Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura
Notas iniciais do capítulo
Yo.. estou aqui mais uma vez....
Boa Leitura!
Toshiya acordou com as vozes de Kaya e de Miyavi na cozinha.
Ainda um pouco sonolento, se sentou no sofá.
Desde quando ele era tão frágil?
Sentiu vontade de chorar, sentia isso frequentemente desde quando descobriu a doença.
Respirou fundo, para conter as lágrimas.
- Taka...
Miyavi veio rapidamente ver o que ele queria.
- Descansou bastante?... – sorriu Miyavi.
- Sim.... Eu vou ir pra casa... Tenho que pegar algumas coisas...
- Eu e o Tatsu vamos com você...
- Não quero atrapalhar.... Não mais.... Eu já causei problemas demais pra vocês.
- Nós vamos. – dessa vez Kaya se pronunciou.
Toshiya não falou nada, somente abaixou a cabeça.
- Você não tem que enfrentar tudo isso sozinho, é um problema grande demais para enfrentar sozinho. – continuou Kaya.
- Me perdoa? – disse Toshiya, quase sussurrando. – Me perdoa por ser um idiota a todo tempo...
- Toshiya... – Kaya se aproximou um tanto temeroso e segurou a mão de Toshiya. – Eu te perdôo sim... Quero ser amigo do Totchi.
Toshiya o olhou e sorriu timidamente.
- Então vamos logo, buscar suas coisas...- Kaya fez com que Toshiya se levantasse.
[...]
- Faz um tempo que eu não venho até aqui. – disse Miyavi olhando a casa.
- Se vocês quiserem entrar... – disse Toshiya
- Vamos entrar, não vou deixar você sozinho um instante, tô te vigiando, aniki....
- Ok. Taka- nii san... – debochou Toshiya.
Os três entraram na casa e seguiram rapidamente até o quarto de Toshiya.
- Vou só pegar minha mochila, está tudo arrumado... – disse ele abrindo o guarda-roupa e pegando a mochila, que era a primeira coisa que viu.
- Vamos? – perguntou Miyavi.
- Aonde pensa que vai Toshimasa? E o que o Takamasa está fazendo aqui? – a mãe de Toshiya surgiu atrás deles.
- Não me ouviu no celular? Vou ao hospital... – respondeu. – O Takamasa e o Tatsuya vão me acompanhar, já que tenho certeza que você, velha caduca, não vai comigo porque não pode perder a porra do seu precioso tempo! – gritou.
- Já disse para ter respeito comigo, moleque...
- Me dá licença, que eu não quero ficar mais um segundo te encarando... – Toshiya empurrou a mulher, que deu um tapa nele.
- Você só sabe me dar tapas... Porque não usa sua mão pra fazer algo útil, velha maldita... – disse ele a encarando.
- Você é um estorvo garoto, só me causa dor de cabeça.
- Ninguém mandou engravidar para tentar segurar homem, aliás para ficar com o dinheiro dele. – ditou.
Kaya e Miyavi observavam tudo em silencio.
- O que está acontecendo aqui? – Toshi apareceu, fazendo Toshiya se assustar.
- Esse moleque... Não tem limites, fala comigo como se eu fosse uma qualquer.... E ainda por cima, trouxe essas criaturas para dentro de casa.
- Para de falar assim! – gritou Toshiya.- Que merda! Se você não gosta de mim, por que não me largou num reformatório na primeira oportunidade?
- Toshimasa! – Toshi aumentou o tom de voz.
- Sabe por que ela está gritando comigo? Por que eu disse que estou doente...
- Você é um mentiroso garoto, você mente mais que tudo... – disse Akemi.
- Porque eu mentiria sobre eu ter leucemia? Pra roubar dinheiro? Não, não.... Não se esqueça que eu sou o herdeiro, e não devo morrer antes de vocês, certo? –
Toshi olhava para Toshiya, ainda tentando assimilar o que ele havia dito.
- Leucemia?
- Como vocês me dão muita atenção, há quase dois meses eu estou tentando falar com vocês, mas os dois simplesmente não têm tempo.
- Akemi... Como .... Como você não sabe disso, como não me contou uma coisa dessa ?
- Agora, me dá licença, eu não quero ficar aqui. – Toshiya passou pelos pais, sendo seguido por Kaya e Miyavi.
- Totchi.... – Miyavi segurou o braço dele.
- Você viu... Eles não me amam... Eles simplesmente me deixam vivendo... Como se eu já fosse um adulto, sempre foi assim... – Toshiya estava falando com raiva, e por mais que seus olhos estivessem cheios de lágrimas, não as deixava cair.
- Você pode ficar lá em casa, depois que melhorar... – disse Miyavi.
- Eu... Eu não quero incomo...
- Chega dessa ladainha, você fica e pronto! – disse Miyavi.
- Agora, meninos, eu acho melhor andarmos logo, antes que chova... – disse Kaya apontando para o céu cinzento.
