Mellody Potter escrita por Gessika Granger


Capítulo 11
Faço um trato com Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.



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“Malfoy? É você?- perguntei espiando pela fresta da porta.”

Como não obtive resposta entrei devagar no banheiro. Escutei um barulho de passos, mas não via ninguém.

— Quem está ai? — perguntei quando escutei um barulho vindo de um dos Box — Murta é você?

Segurei minha varinha firme e comecei a abrir as portas dos Box.

— Saiba que tenho uma varinha e não terei medo de usá-la. — eu disse com a voz meio tremula, ótimo Mellody excelente momento de se mostrar vulnerável — Saia de onde estiver ou vou azará-lo.

— Agora deu de falar sozinha — disse alguém perto da porta.

— Que susto seu idiota — eu disse colocando a mão no peito — Era você que estava aqui o tempo todo?

— Não acabei de chegar, por quê? — Malfoy perguntou.

Olhei em volta atentamente e disse apenas:

— Esquece, afinal o que você quer falar comigo?

— Sobre o dia no trem, esquece o que aconteceu — ele disse encostando-se à parede.

— Por que esqueceria? — perguntei desafiando.

— Porque vejamos acho que Hogwarts amaria saber que a Potterzinha estava com medo de fantasmas em Hogwarts.

— Que eu me lembre, não pedi pra você bancar o herói e me salvar do dementador, mas já sei! Acabou de se lembrar de que não sou sangue puro como seus amiguinhos, não é? Ou por acaso você se esqueceu que minha mãe era nascida trouxa? — Malfoy fez uma careta enquanto eu dizia, mas não me interrompeu — E além do mais até parece que tenho medo de fantasmas Malfoy, pois estamos cercados por eles nessa escola.

— Mas não foi o que pareceu. — Ele disse se referindo a segunda parte e ignorando totalmente a primeira.

Respirou fundo, precisava me controlar pra não azará-lo. Depois de alguns instantes disse:

— Ok, vamos fazer um trato, você não conta o que viu aqui hoje e eu não conto sobre o que aconteceu no trem naquele dia.

— Não sei se posso confiar em você.

— O que está querendo dizer?

— Que se você contar sobre o trem a alguém terá que me beijar e se ... — ele começou, mas eu o interrompi.

— Por que te beijar?

— Um trato precisa ser baseado em algo mais sólido do que um simples “não falar nada sobre certa ocasião ou conto aos outros sobre isso”.

— Mas não entendo o por que de ser um beijo. — Reclamei torcendo para que não estivesse corada. Rapidamente tive uma ideia e acrescentei — Ok, então se é assim, se você disser algo sobre o que escutou hoje a qualquer pessoa, principalmente um sonserino vai ter que... vai ter que parar de chamar os nascidos trouxas de sangues ruins pelo menos até o final do ano letivo.

— Isso não... — ele começou a protestar.

— Trato é trato Malfoy — disse satisfeita com a expressão que ele fez.

Ele fez uma careta e eu dei um pequeno sorriso, satisfeita.

— O que você fez no braço? — perguntei assim que notei que ele estava com o mesmo enfaixado.

— O idiota do seu amigo Habrid ou seja lá como se chama resolveu levar um monstro para mostrar na aula hoje e o hipogrifo quase me matou — ele disse fazendo drama.

— Larga de ser dramático Malfoy, primeiramente o nome dele é Hagrid e segundo um Hipogrifo não ataca por nada.

— Tenho coisas mais importantes para fazer agora do que ficar conversando sobre aquele meio gigante idiota — ele disse abrindo a porta e olhando para ver se não havia ninguém.

—Também tenho, então sai logo deste banheiro para que eu possa sair também.

Andei o mais rápido que pude para o salão comunal, mas antes de chegar senti uma mão sem corpo me puxar para uma sala vazia, certamente meu irmão.

— Onde você estava? — ele me perguntou bravo tirando a capa de invisibilidade somente do rosto o que era muito estranho falar com alguém sem corpo.

— Na biblioteca, acabei perdendo a hora — disse fazendo cara de anjinho — Mas espera ai onde vocês estão indo?

— Na casa do Hagrid, para ver o que vai acontecer por causa do idiota do Malfoy — Harry disse.

— Posso ir junto? — perguntei fazendo cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança.

— Está bem, pode ir junto — Harry disse erguendo a capa para que eu pudesse entrar também.

Tivemos que andar com muito cuidado, pois certamente a capa não fora criada para ser usada por quatro crianças. Quando chegamos à cabana de Hagrid, Harry bateu na porta e uma voz resmungou rouca:

— Pode entrar.

