Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 17
LoveSongs*


Notas iniciais do capítulo

Yo... mudei a capa... gostaram?
Boa leitura!



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Kaoru estava saindo da delegacia, com cara de poucos amigos...

– Você é um irresponsável! Eu tenho vergonha do que você se tornou! – sua mãe gritava com ele.

– Foda-se, há muito tempo você tem vergonha de mim, não vai ser agora que isso vai me afetar de alguma maneira...

– Se o delegado não fosse meu irmão, você já estaria numa casa para menores infratores...

– Seria melhor ficar lá... - Kaoru pegou o maço de cigarros no bolso, mas sua mãe deu um tapa na mão dele. – Oh caralho! – ele olhou pra ela.

– Seu pai morreu por causa disso!

– Não faz a diferença pra mim... E não deveria fazer pra você. – Kaoru pegou o celular no bolso.

– Amanhã depois da escola você tem que vir aqui... entendeu?

– Eu sei, já fiz isso uma vez... agora me deixa em paz...

O resto do caminho seguiram em silencio, Kaoru ia trocando mensagens com Shinya.

A mulher entrou para a casa, e Kaoru sentou na calçada, esperando o Shinya.

Yumi (a garota que anda com os DeG- mais com o Toshiya, pra ser mais exata) passou e parou perto dele.

– Olá Kao... – ela se sentou

– oi...

– O que houve? Brigou com o namoradinho? – ela riu. – Nada que um beijo meu não resolva

– Não quero... – Kaoru se levantou, a garota segurou o braço dele

– Só um beijinho Kao... você sempre me deu beijos... – ela riu

– Não estou interessado...

– Kaoru, o Shinya pode parecer uma garota, mas ele não é.... E eu estou lhe dando a oportunidade de ficar com uma garota de verdade... –ela beijou Kaoru intensamente.

– Kao... – Shinya apareceu na esquina e ficou perplexo com a cena...

Kaoru empurrou a garota, que caiu sentada, rindo...

– Shinya... Espera...

O loirinho saiu correndo, não dando chances para Kaoru se explicar...

O moreno olhou de maneira assassina para a garota, que ainda ria sentada no chão.

–Era isso que você queria né? Queria que o Shin visse..... – Kaoru ergueu a garota pelo pescoço.

– Você tá me sufo-cando...

– É... eu tô te sufocando? – ele falou de maneira sombria. – É essa minha intenção te matar vadiazinha.... – ele apertou ainda mais o pescoço da menina, que começou a se recontorcer, tentando inutilmente se soltar das mãos dele.

Kaoru sentiu alguns tapas nas costa e desviou o olhar vendo a mãe dele tentando afastar ele da menina.

– Moleque... para com isso... você vai matar essa menina...

Ele não soltou ela, então a mulher começou a estapear ele, mas não adiantava...

– Kaoru, solte-a!!! –

A garota já estava ficando roxa, quase desmaiando...

Kaoru a soltou, e ela caiu no chão tentando respirar normalmente.

– Monstro! Desaparece daqui, eu não quero você na minha casa.... – a mãe dele foi ajudar a menina.

Kaoru apenas encarou a mulher por alguns minutos, e correu na mesma direção que Shinya foi...

Começava a cair as primeiras gotas da chuva.

Logo alcançou Shinya, que já não corria... mas esse entrou rápido, fechou o portão, correu para a casa e fechou a porta

– Shinya, Shinya... espera- gritou sendo ignorado. – Shin....por favor!


A chuva aumentou...


Kaoru ficou alguns minutos olhando a casa sob a chuva.

Sem saber o que fazer, se sentou na calçada, as lágrimas correndo pelo rosto.


Depois de ficar por algum tempo na chuva percebeu um carro parando próximo a ele.

Era o pai do Shinya...

– Kaoru-kun? – ele abriu a janela. – Por que você está na chuva?


Kaoru se levantou

– O Shinya entendeu tudo errado... eu não tive culpa...

– Acalme-se... vamos entrar... – o homem abriu a porta, abriu um guarda-chuva e puxou Kaoru para dentro da casa...

Kaoru tremia de frio... estava encharcado, e cada passo que dava, deixava uma poça de água...

– Gomen nee, Terachi-san... eu estou muito molhado... – Kaoru abaixou a cabeça.

– Não se preocupe, garoto... -O homem colocou a maleta no sofá... – Com certeza, o Shinya deve estar trancado no quarto dele. É o terceiro, a direita.

Kaoru subiu a escada correndo.

– Shinya... posso falar com você... – disse batendo levemente na porta. O loiro não respondeu, e Kaoru insistiu mais quatro vezes até ouvir a porta destrancando e Shinya deixou a porta entreaberta e olhou pela fresta....

– Você só quer brincar comigo... Vai me descartar depois.... – Shinya falou aquilo com a voz de choro.

– Não Shin, eu nunca faria isso... Aquela maluca... você sabe como ela é... foi ela que me beijou...

– Você gostou nee... sempre ficou com ela, não ia deixar disso nee?

– Shin... eu te amo... nunca faria isso... acredite em mim... – Kaoru falou isso com a voz tremula...

Shinya o encarou assim que ouviu ‘eu te amo’.

