I Must Be Dreaming escrita por 96


Capítulo 4
Four!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
E acompanhem a história~



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Já era meio dia e sexta-feira. Todo mundo estava inquieto enquanto eu estava como de costume, no telhado, com Gokudera. Eu estava cuidando daquele pássaro novamente enquanto os outros viam o treino de Yamamoto.
– E como você acha que ele entrou na sua bolsa? - Disse Gokudera, muito interessado, o que me era estranho vê-lo daquele jeito.
– Bem, uma janela pequena da minha casa fica aberta... Minha bolsa provavelmente estava também, como tirei livros de lá... Ele deve ter entrado de noite.
– Ou talvez ele seja um sinal... Provavelmente existem várias explicações sobre aparições de pássaros... São um mistério... - Ele disse, olhando para o pássaro. A porta se abriu e Hibari Kyoya entrou. Ele estava realmente pálido dessa vez, e parecia irritado. Além de que estava com uns... Pareciam ser arranhões no rosto.
– Chrome... Eu preciso falar com você. À sós. - Ele disse, olhando de lado para Gokudera.
– Você quer que eu fique? - Disse Gokudera. Ele não era do tipo gentleman, mas não acho que é do tipo que deixaria uma garota sozinha com Hibari.
– Eu acho que não tem problema me deixar aqui com ele, Gokudera-san.
– Tem certeza? - Ele disse, olhando para Hibari. Mexi a cabeça dizendo um 'não precisa' - Bem, vou na biblioteca. Tenho um teste, vou estudar. Qualquer coisa me chame...
Ele saiu pela porta, sendo encarado e encarando Hibari, enquanto ele se aproximava de onde eu estava sentada.
– Você levou o Hibird pra casa? Por que fez isso?
– Hibird? Está falando dele? - Apontei para o pequeno pássaro no meu colo e ele acendiu, fechando os olhos. - Ao que parece, ele foi na minha casa e ficou na minha mochila. Ou quem sabe ele entrou quando eu ainda estava na escola... Não sei lhe responder.
Ele respirou fundo, chegou bem perto de onde eu estava e se abaixou, alisando a cabeça do pequeno, que estava no meu colo. Ouvi uma voz familiar vindo da porta.
Oya oya, o que esse cara está fazendo perto da minha Chrome?
Mukuro. Hibari virou-se e o encarou, até Mukuro estar há no máximo dois metros de nós dois. Tirou suas tonfas rapidamente, empunhando-as.
– D-desde quando eu sou sua?
– Desde o dia que eu decidi que você seria minha, pequena Chrome.
– Rokudo Mukuro, dessa vez não posso lhe punir por estar fora de sala na hora errada, mas atrapalhar a paz de uma aluna é atrapalhar a paz de Namimori. Se você continuar aqui, vou ter que lhe morder até a morte. - Disse Hibari, virando-se para o rapaz de cabelos azuis.
– ... Vou deixar para conversarmos no final da aula, Chrome. Até depois. - Ele disse, saindo, rindo daquele jeito dele. Hibari virou-se para mim e ia se levantar, mas por algum motivo não conseguiu. Apoiou-se nas tonfas, olhando para mim, mas não parecia estar enxergando.
– Hibari-san, você está bem? - Ele soltou as tonfas devagar e foi caindo para frente, em cima de mim. Hibird pulou para o chão enquanto eu segurava o rapaz, parecendo abraçá-lo. - Hibari, acorde! Você está consciente?
– Claro que estou. - Ele disse, com a voz fraca.
– O que aconteceu com você?
– Não lhe interessa. Mas eu não lembro de ter comido há um tempo...
– Como assim? Eu tenho onigiris aqui... - Tentei me esticar para pegar meu almoço, mas ele fez peso de alguma forma, não deixando. - Realmente, quer que te vejam no colo de uma herbívora? Ou quer sair daqui assim que tocar para as ultimas aulas? - Falei algo que me lembrei que ele odiava. Sempre chamava todos de herbívoros. Na hora ele ficou 'mais leve' e eu pude pegar o pote com o almoço. Peguei um onigiris e botei próximo a boca dele. Ele mordeu e pegou com a mão.
Era estranho sentir que Hibari estava praticamente em cima de mim. Sentir sua respiração, qualquer movimento que ele fazia. Depois de alguns onigiris percebi que ele estava com o braço machucado, assim como o pescoço. Ele devia ter brigado com alguém e como estava fraco, acabou se machucando. Eu tinha que levá-lo na enfermaria. Quando me dei conta, eu olhava para ele quase que encantada com tudo que ele fazia. Mexi a cabeça e voltei a realidade.
– Bem, acho que devíamos ir na enfermaria...
– Eu já comi, estou bem. - Disse, tentando se sentar ao meu lado. Sem sucesso.
– Você tem um monte de machucados, Hibari. Eu te ajudo com isso...
– Você quer que eu fique lhe devendo quantas coisas? - Ele disse, um pouco mais irritado que o natural. Hibari tinha mania de não aceitar ajuda e sempre 'pagar' o que devia. Provavelmente ia contar isso como mais um favor que ele teria que me pagar. Eu não sabia se isso era bom ou ruim. E não sabia como fazer ele me pagar depois...
– Eu só estou te ajudando como ajudaria qualquer pessoa! Não deixaria ninguém nesse estado por ai. - Ouvi o toque. Ele tentou se levantar e mesmo com ajuda das tonfas, para se apoiar, não conseguia. - Tive uma idéia. Vamos esperar as pessoas saírem dos corredores e eu lhe levo lá. Ninguém vai te ver sendo cuidado por uma herbívora, pelo menos.
– Você vai perder aula.
– Estou ajudando um aluno. Provavelmente isso não é o tipo de ato que merece punição, não é, Hibari-san? - Falei, sorrindo. Ele virou o rosto.
Coloquei Hibird na cabeça dele, como ele costumava ficar, e me levantei, logo depois, ajudando Hibari, que se encostou na parede onde eu estava sentada e encostada. Peguei minha bolsa e ele se ofereceu para pelo menos carregá-la, enquanto eu o ajudava a andar pelos corredores.


