Dream A Little Dream escrita por milacavalcante


Capítulo 12
Capítulo 12 - Broken


Notas iniciais do capítulo

Oi cupcakes *o*
Capítulo fresquinho saindo, os amantes de Percabeth e Percachel vão amar e odiar esse capítulo e os safadinhos também KKKK
Muito muito obrigado a MayBeatriz que me deixou uma linda recomendação *o* Alguém quer seguir o exemplo dela, huh? KK
Aproveitem *o*



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POV PERCY

Acordei com o toque do meu celular. Procurei ele as cegas e o atendi de olhos fechados.

 - Seja lá quem for você, estou dormindo. - disse sonolento. 

- Como é? - ouvi uma voz feminina responder. 

- Quem está falando? - pergunto sonolento. A garota no outro lado da linha bufa.

- Porque você não olhou na tela do celular? - ela perguntou. - Sou eu, Rachel.

Gemi de frustração.

- Porque está me ligando tão cedo Rach? - perguntei. Ela riu.

- São duas da tarde amor. - ela disse, suspirei fortemente e me sentei na cama.

- Certo, o que você quer? - perguntei.

- Onde você estava ontem a noite? - ela quis saber. - Tínhamos combinado de passar a tarde juntos hoje, esqueceu?

 - Não, eu já ia acordar. - menti.

 - Estou indo para a sua casa. - ela disse. - Esteja acordado. 

Eu odeio ressaca.

- Certo, tchau. - falei e desliguei. 

Pensei em dormir de novo, mas o sono já tinha evaporado. Fui até o banheiro e fiz minha higiene matinal, botei roupas limpas e fui até a cozinha. 

Minha mãe estava sentada na cadeira com o laptop o que significava que ela estava escrevendo outro livro. Peguei qualquer coisa na geladeira e sentei ao lado dela.

- Como foi a noite?- ela perguntou sem tirar os olhos do computador.

- Incrível. - disse sem prestar atenção nas palavras. - Annabeth quase me deixou maluco.

- O que? - minha mãe perguntou parando de digitar.

- É, ela... - me toquei do que eu estava falando. - Nada.

- Percy... - minha mãe começou a falar mas a campainha tocou. 

- Deve ser a Rachel. - falei levantando abruptamente. - Não sai ontem a noite, ok?

Minha mãe suspirou e revirou os olhos.Abri a porta.

Rachel sorriu pra mim, ela vestia uma saia jeans e uma blusa fina verde.

- Oi bebê. - ela disse. 

Eu odeio quando ela me chama de bebê, sério.

- Oi Rach. - falei inexpressivo. - Entre.

Ela entrou, subimos para o meu quarto. Ela sentou na cama e eu sentei ao seu lado.

- O que fez ontem a noite? - ela perguntou.

Olhei para a janela aberta.

 - Nada. - disse.

Rachel levantou uma sobrancelha.

- Eu te liguei um milhão de vezes e você não me atendeu. - ela disse dando um sorriso afetado.

 - Eu estava com Malcom. - menti. - A Bianca terminou com ele então eu tinha que dar apoio entende?

 Rachel suspirou. 

- Ela me contou. - disse. - Então vocês passaram a noite juntos sozinhos?

- O que? - falei rindo. - Acha que eu e o Malcom nos pegamos?

 Rachel revirou os olhos.

- Claro que não. - ela disse. - Mas alguém te viu ontem numa boate dançando com uma loira. 

Ah, droga.

- Tem certeza que era eu? - indaguei descaradamente. - Pode ter sido meu irmão gêmeo, Peter Jackson. 

Rachel piscou atônita.

- Eu estou falando sério. - ela disse comprimindo os lábios.

- Eu também. - falei exasperado. - Quer dizer... menos a parte do irmão gêmeo.

 - Isso não foi engraçado. - ela disse bufando.

Eu achei bem engraçado.

 - Percy. - ela disse pegando meu rosto com ambas as mãos e aproximando do dela. - Você me traiu?

- Não. - disse sério.

O que era verdade, eu não traíra Rachel, por mais que passara a noite tentando.

 Ela sorriu.

- Era o que eu precisava saber. - ela disse e me beijou. 


Uma hora depois eu estava mais cansado que antes. Rachel estava vestida com uma blusa minha e eu estava só de cueca.

 Ela foi até a varanda e por um momento passou pela minha cabeça o que Annabeth faria se me visse com Rachel? 

Suspirei. Não podia ficar tendo esse tipo de pensamento, Annabeth não sentia nada por mim, talvez só amizade, então não iria se importar nem um pouco.

