Na Sua Estante escrita por keineangstMehr


Capítulo 2
Não existem homens perfeitos, ou será que...


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui está mais um capítulo. Ele já estava pronto, só faltava mesmo digitar.
Por favor, não esqueçam das sugestões. Estou tentando melhorar a cada dia mais só pra vocês.
Aproveitem ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/178802/chapter/2

– Você vai amar a cidade Vi! É maravilhosa. – Disse tia Maya, empolgada.

– Eu mesmo fiz questão de mandar reformar e decorar o seu quarto novo, ficou DIVINO! -Eu não pude deixar de rir do jeito que o Enrique falou. É raro encontrar homens preocupados com decoração.

O carro entrou em um condomínio fechado muito lindo e minha tia estacionou o carro em uma casa mais linda ainda.
O Enrique me ajudou a levar as minhas malas para dentro. Me mostrou cada canto da minha casa nova, depois, subimos as escadas e ele apontou para um quarto com a porta fechada indicando para que eu abrisse-a.

Fiquei maravilhada com o que eu vi, o meu quarto era lindo. Com móveis na cor branca e a parede de um vermelho bordô. Tinha uma cama de casal, uma penteadeira, um closet e um banheiro particular. Era simplesmente perfeito demais pra mim.

– Nossa, eu nem sei o que dizer Enri! – Falei maravilhada, Enrique sorriu satisfeito com seu bom trabalho. Tia Maya entrou ouvindo a conversa e disse:

– Então não diga nada querida. Entre, acomode-se e descanse que mais tarde quero conversar com você sobre algumas coisas. - Seu tom de voz era serio. Assenti com a cabeça.

– Tia, tem certeza que não vou causar incômodo? – Ela e Enrique riram e depois ela caminhou em minha direção, me abraçou e disse:

– Eu nunca negaria nenhum pedido da minha sobrinha querida, além disso, vivemos só eu e o Enri aqui. Essa casa é muito grande para nós dois. -Se afastou de mim e caminhou até a direção da porta. – Vamos filho, a viagem foi longa e a Vivi está cansada.
Sorri quando ouvi meu apelido de infância.

– Tchau prima, qualquer coisa é só bater no quarto ao lado – Disse meu primo antes de ir. Eu sorri e acenei para os dois. Tranquei a porta do quarto e corri para um demorado banho de banheira.

Eram quase 19hrs quando eu entrei na água quente. Coloquei meu iPod pra tocar enquanto adormecia por alguns minutos ao som de “Memories” do Panic! At the Disco.

“Oh, memories...Where'd you go? (Oh, lembranças... Aonde vocês foram?) You were all I've ever known. How I miss yesterday, and how I let it fade away. (Vocês eram tudo que eu conhecia. Como eu sinto falta do passado, e como eu deixei desaparecer.) ”

Acordei, sai da banheira e me enxuguei. Entrei no meu quarto e fui pra mala pegar a primeira roupa que eu encontrasse pela frente. Sequei meu cabelo e depois fui me acomodar no meu novo dormitório. Abri a porta do closet e arrumei minhas poucas coisas, depois coloquei um retrato meu com a minha mãe na cabeceira da cama e pronto, tudo estava em seu devido lugar.

Depois que terminei, lembrei que a Maya precisava falar comigo. Calcei minhas pantufas e caminhei em direção do ultimo quarto do corredor do segundo anda, dei duas batidinhas na porta e ela abriu me mandando entrar. Era incrível como ela conseguia ser elegante até mesmo cheia de creme verde na cara.

– Viviane, entre e fique a vontade. – Sentei na enorme cama dela, enquanto ela caminhava fechava a porta do quarto e me acompanhava. –Querida, quero saber detalhadamente o motivo de você ter saído da casa dos seus pais. Sei que não era certo o jeito como seu pai estava te tratando, e eu vou abrir o jogo pra você, quero processar seu pai.

Dei um pulo quando minha tia disse isso, certo que meu pai merecia mesmo, mas a Maya era muito direta. Eu nunca imaginei que alguém fosse se importar tanto comigo como ela. Contei tudo, tintim por tintim. Senti que lagrimas quentes escorriam pelo meu rosto e pelo da minha tia ao escutar tudo. No final ela me abraçou por um tempo.

– Você tem uma herança da sua mãe nas mãos do seu pai, é seu direito e ele está gastando tudo com a vadia que ele colocou dentro de casa, vou ligar para meus advogados. Tudo bem pra você?

– Tudo bem sim tia, faça o que achar melhor. Confio totalmente na senhora. – Enxuguei as lagrimas. –Tia, obrigada por tudo, de verdade.

– Não precisa agradecer meu amor, tenho certeza que a Letícia faria o mesmo pelo meu Enrique - Ela disse enquanto segurava minha mão. Levantei da cama e fui embora, desejando-lhe boa noite.

No corredor ouvi o som de uma música muito boa vinda do quarto do Enri. Bati uma, duas, três vezes na porta do quarto dele e sem obter resposta alguma, virei a maçaneta. Vi um quarto perfeito, com paredes pretas e cheio de pôsteres de uma mesma banda. Entrei e fechei a porta, nesse momento, Enrique, que falava com alguém no celular, o desligou rapidamente enquanto me fitava.

– Hum, era a namorada? Apresenta-me depois, tá? – Eu curiosa mode on. Perguntei enquanto deitava despreocupadamente em sua cama.

