- Você a matou. – sussurrou Bella.

- Eu não sabia ainda o que estava fazendo, estava tão alterado que agi sem perceber. Eu a amava.

- Eu também amo minha família e por isso não posso abandonar minha mãe aqui.

- Eu a salvarei. – Edward falou em baixo tom.

- Da mesma forma que salvou meu pai? Não, muito obrigada.

Há três meses Edward havia se aproximado de Isabella de forma assustadora, nenhum dos dois conseguiam admitir, mas ambos não viviam um sem o outro.

Um coração acelerado e uma respiração ofegante. Esses eram os únicos barulhos em que Edward conseguia se concentrar naquele momento... Eram os barulhos que diziam para ele que ela, a garota que jurou perseguir até tê-la nos braços, estava viva e ali ao seu lado com seus olhos fechados e um pequeno sorriso nos lábios, aquilo era lindo de se observar e fazia até com que ele se esquecesse da situação estranha em que estavam. Ele estava tentando abrir mão de todos os seus princípios para salvar quem aquela garota amava.

Mordendo o lábio, Edward deu um meio sorriso e aproximou seu polegar direito do rosto de Isabella que se remexeu aconchegam-se ainda mais com o toque.

- Por que me sinto estranho somente em te olhar? – sussurrou suspirando pesadamente. – Sinto a necessidade de te proteger acima de todos... Mas por que isso Isabella? Por que conseguiu dominar-me com apenas um olhar?

O rapaz passou mais uma vez a mão pelo rosto de Isabella, levantou-se com cuidado para não acordá-la e caminhou lentamente em direção à janela. Abrindo a cortina ficou cego por alguns minutos enquanto tentava adaptar-se a luz.

Isabella dominava Edward de tal forma que fez com que ele chegasse ali, naquele local, Inglaterra. Ele estava no lugar que acabara com sua expectativa de ter uma vida razoavelmente feliz, o lugar que fez com que ele percebesse que ele era completamente o aposto da realidade.

O barulho do despertador soou alto pelo quarto e rapidamente os olhos de Isabella se abriram. Um resmungo baixo escapou por seus lábios e levantando-se da cama com o lençol enrolado em seu corpo só conseguiu perceber que Edward estava ali ao olha-lo. Edward a observava feito idiota. Ele ouviu claramente o coração da garota acelerar enquanto ele se aproximava.

- Pensei que poderia querer dormir mais um pouco... Por isso não te acordei. – sussurrou adivinhando a pergunta que a garota faria.

Chocada pela delicadeza do rapaz apenas assentiu sorrindo um pouco.

- Eu... Eu vou me trocar. – falou timidamente. – Depois, se quiser, podemos começar a fazer logo isso. Precisamos achar a cura para a minha mãe só me sentirei aliviada depois disso.

- Sem querer ser pessimista, mas acho meio complicado acharmos uma coisa que não sabemos nem se existe.

- Andei pesquisando e acho que eu sei mais ou menos o que deveremos procurar. Você é um ceifador – falou quase que com nojo. – se fizermos você ter uma emoção forte o bastante talvez poça produzir algo diferente da morte...

- A vida.

- Exatamente.