Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 29
"You Color of Your Tears And Your Love"


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou aqui pra dizer que esse cap tem um lemon... ou a tentativa de um.
Esse cap é pra todos que pediram MyvxKaya



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179487/chapter/29

Toshiya se despedia das crianças, quando Koichi grudou nele.

- O que foi Koichi?  Eu vou voltar...

- Você vai fazer como todos que eu chamei de amigos, vai embora e me deixar sozinho aqui, com os monstros...

Toshiya se abaixou, para ficar da altura do garoto.

- Não tem monstro Koichi... E eu vou voltar, eu juro! Aliás, quando você quiser é só ir me ver... Nee?

- Eu posso?

- Claro... Se sua mãe te levar... – Toshiya estendeu a mão para ele – Trato feito?

- Trato feito! – o menino sorriu, e abraçou Toshiya.

- Agora eu vou indo... Nee, por que já está tarde... – Toshiya se levantou e acenou para o menino, que imitou o gesto.

[...]

No caminho ele ia chutando as pedrinhas que encontrava.

- Droga... Eu não entendo como tudo mudou tão rápido pra mim... Rápido até demais...

- Começou a andar com o Miyavi, e já tá ficando louco. – Die surgiu atrás de Toshiya.

- Não enche Daisuke... Eu tô na minha... Não tô a fim de brigar...

- Não tá a fim, ou não tem força? – Die empurrou Toshiya. – Sabe... Temos que aproveitar todas as oportunidades.... – ele deu um soco que derrubou Toshiya.

- Você tá louco? – Toshiya se levantou ainda tonto.

- Eu sempre fui... – riu dando outro soco no maior e o derrubando novamente. – E isso, é por eu sempre ter me ferrado pra livrar sua cara. E por você ter deixado o Miyavi me bater. – Die começou a chutá-lo e Toshiya não conseguia se defender.

- Você se metia em encrenca por que queria, não por que era minha culpa... – ao terminar de dizer isso, Toshiya levou um chute na boca, que cortou seus lábios e gengiva.

Die deu um chute no estomago dele, o deixando sem ar...

- Agora quem manda no pedaço sou eu... – riu se afastando dele. – E avisa pro seu irmãozinho, que o que é dele está guardado.

Toshiya se levantou, ainda respirando de maneira ofegante.

O gosto de ferro na boca estava lhe dando náuseas...

- Toshiya? – Kai apareceu. – O que houve? Quem fez isso com você.... – ele se abaixou para ver se o outro estava acordado.

- O Die... – falou com dificuldade. – Me leva... Pra casa do Miyavi....

- Claro, não vou te deixar aqui assim.... E eu estava indo pra lá mesmo... – Kai o ajudou a se levantar.

Os dois foram caminhando vagarosamente.

Kai se surpreendeu, pois Toshiya não reclamou de dor nenhuma, nem chorou, como se aquilo não o incomodasse.

Kai tocou a campainha, ainda segurando Toshiya com força, por que a qualquer momento ele cairia.

Miyavi atendeu a porta.

- O que houve? – disse ele assim que viu o estado de Toshiya.

- Eu o encontrei, no caminho, brigou com o Die.

- Aquele maldito! – Miyavi ia se mover, mas Toshiya segurou levemente a mão dele.

- Não... Não precisa.... – falou pausadamente, a boca ainda sangrava muito. – Tudo o que se faz volta, nee... Eu tô pagando minha parte, e logo ele paga a dele. – disse num sussurro.

Eles entraram. E com a ajuda de Kai ele se sentou no sofá.

Kaya pegou um pano para limpar o rosto dele.

- Não podemos deixar ele ficar sangrando assim... – disse Kaya, olhando para ele. – O que ele tem, não deixa seu sangue coagular**.... É perigoso...

- Meevs... Sua mãe vai demorar? – perguntou Kai

- Não, ela disse que já está chegando... – respondeu Miyavi desligando o telefone.

[...]

A mãe do Miyavi os levou para o hospital...

- Ele já pode ficar internado aqui agora, ele irá começar o tratamento amanhã mesmo. – disse Dr. Satoshi, o médico responsável por Toshiya no hospital.

- É que os pais dele, não sabem que ele esta aqui... E eu não consegui entrar em contato com eles. – disse Kim.

- Nós podemos tentar entrar em contato, mas, qualquer coisa podemos avisar a senhora, sim?

- Claro... – ela sorriu.

- Vejo que os amigos dele, estão um tanto preocupados... Vocês podem ir falar com ele. – disse o médico olhando para eles

Os três entraram no quarto, e viram Toshiya encolhido no canto da cama.

- Totchi? – Miyavi se sentou perto dele.

