Péssima idéia

capítulo três

Cada vez pior

POV Edward

Eu corria desesperadamente para minha Bella.

A única coisa que pensei foi que o meu pai jamais bateria em seus filhos em plúblico.

O pensamento que deveria me acalmar, me deixou ainda mais nervoso.

Uma cruel epifania, ao me utilizar da expressão jamais, eu me lembrei de que nenhum dos filhos de Carlisle Cullen jamais o desrespeitara daquela maneira, já fomos rebeldes já fugimos e fomos desobedientes, mas gritar com ele e deixa-lo falando sozinho, definitivamente estabeleceria um novo padrão, eu estava apavorado.

Eu esperava que Bella ainda tivesse que ficar nos Newton por um tempo, não que isso impediria meu pai de me buscar, mas com certeza o impediria de demostrar suas abilidades vampirescas.

Meu coração gelado quase batia tamanha era minha ansiedade, correndo por entre as árvores, olhando de tempos em tempos pra trás como se ele fosse aparecer do nada de repente e me agarrar pela gola da camisa.

Pesei que seria impossível pra mim ficar mais gelado, mas pelo visto eu estava completamente equivocado, meu estomago parecia mais um pote de borboletas feitas de gelo, meus joelhos criavam vida própria à medida em que eu me afastava de me perguntava.

"Quantas vezes eu ainda tenho que passar por isso?"

Adolescentes fazem suas merdas de vez em quando, são punidos por isso, depois crescem e amadurecem, até que suas palmadas surras e castigos virem uma lembrança engraçada do passado.

"Meu passado nunca chegará? E quando chegaria o futuro em que eu finalmente deixaria de ser um adolescente fazendo merda e sendo punido pelos pais?"

Eu achava que um dia quando eu encontrasse uma mulher eu finalmente me tornaria um homem, e pararia de fazer essas coisas que fazem os meus pais colocarem o meu traseiro à premio, ao em vez disso meus hormônios estavam me levando a fazer burradas ainda maiores, eu sabia que meus irmão tem seus companheiros e ainda assim são punidos, mas eu achava que eu fosse diferente deles e que ter uma esposa me faria amadurecer, não me parece justo ser congelado na adolescência eu passaria por essa merda de ser castigado pra sempre, então uma palmada nunca seria engraçado pra mim.

Que diabos eu estava pensando? Porque eu não parei e pedi desculpas pelos gritos, e iria entender minha explosão de hormônios e me perdoar, e tudo que eu iria ganhar seria uma palestra sobre controlar a mim mesmo e quem sabe uma ameça de uma palmada pra o caso de voltar acontecer, mas ao em vez disso eu me ferrei mais do que qualquer Cullen já estivera ferrado antes.

Caramba nem a Rosalie com aquele temperamento horrível dela foi capaz de gritar com ele.

Eu parei na beira da floresta antes de por os pés no asfalto molhado e me sentei no chão forrado de folhas, abracei os joelhos escondendo o rosto entre eles e comecei a chorar.

Por um instante eu pensei entre lágrimas, que permanecer ali até que ele me alcançasse seria o melhor de todas as opções, talvez ao me encontrar em um estado tão vulnerável ele viria ao meu conforto e me daria mais uma chance de me desculpar ao ver o meu arrependimento.

Era pouco provável mas naquela altura do campeonato qualquer tentativa de tentar convencê-lo estava valendo.

O descontrole do meu choro foi se dissipando, e parte do meu nervosismo começou a ser amenizado, a parte em relação a Jacob e Bella, porque a parte do medo da correção do meu pai ainda fazia borboletas em meu estômago e minha espinha congelar.

O tempo passou, eu percebi que se ele tivesse resolvido vir atrás de mim já teria me alcançado então comecei a considerar duas opções:

Ir pra casa e encarar um pai bravo, com um cinto na mão provávelmente, ou ir pegar Bella na saída dos Newton e levá-la pra casa dela e esperar a poeira baixar, já que ele não viera atrás de mim ainda deveria estar esperando eu voltar pra acertar as contas.

"Defintivamente a segunda opcão!"

Eu olhei mais uma vez pra trás e disse a mim mesmo já correndo pra o centro de Forks.

Quando cheguei, a avistei de longe saindo da loja, não tinha me dado conta de quanto tempo já tinha passado, não demoraria muito até eu ter que voltar pra casa e encarar a música, o crepúsculo começaria em mais ou menos umas três horas, como esse era o marco do inicio do nosso dia, eu temia o que meu pai aproveitasse pra me buscar, quando escurecesse, fiquei com vergonha de mim mesmo quando desejei que houvesse uma emergência no hospital chamando Dr. Cullen.

"Bella você ainda vai ser minha..."

A voz irritantemente inconfundível de Mike me tirou do meu devaneio, era tudo que eu precisava, mais um cara dando em cima da minha namorada.

Meu peito construiu um rosnado, que dessa vez soutou um rugido assustador, o idiota deu um pulo de medo, e minha doce Bella um sorriso de satisfação ela sabia que era eu escondido.

Poderia acabar com aquele verme com um simples empurrão se ele não fosse parar direto no hospital em que meu pai trabalha.

"Aquele cara metido poderia ter quem quisesse e foi ficar logo com a minha garota."

Ele disse isso se recompondo do susto e vendo-me aproximar deles, seus pensamentos eram frenéticos.

"Eu preciso de um motivo pra tocar nela, mas o que?"