Além do mais, ela sabe que eu tenho namorada e ontem ficou claro que ela não queria nada comigo.

Ou era porque eu estava namorando que ela não queria nada comigo? 

Me repreendi. Acabei de transar com Rachel e fico pensando em Annabeth? Até eu que sou um insensível não curti isso. 

Levantei e fui até a varanda - antes checando se a janela do quarto de Annabeth estava fechada. Rachel estava encostada na grade de proteção olhando para o céu. 

- Está frio aqui fora. - disse passando os braços ao redor da sua cintura. - Não quer entrar? 

- Precisava de um pouco de ar. - ela disse virando pra mim e colocando os braços ao redor do meu pescoço. 

Apertei-a contra meu corpo. 

- Me beija. - ela pediu. 

Eu já estava cansado, mas que homem resiste quando uma garota gostosa pede isso? Nenhum. 

Beijei-a sem pudor, minha língua invadindo sua boca e se entrelaçando na dela. A mão dela desceu até meu membro e ficou lá. 

Ai Deus.

 Ela ficou movimentando a mão ritmadamente me arracando gemidos. Agarrei sua bunda com ambas as mãos fazendo-a gemer.

Levantei-a pela cintura, ela entrelaçou suas pernas ao redor do meu corpo. Quando me faltou ar fui para o seu pescoço.

A cabeça de Rachel tombou para o lado num gemido baixo. Sentei Rachel na grade de proteção e beijei seu colo. Apalpei seus seios por dentro da blusa e os senti enrijecer em meus dedos. 

A mão dela foi para dentro da minha cueca, seus dedos massageando meu membro com força, gemi. 

- Ah deuses. - uma voz falou baixo.

Rachel não ouviu, mas eu ouvi.Levantei a cabeça e vi Annabeth ali com os olhos arregalados de surpresa. Ela franziu as sobrancelhas e entrou de novo no quarto, fechando as cortinas. 

Me afastei um pouco de Rachel a segurando pelo braço pra ela não cair.

 - Acho melhor pararmos. - disse não olhando para ela.Senti meu rosto pegando fogo, Rachel gemeu.

 - Você vai me deixar assim? - ela perguntou fazendo um beicinho.

- Temos aula amanhã Rachel. - disse falando a primeira desculpa que me veio a mente. - Precisamos descansar, eu tenho testes pro basquete e você pra líder de torcida.

Rachel suspirou. 

- Você está certo. - ela disse e entrou no quarto novamente.

Olhei para a janela de Annabeth mais uma vez antes de entrar. Rachel já estava vestindo sua blusa e pegando a sua bolsa. 

- Até amanhã. - ela disse e me deu um beijo rápido. 

- Até. - falei.

Ela saiu do quarto, ouvi a porta bater quando ela saiu. Tomei um banho rápido pra tirar o cheiro de Rachel de mim. Vesti uma calça de moletom e uma camisa e sentei na cama inquieto.

Annabeth deveria ter nos ouvido lá fora e droga, ela deveria estar pensando que eu sou um ninfomaníaco idiota.

Eu precisava falar com ela, esclarecer o que tinha acontecido.

O que eu ia dizer? Que eu não ia transar com a Rachel na sacada de frente para o seu quarto? Seria mentira, eu ia sim. 

Qual o problema de mentir para aquela garota? O que tem de diferente nela? Droga, eu vou acabar pirando. 

Suspirei e andei de um lado para outro no quarto sem saber o que fazer. 


POV ANNABETH

Ouvi alguém do lado de fora e tentei ignorar mas a curiosidade me venceu e eu fui ver. E deuses, não foi nada legal o que eu vi.

Certo, eu sabia que Percy não era nenhum santo mas eu ver ele quase trasando com uma garota na minha frente não estava na minha lista de coisas pra fazer antes de morrer. 

E tinha essa coisa que eu estava sentindo, doia mas era uma dor diferente, que me deixou com vontade de tacar uma pedra na cabeça daquela garota.

Confesso, eu estava com ciúmes.

Não era um cíume do tipo romântico, era mais um cíume tipo eu-não-queria-ter-visto-aquilo. Pelo menos eu queria que fosse isso. 

Eu queria chorar. Mas eu não iria chorar por aquilo afinal não temos nenhum compromisso um com o outro, eu mal o conhecia. Me senti cheia, como se eu fosse um balão que precisasse ser esvaziado.

 Eu só sabia um jeito de fazer isso. 

Fui até o banheiro e peguei a navalha, pressionei contra meu pulso e mordi os lábios, esperando a dor. 

