Dream A Little Dream escrita por milacavalcante


Capítulo 9
Capítulo 9 - Safe and Sound


Notas iniciais do capítulo

Meus amoooooooooooooooooores, capítulo novo na área o
Povo, eu estou muito feliz, com 9 capítulos a fanfic já tem quase 100 reviews, 24 leitores, 10 favoritos e 1 recomendação, isso é tão lindo, muito obrigado *--------*
Ah, eu escrevi uma one-shot percabeth, se quiserem ler, aqui o link: https://www.fanfiction.com.br/historia/183550/A_Fairy_Tale_Christmas
Enjoy o



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POV PERCY


Voltei pra casa depois que anoiteceu, notei que a janela de Annabeth continuava trancada. Tomei um banho e coloquei calças de moletom. Fui para fora tomar um pouco de ar e olhei as estrelas.


De repente a janela de Annabeth se abriu e Annabeth saiu de lá. Ela se agarrou na sacada e respirou ofegante.


Então ela começou a chorar. Era de partir o coração, ela soluçava baixo e lágrimas pesadas rolavam por suas bochechas. Ela parecia não ter me notado ali.


Annabeth olhou para o céu e limpou o rosto com as costas da mão. Passou uma das suas pernas para o lado de fora da sacada e depois a outra. Arregalei os olhos ao perceber o que ela planejava.


– Annabeth, não! - falei.


Ela olhou pra mim assustada e passou as pernas de volta para a sacada. Annabeth sentou no chão e abraçou os joelhos.


Peguei a escada de corda que guardava ali para emergências - ir para festas escondido - e amarrei uma das pontas na sacada, joguei a outra ponta para o lado dela e puxei de volta, entrelaçando na sacada e dei um nó prendendo firmemente.


A distância de uma sacada para outra não era nem dois metros, se eu quisesse dava pra pular, mas se eu caísse iria doer um pouquinho.


Agarrei a escada de corda com ambas as mãos e fiz como na Educação Física. Uma mão depois a outra até chegar do outro lado. Passei as pernas pela grade de proteção e me ajoelhei ao lado de Annabeth.


Annabeth enterrou a cabeça entre as mãos e soluçava baixinho. Tentei não reparar no fato que ela estava só de blusa e esta ia até a coxa. Afaguei sua bochecha e ola olhou para mim.


– Obrigado. - ela sussurrou.


Sentei ao seu lado e pus o braço em volta dos ombros dela, ela encostou a cabeça no meu peito.


– Obrigado. - ela sussurrou de novo.


– Shii, vai ficar tudo bem. - eu falei afagando seu cabelo.


Fiquei afagando seu cabelo e sussurrando que tudo vai ficar bem até que ela caiu no sono. Peguei-a no colo e levei-a até a sua cama torcendo para que ninguém entrasse.


Coloquei-a na cama suavemente e a embrulhei.


Annabeth dormindo parecia um anjo. Seus cabelos loiros emolduravam seu rosto com suavidade. Sua expressão estava relaxada e ela respirava calmamente.


Afaguei sua bochecha ainda úmida por causa das lágrimas. O que será que aconteceu a ela a ponto dela não querer mais viver?


– Boa noite Annie. - eu disse e encostei nossos lábios.


Sabia que ela não lembraria disso pela manhã, mas não me importei. Só queria que ela ficasse bem e feliz.


Voltei para o meu quarto fechando a janela dela e a minha.



POV ANNABETH


Eu estava na minha casa em São Francisco.


Fui em direção a grande estante com fotos da nossa família. Tinha fotos minhas e da minha irmã quando pequenas, fotos dos meus pais se formando no ensino médio e coisas normais da vida.


Então tudo começou a pegar fogo.


Corri escada acima para alertar meus pais, mas quando cheguei lá eles já estavam queimando, gritando por socorro.


Corri para o outro quarto para salvar a minha irmã e quando cheguei lá ela estava sentada na cama de pernas cruzadas.


Ela olhava para mim de maneira acusatória. Labaredas de fogo a cobriam. Partes de seu corpo completamente queimados.


– Isso é culpa sua, Annabeth. - ela disse apontando para si mesma e levantou da cama dando um passo na direção de Annabeth.


– Afaste-se de mim! Não! - disse quando ela se aproximava.


