[Na Semana Seguinte...]

- Desculpe-me, Aluninhos... mas houve um probleminha, e eu não consegui mostrar o poema escolhido antes... Mas vamos aproveitar e escolher quem irá compor e apresentar a canção. – A Professora colocou os livros na mesa e observou a sala dispersa. – Hey... o que houve com vocês hoje? Estão todos distraídos!

Toshiya já havia voltado a assistir as aulas normalmente, e até agora estava quieto. Die e Kyo não paravam de rir. E olhar Shinya conversando com Sakito e Kaya, Uruha brincava com as canetas junto com o Aoi e o Kai. Ni-Ya ,Mikaru, Reita, Ruka faziam bolinhas de papel, e jogavam um no outro. Ruki e Yomi liam um livro juntos.

-Eu escolhi o poema do Takahiro.

Sakito ficou vermelho.

- E vou ler um trecho só para vocês saberem o porquê da escolha.... “Amanhã, mesmo que você não possa mais me ver, com certeza continuarei te amando. Amanhã, mesmo que seus sentimentos se separem de mim, com certeza continuarei te amando...”

Todos os alunos (Exceto os três DeG) aplaudiram .

- Taka... que poema lindo! – sorriu Kai estendendo a mão para cumprimentá-lo.

- Obrigado... – disse o loiro sem graça.

- Então Takahiro, qual grupo ou solo que irá apresentar o seu poema como música? – sorriu a professora entregando o poema para o rapaz.

- Bom... eu já tinha ‘alguéns’ em mente... os meninos do the GazettE. – sorriu

- Sim... o Takanori, Yuu, Akira, Yutaka e Kouyou... Bom, meninos vocês irão ter mais ou menos um mês para compor e ensaiar e vocês irão apresentar na próxima festa da escola. ..que, aliás, será à fantasia.

Toshiya, Kyo e Die começaram a rir descontroladamente.

- Meninos... – a professora chamou a atenção deles. 

- Ah... professora... sabe que o Daisuke tem a imaginação fértil... ele só descreveu alguém fantasiado! – disse o Kyo de maneira cínica.

- Sem gracinhas na aula....vamos continuar... Todos já tem que começar a preparar as bandas para o próximo show de talento.  Takamasa, você já sabe que não poderá participar ...

- Sei professora... mas eu posso ajudar a compor alguma coisa nee? –Miyavi sorriu

- Claro, querido

[...]

[Na saída]

- Mayu-nee chan , Kenichi-kun! – Uruha foi na direção dos dois, que o esperavam na porta da escola. – Nee-chan você não devia estar na faculdade agora? E Kenichi você não estaria trabalhando agora?

- Viemos buscar você...  – Mayumi sorriu e abraçou o irmão... – E te falar que já podemos resolver o nosso problema com aquele garoto fútil...

- Resolver...?

- Sim, Kouyou-kun, já está tudo certo... vamos resolver legalmente tudo agora, e ele vai pagar pelo que ele fez... – completou Kenichi. Uruha abraçou a irmã mais forte e sorriu...

Ni-Ya se aproximou.

- Tudo vai se resolver Uru... – ele sorriu e acariciou o cabelo do loirinho. – Eu vou indo agora... mas tarde eu vou na sua casa. – disse Ni-Ya assim que viu o carro do tio parando perto da escola.

- Ok... – Uruha abraçou o namorado e deu-lhe um breve selinho.

[...]

Toshiya estava indo para casa sozinho, como de costume, quando se sentiu um pouco tonto e se sentou na beira da calçada.

- Merda de calor... agora só me faltava passar mal por causa do calor... merda... – pegou o celular e ligou pra mãe. Após insistir mais uma vez a mulher atendeu.

- Okusan...

- O que quer Toshimasa? – respondeu de maneira ríspida.

- Eu só ia pedir pra alguém me buscar....eu...

- Toshimasa! Você sabe vir até aqui sozinho... Não seja fresco

- tá... deixa quieto... – ele desligou o telefone, e depois se levantou ainda um pouco tonto e seguiu o caminho, resmungando.

- Eu não sei por que insisto com essa velha....

Depois de quase meia hora ele chegou em casa, andando bem lentamente.

- Toshimasa! – Nem bem entrou na casa e já ouviu sua mãe gritando o seu nome.

- Quê? – respondeu mal humorado

A mulher jogou um papel no rosto do rapaz

- Se o seu pai fica sabendo disso te expulsa de casa...

- Ele não vai ficar sabendo... não tem tempo pra isso... – disse ele jogando o papel no chão e subindo para o quarto e se jogando na cama.

- Amanhã teremos que ir resolver isso, ouviu, sua peste! – gritou a mulher de modo histérico..

- Ahhh... me esquece ... – ele fechou os olhos, tentando adormecer, uma coisa que foi até rápida.

[...]

- Myv... os outros eu até entendo o ódio pelo Toshiya, mas por que você odeia tanto ele? – Kaya perguntou enquanto brincava com a corrente do moreno.

- Ele é insuportável... sempre foi... – disse sem animo – Vamos parar de falar nele e curtir o momento... – riu o moreno.

- Tá bom... – Kaya deu um beijo no moreno...

- Mas... antes.. porque você perguntou isso?