Ao chegar na enfermaria, ele se sentou numa maca e eu procurei um kit de primeiros socorros e enfaixei seu braço, após limpar o ferimento. Também tinha uns no rosto, então cuidei deles também. Hibari parecia corar um pouco, pensei se poderia ser um começo de febre, enquanto Hibird estava quieto dormindo no cabelo dele e eu sentei do lado da maca após terminar.
– Você devia ir para a aula. Eu já estou melhor.
– Vou assim que tocar para a próxima aula. Não posso entrar no meio de uma aula, de qualquer forma... E você, é bom ficar ai por um tempo. Vou deixar o resto dos onigiris aqui do lado. - Falei, deixando o pote na mesinha do lado da maca. Ele não respondeu, apenas cobriu o rosto com o próprio braço, como fazia sempre, e parecia ter começado a dormir.

Logo tocou e fui para a sala, quando um professor saiu e o outro ainda não tinha entrado.
Expliquei para os meninos o que tinha acontecido pela metade. Disse que um pessoa tinha se sentido mal e eu fui levar até lá. Gokudera perguntou o que Hibari queria, no final da aula, e eu disse que ele só queria o pássaro de volta. Ele se decepcionou, vendo que o pássaro realmente não era nada fora do normal, mas tentou não demonstrar isso.

Aproveitei que Tsuna e os outros iam ficar vendo o treino de Yamamoto e fui na sala da enfermaria. Hibari estava dormindo, quase na mesma posição, mas haviam menos onigiris no pote. Peguei e ao me virar, ouvi sua voz.
– Eu vou te levar em casa. - Ele disse apenas isso, se levantando. Pegou o blazer que estava numa cadeira ali e se levantou. Parecia bem melhor agora. Fui com ele, quieta. Não queria arrumar briga, mas de certa forma estava com medo.
– Vai falar para alguém sobre isso?
– Não pensei em falar com alguém sobre isso...
– Sobre o que? Você fez algo com ela que ninguém pode saber, Hibari-chan? - Disse aquela mesma voz que falou que me encontraria na saída. Realmente não estava mentindo sobre isso. - Me responda. Você a beijou? Fez algo pior que isso? Que pervertido. Eu jurava que você nunca faria nada desse tipo com as garotas de Namimori. - Estávamos no corredor do segundo andar, que estava completamente vazio. Eu estava com medo, por esse fato. Se acontecesse algo... E Mukuro realmente queria que acontecesse, com aquelas palavras. Ele não falava com um tom tão 'divertido' como de costume. Parecia meio irritado.
– Já passou da hora de ir embora, Mukuro. - Hibari disse apenas isso.
Naquela hora, as coisas aconteceram muito rapido. Não sabia nem ao menos explicar direito.
Senti meu pulso sendo puxado e uma mão no meu queixo. Quando olhei para frente, meu rosto estava próximo demais ao rosto de Mukuro.
– O-o q-que você está fazendo?
– Solte a garota, Mukuro.
– Então você está com ciúmes? - Mukuro disse, sorrindo. Mas era diferente, ainda parecia ter uma ponta de raiva, no fundo dos seus olhos. - Realmente fizeram algo como... Isso? - Ele puxou o meu queixo mais para perto e eu senti os lábios dele, macios, tocando os meus gentilmente. Mukuro tinha roubado meu primeiro beijo daquele jeito estranho.


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Notas finais do capítulo

Antes de tudo, desculpem o capitulo enorme, o proximo será menor~
Bem, com um evento esse final de semana, tudo ficou um caos e não to conseguindo pensar direito sobre as fanfics.
To querendo postar uma 1896 pra tirar a tensão desse pairing aqui, pra eu não me obrigar a fazer um final assim, só porque ainda não tenho uma fanfic com esse fim.
Apesar de que, ainda não sei realmente com quem a Chrome vai ficar aqui. LOL
Espero que estejam gostando, proximo capitulo postarei com reviews ( e quando tiver tempo ) e obrigada por lerem!
Chuuu~