Back To The Dream. escrita por Jajabarnes


Capítulo 8
Perseguidos.


Notas iniciais do capítulo

Mais um casal para vocês, com um pouco de adrenalina e um suspense no final, para variar ;p
Boa leitura!



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POV. Julia

                - Arght! Coisa irritante! – reclamei mais uma vez puxando a saia de meu vestido que havia engatado nos arbustos de novo. Bufei alcançando o Rei Pedro que havia parado mais adiante para me esperar. – Uma calça seria mais pratica... – murmurei comigo mesma, mas ele ouviu e deu uma risadinha. – Quer trocar comigo? – perguntei dando um ar inocente a voz e encarando-o com as sobrancelhas unidas. O rei gargalhou.

                - Não, não acho que eu ficaria bem de saia. – ele me olhou com um sorriso branco nos lábios. Por meros, mas significativos segundos, aqueles radiantes olhos azuis fizeram meu coração descompassar. Por fim cabei rindo também. Depois de um tempo ele suspirou.

                - O que foi? – perguntei passando longe de outro arbusto. Nós caminhávamos pela estrada no meio do bosque trazendo nossos cavalos pelas rédeas.

                - Falando em saia. – ele começou olhando para frente. – Acho que deixei Caspian numa bem justa.

                - Como assim? – eu olhava para ele, mas Pedro continuava encarando o caminho a nossa frente.

                - Com toda aquela historia repentina sobre o Rillian ser filho dele... Eu vi como Caspian estava atordoado com a situação, mas parecia, na verdade era, uma ótima oportunidade de provocar. – ele deu um sorriso travesso. – Agora eu entendo por que Jill e Eustáquio fizeram questão de irem juntos.

                - Demorou a entender. – afirmei.

                - Muito! – concordou. – Eu sou lerdo para essas coisas! – ele riu e eu o acompanhei. De repente, ele parou com expressão grave.

                - O que foi? – questionei preocupada. Antes que ele respondesse ouvimos sons vindos do bosque atrás de nós. Virei para lá num susto, mas o som parou.

                - Estamos sendo seguidos. – sussurrou. Uma flecha atingiu uma arvore próxima a mim. Com um grito fino e curto saltei para perto de Pedro. – Corre! – gritou ele montamos em nossos cavalos e os pusemos a galope. As flechas continuavam vindo, acertando arvores ou passando zunindo por nós e cravando sua ponta no chão.

                A égua que eu montava relinchou ao ser atingida por uma das setas. Ela caiu bruscamente, lançando-me para frente. Rolei sobre as pedrinhas da estrada. Ergui-me percebendo que não tinha nada quebrado e as dores ainda não haviam chegado. Pedro vinha correndo em seu cavalo, sem parar ao passar por mim, segurou minha mão e num salto bem executado subi no animal, segurando-me em Pedro.

                - Você está bem? – perguntou por cima do ombro, sua voz sendo levada pelo vento da corrida.

                Assenti e ele logo voltou sua atenção para frente, fazendo o cavalo ir mais rápido que podia enquanto as flechas continuavam vindo. Olhei em volta e não vi ninguém atrás, nas arvores, ou escondidos nos arbustos. E as flechas zuniam por nós, mas não tinham uma origem aos meus olhos. Não havia ninguém atirando.

                - Ah! – Pedro arfou quando uma das setas atingiu de raspão seu braço. Ele apertou as rédeas em suas mãos como que para suportar a dor aguda, mas mesmo com o braço sangrando, ele continuou, levando-nos para longe das flechas.

                Galopamos por horas sem parar e embora tivesse ótimo porte físico o cavalo não estava mais aguentando. O mesmo acontecia com Pedro, sua roupa estava encharcando com o sangue que fluía de seu braço. Finalmente paramos de correr ao alcançar um riacho. Desci do cavalo e logo ajudei Pedro a fazer o mesmo.

                Fraco pela perda de sangue, ele se apoiou e mim. Levei-o até uma arvore onde o ajudei a sentar ao pé da mesma. Rasguei a manga de sua camisa revelando uma pele clara manchada pelo sangue do corte profundo. Já estávamos bem longe das flechas, seguros, eu diria.

                - O que foi aquilo...? – ele falava com sigo mesmo.

                - Boa pergunta. – falei pegando a bandagem (eu sempre levava uma comigo e um pouco do remédio feito com ervas que usávamos para limpar os ferimentos).

                Umedeci a bandagem com o remédio e me aproximei de Pedro, quando ele viu que eu colocaria a mesma sobre seu ferimento, arregalou os olhos puxando o braço para longe de mim.

                - O que você vai fazer?! – perguntou.

                -Temos que cuidar desse ferimento. – disse com a maior calma do mundo, tentando pôr o remédio sobre seu corte novamente.

                - Não! – ele afastou seu braço de mim de novo.

                - E por que não?

                - Vai arder... – Pedro fez uma cara fofa. Eu ri.

                - Acho que você já é bem grandinho para aguentar. – falei tentando mais uma vez pôr a bandagem em seu braço e mais uma vez ele não deixou.

                - Não importa se sou grande ou pequeno, vai arder do mesmo jeito! – ele fez um biquinho fofo, unindo as sobrancelhas. Eu ri.

                - Deixe disso!

                - É fácil para você! – acusou ainda fofo. – Será que isso já não doeu o suficiente?! – reclamou indicando o braço.

                - Até que você está bastante rebelde para quem está ferido. – resmunguei. – Sinto em dizer isso, majestade, mas com o senhor estando ferido e fraco pela perda de sangue quem está no comando agora sou eu até que Vossa Alteza esteja completamente recuperado. – sorri de leve. Ele bufou teatralmente irritado.

                - Sim, senhora. – bateu continência, só que com o braço machucado. – Ai! – gemeu. Segurei-o pelo cotovelo delicadamente, finalmente conseguindo jogar um pouco da água do riacho no corte para limpar e então pôr a bandagem com remédio sobre o ferimento. – AAAAAAAAAAAAAAAAAAI não está doendo. – constatou olhando o braço. – Por que não está doendo? – olhou para mim com o rosto inocentemente confuso.

                - Talvez seja por que as ervas adormecem a região afetada. – expliquei. Pedro me encarou.

                - Por que não disse isso antes?

                Dei de ombros. Alguns minutos de silencio enquanto eu lavava os pequenos arranhões que apareceram nas costas de minhas mãos, causados pelas pedrinhas na estrada.

                - Quem você acha que nos atacou? – perguntou Pedro de repente. Eu abri a boca para responder mas fui interrompida.

                - Acho que posso ajudar quanto a isso. – uma voz feminina vinda do outro lado do riacho.


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Notas finais do capítulo

Well, agora minha gemea querida do meu cori cor de rosa que eu amo muito: Juh, está me devendo um capítulo!MUAHAHAHAHA
E vocês leitores que eu tbm amo muito, mereço comentários? Merecendo ou não eu queria agradecer de coração a cada um de vocês que comentaram, amei cada review de verdade!
Até o proximo cap!
Beijokas!!