Mellody Potter escrita por Gessika Granger


Capítulo 12
O segredo de Mione


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pela demora, mas estava cheia de coisas da escola pra fazer, ainda teve observação em CMEI (creche) e tinha que fazer relatórios. Boa leitura.



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Estava saindo da aula de Transfiguração com Gina e Colin, comentando sobre o trabalho que a professora McGonagall havia passado (um metro de pergaminho sobre transfiguração de objetos simples). Quando avistei Harry e Rony subindo a escadaria do saguão de entrada.

— Cinco pontos a menos para a Grifinória porque a poção estava certa! Por que você não mentiu, Mione? Devia ter dito que Neville fez tudo sozinho! —Rony dizia, mas como não recebeu resposta ele olhou para os lados — Aonde é que ela foi?

— Quem? — Perguntei me aproximando, fazendo com que eles se assustassem

— A Mione, ela estava logo atrás da gente — comentou Rony, franzindo as sobrancelhas e olhando com atenção em sua volta.

— Acredita que o Malfoy está fazendo aquela encenação só pra despedir o Hagrid? — Harry perguntou ignorando o amigo.

— Vamos indo para os Salão Principal — Gina nos chamou.

— Ok, eu já vou indo. — disse a eles, Gina e Colin se afastaram em direção ao salão e eu me virei para o Harry — Eu vou matar o Malfoy, não acredito que é isto que ele quer fazer. — Dei um suspiro e completei. — Porém, já desconfiava que fosse essa a intenção daquele idiota.

— O que você vai fazer Mel? — perguntou uma Mione ofegante.

— De onde você saiu? — Rony perguntou assustado.

— Quê? — Hermione pareceu ligeiramente confusa. Ah... Eu tive que voltar para ver uma coisa. Ah, não...

Uma costura se rompera na mochila dela; onde era visível que fora atochada com pelo menos doze livrões pesados.

— Por que está carregando tudo isso na mochila? — perguntou Rony.

— Você sabe quantas matérias estou estudando — respondeu ela ainda sem fôlego — Mas voltando ao assunto anterior, o que você vai fazer Mel?

— Vou matar um sonserino — disse simplesmente.

— Quem? O Malfoy?

— Sim, acredita que ele está encenando aquilo só para demitir o Hagrid?

— Aquele Malfoy é baixo mesmo — ela disse — Vamos dar um jeito de ajudar Hagrid, mas agora vamos comer porque estou morrendo de fome.

Fui à frente com uma Hermione super cansada, enquanto Rony e Harry ficaram para trás.

— Mione o que está acontecendo? — perguntei pra ela.

— Nada — ela disse rapidamente.

— Fala a verdade- disse fazendo com que ela parasse me olhasse.

— Ok, eu te conto, mas depois agora eu não posso — ela disse olhando em volta e entendi, o que ela iria me contar ninguém deveria saber.

Depois do almoço tinha dois tempos de herbologia e iríamos ver sobre mandragonas, como se já não soubéssemos delas, por conta do ano passado quase todo mundo as conhece.

Assim que terminou a ultima aula fomos para a biblioteca para encontrar os livros necessários para o dever de transfiguração, não demorou muito para encontrarmos então voltamos para o salão comunal.

Rony e Harry jogavam xadrez bruxo na frente da lareira, enquanto Hermione fazia inúmeros deveres. Sentamos perto deles, como sempre Gina ficou o tempo todo sem dizer uma palavra e Colin falando o tempo inteiro. Peguei um pergaminho em minha bolsa e um dos livros que havia acabado de pegar na biblioteca.

— Estou morrendo de fome, vamos jantar — disse Rony após um tempo.

— Você sempre está com fome Rony — murmurei.

— O que você disse Mel? — ele perguntou.

— Nada não.

— Mas o Rony tem razão já está na hora do jantar — Colin disse.

Então resolvemos organizar nossas coisas e descer para o jantar. Fomos para o Salão Principal juntos, por incrível que pareça comemos em silêncio, bem pelo menos até Fred e Jorge chegarem e se sentarem conosco. Todos haviam terminado de comer menos Rony, pois ele ainda tinha uma montanha de comida em cima de seu prato, então Harry decidiu espera-lo.

Subimos as escadas sem pressa, mas fomos pelos atalhos para chegarmos logo ao Salão Comunal. Nos sentamos perto da lareira, eu e a Mione pegamos nossos livros e voltamos a fazer o dever, enquanto Colin e Gina conversavam, quando Harry e Rony entraram Gina parou de falar e pegou um dos livros para ler.

