Péssima Ideia escrita por rosatais


Capítulo 12
Final


Notas iniciais do capítulo

nota da escritora: Estava esperando mais reviews para postar o Final, mas acho que vocês estão esperando o final para postar mais reviews rsrsr... ou pelo menos espero que seja isso, que não tenham perdido o interesse na fic, pois eles são o combustível da minha criatividade.



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"Péssima Idéia"

Capítulo 12

Final

POV Edward

Eu só queria falar com Bella um pouco, eu só queria deitar no meu divã com a bunda pra cima e escutar uma boa música, agora que meu pai deu uma ordem a ela de não chegar perto de La Push sem sua permissão, eu bem que podia relaxar um pouco e esquecer desse dia infernal.

Mas meu pai estava só começando meu massacre, eu já ia ficar nesse quarto como se fosse um calabouço, sem música, sem poder telefonar pra Bella, sem nada pra me distrair, nem mesmo um livro, que era sempre a única coisa que meu pai deixava no meu quarto quando eu ficava de castigo, mas ele realmente estava estabelecendo um novo padrão de punição, eu resolvi desrespeitá-lo mais cedo, então teria que pagar o preço, mas isso não era o que fazia o meu estômago revirar de tensão, afinal eu sabia que ficaria aqui antes mesmo de chegarmos, eu só não contava com o que estava por vim, eu estava tão nervoso que podia explodir e nem sabia ainda o que era.

Como se não fosse o suficiente, as valiosas peças que ganhei para minha coleção de constrangimento, meus irmão iam apanhar comigo em casa, meu pai estava indo discutir minha punição com minha mãe, eu preferia ganhar uma surra com o cinto da disciplina (bate na madeira), do que apanhar dela como havia prometido, desde de 100 anos atrás somente crianças pequenas apanhavam das mães, apanhar do meu meu pai com dezessete era constrangedor, mas adolescentes que aprontam são castigados, só não esparramam por aí com medo de serem vistos como crianças.

Aquela sensação no fundo do meu estômago só aumentava na medida em que eu encaixotava as minhas coisas, minha bunda doía como o inferno, eu estava de joelhos puxando os fios do meu som e aproveitando pra esconder um dos meus livros prediletos embaixo da estante pra ler mais tarde quando meus pais estivessem "ocupados", gemi com a dor no meu traseiro quando ouvi o primeiro tapa ecoar pela casa.

"Você vai apanhar sim senhor, eu já falei sobre essas suas travessuras, você estava demorando aprontar outra. Vem aqui agora e não me faça ter que pegar você."

Pelo discurso só podia ser o Em, deve ter levado um tapa e estava tentando fugir dos outros, eu nem precisei focar os seus pensamentos pra saber, pois sua voz veio em seguida, desesperada como sempre, devo acrescentar.

"Papai por favor! Eu não vou fazer de novo! Por favor papai eu peço desculpas para o diretor, eu faço o que você quiser, limpo a casa toda sozinho por um mês, mas não me bate não, paizinho! Por favor paizinho só dessa vez."

"Emmett nada que você diga vai me fazer voltar atrás, e nós nem sequer podemos nos desculpar com o diretor, como nós explicaríamos a habilidade de vocês fazerem uma bagunça dessas em apenas três pessoas? E como explicar o motivo? Dizer a ele que seu irmão ouviu os pensamentos dos Jogadores? Você vai acertar suas contas é comigo e é agora meu jovem!"

Eu podia dizer que meu pai já estava perdendo a paciência, mas Emmett era conhecido em empurrar os limites, ele acaba sempre apanhando mais do que devia por ficar fazendo o que meu pai costumava chamar de "teatro infantil."

"Eu imploro papai, agora nãaaao! A Bella tá lá na cozinha!"

"Eu não ligo Emmett, até o Edward e a Rose já apanharam na frente dela!"

Eles nunca iam esquecer aquele assunto? Precisava mesmo todo mundo ficar lembrando o tempo todo o momento mais embaraçoso de toda a minha vida?

"Peraí peraiiiiii" PAFT*! AAAuuU!

PAFT*! OoO!

PAFT*!HUUM!

Ele provavelmente estava sobre o colo do papai, porque eu comecei ouvir a sequência de palmadas, ele nem de longe fez o escândalo de costume, provavelmente pela presença de Bella, mas eu não ia perder a oportunidade de descer pra garagem e abafar o som daquilo tudo.

A medida em que eu descia e som da mão do meu pai na bunda do meu irmão ia ficando mais distante a voz da minha mãe explicando pra ela porque meus irmãos estavam encrencados, ficava nítido como se eu estivesse presente.