- É... Vamos logo... – Miyavi segurou na mão do Toshiya e na mão do Kaya e puxou os dois.
- Eu tenho que ir no instituto ainda... – disse Toshiya.
- Depois....
[...]
Aoi, ainda tentava entender o que tinha acontecido na escola.
Foi confuso... O Toshiya sendo defendido pelo Miyavi.
Ele estava sentado no parque, observando as arvores balançando com o vento.
- Aoi-kun... O que está fazendo aqui sozinho? – Uruha puxou delicadamente o cabelo dele que voltou o olhar para o loirinho, que sorria.
- Uru-chan, o que você está fazendo aqui?
- Eu perguntei primeiro!
- Eu estava meditando... - sorriu
- Eu tô andando de patins com o Ni-ya.
- Cadê ele?
- Tá vindo... – disse Uruha apontando para o outro que se aproximava.
- Yo! Aoi.... – disse Ni-ya já mais próximo.
- Yo! Ni-ya! – sorriu Aoi.
Ni-ya se sentou do lado dele, e Uruha também.
- O que estão achando da atitude do Meevs? – perguntou Aoi.
- Eu sei lá... O Miyavi sempre me surpreende.
- Ele deve estar tentando se reaproximar do irmão, já que como o Kaya-chan disse, eles já foram amigos... – disse Uruha. – E acho que essa doença dele deve ter sido a porta para a reaproximação.
- Será que isso,essa doença é verdade? – perguntou Ni-ya.
- Bom, a prova disso, acho que é a aparência do Toshiya, ele está muito mais magro e muito pálido. – respondeu o Aoi.
- Sabe de uma coisa.... – Ni-ya se levantou – Eu vou falar com o Miyavi... Uru-chan, eu te levo em casa.... Já que tenho certeza de que o Toshiya deve estar como Myv agora...
- Eu fico aqui com o Aoi, depois eu vou pra casa...
- Eu levo ele depois, Ni-ya. – disse Aoi abraçando Uruha de uma maneira cômica. – Pode ficar despreocupado.
- Quero ver se depois que eu voltar meu patinho vai estar inteiro.... – riu Ni-ya indo na direção da casa do Miyavi, que era por perto.
[...]
Ni-ya respirou fundo antes de tocar a campainha.
Assim que tocou ouviu a voz de Kaya já bem perto da porta.
- Ni-ya-kun! – sorriu ele ao abrir a porta.
- Kaya... Posso entrar?...
- Pode sim. – disse empurrando o outro para dentro. – Meevs.... O Ni-ya tá aqui!!!!!!!!!!!
- Você sempre escandaloso.... – sorriu levemente Ni-ya.
Miyavi desceu as escadas quase caindo.
- Yo,Ni-ya!
- Yo, Meevs.. Podemos conversar? –perguntou
- Claro. Eu queria conversar com você também. – Miyavi se jogou no sofá. – Senta aí...
Ni-ya se sentou.
- Onde o....
- Ele está lá em cima... – disse Miyavi.
- porque ele não vem até aqui?
- E melhor não Ni-ya... Então...
- O que tá acontecendo?
- Primeiramente, eu me afastei dele por um motivo muito idiota, e me reaproximei porque faz um tempo que eu tinha percebido que o Toshiya estava agindo de maneira estranha.
- Ele sempre agiu de maneira estranha, Miyavi...
-De outra maneira..... Eu e o Kai ficamos observando algumas atitudes dele. E como todos nós sabemos, o DeG não tava mais arrumando brigas, aliás não tinha mais brigas que o Toshiya tivesse no meio.
- É, isso é verdade... – Ni-ya prestava atenção no que Miyavi falava.- Continua...
- Então, eu e o Kai, ficamos o vigiando, para tentar descobrir o que havia. Teve um dia que vimos o quanto ele já estava debilitado.
- Tá, que ele está doente eu acredito, mas porque só agora você resolveu falar com ele. É isso que eu não entendo, falar com ele sabendo o que ele fez com o Uruha.
- Eu... – disse Miyavi sendo interrompido por Toshiya.
- Se você quiser me ouvir também, Yuji...– Toshiya estava sentado no ultimo degrau. Estava ali ouvindo a conversa, desde o inicio, e só Kaya o havia visto.
Ni-ya olhou para Toshiya com desprezo
- Me fala, vamos ver se eu acredito.
- Eu sei que fui um inconseqüente, por ter feito aquilo com o Kouyou.
- Inconseqüente? Você não feriu só fisicamente ele, feriu ele psicologicamente.... Ele tem repulsa em te olhar... Tem medo de você, nojo... Você foi um monstro, sem alma, e ninguém vai mudar isso, nem se você começar a agir como um anjinho agora, não vai apagar teu passado.
Toshiya, ainda sentado encarava Ni-ya. Respirou fundo, para continuar respondendo.
- Ok. Eu não posso mudar o meu passado... Mas quem sabe posso mudar meu futuro.
