Worlds Crash II escrita por The_Stark


Capítulo 10
Não é Meu Pai


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo está pronto. E gente, por favor, comentem! Espero que gostem!



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               Correram até alcançarem o sétimo andar:  Departamento de Jogos e Esportes Mágicos.

               Por sorte, esse andar não era muito grande. Na realidade, era apenas um comprido e estreito corredor mal iluminado, em cujas paredes pendiam cartazes tortos de jogadores de quadribol. Em intervalos irregulares, havia portas simples, de uma madeira escura e sem adornos. Ninguém se incomodou em abrir nenhuma, pois sabiam que as salas atrás delas estariam vazias: todos estavam no primeiro andar.

               Corriam como se não houvesse amanhã. Não eram capazes de dizer se Voldemort corria atrás deles, mas diriam que sim. Tinham que alcançar o elevador. Isso é, um segundo elevador, visto que Hermione destruíra o primeiro, alguns minutos antes, quando fugiam de Voldemort no segundo andar.

               - Incendio! – gritou Hermione, atiçando fogo ao chão atrás deles.

               - O que está fazendo? – perguntou Nico – Será que já não tem fogo o bastante no Ministério?

               - Isso talvez atrase Voldemort – explicou a bruxa – E tenho certeza com outro andar destruído, visto que já acabamos com a Sala das Profecias mesmo...

               - O Ministro realmente não vai se importar... – respondeu Percy – Eu e Harry o encontramos no terceiro andar. Digamos que ele está... Hã, como eu posso dizer? Tirando um cochilo...

               - Percy, o que você fez? – perguntou Annabeth incrédula. As ordens de Quíron e Dumbledore haviam sido claras: evitar, a todo custo, Scrimgeour. E agora, Percy aparecia falando que tinha nocauteado  o Ministro e colocado-o para dormir?

               - Err... Em minha defesa – disse Percy – Era isso ou deixar que Rufus nos expulsasse do Ministério. Eu distrai ele, Harry o nocauteou. Escondemo-lo em uma sala. Deve estar dormindo ainda.

               - O que foi que aconteceu com vocês? – perguntou Harry – Como chegaram ao Ministério, resgataram Mellany e...

               - Falhamos em impedir o retorno de Voldemort – notou Rony – O bruxo mais sombrio de todos os tempos está vivo, novamente.

               - E há outra coisa: - notou Annabeth – Mellany é filha de Voldemort.

               Percy e Harry quase engasgaram com a própria saliva.

               - É o quê?! – perguntaram os dois ao mesmo tempo.

               - Não sou nada – reclamou Mellany.

               - Eu pensei que ela fosse uma semideusa – Percy não deu atenção a garota.

               - E é. – completou Annabeth –Ela é filha de uma Deusa e de Voldemort.

               Aquilo era incrivelmente novo. Quem diabos poderia ser a mãe de Mellany? Isso é, quem teria coragem de fazer isso com Voldemort...

               - Eu já disse – insistiu a filha de Voldemort – Ele não é meu pai!

               - Mellany... – suspirou Hermione. Ela queria dizer que, apenas falar isso não mudaria em nada a realidade. Ela era filha de quem era. Ponto. Muitas vezes as pessoas não querem ter os pais que tem, mas tem e esse é o fim da história. Ainda assim, a bruxa não teve coragem de jogar a verdade na cara da menina de cinco anos. Por fim, apenas disse – Deixa para lá...

                - Mas o que isso tudo quer dizer? – perguntou Harry – Digo, isso explica quem é a voz que fala de tempos em tempos?

               - Talvez... – continuou Annabeth – Talvez a voz seja da mãe de Mellany. Nesse caso, a mãe dela é uma traidora, pois acabou de renascer Voldemort. É claro, talvez a voz seja de outra pessoa, sempre há essa possibilidade. É...

               - Complicado... – completou Percy.

               - A história inteira não faz o menor sentido! – exclamou Annabeth. Ela tinha que falar com Quíron e Dumbledore, talvez um dos dois pudesse jogar alguma luz sobre aquele caso inteiro. Talvez, eles tivessem até mesmo que ir falar com os Deuses sobre o assunto.

