Malfeito Feito III escrita por Miller


Capítulo 15
Conselhos paternos - Capítulo Catorze.


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas maravilhosas! Não, isto não é miragem!
É só alguém que decidiu largar o Trabalho de Conclusão de Curso (maldito TCC) e fazer algo que estava querendo fazer havia muito tempo: escrever por prazer!
Me perdoem pela demora em postar aqui, sério. Isto, é claro, se ainda houver alguém por aqui, o que é bem improvável devido a minha imensa demora.
Eu estou na etapa final da faculdade e fiquei completamente sem tempo gente.

Mas, como eu estava praticamente entrando em depressão ao ficar sem escrever, decidi voltar. Estava com saudade dos meus leitores :/

Eu ia esperar terminar algumas fanfics antes de escrever para MFIII, porque esta aqui sempre me exigiu mais atenção e dedicação, afinal de contas as MF são os meus bebês hehehe, mas então, como sou imprevisível até mesmo para mim, acabei postando antes mesmo.

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Muitíssimo obrigada a todos que me mandaram MP, procuraram pelo face, mandaram reviews perguntando e pedindo para que eu voltasse com a fanfic. Se eu não desisti, se estou determinada a concluir a fanfic, não só esta, mas todas as outras, é porque vocês me motivam. E motivam muito. Não tenho palavras para expressar o tamanho da minha gratidão por vocês não terem desistido de mim e das minhas estórias.
Vocês não me deixaram desistir de uma das coisas que mais me faz bem que é escrever!

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Espero que gostem do capítulo!



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Harry Potter

Uma parte irracional na cabeça de Harry ficou indignada com o comportamento dos pais ao receberem a notícia. Quer dizer, nem era assim tão chocante que ele tivesse uma namorada, certo? As pessoas faziam isso o tempo todo.

Mas a expressão no rosto de Lily de completo espanto, assim como a boca totalmente escancarada de James indicava que sim, era extremamente chocante Harry Potter estar namorando.

– Como assim você está namorando Harry Potter? – Lily foi a primeira a se recuperar do espanto, erguendo-se do sofá e colocando as mãos na cintura ao falar.

– Huh – ele disse de forma inteligente. Sentiu seu rosto esquentar tanto que só podiam ser os genes de sua mãe entrando em ação.

Namorando Harry? – James então se aproximou, parando-se ao lado de sua mãe, encarando-o de forma preocupada. – Você não acha que é muito novo para isso não?

– Ele tem dezessete anos James, nós começamos a namorar aos dezesseis – sua mãe revirou os olhos para seu pai, encarando-o como se ele fosse idiota.

James então se voltou para ela com a expressão sarcástica.

– E veja só onde estamos – disse fazendo-a escancarar a boca de incredulidade.

– O que você está querendo dizer com isso James Potter? – ela perguntou com seu tom de voz subindo duas oitavas, o que definitivamente não era bom.

Harry decidiu intervir antes que perdesse o pouco de atenção que havia recebido de seus pais ao contar a mais bombástica – e falsa – notícia dos últimos tempos.

– Ei! – chamou-os, fazendo encararem-no de forma expectante. – Dá para vocês pararem de brigar como duas crianças e prestarem atenção aqui?

Sua mãe corou fortemente enquanto seu pai mudava o peso de seu corpo de uma perna para outra de forma inquieta.

– Desculpe – os dois disseram ao mesmo tempo.

– Ótimo – Harry disse, bufando logo em seguida. – Vocês deveriam ir numa daquelas terapias de casal, ou qualquer coisa do tipo, sabem? – comentou como já havia feito várias vezes, como se aquela fosse apenas mais uma das brigas bobas de seus pais e não mais um confronto perante a separação não declarada.

Lily e James reviraram os olhos ao mesmo tempo, de uma forma completamente engraçada.

Harry sorriu com isso. Como os dois podiam pensar em se separar quando estava mais do que óbvio que haviam nascido um para o outro?

– Bom mocinho, pode começar falando quem é a garota – Lily disse, voltando a sentar no sofá, encarando-o como uma professora diante de uma prova oral.

– É – James concordou, sentando ao lado da mãe de Harry, cruzando os braços. – Comece a falar, quero saber quem é que está tendo a honra de namorar um Potter.

Lily abriu a boca para responder o que provavelmente seria o início de mais uma discussão. Harry a interrompeu.

