Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 27
Crying Rain


Notas iniciais do capítulo

Yo! Esse Cap é para Jakyy_ e para a Alive Vkei = Amo vocês, viu? Amo mesmo....
Então Fãs do Totchi, do Meevs e do Kaya se preparem!!!!



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[Já na escola...]

– Taka, acho melhor eu ficar no meu canto, nee... – disse Toshiya se afastando do irmão. – não sou bem vindo no seu grupo, tenho certeza disso.

– Então, nos falamos depois da aula. – disse Miyavi sem graça pela observação do outro

– Ok. - Toshiya foi para o outro lado da escola.

– Meevs...

Miyavi se virou e viu Kaya chegando .

– Tatsu! – sorriu

– Por que você estava falando com o Toshiya? – perguntou Kaya. – E por que ele tá parecendo você?

– Encosta aqui... – Miyavi puxou o namorado pro canto e cochichou sobre tudo o que conversou com Toshiya, que foi fácil falar com ele, já que ele não estava agindo como costumava.

–Sério?! – disse Kaya levando a mão aos lábios.

– Shhh... ele implorou pra que eu não contasse pra ninguém...ok.

– Tudo bem... pelo menos vocês fizeram as pazes... Até suas roupas ele tá usando. – riu Kaya

– É... – riu Miyavi dando um selinho em Kaya.

– Meevs... ele não vai andar com a gente nee?

– Não, ele sabe o lugar dele... – disse desapontado. – Eu acho que eu tenho culpa, por tê-lo ignorado por tanto tempo.

– Por quê?.... Naquele dia você não me respondeu. – disse Kaya segurando o rosto do namorado.

[Flashback on]

9 anos antes

MYV’s POV

Mais um ano na escola...

Sério poderia ser a coisa mais comum pra mim...

Era meu segundo ano no fundamental, e as coisas eram mais divertidas.

Eu tinha acabado de fazer amizade com o Ruka, Yomi, Ni-ya, Hitsugi, Sakito, Aoi e Kai.

E iria ver meus amigos de futebol o Reita e Ruki.

Na infância fazemos amizade rápido, que é até engraçado.

Foi quando vi um aluno novo chegando...

Tinha cabelos compridos até os ombros, era bem menor que eu, e parecia ter medo de todos.

Era muito fofo, e dava vontade de apertá-lo, assim como o Ruki.

E por um acaso ele veio até mim, perguntar onde era a sala do primeiro ano.

– Ah... costuma ser aquelas daquele corredor. – sorri apontando para o corredor.

– Obrigado... – ele sorriu de volta.

–Você não parece ser do primeiro ano... Qual é o seu nome? – perguntei... sério eu estava encantado com aquele menininho fofinho, queria levar ele embora pra casa e por numa estante (rs.), não acho melhor deixar em cima da cama, como um ursinho.

– Toshimasa... pode me chamar de Totchi. – ele sorriu de maneira mais aberta, mostrando dois dentinhos que faltavam.

– Me chamo Takamasa, minha mãe me chama de Taka. – lhe disse olhando o jeito que ele apertava os dedos uns contra os outros.

– Nervoso pelo primeiro dia? – perguntei

– Um pouquinho.

– Você está sozinho?

– Sim.

– Mas devia ter vindo com sua mãe, ou com seu pai.

– Eles estão ocupados...

O sinal tocou, e nos despedimos, e ele foi saltitante para a sala de aula.

Acho que passei a aula inteira rindo do jeitinho do Totchi.

Ele era muito fofo, e lindo... sim muito lindo.

Até o Kai percebeu que eu estava meio desligado.

E só ele soube o motivo.

No intervalo despistei os meninos e fui falar com ele.

Ele estava desenhando e fiquei olhando.

– Você desenha muito bem sendo tão pequeno.

– É a única coisa que eu faço no meu tempo livre, Taka.

– Eu toco violão! – eu ri.

– É legal?

– É. Quando tiver oportunidade eu mostro para você! –sorri fazendo um cafuné nele.

Os dias foram passando e ficamos bem próximos, as vezes eu levava ele em casa para ficarmos desenhando, já que era a única coisa que ele gostava de fazer.

Eu achava estranho, ele andar sozinho sendo tão pequeno.

Minha mãe adorava quando ele ia em casa, e enchia ele de mimos.

No outro ano foi a mesma coisa, me sentia bem ao lado dele.

Estávamos conversando sobre alguns animes que nos acompanhávamos.

Roubei-lhe um beijo,demorado e inocente, foi a única vez que fiz isso.