Tive vontade de usar minha velocidade de vampiro pra chegar logo até ela e impedi-lo de se quer encostar lhe um dedo, e ainda por cima dar-lhe um belo susto, já que ninguém acreditaria nele mesmo, mais isso o faria passar por louco e seria mais uma chance de ir parar no hospital.

Caramba a imagem do meu pai segurando um cinto estava presente em qualquer que fossem meus pensamentos hoje.

"E se ela tropeçasse? Eu além de segura-la em meus braços ainda me tornaria seu herói!"

O último pensamento daquele palhaço foi o suficiente.

Eu o vi se aproximando dela e se posicionado pra jogar uma pequena bola de tênis pra que ela tropeçasse e caísse direto em seus braços.

Meus instintos de proteção e meu ciume foram mais fortes que o meu medo do meu pai, normalmente eu lhe tenho muito respeito, mas medo de apanhar todo filho que apanha tem.

E falando sério, eu já ia apanhar mesmo.

Eu apareci do nada e agarrei a bolinha que ele escondia na mão direita, e agarrei um punhado de sua camisa e o ergui fazendo seus pés saírem do chão.

"FICA LONGE DELA!"

Se ele estivesse com a bexiga cheia teria molhado as calças.

"Me solta! Você está louco?"

mostrei a bolinha na minha mão encostando no seu nariz, minha voz era baixa e perigosa.

"Da próxima vez que você se quer pensar em derrubá-la, você estará muito fudido."

Sua cara era patética, e pra quem esperava ser o herói de Bella, a teve como uma heroína.

"Edward solta ele, as pessoas vão ver..."

Ela disse mais em um tom de quem queria me ajudar do que a ele.

Tudo teria sido perfeito, ele jamais sairia por aí espalhando que ele foi erguido pela camisa, pelo filhinho de papai rico, ainda mais ele que era um dos esportistas da escola, mais aquele nem de longe era o meu dia, quando eu o soltei no chão ele sofreu uma torção no tornozelo.

Em momentos como aquele é que eu sempre achava uma droga que em Forks, só existisse um hospital, tudo que meus irmãos e eu aprontávamos, meu pai era sempre o primeiro a saber.

Eu não sabia o que fazer, punha o garoto no caminhão e levava pro hospital ou levava pra dentro da loja, o que eu diria aos seus pais?

Seus pensamentos estavam incoerrentes.

"Droga como dói... eu não vou chorar na frente dela, ...de onde o Cullen surgiu?...eu vou perder o treino de hoje...será que ela está preocupada comigo?...eu não sabia que ele era tão forte...será que quebrou?...como ele deduziu o que eu faria com a bola?...eu quero a minha mãe...quando eu chegar no hospital vou contar para o pai dele...caralho como tá doendo...será que ela está me achando um bebê...o Cullen me paga..."

"Eu peguei ele no colo como se pega uma criança.

Quer que eu te leve pra o hospital, ou pra dentro pra mamãe trocar suas fraldas?"

Eu sabia que era golpe baixo, mas eu detestava quando meus irmãos ficavam me chamando de bebê, e isso sempre me impediu de dedura-los para os meus pais quando eles aprontavam comigo, e pensei que, se ele não conta pra mãe dele, ela não liga para o meu pai, se eu o levo direto ao hospital eu posso entregá-lo a qualquer médico de plantão e convencer a todos que não precisam chamar meu pai para o meu 'amigo'.

O plano funcionou, nós levamos para o hospital, e deu mais trabalho do que eu imaginava convence-los de que meu pai não se faria necessário, mas antes que saíssemos do hospital, modelo de comercial pra gel de cabelo perguntou à recepcionista se poderia falar com o doutor Cullen sobre as despesas.

"Não precisa, eu pago!"

Eu disse rápido demais, tirando dinheiro do bolço, o infeliz esperou que eu assinasse a linha no final da conta, me deu um sorriso diabólico e falou olhando de volta para ela.

"Agradeça ao Dr. Cullen pela generosidade de seu filho por mim."

Ela fez uma cara de admiração.

"Oh... quanta generosidade, eu agradeço sim."

Seus pensamentos diziam.

"Tão sex, tão educado, tão generoso e ainda por cima filho do chefe..."

"Não precisa, não foi nada, não incomode o meu pai com isso."

Ele percebeu meu nervosismo e aproveitou que estávamos em publico pra provocar, eu via nos seus pesamentos

"Quem é o bebê agora? O Cullen tá com medinho do papai?"

"O que é isso Edward não seja tão modesto, eu faço questão de agradecer, tenho certeza que não será incomodo algum para o Dr. Cullen saber que seu filho é tão generoso, eu repito faço questão, anote aí moça Mike Newton agradece a generosidade de seu filho Edward, não esqueça de frisar o nome dele, pois o Dr. E senhora Cullen tem mais filhos do que Brad Pitt e Angelina Jolie, e não se esqueça de citar meu nome também, não sei se ele se lembra de todos os amigos de seus filhos.

Ele riu sozinho de sua própria piada.

Eu cheguei a desconfiar que ele sabia que os filhos dos Cullen apanham em casa.

Isso ia ser um massacre duplo, meu pai ia me trucidar essa noite e amanhã quando viesse para o hospital daria de cara com a porra do recado.

Paguei um taxi pra leva-lo pra casa e antes de entrar na caminhonete da Bella, eu vi Rosalie e Emmett me chamando.

Continua...