"Não se preocupe com Edward minha querida, Carlisle nunca seria capaz de bater nele de novo, acredite, ele apanhou de verdade lá no campo, o máximo que vai acontecer com ele é um aumento no seu castigo, e pelo que ouvi ele ainda vai discutir isso comigo, prometo que não seremos muito duros com ele, agora termine o seu jantar!"

Balancei a cabeça, olhei pra meu Play Station que estava em cima do meu som envolvido nos meus braços e me perdi em meus próprios pensamentos.

"Eu devo ser o único assunto dessa casa hoje, eu juro se o que meus pais queriam era me ensinar uma lição, missão cumprida, eu nunca mais vou se quer pensar em levantar a minha voz para o meu pai."

Eu estava colocando os aparelhos do meus braços junto com minha TV que já se encontrava no balcão da garagem quando ouvi a voz da minha mãe me perguntando da cozinha.

"Edward você ainda está na garagem? Já terminou de descer suas coisas?"

"Só faltam os livros mãe!"

Gritei alto o suficiente para que Bella pudesse ouvir também, sei que ela detesta conversas em que ela fica de fora.

Minha mãe chamou minha atenção na frente dela, mas com isso eu já estava acostumado.

"Pare de enrolar e desça logo os livro pra que Bella possa se despedir de você!"

Ela deu a bronca e continuou falando com Bella.

"Depois que ela comer tudinho, agora abra essa boca mocinha..."

"Huum... eu estou sem fooome!"

"Isabeeeela...!"

"Tá boooom...!"

Bella era a pessoa mais adorável e teimosa que eu já conheci, ela não sabia no que estava se metendo, se Alice era minha companheira nas manhas e mimos na hora das punições e Rosalie era companheira de Jasper na dureza e resistência delas, acho que Emmett tinha achado sua companheira na loucura e teimosia, afinal eu só consegui minha primeira surra mais dez anos depois, Emmett foi o mais rápido com mais ou menos um ano, ela conseguiu bater o recorde dele, ganhando duas palmadas antes mesmo de ser oficialmente uma Cullen.

Fiquei feliz em notar que Emmett já estava fungando no canto do seu quarto, quando entrei em seus pensamentos só vi o canto da parede e ouvi murmurações sobre a dor do seu traseiro.

Abaixei-me pra esconder outros dois livros debaixo do divã, em seguida eu ouvi a pergunta premiada.

"Porque você vai levar essa palmada Jasper?"

"Por proteger minha garota e minha irmã de um bando de trogloditas nojentos."

PAFT*****! "Resposta errada meu Jovem!"

O tapa foi tão forte que doeu até em mim.

A resposta do Jazz não foi um grito como o meu, mas não deixou de ser mal criada, eu sabia que ele estava ferrado, não porque eu li o pensamentos do meu pai, mas sim por que eu ouvi a fivela do cinto.

"Esses moleques estão brincando comigo só pode ser!"

Meu pai pensou irritado e depois começou o seu discurso.

"Não filho, você não iiia levar umas palmadas por aprontar na escola, Alice e sua irmã são fortes o suficiente pra se defenderem de humanos sujos, e ciúmes não é motivo pra vocês saírem por aí aprontando, Emmett e Edward já apanharam por causa disso antes e eu pensei que você tinha aprendido a lição através deles, mas agora você vai levar uma surra de cinto pra aprender a falar direito comigo."

Eu podia ver através do meu pai, Jazz só de camisa e cueca sustentando uma postura militar, mas através de sua mente eu podia ouvir a verdade enquanto via o papai com o cinta dobrado em sua mão.

"Merda! Merda! Merda! Boca grande idiota! Isso vai doer pra caralho!"

"Na cama!Agora!"

Eu peguei meu livros e coloquei no cesto o mais rápido que pude sem estraga-los, o que não era muito rápido para um vampiro, na verdade devagar o suficiente pra ouvir o cinto começar a estralar na bunda do meu irmão.

SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!SHLAP**!

Nunca mais Jasper! SHLAP**!

Fale comigo assim! SHLAP**!

Entendeu? SHLAP**!

SHLAP**! En-ten-hum- di!

SHLAP**! E você vai chorar!

SHLAP**! Acredite!

SHLAP**! Você vai

SHLAP**! Auu

Eu já estava quase na porta da garagem quando ouvi um gemido escapar da boca dele.

Coloquei os dois cestos cheios de livros no armário da garagem, e em segundos minha mãe apareceu com minha doce Bella.