Pressionei até sentir o sangue correr pelos meus dedos, o alívio que eu senti me tirou um gemido. Cortei o outro braço, o motivo que me levou a fazer isso já esquecido. 

Ouvi alguém bater na porta e deixei a navalha cair. 

- Droga. - sussurrei pegando-a e limpando. Limpei meus braços rapidamente e sai do quarto. 

Bateram de novo, mas era na janela.

Pensei em ignorá-lo, mas ele pensaria que eu me importo.

Ok, eu me importo com ele, mas ele não pode saber disso. 

Respirei fundo e abri a janela. Percy estava lá vestido com uma calça de moletom cinza e uma camisa preta, um sorriso afetado no rosto e o rosto vermelho.

 - Oi. - ele disse franzindo os lábios. 

- Oi. - digo. - O que faz aqui?

 Ele abriu e fechou a boca algumas vezes, provavelmente pensando no que falar.

 - Precisamos conversar. - ele disse.

Arqueei uma sobrancelha e dei as costas a ele.

- Entre. - falei.

Sentei na cama com a costa apoiada na parede e ele sentou no canto oposto. 

Peguei um casaco de mangas que estava ao meu lado na cama e o vesti. Em parte porque minha blusa era meio decota e também porque não tinha coberto meus cortes.

- Eu não vou tentar te agarrar, tudo bem? - Percy disse com as sobrancelhas franzidas. - Não precisa vestir uma roupa mais fechada. 

Eu gargalhei, ele me olhou como se eu fosse louca.

- Eu estava com frio cabeça de alga. - menti, ele ficou mais vermelho.

 - Huh, tudo bem. - ele disse olhando para o chão. 

Suspirei e me aproximei dele.

- O que queria falar comigo? - perguntei pousando a mão no seu joelho para encorajá-lo.

Ele olhou pra mim e para a minha mão no seu joelho por um momento. Tirei constrangida.

- Desculpe. - disse. - Não tive a intenção de parecer atirada ou algo do tipo. 

E não tive mesmo.

- Não foi o que eu pensei. - ele disse sorrindo fraco. - E porque está pedindo desculpas? Eu é quem deveria se desculpar.

 - Porque? - perguntei franzindo as sobrancelhas.

- Pela cena que você viu. - ele disse com as sobrancelhas franzidas.

- É, foi um pouco... huh... traumatizante. - disse rindo baixo.

 - Porque está rindo? - ele perguntou confuso.

 - Você parece preocupado por causa disso. - disse sorrindo.

 - Eu estou. - ele disse exasperado. - Não queria que você pensasse que eu sou um tarado.

- Mas você é. - falei mordendo a bochecha pra não rir. 

- Eu não... - ele viu minha cara. - Eu odeio você. 

Gargalhei.

 - Mentira. - falei. 

- Eu vim aqui preocupado com você e você ri de mim? - ele perguntou rindo.

 - Você precisava ver a sua cara. - eu disse. - Você não sabia se empurrava a garota ou continuava apalpando ela.

Ele riu um pouquinho.

 - Você é impossível. - ele disse revirando os olhos.

 - Vou considerar isso um elogio. - disse dando uma piscadela. 

Suspirei. Fingir que tudo estava tudo bem cansava. 

- Você está bem? - Percy perguntou colocando a mão em cima da minha. 

- Um pouco cansada. - digo.

 - Então é melhor eu ir embora. - ele disse levantando. 

- Não precisa ir. - falei segurando sua mão involuntariamente.

Soltei-a corando. Ele deu um sorrisinho.

- Tem certeza? - perguntou, assenti e encostei minhas costas na parede.

Apalpei o espaço ao meu lado, indicando para que ele sentasse. Ele sentou e estirou as pernas na cama. 

- Sobre o que quer falar? - ele perguntou sem olhar pra mim.

Olhei para ele.

- Que tal me contar o que aconteceu ontem a noite? - disse sorrindo.

Ele olhou pra mim atônito.

 - Não lembra de nada? - ele perguntou. 

- Não, ai deuses eu fiz algo ridículo? -perguntei enterrando meu rosto nas mãos. - Eu fiz, não fiz?

Percy passou o braço ao redor do meu ombro como se estivesse me confortando.

- Você foi uma bêbada muito boazinha. - ele disse rindo.

Levantei a cabeça e mordi os lábios.

 - Jura? - perguntei.

 - Juro. - ele disse.