Num ato engraçado, ele roubou um beijo meu.

Foi muito cômico....

Ele ficou todo vermelho. E eu também.

Pedimos desculpas um pro outro..

Nesse momento não queria perder a amizade dele.

Ainda ficamos conversando, de mãos dadas, como sempre ficávamos.

A tarde passou rápido, e logo já era noite, não ia deixar ele voltar sozinho para casa, então o levei.

Mas acho que eu não devia ter feito isso.

Vi algo que me fez sentir um ciúme imenso... fiquei com tanta raiva.

Aquele homem, que entrava na casa... era o meu pai...

Então o Toshimasa era meu irmão, e descobri isso de uma maneira muito repentina.

Assim que Totchi o viu correu na direção dele.

– Papai... você está aqui tão cedo! – ele parou antes de alcançá-lo.

– Não tinha muito o que fazer no escritório. Quem é aquele menino? – ele apontou para mim, e meu coração gelou.

– É o Takamasa, meu amigo da escola.

Ele olhou para mim,forçando a visão, porque eu estava bem afastado, sua feição era de espanto quando me enxergou direito.

– O que faz aqui, Takamasa? – quando ouvi aquele tom autoritário o que eu fiz foi me segurar para não chorar.

As únicas vezes que eu via ‘meu pai’ era quando ele ia deixar o dinheiro da pensão.

– Eu te odeio! – gritei e sai correndo

Como podia... ele cuidava do Totchi e não ligava pra mim, nem notava minha existência, só quando ia entregar a pensão, me via, e ainda assim nem falava comigo.

Eu odiei os dois a partir desse instante....

Eu senti raiva do Toshiya por que ele tinha o que eu não tive...

A partir daí passei a ignorar o Totchi, ele continuou isolado de todos na escola, até que ele conheceu o Kaoru, o Kyo, o Die e depois de um tempo o Shinya.

MYV’s POV end

[Flashback off]

– Ah Seu primeiro beijo foi com o Toshiya....Você gostava dele!

– Isso não era saudável. – riu Miyavi. –Ele é meu irmão...

– Você se afastou dele por ciúmes, como eu imaginei.

– É. Você acertou. – Miyavi puxou Kaya. – Agora vamos ir, antes que o portão da escola feche.

– Meevs...

– Que Kaya?

– Não imagino o Toshiya fofo.

– Ah, você não o conhece como eu. Ele pode ser muito doce quando quer.

– Assim como o Uruha?

– Não compare os dois... Isso é embaraçoso.

– Vocês conversaram sobre isso?

– Kaya... Vamos, depois eu te conto, aqui não dá.

[...]

Na aula de música... A professora havia saído rapidamente


Todos do grupo Kei olhavam para Toshiya. Já que ele estava bem parecido com o Miyavi. (Claro, no estilo.)


Kyo e Die também já estavam olhando de maneira diferente.

– Toshiya... Você tá igual o idiota do Miyavi – comentou Kyo.

– Não enche... – disse ele abaixando a cabeça.

Die resolveu provocar o Toshiya, puxando o chapéu dele.

E levou um soco, fraco, mas mesmo assim um soco.

– Hey! Toshiya, afrouxou? – gritou, chamando a atenção de todos.

– Cala a boca! Não me enche, eu cansei de você... De vocês dois. – gritou ele.

– Você tá ficando igual a ele... – disse Die, num tom de desafio.

Toshiya não respondeu, apenas continuou prestando atenção no que escrevia.

Die riu e tirou, finalmente, o chapeu de Toshiya.

– Seu imbecil... – gritou Toshiya se levantando e tentando pegar o chapeu de volta.

– O que isso Toshiya? – perguntou Kyo – Ficou bravo por termos xingado o Miyavi? Ou por mostrarmos pra turma que você está com um novo corte de cabelo?

– Não interessa pra você. – disse Miyavi já próximo dos três.

– Quem te chamou aqui, seu viadinho? – disse Die, indo para cima dele e levando agora um soco do Miyavi.

Toshiya, só pode olhar tudo, não tinha forças para ajudar o irmão.

– O que você tá fazendo aqui? – Kyo ia pra cima de Miyavi, mas este o segurou.

– Já disse que não devo explicações pra vocês. Totchi... Pega o chapéu, sai da sala.

Toshiya pegou o chapéu e foi saindo. Parando na porta, para respirar.

Die e Kyo ficaram sem entender o porquê ele obedeceu o Miyavi, e porque Miyavi o chamou pelo apelido de infância.

