Escola De J Rock escrita por Kamui Nishimura
Notas iniciais do capítulo
Yo... mudei a capa... gostaram?
Boa leitura!
Kaoru estava saindo da delegacia, com cara de poucos amigos...
– Você é um irresponsável! Eu tenho vergonha do que você se tornou! – sua mãe gritava com ele.
– Foda-se, há muito tempo você tem vergonha de mim, não vai ser agora que isso vai me afetar de alguma maneira...
– Se o delegado não fosse meu irmão, você já estaria numa casa para menores infratores...
– Seria melhor ficar lá... - Kaoru pegou o maço de cigarros no bolso, mas sua mãe deu um tapa na mão dele. – Oh caralho! – ele olhou pra ela.
– Seu pai morreu por causa disso!
– Não faz a diferença pra mim... E não deveria fazer pra você. – Kaoru pegou o celular no bolso.
– Amanhã depois da escola você tem que vir aqui... entendeu?
– Eu sei, já fiz isso uma vez... agora me deixa em paz...
O resto do caminho seguiram em silencio, Kaoru ia trocando mensagens com Shinya.
A mulher entrou para a casa, e Kaoru sentou na calçada, esperando o Shinya.
Yumi (a garota que anda com os DeG- mais com o Toshiya, pra ser mais exata) passou e parou perto dele.
– Olá Kao... – ela se sentou
– oi...
– O que houve? Brigou com o namoradinho? – ela riu. – Nada que um beijo meu não resolva
– Não quero... – Kaoru se levantou, a garota segurou o braço dele
– Só um beijinho Kao... você sempre me deu beijos... – ela riu
– Não estou interessado...
– Kaoru, o Shinya pode parecer uma garota, mas ele não é.... E eu estou lhe dando a oportunidade de ficar com uma garota de verdade... –ela beijou Kaoru intensamente.
– Kao... – Shinya apareceu na esquina e ficou perplexo com a cena...
Kaoru empurrou a garota, que caiu sentada, rindo...
– Shinya... Espera...
O loirinho saiu correndo, não dando chances para Kaoru se explicar...
O moreno olhou de maneira assassina para a garota, que ainda ria sentada no chão.
–Era isso que você queria né? Queria que o Shin visse..... – Kaoru ergueu a garota pelo pescoço.
– Você tá me sufo-cando...
– É... eu tô te sufocando? – ele falou de maneira sombria. – É essa minha intenção te matar vadiazinha.... – ele apertou ainda mais o pescoço da menina, que começou a se recontorcer, tentando inutilmente se soltar das mãos dele.
Kaoru sentiu alguns tapas nas costa e desviou o olhar vendo a mãe dele tentando afastar ele da menina.
– Moleque... para com isso... você vai matar essa menina...
Ele não soltou ela, então a mulher começou a estapear ele, mas não adiantava...
– Kaoru, solte-a!!! –
A garota já estava ficando roxa, quase desmaiando...
Kaoru a soltou, e ela caiu no chão tentando respirar normalmente.
– Monstro! Desaparece daqui, eu não quero você na minha casa.... – a mãe dele foi ajudar a menina.
Kaoru apenas encarou a mulher por alguns minutos, e correu na mesma direção que Shinya foi...
Começava a cair as primeiras gotas da chuva.
Logo alcançou Shinya, que já não corria... mas esse entrou rápido, fechou o portão, correu para a casa e fechou a porta
– Shinya, Shinya... espera- gritou sendo ignorado. – Shin....por favor!
A chuva aumentou...
Kaoru ficou alguns minutos olhando a casa sob a chuva.
Sem saber o que fazer, se sentou na calçada, as lágrimas correndo pelo rosto.
Depois de ficar por algum tempo na chuva percebeu um carro parando próximo a ele.
Era o pai do Shinya...
– Kaoru-kun? – ele abriu a janela. – Por que você está na chuva?
Kaoru se levantou
– O Shinya entendeu tudo errado... eu não tive culpa...
– Acalme-se... vamos entrar... – o homem abriu a porta, abriu um guarda-chuva e puxou Kaoru para dentro da casa...
Kaoru tremia de frio... estava encharcado, e cada passo que dava, deixava uma poça de água...
– Gomen nee, Terachi-san... eu estou muito molhado... – Kaoru abaixou a cabeça.
– Não se preocupe, garoto... -O homem colocou a maleta no sofá... – Com certeza, o Shinya deve estar trancado no quarto dele. É o terceiro, a direita.
Kaoru subiu a escada correndo.
– Shinya... posso falar com você... – disse batendo levemente na porta. O loiro não respondeu, e Kaoru insistiu mais quatro vezes até ouvir a porta destrancando e Shinya deixou a porta entreaberta e olhou pela fresta....
– Você só quer brincar comigo... Vai me descartar depois.... – Shinya falou aquilo com a voz de choro.
– Não Shin, eu nunca faria isso... Aquela maluca... você sabe como ela é... foi ela que me beijou...
– Você gostou nee... sempre ficou com ela, não ia deixar disso nee?
– Shin... eu te amo... nunca faria isso... acredite em mim... – Kaoru falou isso com a voz tremula...
Shinya o encarou assim que ouviu ‘eu te amo’.