- Desculpa... – sussurrou, sua boca estava com alguns pontos dificultando a fala.

- Isso tá ficando clichê, Toshiya... – riu Miyavi bagunçando o cabelo dele.

- Acho que nem se eu pedisse desculpa todos os dias, eu ia conseguir me sentir desculpado.

- Acho que não precisa, e só mudar suas atitudes, tudo vai melhorar... – disse Kai

Toshiya só o encarou e não respondeu nada.

- Quer nossa companhia? – perguntou Kaya.

Toshiya olhou para ele, e assentiu com a cabeça.

- Que bom.... – riu Miyavi. – Achei que você ia mandar todos nós embora aos chutes!

- Chutes? Acho que seria aos gritos... - completou Kaya.

Toshiya sorriu levemente.

- Eu não... Posso gritar, se não... Estoura meus pontos... E vocês... Verão uma cena digna dos Jogos Mortais... – respondeu.

Todos riram.

- Totchi, o que você trouxe de legal pra passar o tempo? – perguntou Miyavi mexendo na mochila de Toshiya.

- Lápis e papel...  

- Você e seus desenhos! – Miyavi reclamou. – Cara, você não faz outra coisa?

Toshiya negou com a cabeça.

- Pelo menos ele vai se distrair... – disse Kaya.

Eles ficaram algum tempo em silencio.

- Obrigado por perderem o tempo de vocês comigo... Eu... Eu sempre fui um inútil, e mesmo assim vocês me tratam tão bem... - Toshiya voltou a se encolher.

- Totchi.. Aniki....  Olha pra mim... – Miyavi puxou o rosto dele e o fez encara-lo.  – não estamos perdendo tempo... Estamos recuperando.

Toshiya encostou a testa em Miyavi, e ficou encarando ele mais de perto.

Miyavi sorriu, eles ficaram assim por um tempo. Depois Miyavi mostrou a língua para ele, e se afastou.

- Bom, mesmo, achei que ia perder meu namorado! – riu Kaya.

Toshiya sorriu para ele.

“Eu sangro como forma de compensar tudo pra você

Como o sangue pesa?

Felicidade e tristeza caminham juntas”*

[...]

[Na casa do Uruha]

Uruha estava deitado no colo de Ni-ya, que estava com os olhos fechados, e resmungando inaudivelmente.

- Ni... Você não falou nada desde que chegou... O que você falou com o Miyavi?

- O Meevs me explicou o que aconteceu, o porquê dele ter se aproximado assim do Toshiya. E ele disse que não vai deixar o Toshiya perto da gente.

- Mas não é por isso que você está resmungando, é?

-  Não... É que eu ainda estou tentando processar toda a informação na minha cabeça.

- Deixa isso quieto... Não fique pensando nisso, vamos aproveitar nee? – Uruha sorriu para Ni-ya.

- Roubando minhas frases. – Ni-ya deu um beijo na testa dele, e sorriu.

A campainha tocou. Mayumi foi atender.

- Yo... Miyavi, Kaya-chan entrem, os dois estão ali na sala. – sorriu.

- Yo Mayu-chan. – sorriu Kaya, puxando Miyavi pra dentro da sala.

- Myv! Kaya!-  Uruha saltou do sofá e foi abraçá-los.

- Yo! Bebê... – riu Miyavi – O Ni-ya te deu açúcar?

- Refrigerante, para ser exato... – disse Ni-ya rindo.

- Já disse pra não dar refrigerante pra ele Ni-ya! – disse Kaya indo abraçar o Ni-ya.

Mayumi riu da cena e voltou para a cozinha.

- Porque você tá sujo de sangue? – perguntou  Uruha, vendo uma mancha na camiseta do Miyavi.

- Ah... Não é meu, não se preocupe... E que nem deu tempo pra trocar a camisa, o Kaya queria passar aqui, antes de ir pra casa dele. – disse Miyavi indo se sentar no sofá ao lado de Ni-ya.

- É do Toshiya? – perguntou Ni-ya, em voz baixa.

Miyavi acenou com a cabeça.

Uruha estava distraído conversando com Kaya que nem prestou atenção no que Ni-ya acabou de dizer.

Eles ficaram conversando um tempo, rindo das piadinhas do Miyavi.

- Bom, acho que já está na hora de ir... -  disse Miyavi puxando Kaya. – Que tal fazermos um piquinique amanhã?

- Ah vamos chamar os outros? – perguntou Uruha

- Claro...  Um piquinique só com nós quatro, não ia durar muito, o Miyavi ia comer toda a comida, então quanto mais gente, mais comida que sobra. – ditou Ni-ya fazendo Uruha se jogar no sofá de tanto rir.