               - Gente – interrompeu Thalia -, não é que eu não goste da discussão filosófica de vocês. Não é isso. Mas, vejam bem, tem um bruxo das trevas atrás da gente que quer arrancar nossas cabeças, beber nosso sangue e sequestrar Mellany. Se não se importarem: corram mais rápido.

               - Ele não quer beber nosso sangue... – contrapôs Rony.

               -Não até onde você sabe... – sugeriu Thalia.

               Todos tiveram um calafrio, mas realmente, a filha de Zeus estava certa. Era melhor correr que falar. Mais tarde, teriam bastante tempo para discutir toda essa situação caótica.

               Fizeram a curva no corredor e descobriram que, podiam correr, mas era tarde demais. Voldemort estava parado na frente deles. Ele bloqueava o caminho para o elevador, que se erguia atrás dele. É claro, lembrou-se Hermione, ele não tem que correr. Pode aparatar aqui dentro...

               - E a caçada chegou ao fim – completou Voldemort – Não passarão daqui. Tenho que admitir, subestimei vocês. Não achei que fossem chegar tão longe. Fugiram de mim no segundo andar, fugiram na Sala das Profecias, mas a sorte de vocês chegou ao fim. Atrás de vocês, o Fogo Maldito se espalha, consumindo a sala lentamente e, a frente de vocês, estou eu.

               Voldemort então notou a presença de Harry e Percy.

               - Ora, mas vejo que mais pessoas decidiram se juntar a nossa caçada. Isso é bom. Não gostaria de ter que ir matá-los em Hogwarts, é muito mais prático eliminar logo os Oito de uma vez aqui e agora. Eu ainda quero vingança pelo que aconteceu há três meses...          

               - A culpa não foi nossa – notou Harry – Cronos o traiu. Se quer vingança, vingue-se dele.

               - Não mencione o nome daquele cretino na minha frente – silvou Voldemort com uma voz assassina – Ele me traiu e teve o que mereceu. Destruído, por oito adolescentes, não é engraçado? Eu obterei sucesso naquilo que ele fracassou. Eu irei acabar com vocês oito.

               - E em que parte aquela mulher que te renasceu entra na história?

               - Ela não tem nada com isso. Eu fiz um trato com ela, levar Mellany até ela, em troca de renascer. É só isso. Quando entregar a garota, estarei livre. Tenho uma ideia do que ela pretende, e talvez até me junte a ela, mas por hora, vou me satisfazer em apenas matar vocês...

               - E como pretende fazer isso? Somos oito, você é somente um – cuspiu Gina.

               - Correção: vocês são apenas oito. E eu sou eu.

               - Correção: - cortou Harry – nós somos os Oito que fizeram com que seu planozinho ruísse três meses atrás. Derrotamos Cronos, e ele foi quem derrotou você.

               - Já disse para não falar sobre isso na minha frente! Avada Kedavra!         

               - Protego! Expelliarmus!

               Nico correu em direção a Voldemort brandindo sua espada.

               - Por que você não sente o gosto da minha lâmina?! – gritou o filho de Hades.

               - Nico! – gritou Percy – Não!
               - Avada Kedavra! – Voldemort gritou.

                A magia voou em direção a Nico. Aquele brilhante raio de luz verde iria por um fim a vida do garoto.

               - Depulso! – gritou Rony, mirando em Nico. A magia acertou o garoto antes do Avada Kedavra somente por algumas frações de segundo. Ele voou e chocou-se violentamente contra a parede. Bateu de cabeça e caiu desmaiado no  chão. O Avada Kedavra seguiu seu caminho reto, desaparecendo no corredor.

               - Nico! Rony, o que você fez?! – perguntou Thalia – Nocauteou Nico?!

               - É melhor desmaiado do que morto! – notou Rony – Eu salvei a vida dele.

               - Realmente, a discussão de vocês é tocante – intrometeu-se Voldemort- Mas me digam uma coisa, quem vai proteger Nico de mim, já que ele está nocauteado? Avada Kedavra!

               Percy intrometeu-se na frente e repeliu a magia usando o Bronze Celestial de Contracorrente. Voldemort estava certo, se Nico continuasse ali, desmaiado, acabaria morto. Ninguém poderia proteger ele enquanto protegia a si mesmo.

               - Annabeth, Hermione – disse o filho de Poseidon – Tirem Nico daqui. Cuidem dele.

