The Death. escrita por July Carter


Capítulo 10
Capítulo nove


Notas iniciais do capítulo

A salvação dessa vez foi minha amiga Jennyffer, agradeçam a ela.



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If I could, then I would

I'll go wherever you will go

Way up high or down low

I'll go wherever you will go
Run away with my heart

Run away with my hope

Run away with my love

Wherever you will go – The Calling
Isabella e Edward se encararam por um bom tempo e quando finalmente o impacto se foi ambos suspiraram.

– O que faz aqui? – Bella perguntou de forma desesperada. Ela tinha passado muito tempo se iludindo achando que tudo aquilo era uma ilusão, mas não, ele existia e estava ali, a sua frente. Edward permaneceu calado até o momento que a porta da sala se abriu, era a sua deixa para se safar da garota de olhos achocolatados. Ele entrou rapidamente na sala apenas cumprimentando o professor enquanto os alunos da ultima aula saíam para se dirigir às próximas.

– O que fez com que vocês chegassem tão cedo na aula? – O professor falou chamando os dois garotos tentando quebrar o clima tenso perceptível da sala. Tanto Edward quanto Bella permaneciam calados.

– Não vão falar?

– Acordei cedo demais. – Edward murmurou irritado.

– Digo o mesmo de mim. – Bella respondeu sem retirar o seu olhar que queimava sobre a pela de Edward uma vez sequer.

– Vocês já se conheciam? – perguntou o professor novamente tentando começar um diálogo com os dois.

– Não. –Edward sussurrou.

– Sim. – Bella também sussurrou no mesmo instante de Edward.

Aos poucos os alunos adentravam a sala. As aulas transcorreram tranquilamente e assim que o sinal tocou Edward pegou sua mochila a jogando sobre as costas com agilidade e saiu praticamente correndo dali.

POV ESPECIAL (Edward)

A fome que eu sentia se alastrava por todo meu corpo, por esse motivo não pensei duas vezes, assim que sai da aula peguei meu carro e rumei ao hospital. Rever aquela garota foi uma surpresa para mim, como eu iria imaginar que uma garota tão pequena e aparentemente tão frágil sobreviveria aos tempos de guerra? Para mim era algo impossível.

A dor da fome me fizeram deixar escapar um gemido. Em breve eu estaria fora de controle, sugaria todas as almas que estavam ao meu redor e ai seria tarde demais. O clima frio dava um toque mais dramático o que verdadeiramente me agradava.

Respirei fundo e me aproximei do hospital. A desculpa perfeita sobre minha estadia ali já estava pronta. Eu iria entrar ali para visitar meu pai, Carlisle Cullen, sobrenome que recebemos nessa nova “vida”. Encarei por um longo tempo as grandes portas do hospital, meu segundo lugar favorito em todo mundo, o primeiro era o cemitério, é claro.

Aproximei-me da recepção, esboucei um sorriso amável em meus lábios e olhei para mulher, isso já era algo comum em minha vida, estava acostumado a fazer isso quase todas as semanas. A mulher bufou ao me ver encarando-a.

– Me desculpe por incomodá-la. – sussurrei. – Quero apenas uma informação.

– Não me incomoda. – a jovem senhora apressou-se a falar. – Esse é meu trabalho não é? – riu baixo sem graça. – Mas o que deseja jovem rapaz?

– Falar com meu pai. – respondi, mas ela permaneceu calada. – O novo médico, Carlisle Cullen.

– Dr. Cullen? – ela sorriu. – Vou anuncia-lo.

– Não precisa. – apressei-me a falar. – Ele já me aguarda... Apenas preciso saber em que sala ele está.

– Sala nove, próximo a diretoria.

– Obrigado. – Falei em baixo tom saindo rapidamente dali.

A proximidade com os humanos ainda fazia com que eu me assustasse, talvez pelo o que aconteceu com meus pais, ou simplesmente, por eu não ter me aproximado deles por um bom tempo. Eu me odiava por tudo isso, mesmo sabendo que meus pais estavam em algum lugar, talvez felizes ainda fazia com que eu me culpasse.

– Edward... – A voz de meu pai surgiu pelo corredor tirando-me dos meus devaneios. – O que faz aqui?

– Vim me alimentar. – falei timidamente.

– Ah. – disse surpreso. – Claro. – O que era bom em Carlisle era que ele conseguia me apoiar em tudo que eu queria, sempre estava ao meu lado. – Só seja discreto, tudo bem?

– Sempre sou. – dei de ombros me afastando dele e caminhando em direção a um dos quartos.

Ao parar em frente a um dos quartos ouvi um som baixo de uma respiração um tanto ofegante. Fechei meus olhos e respirei fundo, senti meu corpo se encolher e aos poucos se transformar. Abri meus olhos e vi que minhas feições haviam mudado, era mais um novo truque que aprendi com o passar do tempo. Algo estranho era isso, a natureza parecia estar ao meu lado, quer dizer, tudo que continha em mim me ajudava em tudo. Se eu queria me alimentar bastava eu imaginar o corpo que eu queria para que ninguém visse minha verdadeira face, não enquanto eu estava com uma alma em minhas mãos.

Minha aparência agora era de um homem com mais ou menos sessenta anos, tossi baixo para manter minha aparência, mas logo uma enfermeira apareceu.

– Está tudo bem com o senhor? – perguntou.

– Estou, muito obrigado por perguntar.

– É meu dever. – ela sorrio de forma amigável. – Qualquer coisa é só me chamar.

Do mesmo modo que a enfermeira se aproximou ela se afastou e eu voltei a fitar a pequena criança que estava de olhos fechados no colo da mãe. Fechei meus olhos e me aproximei dos dois. Eu sabia que nesse momento apenas o garoto conseguia me ver.

O garotinho se encolheu no colo da mãe e eu lancei um sorriso tentando fazer com que o mesmo não temesse a morte, o que era difícil, nem mesmo um adulto conseguiria isso.

– Não precisa ter medo. – eu sussurrei me aproximando.

O garotinho choramingou baixo e eu toquei em sua pele, puxei sua alma gélida para fora de seu corpo que agora estava com os olhos fechados. O soluço que escapou pelos lábios de sua mãe fez com que eu me lembrasse do momento em que vi a pequena Isabella chorar no leito de morte de seu pai. A alma do menino já estava se apagando.

– Apenas siga a luz. – murmurei por fim e assim voltei para o meu pequeno mundinho.



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Notas finais do capítulo

Estou com uma nova fanfic, quem puder dá uma passadinha lá eu agradeceria.
Sinopse: O aniversário de 15 anos deveria ser o dia mais importante na vida de uma garota, já que segundo algumas tradições marca a transição da infância para a maturidade. Mas o que fazer no caso de Isabella? Seu aniversário de 15 anos foi marcado pela morte de seu irmão, Emmett Swan, no dia mais importante de sua vida ela perdeu a pessoa que mais se importava com ela. Desde então ela luta a cada dia que passa por um motivo para viver.
Mas por quanto tempo uma pessoa conseguiria viver com o fardo da culpa?
Por quanto tempo Isabella conseguiria aguentar carregar o fantasma da morte do irmão?
Baseada no filme: Em busca do coração de David.
https://www.fanfiction.com.br/historia/199187/In_Search_Of_A_Heart