O rapaz alto de cabelos acobreados estava sentado com o corpo curvado em frente a um lago. Seus pensamentos estavam distantes em outra era, praticamente. Seu coração estava vazio e seus olhar fixos no nada. Pensava no que levou aquilo... Uma garota, uma criança na verdade que conseguiu mexer com ele quando ainda era pequena e agora se transformara em uma mulher.

Passos larga pôde ser ouvido, o aroma daquela garota dominava sua mente diariamente. Era um aroma tão conhecido e ao mesmo tempo tão novo para ele.

Isabella se aproximou com um vestido curto tomara que caia, respirou pesadamente sentando-se ao lado do rapaz. Ela olhou para ele e deu um sorriso tímido respirando pesadamente.

- Eu... Eu ainda não pude lhe pedir obrigada. – sussurrou. – Alice me disse que você estaria aqui. – ela mordeu o lábio e se sentou ao lado do rapaz.

- Não há motivos para me pedir obrigada. – Edward deu de ombros. – Fiz isso por um amigo, não por você.

A garota ficou pálida no mesmo instante, fechou os olhos e sussurrou:

- De qualquer forma, você salvou minha vida.

- Foi um erro. – disse virando o rosto para encarar a garota que agora mantinha um sorriso frio nos lábios. – Me desculpe, eu não quis dizer isso. – Apressou-se a falar.

Idiota. Era isso que passava na mente de Bella. Edward era um idiota.

- Mas foi o que disse. – Bella se levantou. – Já lhe falei o que tinha que dizer. Vou voltar para a sua casa e pedir para que Alice me leve até o hospital. Preciso ver Renné.

- Não pode simplesmente ir ao hospital. Sua presença fará com que sua mãe fique ainda pior. Não consegue pensar no que você é?

- Normal.

- Não. Você pode ser qualquer coisa menos normal.

- O que você quer dizer? Você não sabe nada sobre mim. Nada. – disse Isabella revoltada. – Renné é minha mãe e eu já passei muito tempo longe dela. Agora que posso ficar ao seu lado não vou me privar por conta de uma lenda idiota. – cuspiu as palavras de forma arrogante.

- Você não sabe do que está falando garota. – Edward levantou-se do chão olhando com raiva nos olhos negros da garota. – Nada disso é uma lenda e você sabe disso. Você me viu matando várias pessoas. Você sabe que matei Charlie.

O desejo que transpirava pelo corpo dos dois era inegável.

- Meu pai? – gaguejou, mas em seguida balançou a cabeça. – Você não sabe de nada. Se acha superior porque pode levar alguém para o além a hora que quiser, mas não pensa nas pessoas que vão ficar sem seu ente querido ou o quanta dor vai provocar em seus familiares. Pessoas de verdade, não monstro como você. – terminou de falar se virando.

A raiva dominava o corpo dos dois. Suas palavras não condiziam seus atos.

Edward aos poucos foi aproximando seu corpo do de Isabella, a puxou pelo braço e aproximou seu rosto do dela.

- Acho bom você fazer o que eu disser. – falou em tom autoritário. – Eu posso não conseguir lhe matar porque sua parte “sobrenatural” não me permite, mas Renné e sua irmã são humanas. Posso acabar com elas a hora que quiser.

Isabella estremeceu imediatamente.

- O que quer que eu faça? – sussurrou derrotada.

Continua...