Contrição De Snarkii escrita por Breno Velasco


Capítulo 19
Capítulo 019 - Ygor Stryker


Notas iniciais do capítulo

Thiago "Snarkii" Ishida, capítulo 019. Um mercenário? Um detetive? Informante!? Talvez... Companheiro? Hm. Boa leitura e Não esqueçam de comentar!



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15 de Março de 1995.

As cortinas do quarto balançavam em sincronia com a leve brisa que passava pelos arredores. Abri os olhos ardidos, com uma visão pouca embaçada. Olhei para a frente, e lá havia a TV do meu quarto. Direcionei meu olhar para o braço direito, que estava enfaixado.

A porta se abriu, e alguém entrou no quarto. Passei minha mão esquerda no rosto, para tentar enxergar, e olhei novamente. Era Killer, entrando com uma xícara de café e pães com geleia.

- Já acordou, Snarkii! - Disse ele, sorrindo.

- Hm...

- Talvez queira tomar um copo de água antes do café da manhã?

- Não... precisa... - Dizia, enquanto morria de cansaço.

- Tudo bem, boa refeição - Disse Killer, colocando a bandeja em meu colo.

- Obrigado.

- De nada, a propósito, você foi muito bem ontem.

- Ontem!? - Arregalei meus olhos, despertando totalmente - Eu dormi um dia inteiro e só acordei agora?

- Sim, você ficou inconsciente... Até agora. Hoje é dia 15.

- Huh...

- Itskovich fugiu no helicóptero. Já mandamos unidades especiais, unicamente para a perseguição do russo. Provavelmente, teremos alguma informação em breve.

- Itskovich... Gih!! Como ela está!? Onde ela está!? - Gritei, enquanto me levantava da cama.

- Calma - Dizia Killer, enquanto segurava meu ombro forte, me olhando sério - Ela está bem, está dormindo com o Viktor. São 06:30 e estão todos cansados - Concluiu, tirando lentamente sua mão de meu ombro.

- Huh... - Dizia, enquanto olhava sério para Killer - Ei, quando meu braço vai ficar bom?

- Você é forte, amanhã você conseguirá usá-lo normalmente. Entretanto, só conseguirá atirar uma arma novamente daqui cinco dias, devido ao impacto que a arma proporciona.

- Hm...

- Bem, se você se sentir confortável, o que é provável, já pode ir ver sua esposa e seu filho.

- Ok - Disse, enquanto eu levantava com a ajuda de Killer.

Passando a porta, me encaminhei até o corredor, onde, na frente, estava a porta do quarto de visita, onde estava Gih e Viktor. Abri a porta, cautelosamente, e encontrei Gih e Viktor dormindo, em uma cama de casal.

"Vai lá, ela não vai ficar nervosa" - Disse Killer, a respeito de acordá-la. Cheguei perto de Gih, acariciei seu rosto e encostei em seu liso cabelo preto, observando lentamente, seus olhos azuis como o céu receberem a luz do dia.

Ela olhou para mim, com seus olhos semi-abertos. Quando se deparou que era eu realmente, arregalou seu olhar e apresentou um enorme sorriso. De deitada, ficou sentada no chão, me dando um abraço forte.

Tentava me equilibrar pois me agachava para abraçá-la, porém caí junto com Gih, tendo como resultado, nós dois deitados juntos, concluído com um forte abraço.

Seus olhos se enxargaram de lágrimas, lágrimas que escorreram eu seu delicado rosto. Com minha mão, retirei as lágrimas de seu rosto, antes de beijá-la com todo meu amor.

"Isso não vai acontecer mais... Não vai..." - Dizia constantemente, enquanto acariciava seu cabelo após o breve beijo. "Não se desculpa... Por favor..." - Dizia ela, enquanto enxugava as lágrimas restantes.

Killer, que estava apoiado à parede com os braços cruzados, direcionava sua cabeça para baixo, desviando um olhar sério para mim. Percebi a mensagem: Era para eu falar com ele, sobre algo sério.

Me afastei de Gih, terminando o abraço, dizendo que voltaria a falar com ela em breve, para mais esclarecimentos. Andei pelo corredor, indo para a cozinha. Killer entrou na cozinha antes, e eu entrei depois. Na cadeira, ao lado da mesa, estava um homem com um terno preto, assim como seu tentador chapéu

Me aproximei com um olhar duvidoso perto de Killer, enquanto o mesmo me indicava uma cadeira para me sentar. Fiz o que ele sugeriu, me sentei, e olhei para esse tal homem de terno e chapéu, que mais detalhadamente, usava um balaclava especial, que tampava até seus olhos, menos a região da boca.

O homem se levantou, contornou a mesa indo em minha direção, se ajoelhou, colocou sua mão contra o peito, e disse: - "Às suas ordens". Olhei para ele com um olhar duvidoso, assim como para Killer.

Meu olhar foi interrompido pela ação do homem misterioso, que foi tirar o chapéu e aquele balaclava. Ele, ainda olhando para baixo, revelou seu rosto. Cabelo espetato cor branco, bandana vermelha, e um olho preto, o outro não havia, no lugar, possuía um tapa-olho.

