Malfeito Feito III escrita por Miller


Capítulo 9
Nada amigos - Capítulo Oito.


Notas iniciais do capítulo

Hello pessoas lindas! Mais um capítulo que saiu bem rápido heim?
Obrigado à todos que comentaram no capítulo anterior! Eu amei a todos os reviews!
E obrigado à GiovanaGrangerEverdeen pela recomendação! Eu amei liinda!
Uma das cenas deste capítulo foi inspirada no filme A Verdade Nua E Crua, vocês já viram? Eu olhei ontem (de novo) e a ideia veio.
Enjoy!



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Hermione Granger

Ela ainda estava bufando com os amigos quando chegou na casa de Luna. Deus! Era realmente impressionante o quanto eles eram infantis! E é claro que nada do que ela falasse os fariam desistir de qualquer plano estupido que estivessem tramando.

– Então, o que eles queriam? – Gina perguntou assim que ela entrou no quarto de Luna.

Quarto esse que estava tomado de fumaça por tudo o quanto era lado. Hermione tossiu um pouco antes de ir até a janela e a abrir.

– Nada demais. Luna, incensos são ótimos, mas você vai acabar se matando se acender tantos e ficar em um lugar fechado – ela comentou enquanto ia sentar-se em um pufe em frente às duas garotas que estavam sentadas no chão.

– Talvez isso seja exatamente o que eu precise neste momento – Luna comentou completamente mal humorada. – Morrer. Morrer e esquecer o que quer que seja que meu coração esteja sentindo.

Hermione trocou um olhar assombrado com Gina. Luna normalmente era a pessoa mais calma do mundo, mas quando se estressava... Bem, era realmente tenso.

– Uau – Hermione comentou e arqueou uma sobrancelha. – Para quem é toda ‘paz e amor’ você poderia causar a terceira guerra mundial hoje.

Luna suspirou fortemente e encarou Hermione.

– Como você consegue? – ela perguntou de repente, deixando Hermione sem entender.

– Consigo o que? – perguntou ela encarando a loira indagativamente.

– Consegue aturar dois garotos que, desculpe, mas parecem ser bastante idiotas...

– Eles são mesmo – Hermione disse ao mesmo tempo que Gina.

– Mas então, como você consegue aturá-los e mesmo assim continuar sendo amiga deles? Eu só dei aulas para o Malfoy por uma semana e olha só onde eu estou! – Luna definitivamente não estava bem.

Hermione sabia disso porque normalmente, quem entendia de comportamentos e essas coisas era Luna, que sempre vinha com conselhos psicológicos e formas de meditação.

A verdade é que nem mesmo ela sabia o porquê de ainda ser amiga daqueles dois. Eram ambos idiotas, egocêntricos, ciumentos e sofriam de sérios problemas mentais.

Definitivamente ela não parecia alguém que andasse com esse tipo de pessoas, porém, talvez por ter convivido tanto tempo com os dois, e ter se metido em tanta confusão com eles, era absolutamente normal passar horas conversando e falando bobagens com os dois. Sem falar que quem estaria lá para livrar a cara deles quando se dessem mal?

– É carma – Hermione brincou e suspirou. – Olha Luna, só me explique... como foi que isso aconteceu?

E por isso ela estava obviamente se referindo ao fato de Luna Lovegood, uma pessoa super de bem com a vida, que odiava pessoas mesquinhas e frias, ter se apaixonado pela pessoa mais absurdamente idiota do Universo, que era Draco Malfoy.

Luna deu de ombros.

– Não sei – ela disse.

Gina levantou-se do chão e suspirou.

– O que eu sei é que o nosso coração é muito idiota – ela comentou e se encaminhou para a varanda. – E... Oh meu Deus! – ela gritou, fazendo as duas praticamente pularem em seus lugares.

– Que? – Hermione perguntou, indo até a janela e olhando para o lugar que Gina encarava sem conseguir acreditar. –Oh meu Deus! – Hermione suspirou.

– Vocês são duas pessoas más! Que é que tem ai? Convenção? Saiam da frente, quero ver! – Luna brigou e empurrou as duas para os lados, a fim de olhar melhor. – Oh meu Deus!

– Eu sei – Hermione suspirou novamente, quase babando ao ver a perfeição do outro lado da rua.

A casa de Luna era ao lado da casa dos Potter, o que significava que ficava em frente à casa dos novos vizinhos.

E a janela do quarto de Luna dava de frente para o quarto de Cedrico Diggory que no momento estava somente de cueca, andando pelo quarto.

– Eu sinto falta de ar – Gina brincou e se apoiou na varanda da janela de Luna que era cheia de flores.

O que foi um erro.

Um erro completamente... Errado.

Porque no momento em que ela se encostou na varanda, as flores caíram da sacada, o que causou um desequilíbrio na ruiva que simplesmente foi para a frente e ficou pendurada por um pé nas grades da sacada.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!


Gina Weasley

Sabe aqueles momentos em que absolutamente NADA dá certo na sua vida e você começa a pensar que talvez você não seja feito para ser feliz? Então, Gina estava em um daqueles momentos.

Mas ela tinha certeza de que aquilo só podia ser macumba, porque, por Deus!, não era possível que ela tivesse que pagar esse mico bem em frente à janela do garoto.