Aliás não só os dois ficaram sem entender, mas o resto da sala.


– Taka... Eu vou ficar lá na enfermaria. – disse ele continuando a andar.

Miyavi ficou parando olhando, quando Die se aproximou para revidar o soco, mas Kai o segurou.

– Kai... Eu vou ver como o Toshiya está... Avisa a professora, tá... – disse ele saindo para ir atrás do irmão.

Os meninos do grupo Kei olhavam sem entender o porquê, agora, Miyavi estava ‘protegendo’ o Toshiya.

– Que merda foi essa? – perguntou Ni-ya ainda não entendendo muito bem o que tinha acabado de ver

Uruha olhou assustado para Kaya.

– Uru... Calma... O Myv vai ficar bem, ok? - disse ele se levantando e indo atrás do Miyavi.

[...]

Kaya foi até a enfermaria, e viu Toshiya encolhido no canto, e Miyavi o olhando.

– Totchi... Não fica assim... Herr....

– Todos agora vão perguntar o porquê eu estou assim... – disse ele num tom cansado.

– Não custa nada você contar... – disse ele, agora se aproximando do irmão, antes de Toshiya responder a professora chegou junto com o Kai.

– Toshimasa, o que houve? – perguntou ela num tom preocupado.

Toshiya olhou para o irmão, que fez sinal para ele responder.

Toshiya bem que tentou... Mas não queria que sentissem pena dele, e começou a chorar, por ser tão fraco...

– Takamasa o que ele tem? – perguntou a professora já desesperada.

– Professora... Eu acho melhor... Deixar ele um pouco sozinho, pra pensar.. Nee? – Miyavi deu um beijo na testa dele, e saiu, sendo seguido pela professora e por Kaya e Kai.

Na sala todos ainda olhavam sem entender nada..

Ni-ya chegou perto de Miyavi

– Que foi aquilo?

– Ele é meu meio-irmão, e precisa do apoio de alguém agora... Não posso abandoná-lo de novo. – disse Miyavi se sentando no lugar dele.

– E desde quando você se importa com ele? – perguntou Ni-ya.

Quando Miyavi ia responder, Toshiya entrou novamente na sala.

O rosto marcado pelas lagrimas, o chapéu na mão... Parecia vidrado num ponto no fundo da sala.

– Sei que vocês ficaram sem entender o que aconteceu. E que ultimamente, eu tenho agido de uma maneira que vocês, praticamente, nunca viram... Eu tenho leucemia, estou iniciando meu tratamento, e hoje, seria , ou melhor é meu ultimo dia de aula... E eu queria apenas me redimir dos meus erros... Sei que muita coisa que fiz, machucou os outros... Mas eu apenas queria me sentir melhor que eles, porque, afinal, nunca consegui ser ‘o melhor’... –ele respirou fundo e saiu da sala de novo, deixando todos ainda mais surpresos.

Ni-ya olhou para Miyavi, e sibilou “Isso é verdade?” E Miyavi confirmou com a cabeça.

– Professora, eu posso acompanhar ele? – perguntou Miyavi

– Pode Takamasa... Não o deixe sozinho... – a professora falou, ainda abalada pela revelação.

Miyavi saiu atrás de Toshiya e viu ele sentado no canto do corredor.

– Totchi...

– Taka.... Eu quero ir embora, mas não quero ir para aquele inferno que chamo de casa.

– Eu te levo pra minha casa... Ok.... Relembrando os velhos tempos?

Miyavi estendeu a mão e ajudou ele a se levantar

– Totchi, só tem uma coisa... Seus pais sabem o que você tem?

– Não. Eles não prestam atenção em mim... E não me deram oportunidades para falar.

– Você tem que contar para eles... Você tem que ficar com alguém responsável no hospital...

– Onde eu cumpro os serviços sociais, a Dra. Sayuri cuida de mim também... E ela que está cuidando disso pra mim...

– Quem será seu doador?

– Eu não sei...

– Totchi, mesmo que a Dra.Sayuri esteja cuidando de você... Você tem que contar para seus pais...

Toshiya limpou o rosto.

– Eu...

– Liga para sua mãe, lá de casa...- os dois seguiram para a direção, para poder sair da escola.

[...]

– Eu não creio nisso... – disse Kaoru. – O Toshiya chorando....

– Eu que não acredito.... – disse Ni-ya percebendo o olhar confuso de Uruha.

– Esse é o castigo dele então? – perguntou Uruha.