— Acho que vou subir, estou muito cansado hoje — Harry disse assim que se aproximou.

— Eu também vou subir — disse Rony.

— Boa noite — dissemos a eles.

Pouco tempo depois Colin e Gina subiram também. Mione espiou por cima do livro e percebeu que eu olhava para ela esperando, ao constatar que não havia mais ninguém no salão comunal ela disse:

— Você promete não contar a ninguém?

— Prometo — disse a ela.

— A McGonagall me fez prometer que não contaria a ninguém, a menos que a pessoa descobrisse, é claro — Ela espiou novamente para confirmar que não havia mais ninguém no local — Mas eu acho que precisava mesmo compartilhar com alguém, para que assim alguém me ajude a inventar desculpas quando necessário. E eu acho que posso confiar a você esse segredo.

— Como na hora do almoço? — perguntei tentando compreender.

— Sim. — Ela assentiu pegando algo em suas vestes.

— O que é isso Mione? — perguntei assim que vi o objeto em sua mão.

— Isto é um vira tempo, a profª McGonagall me deu este ano para que eu conseguisse assistir todas as aulas, pois você sabe que me inscrevi em quase todas as matérias.

— Então é por isso que você some às vezes e aparece sem fôlego? — perguntei.

— Sim. E você não imagina o trabalho que da pra alcançar o Rony e o Harry no momento certo.

— E é por isso que não pode contar a ninguém, pois podem acontecer coisas horríveis com quem mexe no tempo — disse entendendo o porquê dela guardar segredo.

— Sim. Nem o Harry, nem o Rony devem saber disso, ok?

— Sim, Mione, pode ficar tranquila não contarei para ninguém — disse sorrindo para ela, agora compreendendo finalmente suas sumidas.

***

Conforme os dias se passavam os professores começaram a pedir mais deveres e trabalhos do que o primeiro ano, por isso passávamos todo o tempo que tínhamos livres ocupados com eles. Sem duvida alguma DCART se tornou a matéria favorita de todos os alunos em Hogwarts, quer dizer menos o Malfoy e seus seguidores. Falando no sonserino, ele tornava-se cada dia mais insuportável, sorte minha que não estávamos no mesmo ano, assim não precisava suporta-lo o tempo todo, coitado do Harry, pois tem varias matérias com o sonserino.

O assunto durante as refeições sempre acaba sendo a temporada de Quadribol que começou. Por isso quase não via mais meu irmão, pois eles estavam treinando muito para ganhar a taça.

O primeiro passeio a Hogsmeade para os alunos do terceiro ano estava se aproximando e os alunos mais velhos não falavam outra coisa. Infelizmente não poderíamos ir, na verdade nem Harry iria, pois o nosso “querido” tio Valter não assinou sua autorização. Eu percebia que ele queria muito ir mesmo, resolvi perguntar ao professor Snap se havia alguma coisa que ele poderia ajudar, por isso fui para a aula de poções antes dos outros para que pudesse falar com ele, afinal somente assim que ele conversava comigo. Como ele não havia chegado coloquei meu material sobre a mesa e o aguardei.

— Me...Srta. Potter o que está fazendo aqui a está hora? — ele disse ao entrar na sala me fazendo levar um susto.

— É que, professor, posso te fazer uma pergunta? — disse enquanto me aproximava de sua mesa.

— Claro que sim.

— Bom é que caso alguém não tenha uma autorização assinada, esse alguém por acaso pode ir para Hogsmeade?

— Como assim? A Srta. Sabe que não pode ir ao povoado, não é mesmo?

— Eu sei professor, mas não sou eu...

— É claro, deve ser o Potter, o que ele fez para não conseguir a assinatura do tio trouxa?

— Bom ele não fez nada.

— Nada? Fiquei sabendo que este ano para se superar, fez a irmã de seu tio virar um balão.

— Está bem, fora isso, mas afinal ela bem que mereceu. Mas meu irmão não fez por mal, ela falou mal nossos pais.

— Se você diz, mas ainda acredito que seu irmão fez isso só para chamar mais atenção — ele parou assim que percebeu meu olhar — Mas de qualquer forma ele não pode ir a lugar nenhum sem autorização dos responsáveis, no caso seus tios.

— Mas professor o senhor ou a Profª McGonagall não podem fazer nada por ele? Por favor? — eu disse fazendo a melhor cara de anjo que consegui.

— Sinto muito Mellody, mas não há visitas sem autorização e nenhum professor ou diretor pode fazer algo por seu irmão, é uma regra — assim que ele terminou o pessoal começou a entrar na sala, soltei um suspiro e fui sentar em meu lugar.

