Malfeito Feito III escrita por Miller


Capítulo 13
Quase como uma irmã - Capítulo Doze.


Notas iniciais do capítulo

É muita cara-de-pau da minha parte aparecer assim, depois de mais de um ano sem postar nada?
Acho que sim não é?
Bom, oi pessoas, se é que ainda existem almas que leem isto aqui.
Eu estou viva, saudável (se é que se pode chamar alguém de saudável no final de um semestre na faculdade) e de volta a ativa.
Não, isto não é uma miragem, muito menos uma brincadeira de mau gosto - embora o capítulo não esteja tão bom e vocês possam pensar que, oi, isto é sim uma brincadeira.
Eu estava MORRENDO DE SAUDADES DE VOCÊS!
E de escrever, e de postar e de ler os comentários e as mensagens de morte que vocês me mandaram porque eu desapareci.
Bem merecidas, aliás.
Estava sem tempo e sem criatividade.
Peço desculpas por desaparecer assim, mas não tive muito tempo e nem muita disposição devido a alguns acontecimentos catastróficos na minha life.
Bom, espero mesmo que vocês ainda apareçam por aqui, nem que seja para me xingar.
Vai ser muito bom ver que ainda existem pessoas que gostam das loucuras que escrevo :D
Boa leitura!



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Harry Potter

- Eu não vou dizer uma coisa dessas, mas não mesmo! - Gina exclamou enquanto encarava-o com a expressão incrédula.

- Ah, qual é Gina, nem é tão mal assim - Harry sentia como se dissesse isso pela milésima vez. O que era bem verdade, afinal Gina, definitivamente, não estava colaborando.

-Não é tão mal assim? - ela perguntou enquanto baixava os olhos para o caderno em suas mãos e lia: - "Srª. Potter, seu filho é maravilhoso comigo, esperto, inteligente, carinhoso, bondoso e extremamente sincero. Ainda não acredito que possa merecê-lo".Sério Harry? Você acha mesmo que EU diria uma coisa dessas?

- O quê? - Harry deu de ombros. - As pessoas quando estão apaixonadas normalmente exaltam as qualidades do amado. Não vejo nada demais ai - deu de ombros novamente.

Ele havia feito um caderno onde colocara algumas anotações e observações que ele tinha certeza que ajudariam Gina a fingir ser uma namorada adequada. Afinal não era como se estivesse mentindo ao escrever aqueles elogios. Normalmente as garotas falavam coisas ainda melhores sobre ele, mas não achava que sua mãe ficaria muito contente em ouvi-las.

- Maravilhoso? - Gina perguntou cheia de sarcasmo em seu tom. - Esperto? Só se for em enganar garotas. Inteligente? Depois de tirar zero na última prova de matemática?

Harry bufou indignado enquanto sentia seu rosto corar.

- Será que toda escola já ficou sabendo, ou ainda falta sair nos jornais? - reclamou, mas ela ignorou-o e continuou seu discurso.

- Carinhoso? Bondoso? - riu sem acreditar. - SINCERO? - riu ainda mais. –Sinceramente Harry, acho que sua mãe te conhece o suficiente para saber que isso - apontou para o caderno. - Está longe de ser sincero - revirou os olhos e encarou-o com descrença. - Isso sem mencionar as notas no final da página sobre "Dicas de elogios para serem feitos em frente à mãe do Harry". Sério mesmo que você perdeu tempo escrevendo isso?

Harry corou ainda mais. Ela fazia aquilo parecer muito idiota.

- Eu só pensei que fosse ajudar - ele murmurou enquanto caminhava até ela e pegava o caderno de sua mão -, mas esqueça.

Ao puxar o caderno, sua mão encontrou com a pele exposta do pulso de Gina e um arrepio completamente desconhecido perpassou por sua pele.

Harry ergueu os olhos para o rosto de Gina e percebeu as bochechas dela estavam rosadas, enquanto seus olhos estavam arregalados encarando-o. A respiração dele acelerou e, ao mesmo tempo, parecia subir como se fosse pastosa por sua traqueia, tornando tudo ainda mais confuso. Sua pele formigava onde sua mão encostava em Gina e ele, pela primeira vez na vida, estava completamente sem reação na frente de uma garota.