– Bem, eu estava pensando em apresenta-la em um jantar – Harry falou, sentindo suas mãos suarem ao perceber quão ridículo era aquele plano. Para não falar em quão estúpido sentia-se ao falar para os pais que queria marcar um jantar de apresentação para sua suposta namorada.

Podia imaginar Gina surtando com a notícia.

De qualquer forma, aquilo estava saindo muito mais constrangedor do que havia imaginado.

Sua mãe sorriu enquanto seu pai encarava-o como se não pudesse acreditar.

– Um jantar?! – os dois perguntaram de forma sincronizada. A diferença é que, enquanto Lily falava aquilo como se estivesse maravilhada, James parecia não acreditar no que havia ouvido.

– É – Harry concordou. – Sábado.

– Harry... – James começou a falar, mas Lily o interrompeu.

– Ótimo – sua mãe sorriu ainda mais. – Fico feliz em saber que está se tornando um homem de respeito Harry – ela falou com uma pontinha de orgulho na voz, lançando um olhar maligno para seu pai enquanto levantava-se do sofá e caminhava até ele. Lily então passou a mão por seus cabelos, bagunçando-os ainda mais.

Deu as costas então, passando pelo sofá sem olhar para seu pai, encaminhando-se na direção da cozinha.

Ficaram então Harry e James na sala. Seu pai, ainda com o cenho franzido, encarou-o com certo receio.

– O que foi pai? – Harry perguntou curioso sobre o porquê do pai não parecer muito feliz com a notícia.

James ergueu-se de onde estava sentado, passando as mãos pelos cabelos naquele gesto muito seu.

– O que acha de darmos uma volta, Harry? – ele perguntou de forma amigável embora Harry pudesse vero cansaço estampado em seu rosto.

– Tudo bem – o garoto concordou.

–-X—

Assim que saíram de casa, dizendo para Lily que teriam uma “conversa de garotos” – no que a mãe estreitou os olhos de uma maneira que indicava que ela não estava muito feliz com aquilo -, caminharam por algum tempo em silêncio. Harry observava o pai pelo canto do olho e James parecia perdido em pensamentos.

Somente quando chegaram em frente a um banco velho e mal pintado que havia perto de uma casa antiga inabitada pelo menos duas quadras de distância de sua casa é que James voltou a falar.

– Harry – o pai começou. – Não me olhe assim, não pense que estou triste pela notícia – e sorriu de uma forma amigável.

– É o que parece – Harry comentou enquanto o observava sentar-se na ponta do banco, indicando o lugar ao seu lado para que ele senta-se ali.

Depois de Harry ter sentado, James virou-se para o filho, encarando-o com olhos divertidos.

– Ah não Harry, não estou – ele disse e deu alguns tapinhas nas costas do garoto. – É só que, bem, não estava acostumado a me imaginar como sogro de alguém – falou.

Harry sorriu fracamente, sabendo que não era apenas para comentar sobre o fato de ter se tornado um sogro que o seu pai o havia chamado ali.

– Escute – James chamou-o após alguns instantes de silêncio. – Relacionamento é uma coisa séria Harry – ele falou, surpreendendo completamente o garoto. Por mais casado que o pai fosse James nunca parecera um cara que diria alguma coisa assim sobre relacionamentos. – Sei que isso é surpreendente vindo de mim – adicionou ao ver a expressão no rosto de Harry. – Mas isso é sério Harry. Entenda, eu não quero que você tenha o mesmo futuro que eu – ele falou com a expressão séria.

Harry ficou estático por algum tempo. O que o pai queria dizer com aquilo?

– Do que... Está falando que se arrepende de ter namorado com a mamãe? – Harry perguntou, querendo mais do que tudo sair correndo dali.

Ele não queria ter de ouvir o próprio pai falando do quanto estava arrependido do casamento. Era mais do que jamais poderia aguentar.

Harry sentiu o coração apertar.

James, porém, pareceu espantado com o pensamento do garoto.

– Não! Não, não, não Harry. É claro que não me arrependo! – ele falou de modo veemente, aliviando um pouco o aperto no peito que Harry sentira. – Sua mãe me deu o melhor presente da minha vida, Harry – disse e o encarou de forma indicativa. – Jamais me arrependeria disso– concluiu.

– Então... O que está querendo dizer pai? – Harry perguntou ainda receoso.

