The Death. escrita por July Carter


Capítulo 15
Capítulo quatorze.


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas chegou.



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Isabella encarou o grande hospital a sua frente. Estar naquele lugar fazia com que ela se lembrasse de todos os momentos mais tristes de sua vida, e o pior era que tudo estava prestes a se repetir. Ela fechou os olhos e respirou pesadamente, quando finalmente os abriu, caminhou lentamente em direção à entrada do hospital. Suas mãos tremulas e seus lábios franzidos demonstravam para todos o seu nervosismo. Ela ergueu a cabeça tentando demonstrar que era uma pessoa forte, mas isso era uma missão impossível. Ela estava longe de ser forte.

Há duas horas ela recebeu uma ligação de que Renné estava internada, deveria ter ido imediatamente para o hospital, mas a covardia e o medo da rejeição a dominava.

O estado de Renné piorava a cada maldito dia que passava e por mais que Isabella não tivesse perdoado completamente sua mãe, ela tinha medo de perder a mesma. Desde então ela vinha tentando encontrar a cura que a mesma mencionara, mas era tudo em vão. Cada canto que a mesma vasculhava acabava parecendo um beco sem saída.

A doença de Renné era rara e parecia que só atingia as mulheres. O que era algo que a intrigava.

Isabella finalmente entrou no hospital, caminhou até a recepção e encarou a mulher que fitava algo empolgada na tela do computador.

- Boa tarde. – sussurrou. – Pode me dar uma informação? Gostaria de saber onde é o quarto de Renné Swan.

A mulher de aproximadamente vinte e seis anos buscou no pequeno computador o número do quarto de Renné.

- O que você é dela? – perguntou com indiferença.

- Filha.

A recepcionista assentiu rapidamente.

- Quarto 201.

Isabella não pensou duas vezes ao se virar e praticamente correr em direção onde o quarto onde sua mãe estava. Sua mão se fechou em torno da fechadura e depois de alguns segundos ela adentrou no quarto. De certa forma, ela não conseguia explicar o que sentiu no momento em que viu a sua mãe naquela situação. Seu coração se apertou e por alguns instantes ela chegou a perder o ar.

O rosto de Renné havia adquirido uma palidez fora do normal, ela estava mais magras, seus olhos estavam fundos e seu rosto estava repleto de rugas. Parecia que estava mais velha. Naquele momento Isabella sentiu seu mundo desabar. Por mais que negasse, ela já amava aquela mulher que estava alojada naquela cama de hospital. A hipótese de perdê-la era aterrorizante.

- Quero ajuda-la... Mamãe. – sussurrou com a voz embargada de dor.

Ela levou as mãos até as de sua mãe e as apertou com cuidado. Uma pequena lágrima escorreu pelo seu rosto.

- Não quero que se sacrifique por mim. – Respondeu Renné com dificuldade. – Só peço que me perdoe por todo mal que lhe causei.

- Irei te perdoar se ficar comigo. – Bella enterrou o rosto entre suas mãos. – Você já me abandonou uma vez, papai me abandonou também. Se lhe perder novamente ficarei sem ninguém.

O barulho da porta se abrindo chamou a atenção das duas, era Joseph, marido de Renné. Ele carregava consigo uma pequena garota de aproximadamente quatro anos de idade. Sua aparência lembrava a própria Isabella.

- Mamãe. – choramingou a garotinha estendendo os braços em direção a cama onde estava Renné.

Renné respirou fundo, porém com dificuldade ao ver a pequena garotinha nos olhos do pai. Os olhos da mesma se encheram de lágrimas.

- Joseph, leve a Julia até a recepção e deixe com a babá. Não quero que ela me veja assim. – implorou. – Quero que volte depois, precisamos contar algo a Bella.

- O que tem para me contar? – murmurou olhando para a menina. Assim que os dois saíram Isabella continuou a perguntar. – Por que ela lhe chamou de mamãe? – A voz da garota saiu carregada de frustação e raiva.

Antes que Renné pudesse responder Joseph voltou para o quarto e sentou-se ao lado de Renné.

 - O que devemos contar a Bella? – Joseph perguntou acariciando os cabelos de Renné.

- Toda a verdade. – Renné falou baixinho.

- Tem certeza?

- Nunca tive tanta certeza na minha vida.

Isabella ficou encarando os dois sem nada entender, mas esperou pacientemente, pelo menos por algum tempo.

- Isabella, creio que não se recorde de mim, afinal, quando nos afastamos de você, você era muito pequena.

- Me lembro de você mais do que eu desejaria. – deu de ombros.

- Eu sei que guarda rancor de mim, mas tente entender, eu amo a sua mãe.

- Rancor? – Isabella gargalhou. – O que guardo por você vai muito mais além do rancor. Eu odeio você.

- Você não entende. – sussurrou Renné.

- E eu deveria entender?

- É claro que sim. – Respondeu Joseph. – Se sua mãe e eu deixamos você com Charlie foi para te proteger de algo que vai muito mais além da nossa realidade.

- O que quer dizer com isso? – perguntou Isabella confusa.

- Bella, você não é filha do Charlie. 


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Notas finais do capítulo

Estão prontos para o próximo capítulo? Bom, ainda estou para decidir se o romance começa no próximo, ou no dezesseis. Mas desses dois não passa.
Gente, queria pedir para quem está gostando da fic comente, não custa nada, não é? se quiserem me ver mais feliz ainda, recomendem também *o*
Até o próximo capítulo.