               - Ah, claro – cortou a filha de Atena – Só porque somos mulheres, não podemos lutar e temos que cuidar dos feridos.

               - Não é isso... – Na verdade era. Annabeth era preciosa demais para ser arriscada numa batalha assim, em que as chances de ganhar não eram tão boas. Mas ele não diria isso, pois sabia que a garota jamais aceitaria – Vocês duas tem lutado e fugido de Voldemort há mais tempo que eu e Harry, saiam daqui. Levem Nico e descansem. Podem deixar, nós damos conta do recado.

               As duas iriam dizer que esse argumento não fazia o menor sentido. Thalia, Rony e Gina estiveram com elas o tempo inteiro, lutando, também deviam estar cansados e ainda assim continuariam a lutar. Por que só as duas? Mas elas compreenderam que alguém tinha que tirar Nico do campo de batalha e eles não tinham tempo para discutir.

               - Levem Mellany com vocês – disse Harry.

               - Eu não vou – a garota bateu o pé.

               - Mellany, você tem que ir. É perigoso demais aqui...

               - Não! Eu quero ficar aqui e ajudar vocês. Não vou deixar esse cara mau sair daqui.

               - Mas...

               - Harry, não temos tempo para discussões – cortou Thalia – Se ela quer ficar, que fique. Voldemort não irá matá-la de qualquer maneira.

               Todos assentiram. Hermione e Annabeth pegaram o filho de Hades pelos braços e começaram a arrastá-lo pelo corredor adentro.  Entraram em uma das salas.

               Voldemort suspirou.

               - Dessa maneira, quando matar vocês, ainda terei que procurar por aqueles três. Por mil demônios, por que vocês não podem ficar parados, juntos? Crucio!

               Percy defendeu-se com Contracorrente, repelindo o feitiço para a parede.

               Ele estava prestes a começar um contra-ataque quando parou na metade de seu movimento. Logo depois, todos os outros pararam também. O elevador – estava se mexendo. Quem poderia ser? Estavam todos lutando no primeiro andar.

               - Ah, - exclamou Voldemort- vamos ver quem é esse visitante misterioso...

               E aparatou, sumindo da vista de todos.

               As portas do elevador se abriram e Percy engoliu em seco. Mas que droga, pensou o garoto, fora por tão pouco que quase saíra ileso de toda essa confusão. Do elevador saiu Rufus Scrimgeour.

               Aparentemente, ele já havia se recuperado do nocaute de Harry e estava pronta para outra. O Ministro arregalou os olhos quando viu que agora, não eram mais somente Harry e Percy, mas que havia mais quatro pessoas com os dois. 

               - O que significa tudo isso?! – exclamou o Ministro possesso – Monstros invadem o Ministério, sou nocauteado por dois encrenqueiros. E agora encontro um bando de criança perambulando sozinhas pelos meus corredores?!

               - Não temos tempo para isso – falou Harry – Temos que entrar no elevador.

               - Vocês têm tempo sim. Podem apostar que tem. Ninguém sai daqui até que eu obtenha uma boa explicação para tudo isso.

               - Voldemort voltou a vida e voltará para esse corredor logo, temos que dar o fora.

               - É claro – disse Rufus sarcasticamente -, não se preocupem, a fada do dente também vai estar aqui dentro de instantes para salvar o dia.

               Os adolescentes não tiveram que dizer que falavam a verdade, pois, nesse momento, o próprio Voldemort desaparatou no corredor. Em outras situações, Rony teria rido da cara que o Ministro fez ao ver que seu maior inimigo havia voltado do mundo dos mortos, mas dadas as atuais circunstâncias, o garoto sabiamente decidiu não rir.

               O Ministro franziu o cenho, encarou o Lorde das Trevas por dois segundos, olhou para os garotos e, em seguida, olhou para Voldemort novamente. Sacou sua varinha.

               - Vocês me devem explicações muito boas – foi tudo o que disse.

               - E quem é você? – perguntou Voldemort.

               - Rufus Scrimgeour, Ministro da Magia.

               O bruxo arqueou as sobrancelhas.

               - E o que houve com Fudge?

               - Foi demitido por Zeus, após a Grande Guerra.

