Dream A Little Dream escrita por milacavalcante


Capítulo 16
Capítulo 16 - Fly on the wall


Notas iniciais do capítulo

Olá meus lindões *-*
Consegui postar o capítulo no dia previsto YAAAAAAY
Eu recebi 5 novas recomendações tipo UAAAAAAAAAAAU!
Muito obrigado a Develyn, WaleskaPJAC, SweetPoPCorn, KatnissePeeta e Be HAPPY . Esse capítulo é pra vocês o
E claro, muito obrigado a todos que deixaram reviews lindo e inspiradores pra mim, vocês são a animação dos meus dias *o*
Aproveitem.



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– Você está bem? - Erick perguntou.


– Sim, só um pouco cansada. - menti.


– Quer que eu te leve pra casa? - ele perguntou dando um sorriso fraco.


– Eu adoraria. - disse. - Só vou avisar a Carly, tudo bem?


– Vou te esperar no carro. - ele disse me dando um selinho e sumindo entre os estudantes eufóricos.


– Annie, me desculpa. - Thalia disse franzindo a sobrancelha. - Eu não tinha visto Percy ali e não fazia ideia que ele não podia saber...


– Tudo bem. - disse dando um sorriso amarelo. - Ele ia acabar descobrindo.


– Você viu a cara dele? - ela comentou. - Ele parecia desolado.


Entortei os lábios.


– Ele não tem porque estar. - eu disse séria. - Ele tem uma namorada.


Thalia parecia querer falar algo mas eu a cortei.


– Vamos só procurar por Carly, tudo bem? - disse e ela assentiu.


Encontrei-a não muito longe de onde estávamos antes.


– Ann, finalmente te achei. - ela disse me dando um abraço. - Você foi perfeita.


– Obrigada, você também. - disse sorrindo. - Eu estou indo pra casa com Erick, tudo bem?


Carly estreitou os olhos.


– Ah claro. - ela disse seu sorriso oscilando um pouco. - Mas huh vai ter uma festa lá em casa.


Pisquei atônita.


– Vai? - indaguei sem acreditar que não tinha sido convidada para uma festa na casa onde eu morava. - Porque ninguém me disse?


– Nem eu sabia. - ela disse revirando os olhos. - Malcom decidiu isso há 10 minutos.


– Se empolgou por causa da vitória? - arrisquei.


– Foi. - ela disse rindo. - Além do que mamãe viajou com o namorado, lembra?


– Oh deuses. - disse sorrindo. - Isso não vai prestar.


– Estamos indo pra casa em 5 minutos, não quer ir conosco? - ela perguntou.


– Erick já está me esperando no carro. - disse. - A gente se vê lá.


– Certo. - ela disse.


Fui andando lentamente com Thalia atrás de mim.


– Você vai né? - perguntei a ela.


– Claro. - ela disse sorrindo. - Só vou passar em casa antes.


Nico apareceu por trás de Thalia abraçando-a pela cintura.


– Oi meninas. - ele disse dando um beijo no pescoço de Thalia que me olhou horrorizada.


Mordi a bochecha para não rir, ela estava mesmo apaixonada por ele.


– Oi Nico. - disse sorrindo fraco. - Até depois.


Deixei os dois sozinhos e fui pro estacionamento procurar pelo sedã preto de Erick. O encontrei no canto mais afastado do estacionamento.


Ele estava encostado no capô com as mãos nos bolsos.


– Hey, desculpa a demora. - disse colocando meus braços ao redor do seu pescoço.


– Tudo bem. - ele disse envolvendo a minha cintura.


– Vai ter uma festa na minha casa. - eu disse revirando os olhos. - Quer ir?


Ele me olhou indeciso.


– Festa? - ele franziu os lábios. - Não sou muito de festas.


Sorri fraco.


– Tudo bem. - eu disse. - Eu não estou muito pra festas hoje, acho que vou dormir na casa da Thalia.


– Certo. - ele disse e me beijou.


O beijo foi calmo o que me deixava um pouco entediada.


– Vamos, vou te deixar em casa. - ele disse.