- Porque eu acho que foi por ciúmes...

- Ciúmes?

- É... ciúmes...  eu imagino que tenha sido por isso, por que pelo que eu vi o seu pai protege mais ele...

Miyavi ficou um tempo em silencio, mas quando foi falar alguma coisa, o celular do Kaya tocou.

- Moshi, Moshi... – Kaya atendeu o celular depressa.

- Kaya, seu pai veio te buscar.

- É mesmo, ele vinha hoje! Tá eu já vou indo! Myv...

- Ok. Pode ir...

 - Você não quer ir junto? – sorriu.

- Posso?

- Claro! Eu ainda não o apresentei para o meu pai! –

- Ok. Então... só vou avisar minha mãe...

[Dia seguinte...]

Toshiya acordou com a mãe dele puxando o lençol.

- Oh... que porcaria... me deixa dormindo...

- Você está dormindo desde ontem à tarde... não precisa dormir mais...

O garoto se levantou resmungando.

- Anda, se arrume logo, hoje você não vai na escola.. vai ter que ir resolver as encrencas que você se mete... O advogado está esperando você... eu não vou, por que não quero me meter no que você faz...

- Ah... sai daqui então... vai, sai do meu quarto... – Toshiya empurrou a mãe pra fora do quarto e fechou a porta.

- Agora é só o que me faltava aquele idiota contou pra todo mundo... não sabe ficar quieto...– reclamou enquanto procurava suas roupas.

[...]

- Eu não quero ficar perto dele... – Uruha se trancou no quarto.

- Aniki... abre a porta! Você precisa ir... vamos resolver logo isso!

- Nee-chan, tem chances dele nem pagar pelo que fez...nee?

- Você está com medo?

- Ele vai continuar atrás de mim... como sempre faz...

- Ele não vai... você tem a mim, o Kenichi, o Ni-Ya e os seus amigos para te proteger...

Uruha abriu a porta, e abraçou a irmã.

- Eu ainda tô com medo... com medo de tudo dar errado...

- Não fique assim... vamos?

Uruha assentiu com a cabeça.

[...]

Chegando no local, Uruha viu Toshiya sentado na escadaria.

O loirinho se encolheu e segurou firme o braço da irmã.

- Vamos Kou, ignore-o.

[...]

- Vamos dar inicio. – perguntou a juíza. – Isso vai ser breve, por se tratar de adolescentes. Ocaso já tinha sido denunciado na delegacia, por parte da irmã e responsável por Kouyou Takashima, que após um mês, denunciou o agressor como Toshimasa Hara.

- Certamente, Hanako-sama. – disse Kenichi olhando para a juíza.

- Vamos resolver isso logo, a vitima poderia dizer se o agressor já tinha premeditado tudo? – perguntou Hanako.

-Ele...  Me bateu no primeiro dia de aula, e logo no fim de semana ele me... – respondeu Uruha de cabeça baixa, mas não terminou a frase

- Certo. E que você tem a dizer Hara-san?...

Toshiya olhou para Uruha.

- Você errou um detalhe... não te bati sozinho... o Shinya, o Kaoru, o Kyo e o Die também ajudaram, não se esqueça. – falou de maneira sádica. E foi no final de semana?

- Isso é uma confissão... – disse Kenichi apontando para ele.

- Silêncio. Hara-san, então confessa que violentou o Takashima-san ?

Toshiya não respondeu apenas encarou a juíza.

- Eu fiz uma pergunta.

- Você não tem como escapar, tem como provar que foi você! – disse Mayumi perdendo a paciência.

- Já disse Silêncio. Ainda estou esperando a resposta Hara-san.

- Fiz...  – respondeu baixo.

O advogado dele se pronunciou.

- Como ele é um réu confesso, não há muito que falar, sugiro que dêem uma punição menor para meu cliente, ele ainda não alcançou a maioridade, então, poderia cumprir pena em serviços sociais.

- E também ser proibido de chegar a dez metros do Takashima-san.. – disse Hanako.

- Pra mim, tanto faz... – resmungou Toshiya bem baixo.

- Takashima-san, você já pode se retirar, agora, só tenho que resolver com Hara-san, os horários e o que ele vai fazer.

[...]

- Isso é injusto! Como ele só vai cumprir serviços sociais? – Mayumi reclamou

- Mayu....querendo ou não ele ainda não pode cumprir pena como um adulto. – disse Kenichi. – O Kouyou estará protegido com os amigos na escola.

[...]

- Você entendeu? Terá que passar a tarde auxiliando no instituto para adolescentes com deficiência variadas. Você irá será acompanhado por um policial, que irá garantir que você não fará nada de ruim para ninguém do instituto. – disse Hanako entregando um papel para o advogado dele.

- Como se eu me importasse com retardados...

- Veja bem, como você fala. Não poderá faltar um dia sequer, eu ficarei sabendo se você não ir. Começando por hoje. Ás duas horas. O policial designado irá te buscar.

- Ele irá. – respondeu o advogado.

- E onde estão seus responsáveis, eles deveriam ter vindo te acompanhar.

- Trabalham, não têm tempo a perder. – disse Toshiya saindo da sala, e sendo seguido pelo advogado.

[...]