               - Grande Guerra? É assim que vocês estão chamando isso agora? Hilário. Aquilo não foi uma guerra, pelo menos, não quando comparado ao que está prestes a acontecer. O mundo está prestes a mergulhar na maior perdição que já viu.

               - Palavras vazias para alguém que está prestes a ser preso. Eu não sei como você voltou, mas posso te garantir que voltou para cumprir pena em Azkaban.       

               - Pelos crimes cometidos em uma vida passada? – Voldemort fez uma cara de coitado – Você comete alguns erros em uma vida e é culpado por toda a eternidade...

               - Não me venha com essa – cortou Rufus – Afinal, o que você quer?

               O Lorde suspirou.

               - Quantas vezes terei que contar a mesma história? Eu quero minha filha.

               - Filha? Mas o quê... – Scrimgeour franziu o cenho e seus olhos encontraram os de Mellany.

               - Já disse: você não é meu pai! Meu pai não seria mal como você!

               - Vamos acabar logo com isso, de uma vez por todas: Avada Kedavra!

               Rufus protegeu-se da magia e contra-atacou, utilizando um feitiço não verbal. Percy e Thalia aproveitaram-se daquele momento de distração para saltar sobre o bruxo das trevas, mas Voldemort foi mais rápido. Aparatou, reaparecendo atrás de Thalia.

               - Encarcerous! – e sua varinha tocou as costas da garota.

               Cordas saltaram da ponta da varinha e enrolaram-se na filha de Zeus, apertando-a com tanta força que a garota mal conseguia respirar. Ela caiu no chão, debatendo-se para entrar em liberdade.

               O Lorde das Trevas aproveitou-se da confusão causada.

               - Estupore! – e um jato de luz saiu de sua varinha, atingindo o peito de Rony. O garoto voou e colidiu contra uma parede. Assim como Nico, ele caiu desmaiado. Uma poça de sangue começou a se formar no local onde o garoto caiu.

               Percy começou a brandir Contracorrente. Voldemort, com um simples movimento de varinha fez com que a espada de Thalia que estava jogada no chão flutuasse e viesse de encontro às costas de Percy. Quando o filho de Poseidon percebeu o que estava acontecendo, era tarde demais para desviar do golpe. Jogou-se alguns centímetros para a esquerda, fazendo com que a espada errasse o coração, mas acertasse seu ombro direito. O garoto caiu com um gemido no chão.

               Ainda assim, Voldemort não tinha acabado. Gina ergueu sua varinha contra ele.

               - Expelliarmus! – o bruxo das trevas falou antes que a garota tivesse tempo de dizer qualquer coisa, a varinha dela voou de suas mãos, caindo próxima a Thalia que ainda se contorcia, tentando se livrar das cordas – Encarcerous!

               E a bruxa juntou-se a sua amiga semideusa. Contorcendo-se no chão, tentando se livrar de cordas assassinas.

               Voldemort virou-se para o Ministro e, antes que este tivesse tempo de sequer processar o que estava acontecendo, lançou:

               - Petrifico Totalus!

               E o Ministro foi petrificado. Harry estava na frente de Mellany, com sua varinha em punhos. O Lorde das Trevas fez uma pequena pausa para respirar.

               - Eu sei, eu sei – disse ele – Deve estar se perguntando por que não matei a todos vocês. A resposta é óbvia. Vocês são fracos demais. E a morte é uma punição simples demais. Vou sequestrar Mellany. Irei forçá-los a assistirem enquanto eu destruo o mundo que vocês conhecem e, quando vocês não tiverem mais esperanças, quando o último fiapo de felicidade que existe dentro de vocês for tragado, irei dar um fim a isso. Somente então, irei matá-los. Não é ótimo?

               - Não vai conseguir o que quer, Voldemort.

               - Olhe ao seu redor. Todos os seus amigos falharam, o que o faz pensar que conseguirá me derrotar sozinho?

               Nada. Harry não tinha nada. Ele nem acreditava que conseguiria fazer qualquer coisa. Todos falharam. Mas ele não podia deixar que Voldemort simplesmente levasse Mellany embora, podia?

               Mellany estava atônita. Olhava a tudo aquilo sem acreditar. Rony estava encostado à parede, com uma poça de sangue ao seu redor. Percy tinha sua própria poça de sangue, fluindo como uma cascata de seu ombro. Thalia e Gina ainda rebatiam-se contra suas cordas, tentando conseguir liberdade e o Ministro assistia a tudo, paralizado no local em que estava.