– Harry, por mais que eu não me arrependa de ter namorado com a sua mãe, ainda assim não desejo o mesmo para você. Não sobre o namoro, claro, mas sim sobre a parte de ter filhos muito cedo – mais uma vez, Harry sentiu-se corar ao imaginar a cena. Gina e ele tendo... Filhos. A cena só fez com que ele sentisse ainda mais constrangido.

Porque diabo havia pensado em Gina para ter filhos, afinal de contas? Eles nem sequer eram namorados de verdade!

Sem falar que Harry não queria uma responsabilidade tão grande. Pelo menos não pelos próximos vinte anos.

– Pai, não! – ele falou, negando com a cabeça a enxurrada de pensamentos desconcertantes que o atingia. – Eu não... Eu nunca... Não. Definitivamente não terei filhos cedo – Harry disse de forma veemente.

James assentiu um pouco de diversão transparecendo em seus olhos.

– Tudo bem Harry, eu sei que neste sentido você é bastante responsável – ele disse e Harry ignorou a parte da frase “neste sentido”. – É só que, como seu pai, devo lhe alertar sobre o que implica um relacionamento. Tenho certeza de que deve ser uma boa moça, para ter conseguido te aquietar – e sorriu. – Mas ainda assim quero que você saiba que estarei aqui caso você queira conversar sobre.... Alguma coisa – ele disse a última parte de forma incisiva, fazendo com que mais uma vez Harry corasse.

– Entendi – Harry assentiu, querendo não ter entendido. – Obrigada pai – resmungou.

– Tudo bem Harry. É só que as vezes acho que, por ser novo, talvez você não me encare tão como pai como deveria, ou que eu deveria conversar mais com você. – ele disse fazendo com que Harry franzisse a testa. – Eu sou seu amigo, Harry.

O fato de o pai estar reafirmando uma coisa tão óbvia na vida de Harry – pois, afinal de contas, o pai sempre fora seu herói -, fez o garoto sentir seu estômago afundar. Era quase como se o pai estivesse se despedindo.

Aquilo era ainda pior do que vê-los brigando.

– Eu sei pai – ele disse, tentando demonstrar a animação que não sentia. – Você e a minha mãe são os espelhos do que eu quero ser – ele disse. – Afinal de contas nunca vi um casal que se ame mais – disse mais como indireta para ver a reação de James do que qualquer outra coisa.

O pai pareceu desconsertado com o comentário, encarando-o de forma pensativa.

– Você tem razão – James concordou.

Gina Weasley

Era uma terça-feira ensolarada e Gina havia acabado de sair de seu último período quando Harry a parara a meio caminho de casa.

– Você só pode estar brincando! – ela disse. Com certeza havia ouvido errado.

Harry passou as mãos pelos cabelos – o que Gina fez questão de ignorar para não perder o fio dos pensamentos – enquanto movia-se inquieto.

– Desculpe, mas eu não estou – ele disse e realmente parecia se sentir culpado.

Quer dizer, ela estava recém acostumando-se com o fato de que teria de se passar pela namorada de Harry e então o garoto dizia-lhe que iria jantar com os pais dele no próximo sábado.

NO PRÓXIMO SÁBADO.

Jantar com os Potter, pessoas que sempre estiveram presentes em sua vida, quase como tios, e apresentar-se como a namorada de Harry Potter.

Sentia sua determinação evaporar.

– Harry... – começou a falar, mas então ele lhe segurou pela mão, seus olhos brilhando.

– Por favor Gina – ele suplicou e, para o completo espanto da garota, parecia verdadeiro. – Por favor não desista.

Gina precisou de alguns instantes para se recuperar do transe em que se encontrava ao encará-lo daquele jeito.

– Tudo... Tudo bem – concordou como se estivesse encantada.

Balançou a cabeça mentalmente, tentando afastar o torpor que ele parecia lançar sobre ela cada vez que estava por perto.

Deixe de ser idiota!

– Ótimo – ele então sorriu, parecendo aliviado. O negócio é o seguinte: você vai fingir que é a minha namorada...

Gina sentiu-se tremer com o pensamento. Querendo mais do que nunca não ter aceitado aquela maldita proposta.

Fungou.

– Adicione mais um mês de lanches grátis no McD' junto daqueles ingressos para o show que eu faço isso – disse-lhe, fazendo com que Harry a encarasse em incredulidade.

– Gina, você não acha que esta pedindo muito? – o garoto falou em um tom reclamão.

– E você acha que é fácil fingir que eu namoro um cara como você? – ela retrucou de forma ácida. O garoto pareceu se encolher.