Seu braço ainda estava em volta dos meus ombros e nossos rostos estavam tão próximos. Percy pareceu notar, seus olhos estavam grudados nos meus como se esperasse uma resposta. Fechei os olhos e relaxei a boca.

Senti que ele estava aproximando seu rosto, senti sua respiração contra meu rosto cada vez mais perto. Meu coração estava prestes a saltar pela boca.

Nossos lábios roçaram um no outro, senti um choque percorrer minha espinha e sorri. Encostei nossos lábios sentindo meu estômago se contorcer freneticamente. 

Uma batida na porta me faz cair na real. Me separei de Percy rapidamente. 

- Só um minuto, estou me vestindo. - gritei.

 Percy me olhava de um jeito estranho. 

- Você precisa se esconder. - sussurrei.

- Porque? - ele perguntou.

 - É só uns minutos. - falei empurrando ele para o banheiro e fechando a porta. - Pode entrar.

Sentei na cama enquanto tia Suzan entrava no quarto. 

- Annabeth querida. - ela disse. - Preciso falar com você por um momento, tudo bem? 

- Claro. - disse mordendo os lábios torcendo para que não estivesse vermelha. 

- Não tivemos muito tempo pra conversar desde que você chegou. - ela disse. - Como você está?

Logo agora ela vai querer conversar?

POV PERCY

Annabeth me empurrou para o banheiro. Logo ouvi a mãe do Malcom - vulgarmente chamada de Tia Suzan por mim - entrar no quarto. 

Como não tinha muita opção, ouvi a conversa.

- Como você está? - ela perguntou.

 - Estou bem. - Annabeth disse.

- De verdade? - tia Suzan perguntou. - Porque muitas pessoas quando passam por tempos difíceis demoram a se recuperar e você simplesmente não teve um momento de fraqueza. 

- Meus pais não iriam gostar de me ver sofrer, certo? - Annabeth disse. 

Sabia que os pais de Annabeth tinham morrido, mas quando eu perguntei pra ela sobre isso ela não deu detalhes. Notei uma gota vermelha na pia, Annabeth devia ter cortado o dedo ou pintado as unhas. 

- Mas reprimir o que você sente é perigoso Annabeth. - ela disse. - Você pode ficar depressiva ou adquirir alguma doença psicológica e eu não quero isso pra você, tudo bem?

- Obrigada tia, mas eu tive tempo pra me recuperar. - ela disse. - Eu estou bem, juro.

- Você está tendo pesadelos? Se sentindo triste ou coisa parecida? - ela perguntou.

- Eu já disse que estou bem. - Annabeth falou ríspida, me assustei por ouvir ela falar assim. - Desculpe, eu só... estou cansada. 

 - Tudo bem, vou deixar você dormir. - ela disse e eu ouvi o farfalhar dos lençóis. - Amanhã será um grande dia, huh?

- Estou ansiosa. - ela disse. 

- Boa noite. - ouvi a porta fechar.

Contei até 20 e sai do banheiro. Annabeth estava no mesmo lugar de antes abraçando as pernas e olhando fixamente pro nada. 

- Quer que eu vá embora? - perguntei. 

Ela olhou pra mim por um momento, vi medo em seus olhos.

- Fica aqui, por favor. - ela sussurrou. - Não quero ficar sozinha, não sei o que eu posso fazer com...

Ela me olhou com desespero. Sentei ao seu lado e a abracei, ela encostou a cabeça no meu peito.

 - Você não está bem, não é? - perguntei.

Annabeth negou com a cabeça. 

- Tudo bem, eu prometo que não vou sair daqui até que você me expulse. - eu disse.

 - Obrigado. - ela disse.

Beijei o alto da sua cabeça e fiquei afagando o seu cabelo até ela dormir. Deitei-a na cama e a embrulhei, deitei do seu lado e a abracei. 

Não tinha nada sexual nisso, eu só queria abraçá-la e confortá-la e eu prometi que ficaria ali.

Voltaria para o meu quarto daqui a pouco, sabia que se Annabeth acordasse e me visse aqui, ela teria um ataque.

Mas eu estava tão cansado que dormi antes de voltar pra casa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem as suas opiniões nos reviews.
Me contem, o que vocês gostam na fic? O que vocês não gostam? O que gostariam de ver aqui? Quais casais? Tudo isso é mt importante então me digam *o*
Para quem gosta de Jogos Vorazes eu escrevi uma one-shot nessa categoria, passem lá rapidinho pra ler: https://www.fanfiction.com.br/historia/194860/Juntos_Para_Todo_O_Sempre
É isso, até a próxima meus lindos s2



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