               - Por quê? – perguntou a garota, com uma voz fina e fraca. Quase um sussurro.

               - O que disse, filha? – perguntou Voldemort.

               - Você não é meu pai.

               - Oras, não diga besteira. É claro que sou seu pai. Não pode ver como somos parecidos? Venha comigo, irei lhe mostrar o caminho para o poder. Juntos seremos imbatíveis.

               - Não.

               - Responda-me uma coisa. Você cresceu num orfanato. Nunca se sentiu com ódio de alguém? Ninguém nunca fez nada contra você e você desejou vingança? Achou que a pessoa tinha que pagar pelo que fizera? Venha comigo, eu irei lhe mostrar como se faz.

               É claro que isso já tinha acontecido com ela. O orfanato no qual crescera não podia ser descrito como nada, que não o inferno. Todas as crianças eram más. Ninguém falava com ela, diziam que era estranha, feia. Pior, riam dela. Os responsáveis, se viam aquela situação, nunca fizeram nada para impedir. É claro que todos deveriam pagar pelo que fizeram com ela. Ela nunca tratara nenhum deles mal, nem fizera algo para ser merecedora de todo aquele ódio. Tudo o que sempre quisera, era um amigo.

               Agora encontrara vários. Dumbledore, Quíron e Percy já disseram com palavras que eram seus amigos. Mas ela não duvidava de que todos os outros que estavam ali presentes também fossem, do contrario, por que a protegeriam com tanto afinco? Assim sendo, as coisas tinham melhorado. Do que adiantaria se vingar das pessoas do orfanato? Ela já não estava mais lá. Seu maior sonho se realizara. Era outra pessoa.

               Não havia motivo para guardar ódio em seu coração. Exceto talvez, por esse individuo que se dizia seu pai e que havia acabado de maltratar todos os seus mais novos amigos.

               - Não – foi tudo o que ela disse.

               - Se você não vem comigo, filha, irei te levar a força.

               - Você não é meu pai! – gritou ela, levando a mão a cabeça e tapando os ouvidos, como se isso a impedisse de ouvir as besteiras que Voldemort dizia.

               - Vá embora, Voldemort – disse Harry erguendo a varinha mais alto, estando entre o Lorde das Trevas e Mellany.

               - Já lhe disse, não saio daqui sem minha filha.

               - Não sou sua filha! Não sou sua filha! – a garota agachou-se no chão, ainda com as mãos no ouvido – Não sou! Não sou! Não sou!

               - Mellany... – Harry levou sua mão ao ombro da garota – Vai ficar tudo bem...

               - Você é minha filha, quer queira, quer não queira.

               - NÃO SOU SUA FILHA! – ela gritou com todas as forças de seus pulmões.

               Algo deve ter acontecido nesse grito. Uma forte luz iluminou a sala, cegando a todos temporariamente. Quando a luz se extinguiu, Voldemort não estava mais presente.

               - Mellany – Harry olhava incrédulo para a garota -, o que foi que você fez?

               - Nada... – a garota chorava baixinho – Ele não é meu pai...

               - O que quer que ela tenha feito – disse Rufus – Salvou a todos nós.

               Harry notou que Voldemort havia sumido e todos os feitiços por ele lançado tinham terminado. As cordas que prendiam Gina e Thalia se desfizeram e as duas garotas se levantavam. Scrimgeour não estava mais petrificado. Somente Percy e Rony permaneciam inconscientes no chão.

               - Voldemort está... – perguntou Gina.

               - Morto? – completou Rufus – Não, provavelmente não. O que quer que essa garota tenha feito, não foi forte o suficiente para isso. Mas conseguiu amedrontá-lo, isso é certo. Acho que estou certo em dizer que ele não voltará aqui está noite. Isso tudo é muito... curioso...

               Harry agachou-se perto de Percy e Rony.

               - Existe alguma ala de enfermagem aqui? Temos que cuidar deles.

               Scrimgeour assentiu.

               - Eles sem dúvida serão tratados, não se preocupe. Enquanto isso, vocês vêm comigo. Acredito que vocês tenham muitas explicações para dar...


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Notas finais do capítulo

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