The Death. escrita por July Carter


Capítulo 26
Capítulo vinte e cinco.




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Capítulo vinte e cinco.

POV BELLA

Deitada em minha cama eu sentia o mundo a minha volta girar, mesmo com os olhos fechados e após horas de sono me sentia cansada. Minhas costas pareciam rezar para ficar deitada... Para sempre. Algo me dizia que eu simplesmente não poderia fazer isso, sabe-se lá o que estava acontecendo comigo. Respirei fundo e me encarei no espelho. Meu rosto estava mais magro do que o normal, a cor de minhas bochechas haviam sumido em poucas palavras, eu estava pálida e desnutrida e as únicas coisas em que eu conseguia pensar era em minha irmã e em Edward. Eu estava sozinha e lutando contra o desconhecido o pior é que a cada dia que passava me apegava mais a ele.

Caí contra o box do banheiro, eu sentia a água fria contra as minhas costas e as lágrimas quentes caindo por meu rosto. Estava me acostumando com a minha nova vida, mas ainda me sentia solitária. A cada dia que passava eu sentia a sensação dos toques de Edward fugindo de mim, quando conseguia me sentir razoavelmente bem as lembranças me jogavam contra a parede me acurralando novamente. Eu o via em todas as partes, me odiava por isso.

- Edward. – sussurrei clamando para que ele me ouvisse, para que me abraçasse e sorrisse sussurrando que estava tudo bem. Como eu me sentia idiota por isso. – Eu te amo. – Droga, odeio me sentir sozinha e o pior de tudo é que fui eu que me coloquei nessa situação. Quando o tinha ao meu lado não o valorizei como deveria, a única pessoa em quem conseguia pensar era em Jacob, mas não é isso que dizem? Sempre valorizamos o que não podemos ter. Estar longe dele me matava aos poucos mesmo sabendo que eu era imortal.

- Você não está sozinha. – a voz dele veio me assombrar novamente. Mais uma alucinação. – Bella. – ele se abaixou a minha frente e sorriu. – Você sabe que não está sozinha.

- Você não está aqui. – rebati.

- Porque você não me chamou Isabella. – Ele tentou me tocar, mas eu me afastei. Mesmo sabendo que ele não estava ali, que tudo não passava de um fruto da minha imaginação, ansiava por seu toque. Eu não queria me decepcionar. Não mais uma vez. – Você se lembra que eu te disse que ficaria sempre ao seu lado? Vamos Isabella, deixe-me provar que era verdade. Me chame.

Respirei profundamente, me abracei. Mais que droga, por que eu simplesmente não o chamava? O máximo que ele poderia dizer era que não queria mais me ver, talvez se eu falasse sobre o bebê ele voltasse para mim. Mas não era isso que eu queria, era? Tê-lo ao meu lado por pena? Sim, eu não me importava se ele estaria ao meu lado por me amar ou não, a questão era que eu o queria ao meu lado.

Me levantei o mais rápido que eu pude e cobri meu rosto com a toalha, suspirei pesadamente e peguei meu telefone, digitei rapidamente os números dele e aguardei ansiosa por sua voz. No segundo toque, meu coração já estava em minha boca, ele atendeu o telefone e não consegui evitar a vontade de sorrir. Era ele não era? Agora eu tinha certeza, a voz não era uma alucinação. Aquela voz era ele, meu Edward.

- Alô? – A voz do outro lado da linha era quase tão desesperada quanto a minha.

- Edward? – Conti minha necessidade de repetir seu nome várias vezes. Lágrimas já caiam por meu rosto. Estou feliz, não estou? Então acho que tenho esse direito, pelo menos por hoje.

- Bella! – a voz agora parecia mais aliviada. – Bella. – ele repetiu meu nome novamente, permaneci calada. – Onde você está? Céus, eu estava morrendo de preocupação. Você tem noção disso? – Meu choro apenas aumentou, ele sentia minha falta. – Oh, não chore Bella. – ele riu. Ele estava rindo de mim? Eu ri também limpando minhas lágrimas.

- Maldita mudança de humor. – suspirei.

- Como é bom ouvir sua voz. – sussurrou. – Não sabe como senti falta disso... Onde você está? – perguntou novamente. – Quero te ver Isabella.

Ele não lembrava das palavras duras que eu lhe disse quando dei as costas para ele depois daquela noite... Fico feliz por isso.

- Preciso te ver. – murmurei para mim mesma. Era claro que eu precisava. Queria encarar seus olhos, tocar em seu rosto, brincar com seus cabelos enquanto ele colava nossos lábios. Preciso de suas mãos ao redor de minha cintura, de suas palavras desorientadas que me fazem rir até nos momentos mais complicados. Como nossa situação mudou em apenas uma noite de amor? – Estou em Nova Iorque. – sussurrei.