Corri escada abaixo e parei no hall de entrada. Um barulho alto soou no teto e uma parte do segundo piso caiu sobre mim com um boom ensurdecedor.


Abri os olhos achando que o sonho tinha acabado, mas não.


A casa continuava em chamas mas em cima de mim estava Percy. Seu rosto estava sujo de fuligem e ele tinha a expressão feroz e algo a mais.


Ele tinha me salvado. Ele estava aqui comigo.


Senti a minha consciência voltando lentamente.


Percy fechou os olhos e aproximou-se do meu rosto, mas antes dos nossos lábios se tocarem, eu acordei.



Abri os olhos e sentei na cama sonolenta.


Por um momento esquecera do que aconteceu ontem, assim quando as lembranças me vieram, foi como se eu tivesse levado um tapa.


Olhei para a blusa que estava vestindo e bufei em indignação. Como um blusa podia carregar lembranças tão fortes a ponto de me fazer ficar tão depressiva e querer me matar?


Eu não podia deixar isso acontecer de novo. E se eu entrasse em um desses flashbacks em público? E se eu acabasse me matando?


Ai meus deuses.


Eu tentei me matar ontem. Eu ia me matar, mas Percy apareceu. Ele ficou ao meu lado me consolando e afagou meu cabelo até eu dormir.


Ou eu tinha imaginado isso? Não, eu tinha certeza que ele estava lá.


Passei a mão no cabelo. Se eu acordara na minha cama ele deve ter me carregado pra cá enquanto eu dormia.


Ai meus deuses.


Percy me vira naquelas condições, provavelmente deve estar pensando que eu sou uma louca suicida e rindo de mim.


Apertei meu pulso com minhas unhas até sentir dor. Soltei. Eu tinha prometido que ia parar de fazer isso. Eu precisava parar.


Pensei no sonho novamente. Em como minha irmãzinha me assustara e em Percy me salvando. Principalmente nessa parte.


Isso nunca tinha acontecido antes em nenhum dos pesadelos. Era sempre a casa em chamas, minha família queimando e sendo mortos por causa daquilo caindo em cima deles.


Nunca aparecera ninguém pra me salvar.


Toquei meus lábios com a ponta dos dedos. Era como se eu pudesse sentir os lábios de Percy tocando os meus no pesadelo.


Balancei a cabeça furtivamente para afastar esse pensamento e levantei. Fiz minha higiene matinal e vesti shorts jeans e uma camiseta de manga pra esconder minhas marcas.


Arrumei meu cabelo num rabo de cavalo alto e desci pra tomar café.


Tia Suzan estava fazendo panquecas cantarolando uma música da Lady Gaga. Carly estava sentada na mesa com cara de tédio e Malcom não tinha descido ainda.


– Bom dia. - falei pegando um copo e enchendo-o de suco de laranja.


– Bom dia Annabeth. - Tia Suzan falou empolgada.


– Bom dia. - Carly resmungou.


– Huh, tia? - perguntei depois que ela botou três panquecas no meu prato. - Será que eu poderia almoçar com um amigo hoje?


Tia Suzan virou-se rapidamente com um sorriso malicioso no rosto.


– Amigo, que amigo? - ela falou curiosa.


Eu já disse que às vezes ela parecia com uma adolescente?


– O cara bonitinho da livraria. - eu disse.


Os olhos de tia Suzan brilharam de excitação.


– Ai. Meu. Deus. - sim, ela disse isso pausadamente. - O Erick sem sobrenome?


– O sobrenome dele é Manson. - eu disse botando um garfo cheia de panqueca na boca.


– Erick Mansom? - Carly perguntou interessada. - Britânico, ruivo?


– Ai meu Deus, você o conhece? - Tia Suzan perguntou. Carly revirou os olhos.


– Tinhamos algumas aulas juntos. - ela disse olhando para o prato. - Ele é meio esquisito, fica na biblioteca entre as aulas e no almoço e é um nerd.


– Ele é bem bonitinho. - Tia Suzan disse defendendo ele.


– Se vocês acham... - ela disse indiferente.


– De qualquer modo, é claro que eu deixo você ir. - Tia Suzan disse. - E Malcom vai levar você.


