Capítulo 7

Um ano depois

Os olhos dourados do rapaz branco com cabelos dourados brilhavam ao encarar o grande edifício. Era a primeira vez em longos anos que iria morar sozinho. Animação? Isso não chegava nem a metade do que sentia. Edward aproximou-se do espelho e olhou em seus olhos. Ele estava mais acostumado a lidar com o que era, em um ano, aprendeu a lida com seus poderes. Agora só matava quando precisava verdadeiramente se alimentar.
A garota de olhos achocolatados, Isabella, agora o intrigava ainda mais. Pesquisas e mais pesquisas foram feitas por Carlisle, seu “pai”. Isabella era seu anjo, ou quase isso. Ela tinha um dom, “o dom”. Poucos humanos possuíam esse poder, geralmente aqueles que passaram várias vezes por experiência quase morte. Bella liderava essa lista.
– O senhor irá ficar com o apartamento? – Uma mulher baixinha perguntou em voz baixa. Ela parecia sentir repulsa por Edward.
Ele olhou em sua direção e deu um meio sorriso, aproximou sua mão cuidadosamente do rosto dela e no mesmo instante o olhar da garota se desviou. O sorriso de Edward apenas aumentou.
– Está com medo pequena? – ele deu um sorriso debochado passando suas mãos pela cintura da menina.
– Não... – a garota gaguejou.
O sorriso de Edward aumentou ainda mais, suas mãos passearam sem permissão por todo o corpo da garota, seus lábios foram em ao seu pescoço e ali ele depositou um beijo. O toque gélido de sua pele contra a da garota fez com que a garota arfasse, sua cabeça inclinou para trás. Edward a apoiou contra a parede e com facilidade levantou o vestido da mesma. Suas mãos percorreram até a umidade em sua calcinha.
– Está molhada. – sussurrou no ouvido da garota.
Amy se afastou do rapaz, seus olhos estavam fixos no chão. Respirou fundo e sussurrou em tom baixo:
– Eu sou virgem.
Edward puxou Amy pela cintura e deu um meio sorriso.
– Então seja minha Amy. – ele levantou o rosto da garota e fez com que ela o olhasse nos olhos. – Seja minha, pelo menos essa noite.
[...]
Isabella andava de um lado para o outro impaciente. Seus olhos fitavam com ansiedade o provador da loja de luxo para noivas. Ela estava noiva há quase dois meses de Jacob, e mesmo não o amando ela sentia uma paz inexplicável só em tê-lo ao seu lado.
– O que acha desse? – Leah, ex-namorada de seu noivo apareceu com um longo vestido branco em suas mãos.
O vestido possuía poucos detalhes em creme, ela respirou fundo e o pegou analisando-o mais de perto.
– Perfeito. – sussurrou Bella. – É esse que vou levar.
– Mas você ainda nem o provou.
– Leah, estou desde as oito da manhã provando vários vestidos de noiva, acha que eu não saberia quando um dá para mim e quando não dá? – perguntou a garota de forma ignorante. – Aliás, só temos hoje para escolher, esqueceu que amanhã volto a estudar?
– Não sei para que insiste tanto em estudar. – resmungou Leah. – Jacob pode lhe dar tudo o que quiser.
– Você sabe o que penso sobre esse seu pensamento... E como está indo o seu relacionamento com Paul?
– Oh Bella, - Leah sentou-se cobrindo seu rosto com as mãos. – Acho que não posso mais ficar com ele... Descobri que ele me trás diariamente com minha prima.
– Quem lhe disse isso? A própria Emily? – perguntou Bella irrita sentando-se ao lado da amiga. – Você sabe que ela faria de tudo para lhe ver distante de Paul.
– Ela não se rebaixaria a esse ponto. – a defendeu.
– Eu sei que foi ela Leah. Paul te ama, te ama mais que tudo, é nítido nos olhos dele... Não lhe trairia, muito menos com a Emily. – fez careta.
– Tudo bem, tudo bem. Agora prove logo esse vestido antes que eu o coloque a força em você.
Bella resmungou baixo e pegou o vestido entrando dentro do banheiro.
[...]
Jacob andava impaciente no meio da casa.
– Isso não pode ser possível pai. Isabella não pode ser essa “tal” criança... Eu sei que ela já se encontrou várias e várias vezes com esse Edward, mas é praticamente impossível...
– Não, não é impossível. – suspirou Billy pesadamente. – Temos provas mais do que concretas sobre ela. Ninguém foge da morte com tanta facilidade assim. Ninguém.
– Ela pode ter apenas um daqueles “poderes”. – suspirou Jacob. – Se ela tiver esse poder um simples ceifador não acabaria com ela.
– Os Cullen não é mais um clã de ceifadores Jacob, estou cansado de lhe dizer isso. – vociferou.
– Teremos que... Sacrifica-la? – A dor era nítida na voz de Jacob.
– É a única coisa que poderemos fazer por ela.