Entrei no carro entediada. Fizemos a viagem até a minha casa em silêncio. Carly e Malcom não tinham chegado ainda e a rua estava deserta.


– Então... - ele disse mordendo os lábios. - Um beijo de boa noite?


Me inclinei na sua direção. Erick colocou a mão na minha nuca e deu diversos beijos no meu pescoço fazendo um arrepio percorrer a minha espinha.


Ele encostou nossos lábios ferozmente, sua língua invadindo a minha boca. Entrelacei meu braço ao redor de seu pescoço e a mão dele foi para minha coxa.


Novamente aquele sentimento de culpa me invadiu. Droga, será que eu vou sentir culpa por tudo?


Separei-me dele constrangida.


– Boa noite. - ele disse afagando minha bochecha.


Desviei os olhos para fora.


– Boa noite. - disse abrindo a porta do carro.


– Hey corujinha. - ele disse segurando meu pulso. - Você está mesmo bem? Parece meio preocupada ou sei lá.


Mordi os lábios.


– Estou bem. - disse já acostumada a mentir sobre isso. - É só o cansaço do dia.


Ele hesitou por um momento e soltou meu pulso.


– Certo, boa noite. - ele disse me dando um selinho.


Sai do carro e antes que eu abrisse a porta ouvi um carro parar na frente de casa. Malcom saiu do carro seguido por Carly, Luke, Percy e Rachel.Isso realmente não ia prestar.


– Hey loirinha. - Malcom disse abrindo a mala. - Porque não veio conosco?


– Não importa. - disse. - O que tem ai?


Ele levantou uma grade de vodka. Um sorriso brotou no canto dos meus lábios.


– Annabeth é das minhas. - Luke disse passando o braço ao redor dos meus ombros. - Sorri ao ver uma garrafa de vodka.


Desvencilhei-me de seus braços.


– Não começa Luke. - disse saindo de perto dele e pegando outra grade de bebidas.


Carly olhava pra Luke de cara feia.


– Deixa isso ai loirinha. - Malcom disse. - Deixa que os homens façam o trabalho pesado.


Sorri ironicamente.


– Você não perde uma chance de se exibir né esteróides? - brinquei.


Ele fechou a cara. Joguei a grade pra ele.


– Chata. - ele disse revirando os olhos


. Olhei de soslaio para Percy que estava com seus braços ao redor de Rachel que pra variar me fuzilava com o olhar.


Não tive coragem de olhar para seus olhos.


– Vou pro meu quarto, tudo bem? - perguntei a Malcom.


– Claro, vai lá ficar gata. - ele disse e então sussurrou só para mim. - Pro Percy.


Corei até a raiz dos cabelos.


– Pare com isso. - disse batendo no ombro dele com força. Ele deu uma risada estrondosa.


– Vamos pro meu quarto Rachel? - Carly perguntou.


– Só um momento. - ela disse e deu um beijão no Percy.


– Que ridículo. - comentei um pouco alto demais.


Malcom e Carly me olharam divertindo-se.


– O que disse? - Rachel perguntou me fuzilando.


Percy tinha um pequeno sorriso no rosto. Desgraçado.


– Nada querida. - falei imitando a sua voz. - Qual o problema?


– Vadia. - ouvi ela murmurar. Entortei a boca num sorriso e entrei em casa indo direto pro meu quarto.


Tranquei a porta para Luke não ter a brilhante ideia de me atacar. Eu sei, sou paranóica.


Despi-me e tomei um banho não tão demorado. Procurei algo pra usar e acabei colocando uma meia 5/8, shorts curtos e uma blusa meio indecente.


Fiz uma maquiagem pesada e deixei o cabelo solto. Coloquei meu salto e desci.


A sala tinha se transformado numa boate improvisada. Os móveis e objetos quebráveis haviam sido devidamente escondidos, luzes hipnóticas estavam sendo instaladas, bebidas e comidas estavam postas numa mesa.


– Uau. - disse simplesmente.


Malcom veio da cozinha com uma garrafa de vodka pela metade na mão.


– Uau mesmo. - ele disse olhando pra mim. - Somos primos e você é muito especial pra mim, mas ficar usando roupas assim não vai contribuir para a minha imaginação masculina.