Ele direcionou sua cabeça para mim, olhando fixamente em meus olhos. Trocamos olhares sérios, quando ele se levantou e voltou a se sentar na cadeira.

- Snarkii, esse é Ygor Stryker - Disse Killer.

- Olá - Me cumprimentei para Stryker.

- É uma honra, Snarkii. - Respondeu.

- Ele é nosso informante - Disse Killer novamente.

- Informante sobre o quê? - Perguntei.

- Sobre a localização de Itskovich.

- Huh?

- Sim, meu senhor - Falou Stryker, olhando para mim e Killer.

- Bem, se me derem licença, irei lavar meu carro. Snarkii, converse com Ygor, ele irá te falar coisas importantes sobre tal assunto.

- Tudo bem.

Killer andou em direção ao corredor, para ir à porta de saída. Enquanto isso, eu e Stryker continuamos a importante conversa.

- Como quer que eu lhe chame, senhor?

- Chame do que quiser. A propósito, para quê esse tratamento tão... formal?

- Você é muito famoso por aqui. Ouvi todos os boatos possíveis sobre você, desde a matanças por necessidade de sangue, até explosões de motos e veículos em perseguições emocionantes.

- É... Algo assim.

- Preciso ter respeito contigo, você não tem ideia.

- Então vamos fazer o seguinte: Mais formalidade comigo, e nós paramos essa conversa. Não gosto de ser tratado como rei.

- Tudo bem, se assim desejar.

- Sim.

- ...

- Você é um informante, certo?

- Certamente.

- É óbvio que, você tem algo para me contar.

- Sim, mas claro... Com um preço adequado. Sou obrigado a fazer isso, é o meu sustento.

- Entendo. Bem, Killer cuida disso.

- Ele disse que era melhor falar diretamente com você.

- Aquele Killer filho da puta - Disse, tirando R$500,00 do meu bolso direito da calça - Pega aqui, isso é o suficiente? - Concluí.

- Sim, você acertou a quantia que eu iria lhe proporcionar... Bem, na verdade eram R$600,00 mas --

- Certo certo, vamos direto ao assunto. O que tem para me dizer?

- Bem, segui Itskovich por ordens de Killer e Cobra. Com um pouco de dificuldade e uso de minhas técnicas como escoteiro mirim, localizei Itskovich em uma base chamada "Irking's Frad".

- Irking's Frad?

- Sim. Busquei seu significado e descobri que, em 1888, fizeram um experimento na Inglaterra, que consistia em mudanças genéticas. Um desses estudos foi a clonagem, que aparentemente foi um experimento que deu errado. Denominaram esse lugar de Irking's Frad, um nome aleatório criado por John Rufstep Wax.

- Hm...

- O que importa é que, essa base foi tão importante, que se expandiu em 1942, período da Segunda Guerra Mundial. Um desses países foi o Brasil, junto com Colombia, Perú, Equador e Argentina. No Brasil, essa base foi um ponto essencial para tais pesquisas, pois a cada experiência, mudava a raça: Branco, Negro, etc.

- Tá, vai direto ao ponto.

- Enfim. A base situada no Brasil, mais especificamente em Minas Gerais, é a única existente das Irking's Frad existentes. As ações de tal base foram cessadas em 1947, com o suposto começo da Guerra Fria. Agora... Eis a questão...

- Huh?

- Por que Itskovich foi logo para essa base?

- Boa pergunta.

- Pois ele é o filho de John Rufstep Wax.

- Huh!?

- Sim. Velasko Itskovich Wax, é filho de John. Sua origem é russa, devido ao seu nascimento na Rússia, mas seu sangue é alemão.

- Estranho...

- Sim. Alguma pergunta?

- Sim. Descrição da base.

- É grande. 11 kilômetros quadrados de extensão territorial ao todo. Os edifícios internos não possuem medidas exatas, nenhum conseguiu descobrir agora. Externamente, contamos 30 unidades armadas com Galil como arma primária, e Walther P38 como arma secundária. Possuíam também 2 granadas de mão, além de um facão guardado em um bolso em suas calças com camuflagem militar.

- Certo, só isso?

- Um detalhe: É muito provável que, internamente, a segurança esteja reenforçada. É apenas uma suposição que não devemos ignorar.

- Certo. Novamente, apenas isso a falar?

- Antes de tudo, vou perguntar: Está pronto para ir amanhã?

- Com certeza. Quanto antes, melhor.

- Muito bem... Partiremos amanhã de tarde. Porém, há um detalhe muito, muito importante, que achei melhor deixar por último.

- E qual seria?

- De alguma maneira, nossos espiões e observadores encontraram coisas estranhas no interior da base antes de morrerem. Antes da inevitável ida, eles nos ligaram para avisar o que haviam visto...

- E... ?

- E achamos que, aquela base, é responsável por boa parte do Projeto Snark II, e que Itskovich seria o mandante desse projeto.

- Huh!?


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em breve. Espero que tenham gostado!



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