- Em Nova Iorque Isabella? – ele parecia irritado. Queria sussurrar para que ele não ficasse. – Droga Isabella! – ele respirou fundo. – Vou demorar para chegar aí. Umas seis horas, mais ou menos.

- Seis horas é pouco. – Doce mentira. Forcei-me a sorrir.

- Para mim é muito. Em que lugar de Nova Iorque você está?

Disse rapidamente meu endereço e só então percebi que em poucas horas teria que lhe dizer que estou grávida. O desespero tomou conta de mim. E se ele não gostar da notícia? E se me abandonar? Eu não aguentaria ser abandonada por ele, não agora.

- Edward. – sussurrei.

- Senti falta de ouvir você falar meu nome. – podia vê-lo sorrir.

- Acha que pode chegar aqui em menos tempo?

Edward ficou algum tempo sem falar nada, eu estava parecendo uma desesperada, mas eu estava desesperada.

- Tentarei locar um avião particular, se eu conseguir, acho que chego em duas horas...

- Ótimo. – sorri. – Irei pegar minha irmã no colégio e hm... as chaves vão ficar em baixo do tapete, pode entrar assim que chegar.

- Tudo bem. – disse. – Cuidado.

- Acho que sempre tenho isso. – menos no dia que engravidei de você. Sorri largamente desligando o telefone, olhei para baixo e encarei minha barriga, um pequeno volume se formava, nada que uma blusa um pouco mais larga não conseguisse esconder. – Oi bebê. – sorri abobalhada. – Hoje você vai conhecer o papai. – suspirei. – Não faz ideia de como estou feliz bebê.

POV EDWARD

- Estou saindo. – falei um pouco mais alto do que meu tom normal assim que desliguei o telefone. Peguei uma mochila e joguei algumas roupas dentro dela. – Vou ficar com Isabella. – Não achava que precisava dizer, mas já que todos estavam mesmo preocupados.

- Bella?- A voz de Alice soou animada. Coloquei uma jaqueta e desci as escadas em direção à sala. – Onde ela está?

- Nova Iorque. – sussurrei me recordando da distância. – Preciso ir. – andei o mais rápido que conseguia em direção ao carro, se eu fosse humano, tropeçaria em meus próprios pés.

- Eu vou com você.

- Não. – sem perceber um rosnado escapou por meus lábios. – Me desculpe. – sussurrei entrando no carro.

- Mas Edward...

- Alice, se você fosse comigo quanto tempo iria demorar para fazer uma mala? – ela pareceu pensar por alguns segundos. – Você não vai. Quero um tempo sozinho com ela.

- Edward, você não se alimenta há semanas, pode ser perigoso.

- Perigoso? – ri. – Faço um lanchinho no caminho. – resmunguei ironicamente ligando e acelerando o carro.

[...]

Estacionei meu carro próximo a área de embarque e andei em meio aos humanos tomando cuidado para não tropeçar ou tocar em nenhum. Qualquer erro de cálculo poderia ocasionar um desastre e eu, definitivamente, não estava com tempo para responder perguntas de estranhos.

- Senhor, não pode entrar aí sem autorização. – Um homem de aproximadamente trinta e quatro anos se aproximou.

- Quero alugar um deles para uma viagem à Nova Iorque. – sussurrei encarando os vários aviões particulares.

- Me desculpe, mas sou o único piloto aqui hoje e, infelizmente, não estou disponível.

- Está com algum cliente? – Ergui a sobrancelha. – Posso cobrir a oferta dele.

- Sinto muito Edward, mas acredito que esse aí é fiel a quem poupa-lhe a vida.

Me virei em um movimento rápido e o choque tomou conta do meu corpo.

- Adolf. – sussurrei deixando claro meu desprezo por ele e minha falta de interesse em qualquer assunto que ele pensasse em tratar.

- Vejo que minha filha já entrou em contato com você.

- Do que está falando?

- Ah, você ainda não sabe... Aposto que ficará muito contente com a notícia.

- O que quer dizer com isso?

- Quer ir para Nova Iorque encontrar minha amada Bella, não quer? Bom, te ofereço o meu horário para você, hm... Com uma condição.

- Qual?

- Nada demais, você só vai ter que se alimentar dele.

Adolf inclinou a cabeça em direção ao piloto.

Isso ia contra os princípios de minha família, mas por Bella, valia à pena.

- Eu aceito. – sussurrei.


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