Malcom que nessa hora aparecia na cozinha olhou pra mim sonolento.


– Você precisa aprender a dirigir, loirinha. - ele disse. Corei


.- Cale a boca Malcom. - Tia Suzan disse. - Você vai levar ela e pronto.


– Tá. - ele disse comendo metade de uma panqueca de uma vez.


– Não esqueçam que as aulas começam depois de amanhã. - Tia Suzan disse animadamente.


– Viva. - resmunguei.


Terminei de comer meu café da manhã e subi de volta para o quarto. Tropecei em meus saltos que estavam ali desde a festa. Resolvi arrumar meu quarto.


Dei uma espiadinha pela cortina pra ver se a janela de Percy estava aberta e já que estava fechada abri a minha deixando os raios solares entrarem.


Estava um dia realmente quente.


Já que estava sozinha no quarto tirei minha blusa e coloquei uma sem mangas.


Arrumei a minha cama e tudo o que estava bagunçado.


Tentei ignorar minhas marcas recentes mas elas pareciam brilhar em néon.


Cantarolei uma música do Guns e arrumei tudo rapidamente. Me joguei no chão cansada e peguei meu celular.


Disquei o número de Thalia. Ela atendeu no terceiro toque.


– Quando você chega? - perguntei sem rodeios. Thalia bufou do outro lado.


– Olá melhor amiga, como vai você? - ela disse sarcasticamente e quando eu não respondi ela bufou. - Você é muito chata.


– Thalia, eu vou te bater. - disse e ela riu.


– Claro que vai Annabeth. - ela disse.


Ouvi o barulho de carro no fundo.


– Onde você está? - perguntei.


– Chegando na minha casa. - ela disse. - Em Nova York.


Sorri para o teto.


É Annabeth. - Thalia disse para alguém. - Meus pais mandaram um beijo.


– Manda outro. - disse.


– Que seja. - ela disse. - O que você vai fazer hoje?


– Almoçar com o Erick. - disse. Thalia ofegou.


– Mas você é rápida hein garota. - Thalia disse rindo. - Tinha até esquecido do bonitinho. E o Percy?


– Não quero falar sobre ele agora. - disse séria.Thalia assobiou.


– Uuuuuuuuuuh, tem algo nisso. Você precisa me contar. - ela disse. - Quer que eu te pegue em casa?


– Certo, quando eu voltar pra casa te mando um sms. - disse. - Tchau amiga.


– Tchau gata. - ela disse e desligou.


Sorri para o nada. Logo Thalia estaria aqui e tudo ficaria bem melhor. Olhei para as minhas marcas no pulso.


Toquei-as com a ponta do dedo. Será que Percy tinha visto minhas marcas? O que será que ele estaria pensando de mim?


Balancei a cabeça para espantar esses pensamentos. Troquei de blusa novamente e fui até a sala assistir tv.


Fiquei zapeando entre os quinhentos canais até que parei no History Channel. Fiquei tão concentrada no programa que não percebi Malcom entrar na sala.


– Sua nerd. - ele falou se jogando ao meu lado no sofá.


– Fica quieto. - eu disse tacando uma almofada na cara dele. Ele atirou de volta com o dobro da força.


– Bota no canal de esportes. - ele disse.


– Não. - retruquei segurando o controle remoto.


– Bota. - ele disse de novo.


– Não. - falei sorrindo pervesamente.


– Você vai ver. - ele disse e se jogou em cima de mim segurando o controle.


– Ah, não! Sai! - gritei rindo.


A campainha tocou duas vezes e eu levantei correndo com o controle remoto na mão.


Atendi a porta ainda rindo. Meu sorriso vacilou.


– Huh, oi. - disse corando e olhando para o chão.


– Oi Annie. - Percy disse sorrindo timidamente.


Abri a porta deixando-o entrar.


– Malcom está ali. - disse.


Ele entrou e acenou para Malcom. Joquei o controle para Malcom, que me olhou confuso e subi as escadas.Fechei a porta rapidamente e sentei na cama.


Não tive coragem para olhá-lo nos olhos.


Tinha certeza que ele iria me olhar com pena ou com repulsa.


A pobre garota que ficou louca depois de matar a família por acidente. Era de dar pena.