– Não, não. Era o Brendon, meu namorado. – Disse naturalmente, enquanto deitava ao meu lado na cama. Dei um pulo, me levantando imediatamente.

– O QUEEE? – arregalei os olhos, como assim? O Enri era tão gato, tão perfeito, tão..

– SIIIIIIIIM – Gritou ele todo animadinho – E estamos juntos há 3 meses –Ele sentou-se na cama com as pernas cruzadas. Vi que seus olhos brilhavam, que fofo.
– Enri me explica: porque todos os homens perfeitos são gays? – Perguntei com voz de choro, isso não era justo com as mulheres.

– Porque para serem perfeitos eles precisam se igualar as mulheres, meu anjo. –Ele me explicou carinhosamente, rimos juntos e depois nos abraçamos. Era muito bom estar ali com meu primo, senti que aquele era o inicio de uma grande amizade. No meio do abraço comecei a prestar atenção na letra da musica que saía das caixas de som do seu computador.

I will never let you down, Join me forever now (Eu nunca te deixarei cair, Junte-se a mim eternamente agora) Forever now. Let's run into pourin' rain, to feel that we're alive again (Eternamente agora. Vamos correr para a chuva, para nos sentirmos vivos de novo).

– Não se preocupe minha Vi, você achará algum menino hetero quase perfeito que te mereça, tenho certeza. – Ele sorriu e me deu um selinho de consolo. Depois começou a cantar loucamente a musica que tocava.

– Que banda é essa, primo? Nossa, perfeita essa letra. – Perguntei ao mesmo tempo em que tentava cantar junto com ele, sem muito sucesso, obviamente.

– Ah é o Tokio Hotel, sou fã deles desde pequeno. Além disso, trabalho com a banda. –Falou orgulhoso, não entendi nada.

– Perai, como assim, trabalha com seus ídolos? – Eu curiosa mode on again.

– Eu sou formado em publicidade né, daí meu namorado conseguiu o emprego pra mim logo assim que me formei, faço parte do Staff da banda. Cuido de shows e anúncios publicitários deles.

Fiquei admirada, imagina só, você ser fã de uma banda na juventude e depois de se formar conseguir trabalhar com eles. Um sonho mesmo.
O Enri ficou um tempão falando de como era trabalhar para seus ídolos e tal, mas eu estava muito cansada, então adormeci olhando para o pôster da banda. Mas especificamente, olhava para o homem moreno que parecia ser o líder, ele tinha uma beleza indescritível.

Momentos depois, acordo com o Enrique me fazendo cocegas na barriga.

– O que... o que foi? –Perguntei ainda meio sonolenta, esfregando meus olhos como o habitual.

– Sua boba – Disse rindo – Você dormiu enquanto me deixava falar sozinho, que mal educada hein!

Rimos juntos, notei um cheiro muito bom de comida no quarto e lembrei que fazia horas que eu não comia. Tinha esquecido com tanta novidade a minha volta.

– Te acordei porque a Gretta trouxe uns sanduiches com milk-shake para comermos, tá na hora da senhorita comer né? – Me entregou o pão com o copo da bebida. Devorei rapidinho e lembrei-me de um assunto meio urgente que precisava falar com ele.

– Enri, eu preciso de sua ajuda. Não posso viver aqui no ócio, preciso de um emprego de meio período que pague as minhas despesas pessoais. Acha que consegue alguma coisa pra mim?

– Eu não vou nem discutir com você, sabe que tem tudo o que precisa aqui, mas como é cabeça dura... Eu acho que consigo sim, tem um restaurante onde eu trabalho que precisa de garçonetes a meio período. Vou falar com minha amiga que trabalha lá e depois ligo pra você marcar uma entrevista com ela. – sorriu pra mim, eu apertaria aquelas bochechas de sardas se ele não estivesse com comida na boca.

– Já disse que você é o primo mais perfeito e gato do mundo? –Ele sorriu, esnobando.

– Claro que sou, mas alguma coisa “mademoiselle”? –Se já era gato normalmente, com esse sotaque francês ficava mas do que perfeito.

– Sim, quem é aquele ali? – Apontei para o moreno de moicano do pôster.

– Haha, aquele so é o homem “Mais cobiçado da Alemanha” – Fez aspas com o dedo –Bill Kaulitz, meu patrão. Os outros são: Seu irmão gêmeo Tom Kaulitz, Georg Listing e Gustav Schäfer. –Disse apontando para cada um. Tentei decorar os outros nomes, mas “Bill Kaulitz” eu não esqueceria nem tão cedo.

A musica da banda ainda tocava quando eu olhei para meu relógio e vi que já eram quase 2hrs da manhã, dei um pulo.

– Olha, ta tudo muito gostoso, mas tenho que dormir. Acordar com Olheira amanhã ninguém merece. Boa noite priminho lindo. –Dei um beijo em sua testa e sai em direção a porta.

– Boa noite vivi! – Acenou pra mim enquanto eu fechava sua porta.

Entrei no meu quarto aquecido, coloquei meu pijama de bolinhas nem um pouco sexy e me joguei imediatamente na cama adormecendo na expectativa do novo emprego.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora o Tokio Hotel comeca a dar as caras, é uma coisa meio "introdutoria" mas no próximo capitulo eles mostrarão as caras -q
Não esquecam do review! Beijos com queijo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Na Sua Estante" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.