Hagrid estava sentado perto da mesa de madeira escovada, Canino estava com a cabeça apoiada no colo dele. De cara já dava para perceber que ele andara bebendo muito, pois havia uma caneca de alpaca quase do tamanho de um balde diante dele e parecia ter dificuldade para nos focalizar.

— Imagino que seja um recorde — disse com a voz pastosa, quando nos reconheceu. Calculo que nunca tiveram um professor que só durasse um dia.

— Você não foi despedido, Hagrid! — ofegou Hermione.

— Ainda não. — respondeu ele, infeliz, tomando um grande gole do que havia na caneca. — Mas é só uma questão de tempo, não depois que Malfoy...

— Como é que ele está? — perguntou Rony enquanto se sentavam. — Não foi grave, foi?

— Madame Pomfrey fez o melhor que pôde — disse Hagrid num tom inexpressivo —, mas ele diz que continua doendo muito... Todo enfaixado... Gemendo...

— Engraçado, pois na ultima vez que o vi ele estava muito bem. — Deixei escapar sem querer.

— Onde você o viu Mellody? Não disse que estava na biblioteca? — Perguntou Harry desconfiado.

— E estava, mas o encontrei no corredor. — Tentei corrigir o mais rápido que podia e parece que funcionou. — E ele parecia estar ótimo, exceto pelo braço estar enfaixado é claro.

— Eu sabia que ele estava fingindo — disse Harry na mesma hora. — Madame Pomfrey sabe curar qualquer coisa. Ela fez crescer metade dos meus ossos no ano passado. Pode contar que Draco vai se aproveitar o máximo que puder do acidente.

— Você conhece o Malfoy, ele é dramático demais, ainda mais se é pra prejudicar alguém — disse tentando confortar Hagrid.

— Mas agora os conselheiros da escola foram informados. — disse Hagrid, infeliz. — Acham que comecei muito grande. Devia ter deixado os hipogrifos para mais tarde... Que estudasse vermes ou outra coisa pequena... Só quis fazer uma primeira aula boa... Então a culpa é minha...

— É tudo culpa do Malfoy, Hagrid! — disse Hermione, séria.

— E além do mais somos testemunhas — acrescentou Harry. — Você avisou que os hipogrifos atacam quando são insultados. O problema é do Malfoy se ele não estava prestando atenção. Vamos contar ao Dumbledore o que realmente aconteceu.

— Vamos, sim, não se preocupe, Hagrid, vamos confirmar sua história — disse Rony.

— E se eu tivesse Trato de Criaturas Magicas este ano, certamente esse seria o primeiro animal mágico que eu queria conhecer — disse a ele.

— Serio? — ele perguntou com um sorriso mínimo.

— Claro, Hagrid, pois o Hipogrifo é um animal fascinante — disse sorrindo.

Lágrimas saltaram dos cantos enrugados dos olhos de Hagrid. Ele nos puxou e nos deu um abraço de quebrar as costelas.

— Acho que você já bebeu o suficiente, Hagrid — falou Hermione com firmeza. E apanhou a caneca na mesa e saiu da cabana para esvaziá-la.

— Ah, talvez ela tenha razão — reconheceu Hagrid, enquanto nos soltava. Ele levantou-se com esforço da cadeira e seguiu Hermione até o lado de fora, com o andar vacilante. Os garotos ouviram barulho de água caindo.

— Que foi que ele fez? — perguntou Harry, nervoso, quando Hermione voltou trazendo a caneca vazia.

— Meteu a cabeça no barril de água — respondeu Hermione, guardando a caneca.

Hagrid voltou, os cabelos e barbas longas empapados, enxugando a água dos olhos.

— Assim está melhor — falou, sacudindo a cabeça como um cachorro e nos molhando. — Escutem, foi muita bondade vocês terem vindo me ver, eu realmente...

Hagrid parou de repente, encarando Harry e eu como se tivesse acabado de perceber que estávamos ali.

— QUE É QUE VOCÊS ACHAM QUE ESTÃO FAZENDO, HEIN? — bradou, tão inesperadamente que demos um pulo de mais de um palmo. — VOCÊS DOIS NÃO PODEM SAIR ANDANDO POR AÍ DEPOIS DO ANOITECER! — ele disse apontando para mim e para o Harry — E VOCÊS DOIS! OS DEIXARAM SAIR!

Hagrid agarrou meu braço e foi até Harry fazendo o mesmo e nos puxou para a porta.

— Vamos! — disse aborrecido. — Vou levar vocês de volta à escola, e não quero pegar ninguém saindo para me ver depois do anoitecer. Eu não valho o risco! Escutaram bem? Principalmente vocês dois Harry e Mellody.


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Notas finais do capítulo

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