– Me ama? – perguntou

– Claro, eu te amo... eu sempre quis te proteger.. mas só agora percebi que era por te amar... – Kaoru empurrou a porta e abraçou Shinya...

– Eu também te amo... – Shinya encostou a cabeça no ombro de Kaoru... – Então o beijo dela não significou nada?

– Não... só seus beijos significam algo para mim... – Kaoru o apertou entre os braços e sorriu. – Se você quiser beijar outra pessoa eu deixo... pode ser até na minha frente... tem o prazo de uma semana... – riu

– ok então... me aguarde – riu o loiro dando um selinho no outro.

– Você vai ter que fazer isso mesmo... – Kaoru o olhou.

– Isso é sério?

–Claro... sempre falo sério...

– Kaoru não é por nada não, mas você está me molhando – Shinya se afastou rindo – Meu pai te leva na sua casa pra você se trocar... senão você vai ficar doente...

– Não precisa Shin, eu vou sozinho... amanhã nos vemos... – Kaoru foi se afastando, mas vacilou a voz ao dizer isso.

Por mais que ele sempre aprontasse, ele nunca dormiu fora de casa. E logo agora tinha que ser expulso de casa, na época de chuvas.

– Kao... você tá me escondendo alguma coisa – Shinya segurou o braço dele.

– Não estou Shin... não se preocupe...

– Kaoru, eu te conheço desde meus dez anos, e eu sei quando você tá mentindo...

– Vou indo...

– Kaoru! Que saco... Pelo menos uma vez obedeça alguém! – Shinya segurou o rosto do Kaoru.

– Minha mãe... aquela velha louca... me expulsou de casa... – Kaoru disse isso sem jeito.

– Meu pai busca suas coisas... você vai ficar aqui... – Shinya puxou Kaoru, e eles desceram a escada

– Pai... pai... – Shinya foi até a cozinha praticamente arrastando o moreno.

– Sim... Shin – o homem olhou para os garotos.

– O Kaoru pode morar aqui... – Shinya falou depressa, Kaoru fingia não olhar para ninguém...

– O que aconteceu?

– Minha mãe me expulsou... – Kaoru abaixou a cabeça, sem graça...

– Você quer que eu fale com ela, antes de qualquer decisão?

– Eu acho melhor eu só ir pegar as minhas coisas... eu fico em qualquer lugar... eu já disse pro Shin não ficar preocupado...

– Você fica... Vamos lá buscar suas coisas...


[...]

Assim que o carro parou, Shinya e Kaoru desceram.

Kaoru tentou forçar a porta, mas estava trancada.

Shinya então bateu na porta

– Niikura-san... – chamou

A mulher saiu na janela.

– O Kaoru quer pegar as coisas dele. – disse decidido.

– Vai dar abrigo a esse monstro? – disse a mulher.

– Cala a boca, antes que eu te dê um tapa.... Sai da frente, quero pegar minhas coisas. – gritou o moreno.

– Suas coisas? Onde? Você não trabalhou pra tê-las...Eu comprei tudo, nada aqui é seu.

– Senhora... – Shinya parou de falar ao ver que Kaoru chutou a porta e a abriu. A mulher começou a gritar com ele ,o pai de Shinya desceu do carro e tentou convencer a mulher a parar de gritar, a vizinhança já começava a espiar das janelas. Shinya foi ajudar o outro com as coisas, e logo saíram praticamente correndo, e entraram no quarto...

– eu vou te denunciar pra policia seu delinqüente, e dessa vez eu não vou pedir pro seu tio te proteger!

– Eu não preciso da sua proteção, e nem da proteção dele. – Disse Kaoru fechando a porta do carro, nervoso.

Terachi-san se desculpou com a mulher, e entrou no carro.

– Sua mãe está muito nervosa. – disse o homem ligando o carro.

– Ela me odeia... sempre me odiou, quem cuidava de mim era meu pai... – Kaoru disse olhando pro teto.

[...]

– Uru-chan, meu tio falou para eu ficar na casa dele... – disse Ni-Ya sentado na beira da cama.

– Mas você pode ficar aqui... eu quero que você fique...

– Uru.. Meu tio mora só a um quarteirão daqui... bem mais perto da sua casa... – sorriu.

– você vai continuar vindo aqui todos os dias?

– Claro... – Ni-Ya sorriu- Eu tenho uma coisa pra te entregar desde manhã... mas nem deu muito certo... – ele coçou a cabeça.

– O quê? -perguntou o loirinho curioso.

Ni-Ya levou a mão ao bolso e pegou dois anéis.

– Que... lindo! – disse ele pulando feliz.

Ni-Ya colocou um no dedo de Uruha, e depois o outro no próprio dedo.

Uruha ficou vermelho.

– Adoro quando você fica vermelho. – Ni-Ya deu um selinho no loiro.

– Arigatou! – sorri olhando o anel.

[...]


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Notas finais do capítulo

* o nome do cap em homenagem a musica do cinema bizarre que eu adoro! (Pra quem
não sabe,Cinema Bizarre era uma banda alemã que adotou o visual kei, e os membros da banda
foram influenciados pelo Dir En Grey) [Principalmente o Baterista Shin... *nome sugestivo nee*]
que é super fã do Shinya*
E como esse Cap é praticamente DeG nee, vale a homenagem!
Até a próxima