Contei para Gina e para o Colin que tentei conversar com o professor sobre o Harry, mas que não havia adiantado em nada.

— Mas é claro né, Mel. Você vai pedir ajuda justo pro professor que mais odeia o Harry, queria o que? Que ele dissesse que assinaria a autorização? — Disse Gina.

— Eu sei que ele não gosta muito do Harry, mas não teremos aula com a McGonagall antes do passeio e como ele é diretor de umas casas às vezes poderia me dar uma solução. — Respondi desanimada.

— E por acaso se esqueceu de que ele detesta a grifinória? — perguntou Colin.

— Já chega gente, já entendi que não foi uma boa ideia. — Resmunguei e me afastei um pouco deles, ficando um pouco para trás. Não pensei que como Snap não gostava muito do Harry talvez não quisesse ajudar, mas foi a melhor ideia que tive.

Na hora do almoço me sentei ao lado do meu irmão para falar com ele.

— Harry? — O chamei pela terceira vez.

— Que? — ele finalmente me ouviu, mas continuava meio distraído.

— O que foi que aconteceu? — perguntei preocupada, ele definitivamente não era distraído.

— É que o Harry falou com a profª McGonagall sobre a visita a Hogsmeade e ela disse que ele não poderia ir — Rony respondeu por ele.

— Eu falei com o professor Snap e ele disse a mesma coisa — eu disse triste.

— Mas justo com... Ai! — Rony foi interrompido pelo que imagino ser um beliscão de Hermione.

— Obrigada Mel, mas vou conhecer o vilarejo só ano que vem — Harry disse desanimado.

***

A festa do Dia das Bruxas era sempre boa, mas mesmo disfarçando percebia que o Harry estava triste por não ir ao vilarejo. Ninguém conseguiu fazer ele se sentir melhor quanto a isso.

No salão Comunal Percy foi quem disse às palavras que menos consolaram meu irmão:

— O pessoal faz um estardalhaço sobre Hogsmeade, mas eu garanto, Harry, o povoado não é tão fantástico quanto dizem — falou ele, sério. — Tudo bem, a loja de doces é bastante boa e a Zonko"s -Logros e Brincadeiras é francamente perigosa e, ah, sim, a Casa dos Gritos sempre vale a pena visitar, mas, verdade, Harry, tirando isso, você não vai perder nada.

Depois disso Harry subiu desanimado para seu dormitório.

Na manhã do Dia das Bruxas, acordei cedo como todos os dias e desci para tomar café. Percebi que meu irmão estava realmente arrasado, mas não havia nada que eu pudesse ter feito quanto a isso.

— Vamos lhe trazer um monte de doces da Dedosdemel — prometeu Hermione.

— É, montes — concordou Rony.

— Não se preocupem comigo — disse Harry — Vejo vocês na festa. Divirtam-se.

— É divirtam-se e tragam doces para mim também — eu disse enquanto me despedia deles.

Harry acompanhou os amigos até o saguão da escola, enquanto eu ia para perto da escada para esperá-lo, precisava deixa-lo sozinho com os amigos neste momento, então escutei o idiota do Malfoy dizendo:

— Vai ficar na escola, Potter? Medinho de passar pelos dementadores?

Harry não lhe deu atenção e se dirigiu, solitário, para a escadaria de mármore ele só me olhou e foi triste me direção à Torre da Grifinória, eu apenas o segui sem dizer uma palavra, pois compreendi que ele precisava de silencio neste momento.

— Harry? Está tudo bem? — perguntei assim que passamos pelo quadro da mulher gorda.

— Sim, está tudo bem Mel — ele disse fingindo estar bem.

— Quer jogar xadrez bruxo comigo? — perguntei, afinal ele precisava se distrair um pouco.

—Tenho... Tenho que ir à biblioteca, preciso fazer um trabalho — ele disse e saiu pelo retrato.

***

— O Harry ainda está mal por não poder ter ido ao passeio? — Gina perguntou enquanto jogávamos xadrez bruxo, eu ia fazer os deveres, mas ela não deixou me disse que de vez enquanto é bom descansarmos um pouco.

— Sim, mesmo fingindo estar bem e todo mundo tentando animá-lo ele continua bem para baixo — eu disse enquanto dava um xeque mate.

— É da pra perceber, mas não há nada que podemos fazer agora — Gina disse desanimada.

— Verdade, mas eu bem que gostaria de poder fazer meu irmão ficar feliz.