– Credo. - berrei. - Você não vai ter fantasias sexuais comigo durante o banho, entendeu? Que nojo.


Ele gargalhou.


– Brincadeira loirinha. - ele disse bebendo mais um gole da bebida.


A campainha tocou e diversas pessoas entraram. Alguém assumiu o papel de dj e colocou uma música alta.


Entornei uma garrafa de vodka, o líquido saiu queimando minha garganta sem pena. Tentei reconhecer as pessoas que dançavam e bebiam como se não fizessem outra coisa na vida, mas não as reconheci.


Fechei os olhos e dancei lentamente, meu corpo seguindo o ritmo da minha mente. De tempos em tempos tomava mais um gole da garrafa que logo ficou seca.


Abri os olhos e a sala estava lotada de adolescentes. Quando foi que eles apareceram?


Larguei a garrafa vazia em um canto e peguei outra. Procurei alguém conhecido entre a profusão de pessoas até que senti alguém segurar na minha cintura.


– Que tal uma segunda chance? - Luke sussurrou rouco no meu ouvido.


– Você não desiste nunca? - perguntei irritada.


– Qual é Annabeth, é só um beijo o que tem demais nisso? - ele disse tentando me beijar.


Virei meu rosto no último segundo, sua boca beijando o canto da minha.


– Eu sei sobre você e Carly. - eu disse séria. - Acha mesmo que eu ficaria com você?


– Meu lance com Carly é sem compromisso. - ele disse com um sorriso torto.


Me segurei para não revirar os olhos.


– Você é um grande idiota Luke. - disse e me afastei dele.


Logo avistei Thalia entrando pela porta da frente.


– Finalmente você chegou. - disse dando um abraço nela.


– Você está cheirando a bebida. - ela disse suspirando.- Porque está bebendo tão cedo?


– Foi só um gole. - disse mostrando a segunda garrafa já pela metade.


Ela pegou a garrafa da minha mão.


– Você comeu alguma coisa? - ela perguntou eu neguei lentamente com a cabeça. - Por isso você parece uma bêbada louca.


– Hey, não fale assim de mim. - disse indignada.


Thalia revirou os olhos.


– Vamos dançar um pouco. - ela disse me arrastando.


Dancei com Thalia por algum tempo, minha mente clareando aos poucos. Nico apareceu ao meu lado.


– Meninas. - ele disse nos cumprimentando.


– Olá Nico. - eu disse sem parar de dançar.


Ele levantou uma sobrancelha pra mim.


- Não são nem 2 da manhã e você já está bêbada? - ele indagou. Thalia riu.


– Quem disse que eu estou bêbada? - disse fazendo careta. - Eu nunca estive tão sóbria.


– Claro que não. - Thalia disse puxando Nico para um beijo.


Dei as costas pra eles e dei de cara com Percy.


– Ah, oi. - eu disse constrangida mesmo não lembrando direito o porque.


– Oi. - ele disse sério e se afastou.


Fiquei com raiva, porque ele estava me tratando desse jeito?


Peguei outra garrafa e entornei metade de uma vez, minha visão ficou meio embaçada.



POV PERCY


– O que está olhando, amor? - Rachel perguntou olhando ao redor.


– Nada Rach. - disse sorrindo.


Só Annabeth terminando a quarta garrafa e dançando de um jeito bem sexy com alguém.


Reprimi a raiva que estava sentindo.


Não há porque sentir raiva, repeti para mim mesmo. Annabeth não é nada sua e ela está com Erick.


Trouxe Rachel para mais perto de mim e parei de olhar para Annabeth.


– Você parece tenso. - ela comentou. - Que tal irmos lá pra cima?


– Não acho que seja uma boa ideia. - disse. - Malcom subiu com uma garota e Carly odiaria que fossemos para o quarto dela.


– Venha. - ela disse me puxando.


Ela parou no corredor e começou a me beijar ferozmente. Deixei o desejo me consumir e ela me guiar.


Percorri minha mão por sua coxa e a carreguei. Rachel entrelaçou suas pernas ao redor da minha cintura. Tateamos as cegas atrás de uma porta que não estivesse trancanda.


