Once Upon A Time escrita por Anna Clari


Capítulo 3
Capítulo 3: E a caçada Começa


Notas iniciais do capítulo

Brigada ragdoll pela dica



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Tarja estava confusa, não sabia que rumo deveria tomar. Não pensava em voltar para casa, pois não queria pôr seus pais em perigo, já que estava fugindo de um pacto de sangue. Logo ela se lembrou do que havia lido no livro de lendas locais, sobre a terra de Painajaiset. Era o que ela precisava para poder livrar sua mente da barbaridade que Tuomas fez ao matar Nemo. Não sabia ela como chegar nessa terra, então retornou à sua escola para buscar o livro, mas estava fechada, pois já era noite.

Tarja então decidiu subir o muro, e assim, invadir a escola, mas com certo cuidado, pois havia um vigia noturno, mas estava dormindo. A porta da frente estava trancada, logo ela teve de arrombar-la, um ato que fez certo barulho, o suficiente para acordar o vigia. Ela percebeu que ele havia acordado e se apressou, correndo para a biblioteca.

Era uma noite de tempestade, fazia muito frio, tudo estava muito escuro, logo ela pegou sua lanterna e entrou na biblioteca, mas, ao entrar, teve uma surpresa, havia um anjo e uma pessoa deitada no chão. Tarja se aproximou com cautela, até poder identificar o rosto da pessoa, uma mulher, a mãe de Tuomas. Enquanto Tarja se aproximava, o anjo se retirou para buscar algo.

– Sra. Holopainen? O que está fazendo aqui e por que está deitada? – Falou Tarja, ignorando o que tivera visto.

– Querida, salve sua vida. Fuja daqui o mais depressa possível. Há um anjo entre nós, mas seu coração é perverso, assassino. Fuja antes que ele volte. – Disse a Sra. Holopainen, temerosa, enquanto olhava para os lados.

Tarja então observou que havia trilhado um caminho, um caminho de sangue. Ela então o resolveu seguir, ignorando os gritos da mulher caída. O silêncio atordoava sua cabeça, a escuridão a confundia, havia esquecido sua lanterna na biblioteca. O caminho acabava na porta de uma sala, a sala aonde ela estudava.

Ao abrir a porta, viu sua professora mutilada em pedaços, enquanto seu sangue encharcava a sala. Ao vê-la, sua respiração ficou mais pesada, ela ficou mais nervosa, então correu para a saída, mas a porta estava trancada por fora, e o vigia estava atrás dela. Ela voltou correndo para a biblioteca, aonde ouviu sussurros agonizantes.

Lá havia uma luz incandescente que chegava a cegar. Pôde ver o contorno de suas asas, o sangue escorrendo em seu corpo, que traçava um caminho até seus pés. Logo, ele direcionou o olhar diretamente para Tarja. Ela tentou se esconder, mas já havia sido marcada com o olhar do anjo. Saiu de lá correndo, desesperada por uma saída, até ver uma porta aberta. Ela se animou, mas, ao chegar próximo à porta, o anjo lhe agarrou pelas costas e a puxou para o chão. O impacto do ataque fechou a porta com ferocidade, assim a travando.

Ela sentia o frio da pele dele tomar conta de seu corpo, enquanto tentava não se sufocar com seu braço envolta de seu pescoço. Ela olhou de lado e viu o rosto demoníaco dele. Ela tentou se soltar, mas ele a apertava mais e mais, a fazendo desmaiar. Quando percebeu que ela não mais respirava, prendeu uma corrente a seus pés e a carregou, rastejando-a pelo chão coberto de sangue.

Ao chegar à biblioteca, o anjo a prendeu junto à mãe de Tuomas. Havia mais de um anjo naquela escola, e todos estavam caçando algo, uma alma, um coração. Ao passar duas horas numa busca sem resultados, um deles, Katsella, observava pela janela, via que o sol já estava nascendo. Logo reuniu sua legião formada por, Katsella, Tumma e Yskin. Eles tinham um propósito por estarem ali, escondiam algum segredo.

– Vamos matá-las, pois elas podem ser um perigo para nós. – disse Yskin, com fúria.

– Espere! Uma será inútil, mas a outra será essencial. – Disse Tumma, planejando algo.

Logo eles se entreolharam, acenaram com a cabeça, então Yskin pegou uma adaga que tinha no bolso e perfurou o coração da Sra. Holopainen. Após, o arrancou e dividiu para os outros anjos. Tumma então disse: “Aos Verinen Enkelit, oferecemos este coração.”

Tarja já estava acordada ao ouvir a oferenda dos anjos. Ela não entendeu o que significava aquilo, mas guardou bem em sua memória. Fingiu estar dormindo, mas entreabriu seus olhos. Katsella disse: “O sol já nasce, a manhã já vem. Temos de ir agora.” Eles se entreolharam e, depois, olharam para Tarja, então Tumma a acorrentou na parede, através de armadores. Após isso, simplesmente voaram, desaparecendo entre as nuvens.

Tarja, ao sentir que não estavam mais lá, abriu seus olhos e viu que estava acorrentada na parede. Tentou descer de lá, mas acabou rasgando sua mão nas correntes. Olhou ao seu redor, viu que a Sra. Holopainen estava morta e sem seu coração. Vinha-lhe na cabeça o nome que os anjos disseram. Verinen Enkelit. O que, afinal, seria isso? Por um minuto lhe veio à cabeça a idéia de eles estarem caçando algo ou alguém, mas o que a Sra. Holopainen fazia na escola naquela hora? E por que mataram a professora Danna? O que elas tinham haver com isso?

Tarja teve de esperar até que alguém viesse abrir a escola. Resolveu dormir um pouco, por ter tido uma noite difícil, mas, ao fechar seus olhos, a porta da escola abriu, junto com o diretor e alguns alunos que chegavam cedo à escola, um deles era Erno, o outro era Tuomas. Tuomas, ao entrar na escola, viu Tarja acorrentada na parede. Viu o sangue de sua mão escorrer pela corrente até o chão. Suspirava forte, enquanto olhava para trás, para seu amigo Erno, que se aproximou assustado. Tuomas segurou a mão de Tarja, fazendo-a acordar. Uma gota de sangue caia de seus olhos, mas ele estendeu a mão para pegá-la.

Ele pediu ajuda aos alunos que estavam lá, mas nenhum correspondeu ao chamado, todos estavam vidrados em outra coisa, numa mulher morta na sala da biblioteca, a Sra. Holopainen. Ao vê-la, Tuomas levou um impacto da dor da perda, até aproximar-se dela e ver que ela estava sem seu coração. O diretor da escola, assustado, foi olhar sala por sala, se havia acontecido algo mais, e, para sua surpresa, em todas as salas havia professores mortos, sem coração. Logo, ele mandou todos os alunos saírem da escola, mas antes, ajudou a desacorrentar Tarja da parede.

- Quem fez isso, Tarja? O que aconteceu aqui? – Perguntou Tuomas, assustado, deprimido, inconformado.

- Tuomas, os anjos estão caçando, e eu acho que você é a presa.



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Notas finais do capítulo

mereço reviews



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