O dia se passou rápido, depois de jogarmos xadrez, jogamos snap explosivo e passeamos pelo castelo. Quando se aproximou a hora da volta dos alunos mais velhos voltamos para o salão comunal para espera-los.

Todos os Weasley e a Mione haviam levado doces para mim, para Gina e principalmente para o Harry. Até o Percy levou.

Levei meus doces para o dormitório e desci com Gina para a festa que começaria logo no Salão Principal, este que foi decorado com centenas de abóboras iluminadas por dentro com velas, uma nuvem de morcegos, muitas serpentinas laranja-vivo que esvoaçavam lentamente pelo teto tempestuoso como parecendo luzidias cobras de água. A comida como sempre estava deliciosa.

A festa terminou com um espetáculo apresentado pelos fantasmas de Hogwarts. Eles saltavam de repente das paredes e dos tampos das mesas e voavam em formação; Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Grifinória, fez grande sucesso com uma encenação de sua própria decapitação incompleta.

A noite foi bem agradável exceto pelo fato do Malfoy odiar ver meu irmão feliz, então ele resolveu atormentá-lo durante a festa, dizendo:

— Os dementadores mandaram lembranças, Potter!

Tive que me segurar para não brigar com ele no meio do Salão Principal, a final ele não podia deixar meu irmão em paz nem no dia das bruxas?

Acompanhamos o pessoal da Grifinória pelo caminho habitual da Torre, mas quando chegamos ao corredor que terminava no retrato da Mulher Gorda, encontramos ele engarrafado pelos alunos.

— Por que ninguém está entrando? — perguntou Rony, curioso. Harry espiou por cima das cabeças à sua frente.

Aparentemente o retrato estava fechado.

— Me deixem passar — ouvimos Percy gritar de algum lugar atrás de nós. — Qual é o motivo da retenção aqui? Não é possível que todos tenham esquecido a senha, com licença, sou o monitor-chefe...

E então foi baixando um silêncio sobre os alunos a começar pelos que estavam na frente, dando a impressão de que uma friagem se espalhava pelo corredor.

Eles ouviram Percy dizer, numa voz repentinamente alta e esganiçada:

— Alguém vai chamar o Profº Dumbledore. Depressa.

As cabeças dos alunos se viraram; os que estavam atrás se esticaram nas pontas dos pés.

— Que é que está acontecendo? — perguntou Gina enfim, pois não estávamos entendendo nada.

— Não temos a menor ideia — Rony disse.

Instantes depois, o Profº. Dumbledore chegou deslizando, imponente, em direção ao retrato; os alunos da Grifinória se comprimiram para deixá-lo passar, e nos aproximamos para ver qual era o problema.

— Essa, não... — Gina agarrou o braço de Harry e o soltou mais vermelha que seus cabelos quando percebeu o que acabara de fazer.

A Mulher Gorda desaparecera do retrato, que fora cortado com tanta violência que as tiras de tela se amontoavam no chão; grandes pedaços do retrato haviam sido completamente arrancados. Dumbledore deu uma olhada rápida no retrato destruído, virou-se, o olhar sombrio e viu os professores McGonagall, Lupin e Snape que vinham apressados ao seu encontro.

— Precisamos encontrá-la — disse Dumbledore — Profª. McGonagall, por favor localize o Sr. Filch imediatamente e diga-lhe que procure a Mulher Gorda em todos os quadros do castelo.

— Vai precisar de sorte! — disse Pirraça.

— Que é que você quer dizer com isso, Pirraça? — perguntou Dumbledore calmamente e o sorriso do poltergeist empalideceu um pouco.

— Vergonha, Sr. Diretor. Não quer ser vista. Está horrorosa. Eu a vi correndo por uma paisagem no quarto andar, Sr. Diretor, se escondendo entre as árvores. Chorando de cortar o coração — informou ele, satisfeito. — Coitada — acrescentou em tom pouco convincente.

— Ela disse quem foi que fez isso? — perguntou Dumbledore em voz baixa.

— Ah, disse, Sr. Diretor — respondeu Pirraça com ar de quem carrega uma grande bomba nos braços. — Ele ficou furioso porque ela não quis deixá-lo entrar, entende. — Pirraça deu uma cambalhota no ar e sorriu para Dumbledore entre as próprias pernas — Tem um gênio danado, esse tal de Sirius Black.

Alguns alunos gritaram, mas assim que escutou o nome de Sirius Black, Harry foi rapidamente para meu lado e colocou um dos braços em volta de minha cintura protetoramente, sinceramente sei que temos apenas um ao outro, mas não compreendi o porquê da atitude de meu irmão.


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Notas finais do capítulo

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