Não prestei atenção aonde estávamos. O som alto continuava no andar de baixo, encontramos uma cama e eu deitei Rachel nela. Tirei seu vestido deixando-a apenas de roupas íntimas e tirei minha camisa.


Voltei a beijá-la sem pudor, minhas mãos explorando todo o seu corpo.


– Percy... - ela suspirou ao meu ouvido.


Tirei seu sutiã com agilidade e o abocanhei. Um arfar vindo de outro canto do quarto me trouxe de volta.


Annabeth estava em pé na porta, suas mãos tremiam um pouco. Ela tentou dar um sorriso mas eu podia ver em seus olhos a dor.


– Sério? - ela disse dando um sorriso irônico. - No meu quarto?


Ela fechou a porta novamente, mas antes eu tive um dislumbre de algo molhar o seu rosto.


– Ah droga. - murmurei.


– Não ligue pra ela. - Rachel disse tentando me beijar novamente.


– Rach. - disse tentando me desvencilhar do seu beijo.


– Vem Percy. - ela disse agarrando o meu pescoço.


– Rachel, não. - disse firme.


Ela me olhou irritada e colocou o sutiã e o vestido de volta.


– Certo. - ela disse levantando. - Eu estou indo pra casa.


– Rach, espera... - eu disse mas ela já tinha ido embora.


Respirei fundo e coloquei minha camisa de volta.


Droga Percy, olha a merda que você ia fazer, transar com Rachel no quarto da Annabeth. Enterrei o rosto nas mãos, confuso.


Porque essa garota mexia tanto comigo?


A porta foi aberta de novo e Annabeth entrou com uma cara triste. Quando ela me viu sentado em sua cama fez uma cara sarcástica mas eu ainda podia ver a dor em seus olhos.


– Desculpe interromper. - ela disse me encarando. - Ouvi alguém saindo, achei que tinham terminado de usar o meu quarto.


Desviei os olhos constrangido.


– Desculpe por isso. - eu disse. - Eu não tinha a intenção de...


– Você nunca tem a intenção de nada, não é Percy? - ela perguntou fazendo uma cara brava. - Desculpas nem sempre adiantam, sabia?


Ergui os olhos e vi que Annabeth estava com lágrimas nos olhos.


– Annie, eu... - tentei dizer.


– Não me chame assim! - ela rosnou. - Seu hipócrita idiota.


– Eu hipócrita? - disse ficando com raiva. - Você é quem é. Até quando pretendia esconder de mim seu relacionamento?


Ela bufou.


– Eu não tinha porque contar. - ela disse ríspida. - Você não é nada pra mim.


Fiquei triste com isso.


Eu gostava dela, me importava com ela, mas para Annabeth eu não era nada?


– Não éramos amigos? - perguntei irônico.


– Você não quer minha amizade. - ela disse controlada. - Acha que eu não notei? Você só quer descobrir o porque das minhas cicatrizes, meu estúpido segredo.


– Não é por isso que eu me aproximei de você. - berrei. - Eu quero entender.


– Você não entenderia. - ela disse rindo irônica.


– Então me deixe ajudar. - disse me aproximando dela.


– Eu não preciso de ajuda. - ela gritou. - Eu estou perfeitamente bem, vê?


– Annie, por favor... - disse segurando seus pulsos e a puxando para um abraço forçado.


Ela lutou por um tempo mas por fim desistiu e enterrou a cabeça no meu peito.


– Não me obrigue a afastá-lo da minha vida. - ela disse baixinho.


– Você não precisa fazer isso. - eu disse levantando seu rosto e fazendo-a olhar para mim.


Ela me olhou com tristeza, seus olhos estavam tão cinzas como um dia de tempestade.


Encostei nossos lábios com suavidade, senti um arrepio percorrer por todo o meu corpo. Pedi passagem para a sua boca e ela hesitou um momento antes de permitir.


Nossos lábios se encaixaram com perfeição. Afaguei a sua cintura e ela suspirou contra a minha boca. Seus dedos se entrelaçaram nos meus cabelos, os puxando com força.