- Então... Até amanhã! – Kaya abraçou Uruha e deu um beijo no rosto dele.

- Até amanhã.... – Uruha se levantou e abraçou Miyavi.

[...]

- Tatsu... Por que você não dorme lá em casa esse fim de semana? – perguntou Miyavi abraçando Kaya, enquanto ele destrancava a porta.

-  Quais são as suas intenções com esse pedido? – riu

- Nenhuma... Só sua companhia.... – disse Miyavi

- Ah, tá... – Ele abriu a porta, e viu Sakito e Mikaru deitados, dormindo no sofá, abraçados. – Você tinha que agir como o meu irmão sem malicia.

- Até parece que o Mikaru não tem malicia. – riu Miyavi. – Olha a cara de mal dele.

- Para com isso... – riu. – Vou avisar minha mãe que vou na sua casa. Satisfeito?

- Ainda não. Você só provoca....

- Miyavi! – Kaya deu um tapa no ombro e riu. – Mãe? – Kaya foi até cozinha, e viu a mãe dele cortando alguns legumes.

- Sim, Tatsuya – ela se virou sorrindo.

- Posso dormir na casa do Myv hoje? – perguntou ele

- Pode... Pode....  – riu ela.

-Tá rindo do que mãe?

- Ouvi a conversa de vocês....

- Mãe! – Kaya ficou vermelho e Miyavi riu. – Tô indo! – Kaya correu pro quarto dele, para arrumar suas coisas.

Miyavi continuou rindo parado na porta da cozinha.

Logo ele voltou com a bolsa.

- Vamos logo! – ele puxou Miyavi -  Tchau mãe... Até amanhã!

[...]

O caminho todo, Miyavi ficou rindo do Kaya, que estava ainda vermelho de vergonha.

- Eu acho muito fofo quando você fica com vergonha, Tatsu...

- Seu bobo... É tudo culpa sua... Malicioso... – disse Kaya beliscando ele.

- Ai.... Assim doi amor....

- Amor.... – Kaya virou o rosto e continuou andando, já estavam chegando.

Miyavi puxou ele, e o abraçou.

- Tatsu.... – riu no ouvido do outro.

Kaya sorriu levemente.  Começou a chover, como já estava ameaçando desde o inicio da tarde.

- Vamos entrar logo em casa. – Miyavi o soltou do abraço e o puxou para perto da casa.

- Adoro ouvir a chuva, vamos ficar aqui ouvindo? – perguntou Kaya, se sentando na cadeira que havia na varanda.

- Vamos... – Miyavi fez ele se levantar e se sentou, o fazendo sentar no colo.

Eles ficaram em silencio por um tempo, olhando a chuva aumentando a intensidade.

- Myv...

- Hummm?

- Você vai me amar pra sempre?

- Por que você tá perguntando isso?

- Não sei...  – Kaya se encolheu no colo dele.

- Vou te responder mesmo assim... Eu vou te amar pra sempre, mesmo se eu morrer, eu vou continuar te amando... Mesmo se você me deixar, eu vou continuar te amando... – Miyavi aconchegou Kaya ainda mais em seus braços. – Lembre-se disso, eu sou todo seu... Sempre serei...

Kaya começou a chorar baixinho, fazendo com que Miyavi erguesse o rosto dele, para beijá-lo.

- Eu nunca pensei que iria amar alguém como amo você Kaya, nunca pensei que teria alguém especial como você ao meu lado... 

- Eu te amo.... Te amo muito, a ponto de morrer por seu amor... – respondeu Kaya.

- Kaya... – Miyavi sorriu e enxugou as lagrimas dele. –Tenha certeza que eu sempre estarei ao seu lado.

- Vamos entrar porque já esta esfriando... - os dois se levantaram e foram para dentro de casa.

- Cadê sua mãe, Myv? – perguntou Kaya.

- Ela deve estar no quarto dela... Por quê?

- Por nada... – sorriu  - Vamos assistir alguma coisa?

- Vamos. – Miyavi puxou Kaya para o sofá...

Os dois ficaram bem quietos  e quando Kaya estava quase dormindo, Miyavi o cutucou.

- Ai, Myv... – disse ele se encolhendo no sofá.

- Vamos deitar na cama, você vai ficar todo dolorido deitado desse jeito.  – Miyavi pegou Kaya nos braços. E carregou até o quarto.

- Quero que você me carregue assim sempre... – riu ele quando Miyavi o colocou na cama.

- Preguiçoso, você tem duas pernas...

- Ah... Mas é tão bom ficar em seus braços...

- Se você diz... – riu Miyavi ficando apoiado somente pelos braços, por cima de Kaya, selando-lhe os lábios.

Kaya o fitou por alguns segundos, e um sorriso envergonhado brotou em seus lábios.