– Me ama? – perguntou
– Claro, eu te amo... eu sempre quis te proteger.. mas só agora percebi que era por te amar... – Kaoru empurrou a porta e abraçou Shinya...
– Eu também te amo... – Shinya encostou a cabeça no ombro de Kaoru... – Então o beijo dela não significou nada?
– Não... só seus beijos significam algo para mim... – Kaoru o apertou entre os braços e sorriu. – Se você quiser beijar outra pessoa eu deixo... pode ser até na minha frente... tem o prazo de uma semana... – riu
– ok então... me aguarde – riu o loiro dando um selinho no outro.
– Você vai ter que fazer isso mesmo... – Kaoru o olhou.
– Isso é sério?
–Claro... sempre falo sério...
– Kaoru não é por nada não, mas você está me molhando – Shinya se afastou rindo – Meu pai te leva na sua casa pra você se trocar... senão você vai ficar doente...
– Não precisa Shin, eu vou sozinho... amanhã nos vemos... – Kaoru foi se afastando, mas vacilou a voz ao dizer isso.
Por mais que ele sempre aprontasse, ele nunca dormiu fora de casa. E logo agora tinha que ser expulso de casa, na época de chuvas.
– Kao... você tá me escondendo alguma coisa – Shinya segurou o braço dele.
– Não estou Shin... não se preocupe...
– Kaoru, eu te conheço desde meus dez anos, e eu sei quando você tá mentindo...
– Vou indo...
– Kaoru! Que saco... Pelo menos uma vez obedeça alguém! – Shinya segurou o rosto do Kaoru.
– Minha mãe... aquela velha louca... me expulsou de casa... – Kaoru disse isso sem jeito.
– Meu pai busca suas coisas... você vai ficar aqui... – Shinya puxou Kaoru, e eles desceram a escada
– Pai... pai... – Shinya foi até a cozinha praticamente arrastando o moreno.
– Sim... Shin – o homem olhou para os garotos.
– O Kaoru pode morar aqui... – Shinya falou depressa, Kaoru fingia não olhar para ninguém...
– O que aconteceu?
– Minha mãe me expulsou... – Kaoru abaixou a cabeça, sem graça...
– Você quer que eu fale com ela, antes de qualquer decisão?
– Eu acho melhor eu só ir pegar as minhas coisas... eu fico em qualquer lugar... eu já disse pro Shin não ficar preocupado...
– Você fica... Vamos lá buscar suas coisas...
[...]
Assim que o carro parou, Shinya e Kaoru desceram.
Kaoru tentou forçar a porta, mas estava trancada.
Shinya então bateu na porta
– Niikura-san... – chamou
A mulher saiu na janela.
– O Kaoru quer pegar as coisas dele. – disse decidido.
– Vai dar abrigo a esse monstro? – disse a mulher.
– Cala a boca, antes que eu te dê um tapa.... Sai da frente, quero pegar minhas coisas. – gritou o moreno.
– Suas coisas? Onde? Você não trabalhou pra tê-las...Eu comprei tudo, nada aqui é seu.
– Senhora... – Shinya parou de falar ao ver que Kaoru chutou a porta e a abriu. A mulher começou a gritar com ele ,o pai de Shinya desceu do carro e tentou convencer a mulher a parar de gritar, a vizinhança já começava a espiar das janelas. Shinya foi ajudar o outro com as coisas, e logo saíram praticamente correndo, e entraram no quarto...
– eu vou te denunciar pra policia seu delinqüente, e dessa vez eu não vou pedir pro seu tio te proteger!
– Eu não preciso da sua proteção, e nem da proteção dele. – Disse Kaoru fechando a porta do carro, nervoso.
Terachi-san se desculpou com a mulher, e entrou no carro.
– Sua mãe está muito nervosa. – disse o homem ligando o carro.
– Ela me odeia... sempre me odiou, quem cuidava de mim era meu pai... – Kaoru disse olhando pro teto.
[...]
– Uru-chan, meu tio falou para eu ficar na casa dele... – disse Ni-Ya sentado na beira da cama.
– Mas você pode ficar aqui... eu quero que você fique...
– Uru.. Meu tio mora só a um quarteirão daqui... bem mais perto da sua casa... – sorriu.
– você vai continuar vindo aqui todos os dias?
– Claro... – Ni-Ya sorriu- Eu tenho uma coisa pra te entregar desde manhã... mas nem deu muito certo... – ele coçou a cabeça.
– O quê? -perguntou o loirinho curioso.
Ni-Ya levou a mão ao bolso e pegou dois anéis.
– Que... lindo! – disse ele pulando feliz.
Ni-Ya colocou um no dedo de Uruha, e depois o outro no próprio dedo.
Uruha ficou vermelho.
– Adoro quando você fica vermelho. – Ni-Ya deu um selinho no loiro.
– Arigatou! – sorri olhando o anel.
[...]
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
* o nome do cap em homenagem a musica do cinema bizarre que eu adoro! (Pra quem
não sabe,Cinema Bizarre era uma banda alemã que adotou o visual kei, e os membros da banda
foram influenciados pelo Dir En Grey) [Principalmente o Baterista Shin... *nome sugestivo nee*]
que é super fã do Shinya*
E como esse Cap é praticamente DeG nee, vale a homenagem!
Até a próxima