The Death. escrita por July Carter


Capítulo 25
Capítulo vinte e quatro.




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Nova Iorque – POV BELLA

Muitas vezes na vida fazemos escolhas que julgamos ser certas, as vezes as que achamos que são, não são, outras que achamos que são erradas são as certas, mas não há ninguém que se importe com isso há não ser nós mesmos, pelo menos era o que eu achava. Essas escolhas nos afetam diretamente, também afetam quem está ao nosso redor, por isso me isolei. Talvez assim fosse melhor, como disse, talvez.

Há dois meses perdi minha mãe, não tive a oportunidade de dar-lhe adeus, duas semanas depois Joseph também se foi, não quis esperar para ver minha irmã indo aos poucos também. Acho que foi a coisa mais egoísta que alguém poderia ter feito. Me afastei de tudo que achava que me fazia mal, mas o que mais me fazia mal era eu mesma, minhas escolhas precipitadas. Voltei para Forks quando percebi que estava sozinha, peguei minha irmã e me isolei em Nova Iorque. Mas por que essa cidade? Bom, com o amontoado de pessoas andando por todas as partes apressadamente eu não precisava perder muitos  minutos conversando com uma só. Mais uma vez, fui fraca.

- Bella? – A voz baixa e chorosa de minha irmã fez com que meu coração se apertasse e com razão.

Os pequenos cabelos de minha estavam caindo por culpa da maldita doença que assombrava minha família. Saber que eu a perderia também como todos os outros me assustava. Eu não tinha mais minha mãe, meu pai, perdi Jacob e nem mesmo Edward estava ao meu lado para me ajudar a me reerguer. Não por escolha dele.

- Renné. – sussurrei pegando-a no colo. Posso parecer louca, mas chamar minha irmã de Renné parecia me fortalecer um pouco mais. – O que houve? – me sentei no sofá a colocando em cima de minha perna.

- Pensei que estava sozinha. – soluçou escondendo seu pequeno rosto em minha nuca.

- Nunca iria te deixar de novo. – sussurrei fechando meus olhos.

- Mamãe também me disse isso. – ela murmurou com os lábios curvados em um pequeno sorriso.

- Mas mamãe ainda está com você. Nunca ouviu falar em anjos?

Minha irmã negou afastando o rosto de minha nuca e me encarando.

- Bom... – tentei pensar em algo convincente. Definitivamente, eu não era a melhor pessoa do mundo para tratar de relacionamentos familiares, ainda mais com uma criança. – Quando uma pessoa é muito boa, como a mamãe, não morre, vira um anjo e volta para cá para cuidar de todos que ela ama. – mordi o lábio. – Então, é por isso que sei que ela não nos abandonou. Ela está cuidando de nós, todos os dias, até que a gente vire anjo também e hm... Vá ficar ao lado dela. – forcei um sorriso.

- Quer dizer que eu vou ver a mamãe assim que eu virar um anjo?

- Claro que vai, também verá seu papai e os três vão ficar juntinhos para sempre.

Renné pulou do meu colo e me abraçou com o máximo de força que tinha.

- Quero ver a mamãe. Quero ver virar anjo! – Meu coração se apertou.

Será que sou um monstro por iludi-la de tal forma?

- Você não pode fazer isso agora, só quando estiver bem grande.

- Do seu tamanho? – murmurou e eu ri.

- Não meu amor, bem maior. – sussurrei a pegando no colo e a levando para o quarto. – Agora você tem que dormir. – a coloquei na cama forçando um sorriso.

- Por quê? – choramingou novamente.

- Porque você é criança e já está na hora de dormir.

- Tudo bem. – resmungou encolhendo-se embaixo do lençol. – Bella? – sussurrou fechando um pouco os olhos.

- Oi?

- Você vai ver a mamãe e seu papai também?

Parei por alguns segundos pensando no que lhe responder. A verdade é que eu não sabia o que havia além daquela vida, ainda mais para pessoas como eu.

- Claro que vou meu amor. – Beijei sua bochecha, me levantei e caminhei em direção ao banheiro. Me olhei no espelho e suspirei. – O que eu sou?

A coisa mais burra que já fiz foi ter dispensado Edward achando que ficaria longe dessa vida e assim poderia ficar com Jacob.

- Escolhas erradas devem ser mal de família.

Olhei para trás e arregalei os olhos.

- Você? Como entrou aqui?

- Da mesma forma que você. – deu de ombros. – Pela porta.

- Por que veio até aqui?

- Porque sou seu pai. E você e meu neto vão precisar de mim.

- Você é louco! Meu pai, Charlie – frizei o nome dele. – morreu quando eu ainda era criança e Renné é minha IRMÃ não minha filha.

- Exato. Por isso eu disse FILHO, um homem, não uma garotinha que não vai durar mais de alguns meses. Ele vai continuar meu legado junto com você e a família do seu namorado... Edward, não é?

- Edward não é meu namorado. – sussurrei. – E você não é meu pai. Agora fora daqui!

- Daqui há nove meses se lembre de colocar o nome Adolf Neto em seu filho. – sorriu andando para fora do banheiro ao ouvir a porta se fechar respirei fundo e senti meu estômago embrulhar.

Se ele estiver certo, eu estou perdida. 


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