... – incentivei.

            - Talvez seja poder. – Ecco deu de ombros.

            - Mas o que querem com Rillian? – perguntou Pedro, como se quisesse confirmar suas suspeitas.

            - Bem, o que a Dama quer é Narnia. Com o Rei fora do caminho o reino estaria vulnerável e seria muito fácil de ser conquistado. – explicou Adrya terminando o curativo de Pedro. – Vai ficar bom em poucas horas. – disse se referindo ao corte, levantando-se e sentando ao lado de Ecco.

            - Obrigado. – agradeceu o Rei. Ela apenas sorriu tomando assento, olhando para Pedro de um jeito diferente e eu vi o olhar dele, abismado com a beleza da ninfa, enquanto um contato visual se estabelecia. Revirei os olhos, em seguida pigarreei também apertando a mão dele debaixo da mesa para trazê-lo de volta ao assunto mais importante.

            - Então... Quem é essa Dama? – perguntei, não encarando a ninfa que mencionara a figura. Incrível como, em tão pouco tempo eu já sentia uma aversão enorme pela tal... Adrya...

            - A Dama do Vestido Verde. – explicou Ecco. – É com que o Rei Rillian vinha se encontrando. Seduzindo-o até captura-lo.

            Meu coração pulou indignado sendo tomado por uma raiva. Debati-me mentalmente para encontrar minha voz e proferi-la em um tom que não demonstrasse minha indignação.

            - Vocês sabiam que o que ela planejava e não avisaram Rillian?!

            - Quando descobrimos fomos avisá-lo, mas já era tarde. Ele já estava encantado por ela e não nos deu ouvidos. – relatou Ecco.

            - Nós insistimos em avisá-lo, mas ele disse que nos sentenciaria à morte caso voltássemos a ofender sua tão amada Dama. – acrescentou Adrya, mas não olhei para ela e para disfarçar baixei os olhos para a mesa tentando entender como aquela cobra conseguiu fazer aquilo com Rillian. Não lembro de ele ter comentado comigo sobre o aviso das ninfas. Provavelmente ele sabia que eu apoiaria as ninfas e talvez ele não quisesse me sentenciar à morte também, ou aborrecer-se comigo.

            - Bom, mas se era Rillian que ela queria e já o tem, por que nos atacou? – eu tinha uma leve suspeita da resposta, porém precisava confirma-la.

            - O caminho que separava a Dama da conquista de Narnia estava livre com o desaparecimento do Rei Rillian, mas então os Reis e Rainhas do passado retornaram e mais uma vez havia uma barreira no caminho. – falou Héryka.

            - E para libertar a passagem novamente ela também terá que se livrar dos Reis e Rainhas, não medindo esforços para isso e tendo suas ninfas aliadas encarregadas do serviço. – completou Ecco.

            - Então os outros estão correndo perigo! – Pedro se deu conta ao mesmo tempo em que eu.

            - Temos que avisá-los! – falei.

            - Não se preocupe, ele serão avisados. – garantiu Adrya. – De algum modo, afinal, não somos os únicos que sabemos de tudo isso.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham, gostado! Gente, que tal uma recomendação? MxC recebeu 4 e até agora BTTD não recebeu nenhuma! Não pode ficar assim, não é mesmo? Então, quero reviews tbm se não for pedir muito!
Juh, sua vez de postar!
Beijokas!!