Entrelacei meus braços ao redor da sua cintura a apertando contra meu corpo. Meu coração batia fortemente contra as minhas costelas e eu conseguia sentir o da Annabeth pela proximidade dos nossos corpos.


Por fim, fiquei sem ar e descolei nossas bocas lentamente, ainda mantendo nossos rostos próximos. Annabeth me olhava com confusão.


Ficamos nos encarando por um tempo até que a expressão de Annabeth mudou pra raiva.


– Você é um safado. - ela disse batendo com força no meu peito. - Canalha, sem vergonha.


Me desviei do punho dela completamente atônito.


– O que? - exclamei confuso.


– Você é um cachorro idiota. - ela disse me batendo com força. - Uma hora você transa com a sua namorada vadia no meu quarto e depois me beija?


Ela tentou socar no meu rosto mas eu segurei seu pulso.


– Annie... - tentei dizer mas ela voltou a falar.


– Eu não sou como as vadias que você pega e larga depois, entendeu? - ela disse me fuzilando.


– Eu nunca pensei isso de você. - disse calmamente. - Droga, eu não sou só um canalha. Me dê a chance de mostrar isso.


Ela parou de se debatar.


– Como assim? - perguntou confusa.


Soltei um de seus pulsos e afaguei sua bochecha. Eu também não fazia ideia de como iria fazer isso.


Então fiz a primeira coisa que me veio a cabeça e a beijei de novo.


Annabeth retribuiu o beijo o que me deu a esperança de que não ia levar um soco. Deslizei a mão que ainda segurava seu pulso até sua mão, entrelaçando-as.


Annabeth se soltou bruscamente de mim e saiu correndo pro banheiro, trancando a porta em seguida. Ouvi o som de vômito.


– Abre a porta Annabeth. - disse.


Ela vomitou de novo e abriu a torneira.


– Não. - ela disse sentando do outro lado da porta.


– Você é muito teimosa, sabia? - disse sentando de costas pra porta.


– Obrigada. - ela murmurou do outro lado.


– Você exagerou na bebida. - comentei.


Ela riu do outro lado.


– Acredite, eu estou bem melhor aque antes. - ela disse num suspiro.


– Não acredito. - falei.


– É verdade. - ela disse alto. - Tenho fotos para provar.


– Onde? - disse sorrindo.


– A caixa em cima da estante de livros. - ela disse.


Me levantei e procurei pela caixa. O objeto em questão era grande e azul, peguei ela e voltei a sentar na frente da porta. Abri a tampa da caixa e pegue um punhado de fotos.


– Uma das minhas amigas era fotógrafa. - ela disse. - Ela adorava tirar fotos nossas em festas ou momentos constrangedores.


Olhei a primeira foto. Definitivamente era Annabeth na foto mas ela estava diferente. Seu cabelo estava liso e era dois palmos maior do que é atualmente, seus olhos estavam carregados de sombra preta e ela tinha uma garrafa numa mão e um cigarro na outra.


A próxima foto era ainda mais pertubadora. A mesma Annabeth da foto anterior estava se beijando com um menino e uma garota ao mesmo tempo.


– Uau. - disse simplesmente. Annabeth riu irônica.


– Desculpe acabar com a sua fantasia de que eu era a pessoa mais inocente do mundo. - ela disse irônica.


– Eu vou sobreviver. - disse indo para a próxima foto.


Essa era diferente das outras duas. Annabeth estava num campo aberto abraçada a uma mulher mais velha parecida com ela. Deduzi que era a mãe dela.


– Sua mãe é muito parecida com você. - eu comentei.


– Ela era incrível. - ela disse num sussurro.


Passei para a próxima foto. Nessa Annabeth estava sendo carregada por um homem que tinha o nariz igual ao seu.


Nas suas mãos tinha um boné dos Yankees, ela sorria como eu nunca vira antes, um sorriso espôntaneo que poucas pessoas conseguiam dar.


Prometi a mim mesmo que a faria sorrir assim novamente.


– Vir pra cá seria como um recomeço. - ela confessou. - Minha vó e minha tia estavam preocupadas comigo.


A próxima foto era uma dela e da Thalia fazendo caretas.


– Elas se importam muito com você. - eu disse.