Ele poderia ficar lá, encarando-a bobamente, observando como suas sardas eram atrativamente vermelhas; como seus olhos eram de um verde musgo extremamente bonito; como seus cabelos caiam sua testa, rebeldes, e ela não parecia se importar, tornando o efeito ainda mais...Atraente – tudo isso, se a porta do quarto não tivesse sido empurrada e a voz estridente de Rony soasse em seus ouvidos, fazendo-o pular de susto.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?


Gina Weasley

Existiam cinco tipos de momentos na vida das pessoas: os maravilhosos, os bons, os ruins, os muito ruins e os que só-aconteciam-na-vida-de-Gina.

E esses momentos, claro, eram tenebrosamente horríveis.

Tipo estava acontecendo alguma coisa ali, não estava? Enquanto Harry a encarava com aquela expressão completamente estranha como se estivesse prestes a... Bem, ela não sabia exatamente o que, mas seu estômago estava como se houvessem milhares de borboletas esvoaçando dentro, então isso devia significar alguma coisa, certo?

Então, exatamente naquele momento, Rony aparecia e estragava completamente seja-lá-o-que-estava-prestes-a-acontecer e ficava encarando-os como se fosse capaz de matá-los.

Qual é, se alguém tinha algum direito de ficar furiosa por ali, era Gina!

Nãoera justo que quando as coisas pareciam que iriam acontecer - porque algo estava quase acontecendo entre ela e Harry, disto não restavam dúvidas - um de seus irmãos (como sempre), chegava e encarava-a com aquela expressão de "você está fazendo isso muito errado Gina", estragando tudo.

- Nada - ela disse entre dentes, afastando-se de Harry enquanto respirava fundo.

- Ron, cara - Harry começou, erguendo as mãos para cima como se em rendição. Qual é? Não era como se estivessem fazendo algo errado! - Não está acontecendo nada!

Rony ainda encarava-os com suspeita. Ele entrou no quarto e sentou-se na cama, cruzando os braços logo em seguida.

- Então se expliquem!

Gina olhou para Harry indicando que, como ele havia provocado àquela confusão, ele era quem deveria se explicar.

O garoto encarou-a suplicante, mas ela simplesmente deu de ombros como se dissesse: "se vira campeão". Ele bufou e olhou para Rony com a expressão parecendo cautelosa.

- Hum, bem... - ele falou como se não soubesse por onde começar. Rony arqueou as sobrancelhas irritantemente. Gina queria dar um soco em seu rosto.

Ela também estava curiosa, é claro, para saber que desculpa Harry iria dar ao seu irmão quando o mesmo descobrisse que eles estavam "namorando".

Harry olhou para ela como em busca de auxílio, mas ela apenas arqueou as sobrancelhas também. Ele bufou.

- Bom você lembra do nosso plano sobre... Sobre meus pais? - Harry perguntou à Rony e este assentiu com a cabeça semicerrando os olhos, esperando pelo resto. - Bem, Gina está... Hum... Ajudando-me. - Concluiu.

Gina suspirou um tanto melancolicamente para si mesma. É claro que Rony saberia do plano de Harry, afinal do que ele não sabia sobre o moreno?

Eles passavam a maior parte do tempo juntos e se conheciam a mais tempo do que Gina lembrava. Não era como se eles tivessem segredos um do outro.

Ela não devia estar tão decepcionada. Não era como se Harry fosse dizer que estava namorando com ela. Era pateticamente cômico que ela esperasse isso. Haha.

Rony parecia ainda estar absorvendo o que Harry havia dito. Era quase possível ver seu cérebro encaixando as partes. Se ele sabia do plano de Harry em fingir ter uma namorada para os pais - mesmo que Gina não fizesse ideia de como isso poderia ajudar com a não-separação deles - obviamente ligaria os fatos e perceberia o que eles estavam fazendo. O que foi exatamente o que aconteceu.

