The Death. escrita por July Carter


Capítulo 2
Capítulo Um.


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria agradecer pelos reviews, muito obrigada mesmo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/178092/chapter/2

Há Nove anos.

Era verão na Flórida. O sol quente e escaldante deixava Edward nauseado. Mesmo depois de quatro anos o riso e os olhos da pequena de Isabella permanecia frequentemente em sua mente.

Ele estava ali para enfim buscar sua irmã, Alice. Aos poucos ele foi se conhecendo melhor, descobrindo suas necessidades, suas fraquezas e fortalezas. Agora ele estava ali, em frente ao Hospital Estadual da Flórida. 26 de janeiro de 2009. Quase cem anos após sua morte.

Edward estava ansioso, queria rever sua irmã, mas ao mesmo tempo temia pela alma dela. Ele se recordava o que havia feito com os pais. Logo após a sua morte precoce, Edward acordou para a sua nova vida, movido pelo ódio foi em busca de seu criador, ele queria se vingar mais do que nunca. Mas assim que encontrou o mesmo, Edward descobriu que Carlisle, seu criado, fizera isso para tentar ajuda-lo e logo, desistiu da vingança.

Agora ele não era mais sozinho, ele tinha Carlisle Cullen e Esme como seus “pais”, Emmett como seu “irmão mais velho” e por fim Jasper e Rosalie Halle, seus “primos distantes”.

– Senhor. – Um homem alto com aparentemente cinquenta anos tocou no ombro de Edward.

Pobre homem. – pensou.

– O senhor está bem? – O homem perguntou.

Edward apenas assentiu andando em direção ao hospital. Edward poderia ver pelo canto do olho a movimentação ao redor do homem. Mais uma alma para a sua coleção.

O rapaz andava até a recepção, ele sorriu educadamente antes de começar a falar.

– Com licença. – Edward pigarreou.

Uma das mulheres que se encontravam na recepção olhou para Edward, o coração da mesma vacilou por um instante, mas logo ela se recompôs e deu um sorriso forçado.

– O que o senhor deseja?

– Quero saber o número do quarto da minha... Ãn... Tia, Alice Masen. – A voz de Edward estremeceu ao falar no nome da sua irmã.

– Quarto 19, senhor. – a recepcionista falou sorrindo sem desviar seu olhar do rosto de Edward, ela sentia uma necessidade de toca-lo, mas tentava ao máximo se controlar, tocar em um dos “clientes” do hospital ia completamente contra as regras, a não ser quando se era um membro da equipe médica.

Edward forçou um sorriso, escondeu suas mãos trêmulas de nervosismo dentro do casaco. Ele abriu a porta, havia várias pessoas no local. Filhos de Alice, deduziu.

Paul, o filho mais velho de Alice, estava com seus dois pequenos filhos. Harry e Charles. E Leah, a filha mais nova de Alice, permanecia sozinha no canto do quarto.

Por sorte, Edward estava com uma roupa toda branca, típica de médico. Ele estava decidido a fazer isso, esvaziaria o quarto e faria de tudo para levar sua irmã consigo.

– Bom dia. – ele sorriu de lado – Sou o novo médico daqui...

– Você não é meio novo para ser médico? – perguntou a menina, Leah.

– Tenho vinte e cinco anos. – respondeu rudemente. – Agora podem sair do quarto? Preciso examina-la.

Leah se levantou pegando as mãos das duas crianças e dando uma ultima olhada em sua mãe que agora abria os olhos. Leah andou até ela, deu um beijo no rosto da mesma e saiu do quarto. Mas Paul nem ao menos se moveu.

– Você também.

– Mas eu sempre fico aqui. – protestou.

– Novos procedimentos médicos. – falou impaciente dando de ombros.

Paul caminhou até o leito da mãe e depositou-lhe um beijo na testa.

– Já volto. – murmurou saindo em seguida.

Ao ver a porta se fechando Edward ficou ao lado de Alice que o fitava.

– Anthony? – ela balbuciou aquele nome com dificuldade.

Há quanto tempo alguém não chamava Edward pelo segundo nome? Ele já havia perdido as contas.

– É. Sou eu minha irmã.

– Mas como? – gaguejou confusa. – Você morreu... E continua o mesmo de muito tempo atrás.

Algo estranho na sua nova espécie é que seu corpo se modificava automaticamente, você sempre ficaria com a aparência da época mais feliz de sua vida. No seu caso, na época em que foi para a guerra.

– Longa história. – ele riu sem humor. – Não temos tempo. – Edward completou apressadamente. – Venha comigo.

– Não posso me levantar. – choramingou Alice.

– Nem precisa. Basta segurar a minha mão. – ele estendeu a mão.

Sem temer ao irmão Alice segurou a mão do mesmo com força, ela não sabia o risco que corria de qualquer modo nem ao menos se importava. Os sinais da morte apareceram aos poucos. Os lábios de Alice se franziram. Edward respirou pesadamente.

– Vou te esperar aqui. – Edward sussurrou. – Por favor, não demore.

Edward se recusou em esperar a morte da mulher, ele caminhou lentamente em direção as outras alas do hospital ignorando, ou pelo menos tentando ignorar os soluços dos sobrinhos.

– Doutor! – uma voz infantil ecoou pelos corredores do hospital. – Por favor doutor. – choramingou a menina.

A menina desesperada tocou no braço de Edward e ele sabia o que aquilo significava.

Edward virou-se temeroso em direção ao toque, mas se assustou ao ver a garota ainda em pé. Era ela. Bella.

– Por favor, doutor. Venha. Salve meu pai.

A garota encarava Edward, seus olhos imploravam por ajuda. Edward sabia que nada poderia fazer quanto a morte do pai da garota, mas havia uma saída. Ele poderia tentar salvar sua alma. Porém, de qualquer modo a pequena Isabella ficaria sozinha, talvez fosse o melhor para ela.

Edward se abaixou encarando os olhos da garota. O rapaz não sabia o que falar, muito menos o que reagir.

– Eu não tenho tempo. – murmurou. – Ele ficará bem. – prometeu. – Um dia você poderá encontra-lo.

Edward se recompôs dando um meio sorriso para a garota e andou o mais rápido possível para fora daquele local.

E ali, naquele hospital, foi à segunda vez que Bella escapou da morte.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e por favor, não se esqueçam dos reviews.