– Sei disso. - ela disse num sussurro que eu tive que me esforçar pra ouvir. - Por isso não reclamei em vir.


Na próxima foto Annabeth parecia ter uns 12 anos e estava com uma bebê no colo.


– Sua irmã? - indaguei passando a foto pela fresta debaixo da porta.


– Sim. - ela disse com a voz embargada. - O nome dela é Rue.


Botei as fotos na caixa.


– Você disse que vir para cá era um recomeço. - eu disse. - Porque você não recomeça de verdade?


– Estou tentando Percy. - ela disse num suspiro. - Eu realmente estou.


– Deixe-me ajudá-la. - falei.


– Ninguém pode me ajudar. - ela disse baixo.


– Eu posso. - disse convicto. Annabeth riu baixo.


– Como Cabeça de alga? - ela indagou.


– Primeiro, tire as unhas do pulso. - disse e ela arfou. - Notei que você tem essa mania quando começa a falar sobre coisas delicadas.


– Bem observador. - ela disse.


– Obrigado. - brinquei. - Desmarque qualquer compromisso para amanhã. Você vai ser minha o dia todo.


Annabeth riu.


– Que possessividade Percy. - ela brincou.


Sorri para o nada.


– Estou falando sério. - disse. - E use roupa de banho.


– O que? - ela exclamou. - Eu vou congelar.


– Eu esquento você. - disse a provocando.


Ela riu.


– Você é um idiota Percy. - ela disse.


– Obrigada. - disse rindo. - Te pego as 10 da manhã, não se atrase.


– Você não se atrase. - ela disse rindo.


– Boa noite Annie. - eu disse me levantando.


– Boa noite Cabeça de alga. - ela respondeu baixinho.


Fechei a porta do seu quarto e desci as escadas. Malcom estava desmaiado num canto e não vi Carly em lugar nenhum.


– Hey cara. - Nico disse sorrindo. - Rachel saiu daqui correndo, o que você aprontou dessa vez?


– Nada. - disse revirando os olhos. - Acho melhor acabarmos com a festa antes que alguém chame a polícia.


Nico assentiu. Fui até onde Will Solace bancava o DJ e desliguei o som.


– A festa acabou pessoal. - gritei.


Muitos vaiaram mas se dirigiram a porta, alguns carregando pessoas desmaiadas.


Nico estava junto de Thalia recolhendo garrafas vazias e ligando as luzes. Eles jogavam restos de comida um no outro e riam abertamente.


Nunca tinha visto Nico desse jeito, ele parecia bastante encantado com Thalia.


Carreguei um Malcom desmaiado até o seu quarto e expulsei um casal que se pegava lá dentro. Joguei Malcom na cama e sai do seu quarto fechando a porta.


Abri a porta do quarto de Carly hesitante para expulsar algum casal de lá, mas encontrei algo muito mais bizarro.


Luke e Carly estavam deitados na cama abraçados. Luke afagava os cabelos de Carly com ternura e Carly dormia no seu peito. Fechei a porta sem que eles me notassem.


Voltei pra casa e fui silenciosamente pro meu quarto. Tirei minhas roupas e tomei um banho rápido.


Me esparramei na cama e pensei no ocorrido.Tinha certeza que Annabeth iria acabar me contando o que eram as cicatrizes.


Mas se ela me contasse eu teria que contar a Rachel. Pensei em terminar com Rachel mas isso saiu da minha cabeça rapidamente.


Por mais irritante, malvada e estúpida que Rachel era eu gostava dela pra valer e não queria magoá-la. Mas por outro lado eu também sentia algo por Annabeth.


Droga, eu teria que magoar uma das duas de qualquer jeito.



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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu gostei *-*
Povo, eu quero conhecer vocês melhor e quero que me conheçam também :D
Me falem sobre vocês nos reviews e podem perguntar qualquer coisa pra mim, sobre a minha vida, a fanfic ou até sobre o aquecimento global!!! No final do próximo capítulo eu vou responder todas as perguntas *o*
O próximo capítulo vai ser bem esclarecedor então não deixem de acompanhar o
Até a próxima, amo vocês s2