O pior, se é que podia haver coisas piores, era o fato de que estava de vestido e que suas roupas intimas estavam à mostra para qualquer alma que passasse por aquela rua.

– Me ajudem! – ela pediu às amigas que estavam completamente estáticas encarando-a.

Mas nenhuma delas se moveu, e Hermione começou a gargalhar sendo seguida por Luna.

A irritação de Gina ficou imensa, fazendo com que ela ficasse inquieta na tentativa de se soltar da grade.

Estava quase alcançando uma das grades com as mãos quando o que já era ruim, ficou ainda pior.

Quer dizer, tudo bem, você tem um momento de azar, e então ele passa e tudo fica bem, certo? Não! Porque é claro que para pessoas chamadas Ginevra Weasley esse negócio de azar passageiro não existia!

– Gina? Meu Deus, quer ajuda? – sim, era Cedrico Diggory, bem embaixo dela, encarando-a com pena enquanto ela sentia o rosto esquentar e esquentar até parecer que tinha um pedaço de sol ao invés de feições.

Não! Eu não quero sua ajuda! Eu só quero que alguém me tire daqui e que eu posso beliscar meus braços e perceber que tudo foi um sonho!

Ela pensou consigo mesma.

Gina simplesmente grunhiu e mexeu a perna, quase chutando o rosto de Luna que ainda ria descontroladamente.

Uma verdade sobre seus amigos: eles nunca vão te salvar de humilhações. Eles vão ajudar a piorá-las! Porque isso minha gente, isso sim é uma amizade verdadeira!

E mesmo que as duas fossem as melhores amigas do universo, Gina iria fatiá-las, fritá-las em óleo fervente, depois picotaria os pedaços que sobraram e os queimaria enquanto dançava a Macarena em volta da fogueira.

Um ótimo plano, apenas precisava sair daquela sacada e tapar suas calcinhas antes de começar a coloca-lo em ação.

CALCINHA! CALCINHA!

COMO ERA POSSIVEL QUE ELA TIVESSE ESCOLHIDO USAR AQUELA CALCINHA NAQUELE DIA?

Talvez a humilhação fosse um pouco menor se por acaso estivesse usando uma calcinha fio-dental e Cedrico pensasse que ela somente adorava aventuras.

Mas não, ela usava uma calcinha floreada e de rendas de um tamanho que serviria em sua avó.

Naquele momento, toda aquela conversa sobre ‘conforto é tudo’ tinha ido pelos ares.

– Só me tire daqui! – ela resmungou entre dentes ao garoto que já estava vestido (ou melhor, estava somente com a calça e sem camisa) depois de perceber que suas ‘amigas’ não iriam fazer nada para ajuda-la.

Cedrico assentiu e puxou-a pelos braços, tirando-a tão facilmente que Gina começou a sentir-se lesada.

Quando finalmente tocou os pés no chão, gostaria de poder se enterrar de vergonha.

– O que houve? – o garoto perguntou obviamente tentando ser atencioso.

– Eu caí – ela disse e quis se bater.

Quer dizer, existiam milhões de desculpas excepcionalmente trágicas que ela poderia ter inventado, como por exemplo, que estava tentando salvar um gato preso em uma arvore.

Mas tudo o que conseguia dizer era ‘eu cai’, o que somente comprovava o quanto era lesada.

– Obrigada – ela murmurou antes de começar a caminhar para longe da casa de Luna.

– GINA, ONDE VAI? – ela ouviu Hermione gritar, mas simplesmente ignorou.

Já tinha tido muita humilhação por um dia.


Harry Potter

– Isso aqui está sem sal... – Harry ouviu seu pai resmungar silenciosamente enquanto comiam. Infelizmente sua mãe pareceu ouvir e voltou-se para James com a expressão furiosa.

– Quer sal? – ela perguntou e bateu com a colher no tampo da mesa antes de se erguer. Rony, que estava jantando ali naquela noite e encontrava-se sentado ao lado da mulher, afastou-se minimamente, encarando Harry com os olhos arregalados. – Coma o saleiro! – e então a mãe apontou a colher para o marido, mas o objeto parecia mais perigoso que uma faca em suas mãos naquele momento.- Não sou sua empregada James!

James abriu a boca para responder e Harry previa que viria uma discussão que provavelmente duraria séculos.

– AH CALEM A BOCA VOCÊS OS DOIS? – ele simplesmente explodiu, não aguentando mais ver os dois brigando e discutindo à todo o tempo.

Lily voltou seus olhos furiosos para ele, estreitando-os.

– O que você disse Harry Potter? – ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

– Ah, Deus, me ferrei. – Harry murmurou consigo mesmo.

Rony de repente se ergueu da mesa, fazendo com que todos o encarassem.

–Bem, a comida estava ótima, mas acho que vou indo para casa – Harry estreitou os olhos percebendo que o ruivo estava apenas livrando sua pele. – Já está... Hum... Tarde – ele comentou e deu um ‘tchau’ antes de sair ad cozinha.

Foi possível ouvir ele fechando a porta da frente antes de Harry sentir a tensão voltar a cair sobre ele.

Grande amigo! Não eram nem as nove da noite ainda.

– Acho que precisamos ter uma conversa – Lily disse com um tom que indicava que nada de bom aconteceria.

Um ótimo fim de dia, claro.





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Notas finais do capítulo

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Besos :*