Levantei da cama e fui até o banheiro, pegando a navalha e pressionando contra o pulso. Quando o filete de sangue surgiu eu suspirei aliviada.


Era como se todos os meus problemas, minhas preocupações e medos saíssem com o corte. Toquei o sangue com a ponta do dedo, traçando o corte que acabara de fazer.


Respirei fundo e abri a torneira afagando meu pulso. A água estava gelada, fez minhas feridas arderem e ficarem vermelhas. Mordi os lábios.


– Chega Annabeth. - sussurrei olhando no espelho. Limpei a navalha e guardei-a.


Sai do banheiro e vi o carro de Malcom saindo de casa. Percy deveria ter ido com ele.


Desci as escadas novamente arregaçando a manga da camisa por causa do calor. Tia Suzan tinha saido com Carly então a casa estava só pra mim.


Deitei no sofá me espreguiçando e coloquei as pernas em cima do encosto do sofá, fazendo minha cabeça pender para o chão. Fechei os olhos apreciando o silêncio.


– Bela maneira de se sentar. - uma voz disse.


Me ajeitei rapidamente, mas perdi o equilibrio e fui parar no chão.


– Você me assustou. - eu disse olhando feio para ele.


Percy estendeu a mão e eu recusei, me levantando sozinha.


– Desculpe, estava mexendo no computador do Malcom quando te ouvi aqui embaixo. - ele disse sentando no sofá. Permaneci em pé.


– Onde ele foi? - perguntei ajeitando a manga da camisa para esconder minhas marcas que estavam vermelhas.


– Bianca ligou, disse que eles precisavam conversar. - ele falou cabisbaixo.


– Ah. - eu disse. Quando garotas dizem que precisam conversar só significava uma coisa. - Acha que ela vai terminar com ele?


– Provavelmente, Malcom às vezes faz umas burradas. - Percy disse.


– Hum. - eu disse. Percy olhou pra mim.


– Quer conversar sobre ontem? - ele disse levantando e dando um passo em minha direção. Recuei dois passos.


– Não tenho nada pra falar. - disse afagando o pulso e olhando para o chão.


Não conseguia olhar para aqueles olhos verdes que deveriam estar rindo da minha insanidade.


– Annie, olhe para mim. - ele disse andando rapidamente e segurando meu queixo. - Eu já disse que você pode confiar em mim.


Me desvencilei de sua mão e enterrei minha unha no meu pulso por cima da camisa. Olhei para ele séria mas sem olhar nos seus olhos.


– Eu estou bem. - disse tentando parecer confiante.


– Annabeth, você tentou se matar. - ele disse exasperado e segurando meu rosto com ambas as mãos.


Acidentalmente olhei em seus olhos, foi um erro.


Diferente do que eu pensava ele não tinha aquele olhar acusatório que eu esperava. Seus olhos verdes transpareciam somente preocupação.


– Eu não tenho intenção de me matar. - falei olhando nos olhos dele.


Ele respirou aliviado, mas não soltou meu rosto. Engoli em seco e continuei.


– Desculpe por ter assustado você.


Ele deu um sorrisinho.


– Você me deu um baita susto, sabia? - ele disse franzindo os lábios.


– Prometa que não vai fazer aquilo de novo, Annie.


Dei um sorrisinho fraco


.- Eu prometo. - disse.


Ele deu um sorriso de tirar o fôlego e me abraçou forte. Senti meu rosto inteiro esquentar - e não porque estava calor - mas retribui o abraço.


– Obrigado. - eu sussurrei no seu ouvido.


– Tudo bem. - ele disse e afagou meu cabelo.


Era estranho, mas eu não queria soltá-lo, não queria me afastar do abraço dele. Nesse momento, eu sentia que eu não estava sozinha, que eu estava inteira de novo.


– Percy? - falei baixo.


– Sim? - ele disse.


– Não acredito que você me carregou até a minha cama. - eu disse sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que será que vai rolar com os dois sozinhos em casa? hmmmmmmmmmmm
Espero que tenham gostado desse capítulo, deixem reviews KK
E pra quem quiser conversar, dizer que lê uma das minhas fics, cobrar capítulo, me ameaçar ou simplesmente me dizer oi, aqui minhas redes sociais:
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Até a próxima semideuses, adoro vocês s2



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