- Ainda bem que sabe! – gritou Ni-ya. Assustando Kaya.
- Você sabe controlar os seus desejos, eu não...você gosta do Kouyou de maneira doce... Eu quero de maneira selvagem.. Sei que não posso tê-lo, sei que ele não me amaria... .Naquele dia, eu só quis tê-lo por uma vez...uma única vez....
Ni-ya subiu as escadas rapidamente, e segurou o pescoço de Toshiya.
- Seu nojento, sem escrúpulos.... Você machucou ele, você feriu o orgulho dele.
Miyavi foi separá-los.
- Eu só estou falando a verdade... Eu tenho inveja do jeito que você o ama, eu não consigo dessa maneira... Eu já me afastei dele, já estou recebendo o meu castigo, o que quer que eu faça? Morra?
- Seria uma ótima opção... – Ni-ya se afastou dele. – Miyavi, você ainda não me respondeu.
- Vamos descer, deixa o Toshiya quieto... – Miyavi puxou Ni-ya. – Tatsu, vai fazer companhia para ele...
- Tá... – Assim que Miyavi e Ni-ya desceram as escadas, Kaya subiu e levou Toshiya para o quarto.
- Fala logo Miyavi....
- Ni-ya fica calmo...
- Myv.... Ele não tem o direito de dizer que deseja o Uruha. Ele não tem o direito nem de pronunciar o nome dele. Eu odeio esse infeliz.... Odeio!
- Eu vou manter ele afastado de vocês...não se preocupe...
- Porque você se reaproximou dele? Ainda não respondeu....
- Ele é meu irmão... E eu me sinto culpado pelo que ele fez, por que ele fez tudo isso porque se sentiu sozinho, os pais deles nem ligam para o que ele faz, eu me afastei dele quando eu descobri que ele era meu meio-irmão... Tudo o que ele já fez era uma maneira de chamar a atenção....
Ni-ya encarou Miyavi por alguns segundos...
- Você vai manter ele longe do Uruha?
- Vou, prometo! Eu não quero perder a amizade de vocês, e também não quero deixar ele sozinho de novo....
- Tudo bem, se quiser assim... – Ni-ya abaixou a cabeça, ainda não estava assimilando tudo muito bem, mas não iria destruir uma amizade de anos, só por que o Miyavi queria ajudar o Toshiya. Se o outro não se aproximasse dele estaria tudo bem.
- Obrigado por me ouvir, Ni-ya... – Miyavi o abraçou
- Miyavi... Você não tem culpa do que ele fez...
- Se eu não tivesse o ignorado, talvez tudo fosse diferente...
- Não podemos mudar o passado... – disse Ni-ya soltando Miyavi. – Eu vou indo, deixei o Uruha lá no parque. Nos falamos melhor amanhã?
- Sim.
- Myv... cuidado
- Ok. Cuidado você também, vai chover e estragar sua chapinha.... –Miyavi tentou descontrair o ambiente.
Ni-ya sorriu levemente.
- Vou te dar um chapinha no meio da testa, palhaço.... – Ni-ya seguiu até a porta. – Até amanhã.
- Até lá... – Miyavi acenou.
[...]
-Toshiya... Você...
- Eu estou bem Tatsuya, eu estou bem... Ele queria ouvir eu falei.... Nee? – Toshiya se jogou na cama e ficou olhando para o teto.
- Eu não sabia que...
- Vamos deixar isso quieto, não quero ficar lembrando.
- Ok. Desculpa. – Kaya se sentou na beirada da cama.
- Totchi... – Miyavi entrou no quarto.
- Conversou com seu amigo? Aliás, ele ainda é seu amigo?
- Claro... – Miyavi respondeu.
Depois de alguns silencio, Toshiya se pronunciou.
- Eu tenho que ir pro instituto... – ele se levantou. – Droga, esqueço que eu não posso levantar rápido...
- Calma... Você quer companhia? –perguntou Miyavi.
- Não precisa... Não vou demorar muito. – ele saiu da cama.
- Ok. É só voltar aqui... Depois, não vai sumir por ai... – riu Miyavi.
- Eu volto sim... - disse Toshiya dando um tapa no ombro do irmão.
...
-O Ni-ya te escutou?
- Sim. Mas isso não fez ele perdoar o Toshiya. Aliás, nem eu o perdoei direito o Totchi.
- Isso vai ser muito difícil... Mas o Totchi pode fazer com que deixemos o passado no passado...
Miyavi se sentou ao lado de Kaya e deu um beijo no rosto dele.
- Você é meu anjo... – Miyavi deu um selinho nele
- É... Eu sei... – disse Kaya dando um abraço nele
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Tradução do titulo= * Como se os dias fudidos tivessem desaparecido.
É um trecho da música 'Papa Mama Nozumeru Nu Baby' - do Miyavi, que combina com o momento.
Tá... eu ainda tô devendo o lemon, mas acho que logo vocês vão ler ele.(Próximo Cap!)