A Esperança Dos Renegados escrita por Aldneo


Capítulo 20
CAPÍTULO XVIII: A senda de Targut




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Na fortaleza dos Cavaleiros, um Cavaleiro caminha pelos corredores de rocha escurecida e enfeitados por diversos estandartes, seguindo rumo a sala do Senhor dos Cavaleiros, que se apontava após uma ampla porta dupla ao final do dito corredor. Como todos os Cavaleiros, se mostrava um homem de grande porte, com trajes grossos e a tipica mascara metálica lhe encobrindo o rosto, na qual se esculpira uma face com expressão frívola. Porém seus trajes pareciam mais simples, de coloração branco-acinzentada, sem qualquer ornamentação, também usava uma capa alva e simples, embora bem grossa, que se estendia a partir de seus ombros até encobrir as panturrilhas das pernas. Destacava-se nele apenas a longa espada embainhada em seu cinto, a qual possuía a empunhadura esculpida na forma de um crucifixo, tendo os pés do Cristo empunhado na direção de seu pomo, os braços se estendiam para as laterias do guarda-mão e a cabeça, esculpida voltada para cima e em forma como se o sacro homem representado na figura estivesse gritando, na base da lâmina.

O Cavaleiro adentra a sala, ao que o Senhor dos Cavaleiros lhe saúda:- “Targut, alegro-me que tenha ouvido meu chamado e retornado à nossa ordem...” O Cavaleiro, porém, lhe responte rispidamente: - “Não desperdice esta sua teatralidade comigo e explique melhor a mensagem que me enviou!” Ignorando a resposta grosseira, o anfitrião lhe faz um gesto de sutileza com a mão, enquanto se dirige à uma luxuosa poltrona. Após se assentar, um novo gesto sútil de mão convida o visitante a que também tome assento. Targut o faz, em um sofá, um pouco a frente do Senhor dos Cavaleiros. Após ambos se acomodarem, embora o recém-chegado ostentasse uma posse de inconformidade, o Senhor dos Cavaleiros passa a lhe informar:

— “Há algum tempo ordenei que alguns de nossos rivais...”, rapidamente o homem volta a lhe lhe interromper, antagonizando: - “Você quer dizer de SEUS rivais.”, novamente o Senhor ignora o tratamento grosseiro que seu aliado lhe presta e continua: - “Ordenei que alguns dos que eram mantidos prisioneiros nesta fortaleza, fossem eliminados. Eles foram lançados às bestas. Algum tempo atrás, ordenei que os corpos fossem verificados, no intuito de se conferir se o que ordenei realmente se realizara. E as informações que me foram passadas me preocupam, apenas dois dos três corpos foram encontrados...”

Targut interrompe neste momento de forma zombadora: - “Não passou por sua cabeça que talvez alguma das bestas tenha levado o corpo para sua toca, para comer mais tarde?”, porém o Senhor, ignorando a zombaria, continua: - “De fato, isto é uma possibilidade, e por isto demorei em lhe chamar, ordenei que verificassem isto também. Entretanto, não foram encontradas evidências disto, assim prefiro me precaver, pois também é uma possibilidade que ele tenha sobrevivido e escapado...”

— “Sua sorte, e meu azar, é que se se você estiver certo e alguém descobrir um décimo do que você esconde aqui, eu também me complicarei... Então não tenho muita escolha a não ser resolver isto...”, Targut responde seriamente, numa rápida antecipação de tudo o que o Senhor poderia querer lhe dizer.

Nisto, o Senhor dos Cavaleiros assume um tom mais agradável, e até um pouco provocativo, no trato com ele, dizendo: - “Que bom que pude convencê-lo a retornar para meu lado. Não sabes a falta que me fazem mais homens como você aqui nestes últimos tempos.” Porém, Targut lhe responde de forma extremamente ríspida: - “Não seja estúpido, já lhe disse que só farei isto, porque se descobrirem algo, eu também me complicarei. Isto não muda em nada minha opinião de que você enlouqueceu completamente com este lugar e que não quero mais qualquer envolvimento com esta insanidade!” Após dizer isto, o homem se levanta e se volta na direção da porta de saída, ao que o Senhor também se põe em pé e lhe diz rapidamente, buscando manter sua atenção: - “Há mais uma coisa que gostaria de lhe pedir...”, sem se virar para seu interlocutor, Targut apenas responde um enfadado “Diga!”, ao que lhe é falado:

— “Temos uma outra eventualidade... Já devem tê-lo informado do roubo de um de nossos artefatos...” Interrompendo-o, Targut, já prevendo o que lhe seria pedido, lhe ironiza: - “Você não tem outros subalternos?! Acaso quer jogar todos os trabalhos deste inferno para que eu os faça?” Novamente ignorando o descaso de seu companheiro, o Senhor prossegue: - “Na verdade já ordenei a outro que fosse atrás disto, Malachie...”; Targut cerra os punhos e torna sua voz ainda mais ríspida quando diz: “Malachie! Ele é como uma criança mimada, que considera este mundo seu playground, e age como se estivesse em um jogo ou coisa do tipo...”

— “Eu sei...”, o Senhor continua, “...mas devido a sua dedicação e habilidade, pensei que seria um bom candidato a cumprir esta tarefa, além do mais, pensei que ele já teria superado esta... histeria inicial que teve ao chegar aqui. Porém, parece que me precipitei quanto a isso... seus métodos parecem estar chamando muita atenção e despertando curiosidade... Sabe o que isto pode significar, sabe o que pode ocorrer se outros tiverem acesso a certos materiais que temos aqui... Assim, não quero que você faça o trabalho, ou que vá atrás de Malachie, apenas, caso seus caminhos se cruzem, fique de olho nele, para que ele não exagere e acabe nos comprometendo.” Rispidamente, Targut apenas responde um frívolo “Farei o que puder...” e se dirige a saída.


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Notas finais do capítulo

Continua...
(nao resisti a por isso aqui rsrsrsrs)



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