– Vou fingir que não entendi isso – resmungou. – De qualquer forma, você precisa convencê-los de que somos realmente namorados – ele disse e encarou-a profundamente, fazendo-a corar.

– Não sou só eu! Você também vai ter que colaborar – ela disse e cruzou os braços.

– Mas eu sou super colaborativo – ele disse de forma divertida.

– Harry, estamos falando de um relacionamento sério – ela disse lentamente. – Isso requer conhecimento de causa.

O garoto franziu a testa.

– O que quer dizer?

– O que quer dizer que, se queremos convencê-los, você precisa me conhecer – ela disse como se fosse óbvio.

Harry bufou.

– E você também precisa me conhecer! – disse de forma birrenta.

Gina revirou os olhos.

– Por favor, Harry! Eu te conheço desde que nasci e você é o melhor amigo do meu irmão e, também, passou os últimos anos mais tempo em minha casa do que Percy. Tenho certeza de que te conheço – concluiu.

O garoto pareceu desconcertado e encarou-a com uma sobrancelha arqueada.

– O que está sugerindo?

– Que nós comecemos a agir como namorados – falou sem saber por que diabo estava sugerindo aquilo.

Por algum acaso estava tentando piorar a coisa para si mesma? Gina não sabia como responder.

Só o que ela sabia era que, já que estava metida naquela loucura toda, então faria sua parte muito bem feita.

Tudo, é claro, pelos ingressos do show.

Nada tinha a ver com o fato de que queria impressionar a Harry. Absolutamente nada.


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Notas finais do capítulo

Foi meio calmo comparado com os outros, mas isto é porque eu sempre quis escrever uma cena em que o Harry e o James tivessem um diálogo pai/filho.
Acho que quis suprir minha necessidade ao fato de que nos livros eles nunca puderam ter este tipo de conversa :///
Bem, espero que tenham gostado!
Desculpem por qualquer coisa.
Não esqueçam de me contar o que estão achando!

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AVISOS IMPORTANTES:

PS: no meu perfil está um cronograma de atualização de fanfics. Lá está as informações de quando/qual fanfic vou atualizar, qual capítulo está em andamento e etc.
Também está o link do meu perfil no twitter, por onde converso com os leitores sobre as fanfics ou qualquer outra amenidade que quiserem hehehe

Se quiserem, fiquem à vontade para falarem comigo por lá, ou por MP. Vou respondê-los com muito carinho, mesmo que seja à xingamentos pela demora heheheh

PS¹: quanto aos reviews, eu estou respondendo-os aos pouquinhos. Talvez demore a colocar em dia, pelo fato de que fiquei tanto tempo longe que acabaram acumulando, não só aqui na MF, mas nas outras também. Mas queria que soubessem que, apesar de eu não responder com tanta frequência leio a todos e levo em consideração tudo o que me dizem, certo?

PS²: Estou betando as MF e MFII, porque estava relendo-as e encontrei vários errinhos que me incomodaram, tanto de concordância quanto textuais. Eu as escrevi quando tinha 15/16, portanto minha escrita era um pouco imatura. Sendo assim, por achar que os leitores merecem sempre o melhor, estou arrumando-as embora não vá modificá-las, somente melhora-las pelo ponto de vista gramatical. Portanto caso quiser lê-las novamente, pode ser que encontre coisas diferentes, mas nada que interfira no rumo da história.
No momento estou betando MF e, assim que concluí-la, betarei MFII.

PS³: Arrumando algumas coisas que não havia deixado muito claro no decorrer das fanfics:

— Devido ao fato de MF e MFII passarem-se nos anos 2006 e 2007, respectivamente, Malfeito Feito III passa-se mais ou menos em 2023. Coloquei-a como se a tecnologia ainda não tivesse avançado muito, embora seja melhor. E também porque queria respeitar o espaço de tempo entre as estórias, okay?

— A banda Paramore já existia no tempo de Lily/James (como vocês vão encontrar em alguns capítulos de MF), mas não era muito conhecida e os cantores eram realmente novos. Agora, os cantores mais ou menos da idade dos pais de Harry, a banda ainda faz sucesso, sendo assim a favorita de Gina [sei que essa informação não é real, mas como houve um longo espaço de tempo entre as fanfics, decidi escrever assim para não destoar do contexto].

Bem, acho que era isso.

Perdoem-me mesmo pela demora!

Prometo que não demorarei com o próximo!

Beijinhos