A boca de Rony se abriu, como se não pudesse acreditar, então ele olhou de um para o outro várias vezes e levantou-se de onde estava sentado.

- A minha irmã? - Ele olhou para Harry com a expressão incrédula. - A minha irmã não, cara!

Harry recuou, como se estivesse com medo do amigo. O que até era compreensível, Gina teve que admitir.

- Hey! Calma ai - Harry disse. - Não é como se eu estivesse fazendo algo errado - Gina concordou com ele. - E também, cara, é de mentira!

- Mas você é Harry Potter! - Rony disse como se fosse algo óbvio.

- Lógico que sou eu, dã - Harry revirou os olhos ironicamente.

-Não! - Rony balançou a cabeça - Você é o cara mais galinha de toda Hogwarts. Não quero isso para minha irmã!

Harry estreitou os olhos, ofendido.

- Também não precisa magoar - retrucou.

- Parem com isso - Gina decidiu intervir. Aquilo estava ficando patético. - Parem, os dois - e virou para o irmão. -Eu sei me virar – ela disse. - Não é como se eu não conhecesse Harry - revirou os olhos enquanto o moreno exclamava em protesto. - E eu não vou fazer nada que eu não queira fazer - concluiu.

Rony encarou-a por algum tempo, avaliando-a.

- É cara - Harry aproximou-se e colocou uma mão no ombro de Gina, o que causou arrepios por toda sua coluna vertebral, mas ele não pareceu notar. - A Gina me conhece. Sem falar que ela é como uma irmã para mim.
 

Como uma irmã... Como uma irmã... Como uma irmã... COMO ASSIM COMO UMA IRMÃ?
 

VOCÊ ESTAVA ME ENCARANDO QUASE COMO SE FOSSE ME AGARRAR ALGUNS SEGUNDOS ATRÁS E AGORA DIZ QUE EU SOU QUASE COMO UMA IRMÃ?
 

POTTER ESTÚPIDO.

Gina sabia que estava perdendo a razão, por isso afastou-se de Harry e caminhou em direção à porta enquanto os dois garotos a observavam.

Rony parecia muito mais calmo com a última frase de Harry, mas ela... Ah, Gina estava segurando-se para não matar nenhum dos dois.

- Pronto - ela falou e tentou controlar sua voz para não tremer. - Tudo resolvido, certo? - respirou novamente, enquanto os dois encaravam-na estranhamente. - Agora saiam - e apontou para a porta que segurava.

Ambos olharam para ela como se a mesma fosse maluca.

- Mas... - Harry começou a protestar, mas ela não o deixou concluir.

- Eu disse SAIAM! - ela praticamente berrou.

Sua expressão estava muito raivosa para que algum deles protestasse então os dois caminharam para a porta e, quando ela estava quase a fechando, Harry voltou-se para ela.

Por uma fração de segundo, Gina sentiu o coração acelerar e esperou que ele fizesse alguma coisa.

Mas, é claro, ele era tão estupidamente ridículo que tudo o que fez foi dizer:

- Então, quando nos encontramos para ensaiar novamente?

Gina fitou-o horrorizada por um momento. Como alguém podia ter tão pouca sensibilidade quanto uma porta?

Ela fechou a porta na cara dele e trancou-a.

Em segundos atravessou o quarto e pegou o caderno de sugestões. Rasgou-o ao meio e atirou-o longe, imaginando que aquilo eram pedaços de Potter.

Se não fossem pelos ingressos... Ela com certeza teria explodido os dois garotos logo depois de tê-los feito engolirem todo o egocentrismo deles goela abaixo.

- Eu te odeio Harry Potter - ela resmungou enquanto atirava-se no meio de sua cama.

Mas ela sabia que não era verdade.


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Notas finais do capítulo

Estou aceitando xingamentos, blasfêmias, declarações de morte, ameaças e tudo o mais :D

Obs: estou voltando com outras fics além dessa, aproveitando que a criatividade decidiu dar o ar de sua graça para a tia aqui.


Saudades infinitas dos leitores mais maravilindos do mundo e que, se ainda leem o que escrevo, devem estar querendo me matar ♥

Besos



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