Ela tinha as bochechas coradas, gostaria de ler seus pensamentos mais que nunca nesse momento, ela tinha uma parte dos cabelos presos atrás das orelhas, que mostrava seu rosto perfeitamente lindo, não havia nada que eu precisasse mais do que falar com ela, meu pai dissera que ela se "juntara a nós", isso eu já sabia, mas eu precisava saber os seus motivos, eu não queria que ele aceitasse tudo por mim, assim como não queria que fosse transformada por medo dos Volture ou Victória, eu queria o melhor pra ela, eu só queria que ela estivesse bem.

Minha mãe deu-lhe um pequeno empurrãozinho gentil encorajando-a se aproximar de mim, eu a encaixei num abraço, sentir o seu calor e seu cheiro quase me fez esquecer tudo, foi mesmo uma pena que fosse exatamente o assunto que traríamos a tona, assim que tivéssemos um pouco de privacidade, olhei pra minha mãe e meus olhos suplicaram por isso.

"Vou deixar vocês falarem sozinhos 15 minutos, vou subir pra ver seus irmãos, não demore subir Edward, 15 minuto e nem um segundo a mais, não vamos abusar da sorte você já está encrencado o suficiente."

"Estou falando sério com você rapazinho seu traseiro está a prêmio, eu não posso nem acreditar no que vocês três fizeram, Deus me ajude se colocar minhas mãos em você."

Eu tremi com o pensamento dela, minha mãe nunca bateu em nenhum de nós, só duas três palmadas ou chineladas pra assustar, quando agente a irritava de verdade com brigas ou bagunça dentro de casa, eu ouvi dizer que ela tinha uma surra guardada pra mim quando eu chegasse do Brasil, por que eu fui sem pedir, mas daí eu fui pra Itália e tive acertar as contas foi com meu pai, eu sabia que aquela conversa mole lá na cozinha era só pra aclamar a Bella, minha mãe estava realmente brava comigo.

"Então...Você primeiro?"

Disse ela olhando pra baixo, eu sempre erguia o seu rosto com um dedo quando ela fazia isso, mas dessa vez agradeci por ela não estar olhando pra mim, não podíamos enrolar muito, o nosso tempo era curto, então eu tomei as rédias do assunto e perguntei o que realmente estava me incomodando.

"O que aconteceu lá em cima? O que eles te disseram para o meu pai informar depois que você se juntou a nós?"

Eu podia ouvir seu coração acelerando e a saliva passando difícil em sua garganta.

"Nada... além do que os outros me disseram, pelo visto vocês entendem bem o ponto de vista dele, ele me contou o lado dele da história da adoção e transformação de cada um de vocês. Ele realmente os ama muito."

Não era bem o que eu esperava ouvir, eu detestava não poder ler seus pensamentos, ela não era nem um pouco óbvia.

"E o que você acha disso tudo, quero dizer, do... método de disciplina dele?"

Ela franziu a testa como se estivesse tomando partido do meu pai, a conversa estava cada vez mais estranha.

"Não é só dele, eu só me surpreendi com o fato de não imaginar o compassivo Carlisle com um cinto na mão."

Ela falou com naturalidade quase como se não estivesse mais constrangida.

"Como assim? Você não está indignada? Tipo... horrorizada? Digo... ele bateu em você!"

Ela encolheu os ombros como se não fosse grande coisa.

"Eu não vou negar, doeu, e me assustou..."

Eu sabia que chegaríamos a esse ponto, ela estava assutada, eu fiquei nervoso com isso e comecei a falar descontroladamente, a interrompi antes que ela terminasse de explicar

"Bella você não precisa aceitar nada disso! Só por minha causa! Eu estou tornando sua vida impossível!"

Ela pôs os dedos gentilmente nos meus lábios pra calar minha enchorrada de palavras frenéticas.

"Edward, eu quero isso, eu preciso disso... quero dizer, não que eu goste de apanhar, mas preciso de pais que cuidem de mim como os seus cuidam de vocês, Carlisle e Esme não são injustos, fazem isso porque se preocupam, por que são bons pais, não que Renê não me ame, mas eu sempre tive que encontrar meus limites sozinha sem ninguém pra me mostrar, e muitas vezes me dei mal, quantas vezes eu preferiria ter ganhado umas palmadas a sofrer consequências de erros que ninguém me mostrara a tempo, foi assim que me tornei tão precoce e acabei me tornando a mãe dela ao invés do contrário, Charlie se preocupa, mas só com segurança, é como um defensor pessoal no que se trata de riscos humanos, mas nunca esteve presente o suficiente."

Abaixei a cabeça pensativo, entendi finalmente o que a levou ser tão compreensiva com tudo que viu, a cabeça dessa garota estava sempre me surpreendendo, mostrei a ela que tinha entendido seu ponto de vista.

