Na Sua Estante escrita por keineangstMehr


Capítulo 1
Família Marin


Notas iniciais do capítulo

A idéia surgiu da musica da Pitty "Na Sua Estante", mas não tem Pitty na história, é 100% Tokio Hotel.
Queria Agradecer as meninas que me apoiaram e me "obrigaram" a postar essa Fanfic; (Mari, Teteh e Gabi) suas lindas.
Todos os personagens, exceto o Tokio Hotel (#todoschora), me pertencem. Raspo a cabeça de quem copiar ok? Espero que curtam a história e deixem reviews. Sem mais :)
@makethedarkness



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– Sra. Marin? Sra. Marin?
Acordei com a aeromoça me chamando. Abri os olhos, esfregando-os com as duas mãos e olhei para ela.
– Oi, desculpa

Comecei a treinar meu alemão, os anos de aula no Brasil teriam utilidade a partir de agora.
– Perdão, mas a senhora pediu para que eu a acordasse quando estivéssemos próximos a Magdeburg. Faltam 30 min para pousarmos.- Disse sorrindo

Eu sibilei um “Obrigado” e me levantei em direção ao banheiro do avião. Eu estava detonada de cansaço, mesmo viajando na primeira classe são horas e horas de vôo e dormir numa poltrona reclinável é triste.

Entrei no banheiro e me olhei no espelho, parecia um maracujá com sono. Soltei meus cabelos compridos de cor loiro escuro e passei um pó compacto na tentativa de diminuir as olheiras. Meus olhos verdes pareciam de um verde mais intenso, imaginei que era a ansiedade em reencontrar a minha família materna. Terminada a maquiagem, olhei para a minha roupa. Estava vestida num vestido tubinho tomara-que-caia azul marinho com casaco e sapatilha nas mesmas cores, não estava tão mal vestida como o habitual.

Voltei a me sentar na poltrona. Mal podia esperar para começar minha vida nova, longe de tudo e de todos que me faziam tão infeliz. Depois que minha mãe, Letícia Marin, morreu, passei 10 anos vivendo um inferno com meu pai e minha madrasta. Ela descontava em mim todas as suas frustrações por não conseguir engravidar do meu pai e sempre arrumava problema e me colocando contra meu pai. Mas esses dias estavam contados, não podia suportar nem mais um dia vivendo sob o mesmo teto deles. A coisa estava tão feia que eu liguei para a única parenta da minha família materna, minha tia Maya, e contei tudo que se passava a ela, que me convidou para morar com ela e meu primo na Alemanha.

Fazia muito tempo que eu não os via. A ultima vez que Maya esteve no Brasil foi quando minha mãe já estava internada em estado terminal de seu câncer linfático, um mês depois ela faleceu. Então a ultima vez que minha tia e meu primo Enrique me viram eu tinha apenas 9 anos. Varias coisas começaram a passar na minha mente “Será que vou reconhecê–los?”, “Será que se lembram de mim?”

Meus pensamentos foram interrompidos pelo avião que pousava e pela aeromoça que dizia em 3 linguas diferentes “ Bem vindos a Magdeburg.” . Pousamos, eu peguei minha mochila e saí do avião em direção a área de desembarque do aeroporto para pegar a outra mala. Eu trouxe pouca coisa, deixei tudo o que me lembrava os momentos ruins lá, queria esquecer tudo e começar uma vida nova.

Sai em direção ao local onde as famílias esperavam em busca de algum rosto familiar, vi pessoas e todos os tipos mas um certo rapaz alto e loiro me pareceu muito familiar com aqueles olhos verdes, ao seu lado havia uma mulher de cabelos loiros e curtos e com o mesmo olho. Ela segurava um papel escrito “Viviane Marin”. Eram eles. Respirei fundo e pensei “Tudo bem, e se nada der certo, eu já estou acostumada.” E fui caminhando na direção deles que já me olhavam como se me reconhecessem.

– Olá tia Maya. – Tenho que reconhecer que fiquei surpresa da forma de como o alemão já saía perfeito da minha boca. Sorri e eles me responderam com um abraço triplo.

– Vivi, como está linda! E muito parecida com a Letícia. – Lembrei que tia Maya sempre me comparava a minha mãe, mesmo eu não me achando tão parecida com ela, ficava muito feliz com a comparação.

– E esse alemão perfeito? Já esta falando melhor que eu, que moro aqui há anos. – Disse Enrique sorrindo. Caraca meu primo estava um gato! Acho que esses anos de Alemanha fizeram muito bem a ele.

Lembrei de quando Maya recebeu a proposta de trabalho para vir morar na Alemanha. Ela estava recém divorciada de seu quarto casamento e precisava ganhar mais dinheiro para sustentar meu primo. Além disso, me recordo que o pai do Enrique é alemão, então foi mesmo a melhor coisa a ser feita.

– Não, não, vocês é que são gentis. Eu bonita? Não, principalmente vivendo naquele ambiente. – Parei de sorrir e me lembrei de todos os momentos tristes que eu vivi até ali.

– Esquece isso priminha, agora é vida nova – Enri tentou me alegrar. Ele é muito fofo, imagino que tenha namorada.

Então, eles me guiaram até o estacionamento. Entrei no bando traseiro do carro enquanto eles iam na frente com tia Maya dirigindo. No caminho fui observando a cidade, espero que tudo certo pra mim, pelo menos dessa vez.





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Notas finais do capítulo

Ok, eu sei que está pequena e talz, mas eu juro que os proximos serão maiores. Desculpem qualquer coisa e me mandem opiniões e reviews por favor. :)



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