– É Uru... O castigo dele é esse mesmo.

– Gente, eu sei que pode parecer maluquice... Mas o Myv está preocupado com ele... – disse Kai.

– Ele devia deixar ele sozinho... – disse Ni-ya, com um tom de raiva na voz.

– Ni-ya, quanto mais o Toshiya se sentir sozinho, mas ele vai infernizar os outros... – disse Kai.

– Pare de defender ele... – disse Ni-ya.

– Não ele não está defendendo, isso é um fato. Como se vocês não soubessem que ele e o Myv eram amigos antes de tudo. – disse Kaya.

– Vamos parar de brigar por ele, vamos prestar atenção na aula. – disse Uruha, fazendo todos ficarem quietos.

[...]

–Mãe? – Miyavi abriu a porta de casa, sua mãe já havia saído. - Bom, Totchi, minha mãe saiu, mas acho que tem alguma coisa para comer...

Toshiya entrou, um pouco sem graça, novamente.

– Mas antes você vai ligar para sua mãe... – disse Miyavi

– Ela não vai me ouvir...

– Você não tentou.... Vai querer ligar para ela do seu celular ou do telefone daqui?

– Acho melhor do meu celular... – Toshiya pegou o celular do bolso.

...

– Mãe?

– O que você quer Toshimasa?

– Queria te contar uma coisa... É importante...

– Eu estou com pressa, fala logo...

– Mãe, eu estou doente,e precisaria que você fosse comigo no hospital......

– Você sabe se virar... – gritou a mulher.

– Mãe...

– Eu vou desligar...

– Não é qualquer coisa eu tenho leucemia... – ele quase gritou também. Ele não ouviu resposta. – Mãe? Mãe? Me responde...

Ela desligou.

Toshiya olhou para Miyavi desconsolado.

– Eu... Desculpa, Totchi, eu insisti para você ligar para ela. – Miyavi abraçou o irmão.

– Taka... Eu sei que ela nem vai ir atrás de mim...e nem vai falar pro pai... – disse ele se soltando dele.

– Agora vamos comer...

Toshiya riu, já havia esquecido como Miyavi era esfomeado.

– Você só pensa em comer... – disse

– E você já tinha se esquecido disso... E você ainda desenha?

– Sim...

– Você nunca me falou por que só desenhava....

– Porque minha mãe sempre falou que brinquedos eram inúteis... Mas lá no Instituto onde eu ajudo, eles são bem úteis...

– Você gosta de ajudar lá?

– No começo odiava, mas depois eles me conquistaram... – riu - Ainda mais o Koichi-kun, filho da Dra. Sayuri, que só fica comportado perto de mim, segundo a mãe dele.

– Que fofo... Vai ver ele gosta de você... – riu Miyavi. – Agora vamos comer por que eu tô com fome!

Toshiya riu de novo.

[...]

Kaya foi para casa de Miyavi, sabia que os dois estariam lá.

– Myv? – perguntou abrindo a porta. Viu Toshiya deitado no sofá, dormindo, e logo encontrou Miyavi encostado na parede olhando para o outro.

– Tatsu... Pensei que você não viria, por ele estar aqui. – disse Miyavi indo abraçar o namorado.

– Sei que ele não vai fazer nada... E como ele está?

– Cansado... Ele se estressou bastante...

– O Uruha e o Ni-ya ainda estão sem entender o porquê você voltou a falar com ele.

– Eu converso com eles depois... Eu tenho que cuidar dele...

Miyavi puxou Kaya para dentro e fechou a porta.

– O Uruha ficou preocupado com você.... E nem adiantou dizer que o Toshiya não ia fazer nada...

– Ele tem medo... Tem motivos... – Miyavi se sentou no sofá,Kaya também.

– Sabe Miyavi... O Toshiya bem que podia mostrar pra todos que ele mudou... – disse Kaya

– Isso... Só o tempo vai mostrar… não é da noite para o dia. Nem todos vão agir como nós dois, alias como o Kai também...[....]


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Notas finais do capítulo

Calma, ainda tem coisas para resolver, não é o fim da fic. (eu sei que ela tá já enchendo o saco, mas ainda tenho que fechar alguns 'casos' que ficaram em aberto.)
O que acharam do curto POV do Meevs? - Foi a coisa mais fufly que eu imaginei...tsc.
Ainda tenho que resolver o caso UruhaXToshiya... é realmente ainda não tá resolvido, não depois que o Toshiya falou que 'gosta' dele.
Ah falta dois casais bizarros nee?
Até mais!!!