"Eu nunca me senti assim, desprotegido, tinha uma família normal e Carlisle me adotou assim que fiquei órfão, confesso que ao sair de casa pra caçar humanos, me senti como se não tivesse mais ninguém pra se preocupar comigo, quando Carlisle me viu sair e não me trouxe de volta pelas orelha como meu outro pai faria..."

Ela completou meu raciocínio.

"Aposto que na volta, se sentiu protegido e acolhido quando ele te deitou em seu colo pra te dar uma surra, mais até do que com dor ou constrangido."

Ela tinha razão, mas eu ainda estava curioso.

"O que te assustou?"

Retomei o assunto que havia sido desviado.

"O que me assustou não foi apanhar do meu novo pai, foi descobri que ele já se sentia assim, e descobrir que você também ainda apanha de cinto."

Eu queria morrer, Bella deve ter me achado patético fugindo do cinto do meu pai igual a uma criança, eu estava confuso tanto quanto estava com vergonha.

"Bella, o que você quer dizer com também, você já sabia dos meu irmãos?"

Mais uma vez uma máscara de constrangimento estava em seu rosto, eu podia sentir o cheiro do sangue se agrupando em suas bochechas.

"Não...Eu estou falando... de mim...Meu pai me deu uma surra naquele dia em que o Jake levou as motos."

Essa realmente me pegou de surpresa eu já tinha descartado essa possibilidade.

"Oh... meu amor, eu não sabia disso, e como ele é? Digo, ele é como Carlisle, ou ele machuca você? ele bate com raiva?"

Ela fez cara de indignação.

"Calma Edward, estamos falando do Charlie aqui, policial lembra? Ele jamais seria abusivo, ele é um cumpridor da lei muito cachias pra isso, ele me deu só umas cintadas depois me dobrou no colo dele e me deu um monte de palmadas por que disse que estava sendo infantil fugindo do cinto."

Sua declaração deixou o clima descontraído.

"É... vampiro ou humanos, pais são todos iguais, só mudam de endereço, aposto que seu pai também te diz que você pode inteirar mais de mil anos que ainda vai caber no colo dele."

Eu disse repetindo as palavras que Carlisle sempre dizia quando usamos o argumento de estarmos velhos demais pra apanhar, nós dois já estávamos rindo junto e ela completou a piada.

"Não, como ele é humano, ele disse mais de cem, e sabe o que é mais engraçado?"

Ela olhou com um sorriso zombeteiro.

"O que?..."

Eu quis saber, sorrindo com o canto da boca ansioso pelo final da piada, que seu rosto denunciava ser tão engraçada.

"Quando ele disse mais de cem eu desejei ser você kkkkkkkk?"

Estávamos nos dobrando em risadas, quando meus pais apareceram na porta da garagem de mãos dadas pra acabar com a nossa diversão e fazendo meu estômago afundar de novo.

"Edward para o seu quarto. Agora!"

Meu pai mandou, e aquele "agora" baixo, firme e perigoso, me fez olhar no relógio, meu tempo espirara a 3 minutos.

Beijei a testa de Bella e andei na direção pra passar entre eles cobrindo a bunda com as mãos pra não ganhar um tapa, meu pai cruzou os braços sobre o peito, e seu olhar fez desnecessário ler seus pensamentos pra saber que era pra tirar a mão, baixei a cabeça e passei humilhado com a derrota do inevitável.

PAFT*****!AUu!

A palmada me acertou em cheio, eu pulei quando ele encheu a mão com a minha bunda, que já estava dolorida, o que é desnecessário acrescentar.

"E você para o carro mocinha."

Ouvi Bella levando uma bronca e em seguida ouvi o carro sair com os três dentro.

"Que ótimo... eles vão discutir o que fazer comigo longe o suficiente pra que eu não possa escutar."

Entrei no meu quarto vazio resmungando sozinho e aproveitei a ausência pra bater a porta em frustração, com cuidado pra não estragar mais uma, meu pai não precisava nem falar que o concerto da porta da sala ia sair da minha mesada.

Passaram-se horas, que pra falar a verdade pareceram dias, até que meus pais bateram na porta do meu quarto, eu joguei o livro de volta debaixo do divã, e fiquei de pé pedindo pra que entrassem.

Meu pai foi direto ao assunto.

"Bom Edward, como eu disse antes, não sei mais o que fazer com você, então decidimos que vou entregá-lo aos cuidados de sua mãe."

O desespero tomou conta de mim, minha mãe revelou o que trazia nas suas mãos, que estiveram o tempo todo nas costas, sua escova de cabelo, de madeira grande e chata.