- O que foi Kaya?

- Myv... – Kaya o beijou intensamente, como se pedisse algo no seu silencio.

Miyavi desceu os lábios pela pescoço de Kaya, que passava as unhas um tanto grandes pelo pescoço dele.

Assim que se separaram para retomar o fôlego.  Miyavi tirou a camisa, exibindo todas suas tatuagens...

Logo recomeçaram um beijo ainda mais intenso...

 Miyavi levantou Kaya, o fazendo se sentar a sua frente. Continuaram o beijo, enquanto Miyavi levava as mãos às costas de Kaya e desabotoava o  vestido um tanto complicado.

Assim que conseguiu abrir a roupa, Miyavi livrou o corpo do mais novo, deixando exposto o corpo magro.

Kaya se arrepiou ao sentir a temperatura do ambiente.

Miyavi puxou Kaya o mais próximo que pode... Como se quisesse aquece-lo com seu corpo.

Kaya deslizou as mãos até o coz da calça de Miyavi e abriu o botão e o livrou do jeans.

Os lábios de Miyavi deslizaram pelo corpo de Kaya, o fazendo arfar.

Miyavi despiu totalmente Kaya, em seguida fez o mesmo com suas roupas, livrando o membro já desperto.

Os lábios de Kaya agora deslizavam pelo corpo de Miyavi, o fazendo gemer, o moreno, puxou Kaya para sentar em seu colo, beijando mais uma vez seus lábios.

Miyavi parou o beijo, e encarou Kaya profundamente, o mais novo segurava o rosto dele de forma dócil, e o encarava também...

- Eu não quero machucar você.... – disse sussurrando.

- Você não vai me machucar... – sorriu o mais novo.

Enquanto iniciavam mais um beijo, a mão de Miyavi desceu até o membro semi-desperto de Kaya, massageando-o, e fazendo o mais novo gemer, um pouco mais alto.

Miyavi o deitou agora na cama, afastando os corpos por alguns segundos. Continuou  massageando levemente o mais novo, e sob protestos parou. Com um sorriso no canto dos lábios afastou um pouco as pernas do menor, e roçou o membro na entrada dele, que mais uma vez gemeu.

Voltando a massageá-lo, e cada vez mais intensamente, também, aproximando cada vez mais o membro ereto da entrada do mais novo,  e roubando-lhe beijos ardentes. Fazendo uma sinfonia de desejo e paixão.

Forçou o membro contra a entrada, e os gemidos já entoavam no quarto.

Kaya sentiu Miyavi se forçando para dentro de si, e mordeu os próprios lábios, sentindo uma dor, agora prazerosa.

Assim que se viu dentro do menor, parou um pouco, para que o outro se acostumasse com seu volume ali dentro.

As unhas de Kaya já lhe arranhavam as costas, como se desse permissão para continuar;

O maior começou a movimentar lentamente, e seguiu o mesmo ritmo massageando o membro do menor.

O ritmo foi aumentando, e o som dos corpos se chocando misturavam se com gritos e gemidos de prazer que tomavam o quarto.

A mão livre de Miyavi deslizava pelas coxas de Kaya, tentado fazê-los se aproximarem ainda mais.

O ritmo cada vez mais rápido, já anunciava que logo teriam seu ápice.

Kaya sentiu o liquido quente lhe preenchendo, e logo também liberou o liquido esbranquiçado na mão e no baixo-ventre de Miyavi.

Miyavi selou os lábios de Kaya mais uma vez, e pode ver o sorriso no rosto do mais novo.

- Aishiteru... – disse Miyavi, acariciando o rosto dele.

- Aishiterumo... Myv....

Lentamente, Miyavi se retirou de Kaya, e permitiu tombar-se ao lado do menor, que está muito mais ofegante que ele.

Kaya adormeceu rápido, e Miyavi o observava, como se ele fosse uma obra de arte única em exposição.

Ele era seu, e ninguém poderia afastá-los.

Miyavi se levantou vagarosamente, somente para pegar um lençol e cobrir seus corpos.

Ele abraçou o menor, e sussurrou mais uma vez “Aishiteru”, e fechou os olhos, adormecendo também.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Tudo Glass Skin(eng.Version), o titulo e a parte em negrito
Uou fui má agora... tadinho do Totchi.
** Essa parte é uma caracteristica da Leucemia, pelo que eu pesquisei, ela destroi as celulas responsaveis pela coagulação do sangue.
E o lemon?.... rs.Eu tava sem idéia... prometo que tentarei fazer um melhor nas proximas fics ou side-fics....
Ah.... proximo Cap... mais um casal bizarro? E o inicio de uma amizade ^^
Fica a dica!