All The Small Things escrita por Lola Sommers


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179198/chapter/6

  - Afinal de contas, pra onde, exatamente, estamos indo?

  - Dá pra você ter paciência? A gente já está chegando. - Ele falava enquanto dirigia o carro pelas ruas.

  Começou a tocar Walk de Foo Fighters no rádio. Fechei os meus olhos e senti o vento, que entrava pela janela do carro, bater no meu rosto. 

  - Sabe, você é diferente, de todas as garotas. - Abri os meus olhos e olhei para Matt. Ele me fitava com um sorriso no rosto.

  - E isso é...?

  - Um elogio, claro!- Não consegui deixar de sorrir. Não sabia exatamente o que ele queria dizer com aquilo, e nem o que ele queria com todas aquelas coisas que estava fazendo, mas se ele queria me conquistar... Estava conseguindo. – É aqui, chegamos.

  Olhei para fora da janela do carro. O lugar era absolutamente lindo! Parecia uma montanha, e dava para ver Phoenix quase inteira.

  - Vamos ficar ali debaixo da árvore. – Ele pegou a cesta e um pano preto e branco que estavam dentro do carro. Foi até uma árvore alta e cheia de folhas, que deixava uma sombra enorme perto da sua raiz. Ele pôs o pano estendido no chão, e a cesta em cima. Fui em sua direção e sentei em cima do pano e ele sentou logo em seguida.

   - Costuma trazer todas as suas garotas aqui?

  - Claro! Acha que você é especial? - Falou em zombaria e riu em seguida. Empurrei levemente seu ombro e ri junto com ele.

  Ele se virou para pegar algo na cesta enquanto eu olhava em volta. Phoenix era realmente uma cidade linda. Ele virou de volta e colocou na nossa frente um pote com uvas, morangos e duas taças de vidro. Virou-se novamente e trouxe uma garrafa de vinho.

  - Agora eu entendi o motivo das taças. – Arqueei as sobrancelhas e olhei para o lado tentando “fugir” da situação.

  - Não precisa beber se não quiser.

  - Não, eu quero! – Peguei a garrafa da mão dele e tirei a rolha. Coloquei um pouco na minha taça e um pouco na taça dele. – Só me controle para eu não beber demais.

  - Não confie em mim pra isso.

  - Saúde então. – Sorri e ergui a taça, bebendo um gole do vinho logo em seguida. Matt olhava para mim, sorriu e bebeu um gole da bebida dele também.

  Olhei novamente para ele. Seus cabelos loiros eram curtos e “espetados” pra cima, seus olhos eram castanhos escuros, o que era impressionante pelo fato de seu cabelo ser loiro, e por isso eram destacados em seu rosto. Os dentes dele eram impressionantemente brancos e os lábios dele tinham um formato perfeito. Ele era alto, forte, mas nem tanto, com um abdominal definido, mas não muito... Um corpo perfeito.

  Passamos a tarde inteira ali. Uma taça de vinho após a outra. Vimos o pôr do sol, não que eu tenha percebido muito bem, já estava bêbada neste momento.

  - Um brinde a nós dois aqui, bebendo vinho e vendo o pôr do sol. – Disse enquanto levantava e erguia a taça. – Cheers!

  - Nicole, acho que já está na hora de parar. - Matt levantou calmamente e levou a sua mão em direção à minha taça.

  - Nada disso! O vinho ainda tá uma delícia! – Eu me virei muito rápido e uma vertigem tomou conta de mim. Matt me segurou pela cintura para eu não cair. Conseguiu me salvar, mas não a taça de vinho que caiu no chão rochoso e estraçalhou-se em milhões de pedaços. – Matt, me desculpa, não queria quebrar a sua taça. Ela escorregou e... – Não terminei a frase, somente me livrei de seus braços e me abaixei para pegar os cacos no chão.

  - Nic, tá tudo bem. Era só uma taça. Vem levanta. – Ele veio em minha direção e me segurou novamente pela cintura para me levantar. Foi aí que o caco de vidro cortou a minha mão, deixando-a sangrando profundamente. Gemi sentindo a dor, fazendo com que Matt percebesse o que tinha acabado de acontecer. - Ai meu Deus, Nicole! Vem aqui. – Ele pegou a minha mão e molhou com água que estava em uma garrafa ao lado do vinho. – Esse corte está muito profundo. Vamos pra casa.

  Ele andava na frente, procurando nos bolsos a chave do carro, enquanto eu andava lentamente em direção a ele tentando não cair, mas a minha visão já estava muito embaçada. – Matthew... - Consegui sussurrar um pouco antes de vomitar.

  - Nicole! - Ele veio quase correndo em minha direção e me segurou em seus braços. – Vem aqui. – Passou o seu braço pela minha cintura e eu coloquei os meus braços em seu pescoço. Ele me carregou e me levou até o carro, me colocando no banco do passageiro.

  - Espera! Eu quero ir deitada.

  - A última coisa que você pode fazer é dormir agora, e se você deitar vai dormir com certeza!

  - E a cesta? Vai deixar os morangos aí?

  - Nicole, entenda uma coisa – ele segurou meu rosto em suas mãos e olhou diretamente em meus olhos – eu não estou nem aí para os morangos ou a taça de vinho... Eu me importo é com você! – Aquelas palavras ecoaram na minha mente algumas vezes até o silêncio ser quebrado novamente com Matt me pedindo para beber um pouco de água.

  O caminho até a minha casa foi longo, e eu não consegui evitar e dormi. Matt tentou me acordar, mas foi em vão. A minha mão quase não sangrava mais, mas o curativo que Matt colocou em volta dela estava encharcado de sangue.

  - Nicole. Consegue ficar de pé?

  - Eu já estou bem Matt, mesmo. – Disse enquanto tirava o cinto de segurança e me virava para sair do carro. – Matt... Me desculpe por hoje, mesmo. Você queria se divertir e eu fiquei lá parecendo uma babaca com... – Ele me interrompeu com um beijo, calmo e terno. Suas mãos seguravam o meu rosto enquanto as minhas, eu não fazia ideia de onde “encaixar”. Ele finalizou o beijo com um selinho delicado e sorriu.

  - Hoje foi incrível Nicole. Quando eu disse que estava gostando de você, era verdade. – Os olhos dele estavam olhando diretamente nos meus, o que me deixava completamente encabulada. - Vai, é melhor você cuidar da sua mão.

  - Não quer entrar?

  - Não, é melhor eu ir pra casa, tá ficando tarde. Não quero incomodar os seus pais. A gente se vê amanhã. – Me deu um beijo na bochecha e foi embora.

  Não acreditava no dia que tive. Agora a única coisa que eu queria era tomar um banho longo e ir dormir. E seria muito fácil fazer isso se meus pais não estivessem discutindo.

  -Você é ridículo Paul! Tem de contar pra ela! É a sua filha! Se você não contar, eu conto!

  - Você não pode contar! Sabe o que vai acontecer se ela descobrir Allie. Não arriscaria perder a sua filha não é?!

  Devem estar discutindo mais uma vez sobre a minha irmã. Eu sei tudo o que preciso saber. Pelo menos, era o que eu achava até aquele momento. E foi aí que eu ouvi qual era o motivo da discussão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, demorei de novo, mas o capítulo já estava pronto há um tempão. Só posto um novo capítulo agora quando já tiver mais três outros. Comecei também a escrever uma nova história, mas só vou postar ela no meio do ano, acho. Espero que estejam gostando dessa, pois ela vai começar de verdade agora.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "All The Small Things" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.