All The Small Things escrita por Lola Sommers
Notas iniciais do capítulo
Mil desculpas pela demora, de verdade. Passaram quase dois meses né?! Pois é... tava sem tempo nenhum! Mentira, tava com preguiça mesmo, mas fazer o quê né?! haha
– Não é pra você procurar a roupa perfeita certo? Só... Uma roupa.
– Tá, tudo bem. – Falei, já entrando na primeira loja pela qual passávamos.
Jeremy ficou do lado de fora da loja me esperando, mas depois que se passaram trinta minutos ele achou melhor entrar.
– Nicole, eu disse que...- Ele interrompeu a fala quando me viu. Eu estava usando um vestido bege, um pouco acima dos joelhos, com pouco decote, e tinha um cinto marrom logo abaixo do peito e um casaco de couro, marrom, por cima. Ele estava boquiaberto.
– E então... Gostou? - Ele não respondeu. Ficou ali na minha frente, me olhando. Seus olhos até chegaram a brilhar. – Jeremy?
– Você está... Linda. Realmente linda Nic. – Consegui ver um sorriso discreto começar a aparecer em seu rosto. Eu apenas sorri em resposta. – Bom, é melhor eu ir pagar então.
– Aqui estão as roupas do seu irmão... - Disse, entregando uma sacola de roupas para ele- Obrigada Jer, de verdade.
– De nada Nic. Agora, vamos. Só temos 20 minutos para chegar ao colégio.
Olhei confusa pra ele.
– Você não achou que nós iríamos pra casa ainda não é?! – disse ele, em zombaria.
– Na verdade, eu pensei. Temos mesmo que ir para o colégio? Qual é... Só um dia. Os professores nem irão sentir a nossa falta.
– Bom. A sua eles realmente não vão sentir, sra. Problema. Mas eu sou um aluno aplicado, todos vão perceber que eu não estarei lá.
O sorriso em seu rosto agora era completamente encantador. E eu sorri de volta. – Nem um pouco convencido né?!- ergui as sobrancelhas, sendo completamente irônica. Ele riu.
– Você primeiro. – Ele disse abrindo a porta do carro e fazendo sinal para eu entrar. Após eu entrar ele fechou a porta e deu a volta, para entrar pelo outro lado. Deu partida no carro e fomos, rápido até demais, para a escola.
Quando chegamos à porta do colégio todos os olhares se viraram para mim. Consegui ouvir de risadinhas a comentários maldosos sobre a festa da noite anterior. Não havia percebido que tinha sido tão ridícula, até agora.
E lá estava ele, atrás da segunda árvore do lado esquerdo, depois do portão, olhando para mim e prestando atenção no que os amigos falavam.
– Nicole, tudo bem? – Jeremy parecia preocupado comigo.
Eu já estava decidida, sabia o que iria fazer, - Sim, Jer, estou bem.- só não sabia se era a coisa certa. Iria confrontar Matt. Queria saber, exatamente, o que havia acontecido na festa. Pela expressão que ele tinha agora em seu rosto, parecia que ele sabia o que eu ia fazer, mas me surpreendeu se despedindo dos amigos com um aceno, e vindo em minha direção.
– Então, Nicole... Como você está? – Ele estava com um sorriso torto e inocente em seu rosto.
– Bom, considerando o fato de que alguém fez sexo comigo enquanto eu estava bêbada e depois me deixou lá, sozinha, eu estou muito bem. – Agora eu estava com os braços cruzados, e ele conseguiu perceber a minha, como posso dizer... Indignação.
Ele segurou meu braço, me obrigando a descruzá-lo. Não segurava forte e sim, firme.- Você não quer discutir mesmo isso aqui, quer ?- Ele olhava ao redor, provavelmente preocupado em alguém ouvir a nossa conversa.
– Me deixe adivinhar Matt... Quer discutir isso em algum lugar escondido, por que aí você pode fazer sexo de novo comigo e me deixar desacordada e sozinha. Acertei? – Puxei o meu braço para mim, obrigando ele a soltá-lo.
– Não, não acertou. Por favor, Nic, não vamos discutir isso aqui. – Agora ele olhava diretamente nos meus olhos, como se quisesse ler a minha alma. Como se quisesse que eu percebesse o quanto ele era confiável.
Eu olhei para Jeremy, que balançou a cabeça em sinal de aprovação, e depois voltei a olhar para Matt.
– Tudo bem. Mas não faça com que eu me arrependa. – E deixei ele me guiar até onde deveria ser o melhor lugar para conversar sobre isso.
Ele me levou até o corredor que ficava antes das quadras. Olhou ao redor, percebendo que não tinha ninguém por ali.
– Então Matt, pode me explicar agora por que você fez aquilo comigo e me deixou lá?
– O quê? Espera, você acha mesmo que a gente fez sexo naquela festa?- ele me olhava confuso.
– E não fizemos? Você acha que eu sou mesmo idiota Matthew?- novamente, lá estava eu, cruzando meus braços.
– Nicole, é verdade. Nós ficamos na festa, então subimos e ficamos lá, se beijando. Eu te dei alguns chupões, algumas mordidas e tentei tirar sua roupa, mas você disse que não queria. Como eu estava bêbado também me chateei com isso e saí de lá. Acho que você dormiu depois disso.
– Sabe, Matthew, não é assim tão difícil admitir.
– Mas é verdade, não fizemos nada Nicole! Você tem que acreditar em mim. - Agora sua mão estava na minha cintura. Ele me puxava lentamente na direção dele. – Tem que acreditar em mim. – Essa frase já saiu como um sussurro, mas eu consegui ouvir mesmo assim.
– Parece mesmo que você está falando a verdade. – Falei enquanto descruzava meus braços e colocava minhas mãos no peito dele. Olhei em seus olhos e fiquei completamente hipnotizada.
– Eu gosto de você Nic, de verdade. – Ele sorriu maliciosamente e se aproximou mais ainda, e quando seus lábios estavam muito próximos aos meus, eu pressionei um pouco minhas mãos em seu peito, o que fez ele parar.
– Você estava bêbado naquela festa, gostava de qualquer uma que passasse por você!
– Você sabe que isso não é verdade. E, é como dizem, quando você está bêbado faz coisas que gostaria de fazer sóbrio, mas não tem coragem. – O sorriso dele agora estava bobo enquanto ele chegava ainda mais perto do meu rosto. E eu finalmente senti o hálito dele batendo nos meus lábios. As mãos dele estavam em minha cintura, e os olhos dele presos nos meus. Minhas mãos continuavam em seu peito. Nossos lábios já estavam quase se encontrando, quando ele fechou os olhos.
– Eu bêbada posso ser completamente otária, mas sóbria não. – sussurrei fazendo ele rir. Dei dois tapinhas em seu peito, me virei, e fui andando pelo corredor, sabendo que o olhar dele estaria ali, me seguindo.
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