"Mas..."

Antes que eu dissesse qualquer coisa meu pai saiu fechando a porta.

"Pode ir tirando as calças Edward."

Eu comecei a andar pelo quarto, em círculos fugindo do seu alcance.

"Mamãe espera aí mamãe, você não está falando sério mãezinha, você nunca me bateu, mamãe, você vai ter coragem de fazer isso com o seu Bebê logo hoje que eu já apanhei?"

Eu disse desesperado tentando comovê-la, meus olhos não se desviavam da escova de cabelo na sua mão, meu queixo tremia segurando o choro.

"AAAh! Então agora você é o meu Bebê? Bom saber, pois agora você vai apanhar no meu colinho."

"Fala sério mãe!"

Eu protestei.

"Estou falando mais do que sério, você quer ajuda pra tirar as calças? Posso chamar o seu pai..."

Ela disse ignorando minha indignação.

"Não não não! Tô tirando tô tirando!"

Eu tirei o jeans me atrapalhando com os botões minhas mãos estavam tremendo, e ela toda tranqüila sentada no divã acariciando o colo com a escova.

Eu tirei a segunda perna da calça e antes que desse o primeiro passo, ela me interrompeu.

"A cueca..."

Mãaaaaaaaaae!

"De jeito nenhum, hum hum, sem a menor chance."

Comecei a correr dela dentro do quarto, eu estava em vantagem, eu era mais rápido, ela não era o meu pai, não era mais forte do que eu como ele.

A corrida patética parou quando esbarrei no divã que se arrastou e mostrou os livros que estavam em baixo.

"Ooooh! EDWARD! Mas o... que. Que. É. Isso?"

"Pelo amor de Deus mãe, não conta para o papai! Pelo amor de Deus mamãe! Por miiimm! Ele vai me matar!"

Eu ajoelhei no chão implorando, ela estreitou os olhos e disse baixo e devagar.

"Então... eu sugiro... que você... tire a sua cuequinha... e deite aqui no colinho da mamãe... AGORA!"

"Tudo que você mandar mãezinha, tudo que você mandar."

Eu tinha saído ganhando nessa negociação, ela já tinha me visto nu inúmeras vezes, mas sabe se lá o que o meu pai faria ao descobrir, que depois de todo acontecido eu estava violando meu castigo, isso sim seria um massacre.

Ela estendeu a mão esperando a cueca, eu tirei humilhado e entreguei, ela bateu a mão no colo pra eu me deitar, eu fechei os olhos e o fiz sem recuar.

Ela bateu a escova na minha bunda e eu gritei como nunca, minha bunda já estava destruída de vara e de cinto, e eu nunca tinha apanhado com aquela coisa, Deus, era uma arma maligna!

PEFT*!AAAAAAAAAaaaaaaa! Isso é por fugir

PEFT*! AAAAAAAaaaaRRaaaai! E isso é pelos livros

PEFT*! AiAiAiAAAAiiiiiiiiiiiii E agora pela arte que você aprontou na escola.

Eu cerrei os olhos preparado para a próxima pancada, chegamos no que estávamos ali pra resolver, mas ela não veio, e uma coisa estranha aconteceu, eu senti o cheiro do meu pai no quarto, sua voz suave me fez abrir os olhos, olhei por cima do meu ombro e ele estava ali em pé segurando minha cueca e estendendo-a pra mim.

Levante-se filho, e vista-se, vamos conversar, virei o rosto na direção da minha mãe e seu sorriso me deixou confuso.

Eu estava sentado entre eles quando meu pai esclareceu a curta punição.

"Filho sua mãe e eu combinamos que você deveria ser submetido a essa experiência de apanhar dela, porque eu vi o seu desconforto desespero quando eu disse que iria dizer a ela."

Baixei minha cabeça mirando meus joelhos e minha mãe continuou a explicação.

"Seu pai pai me perguntou se tinha havido algo, e eu disse a ele sobre a ameaça da escova que eu fiz lá na clareira, então deduzimos que doeria muito mais o constrangimento de levar uma surra da sua mãe do que seu pai te dar outra palmada."

Ela estava certa eu não quero nem pensar no que Em e Jazz iriam me fazer passar se eu tivesse ganhado uma surra da minha mãe até chorar e espernear no colo dela, eu já era o caçulinha, o Bebê, o mimado, definitivamente eu não precisava de mais essa.

"Sua mãe e eu decidimos que só a vergonha já bastava e uma escovada seria o suficiente pra você experimentar esse novo adereço que vocês vão passar a sentir em seus traseiros a partir de hoje se aprontarem na escola de novo, empunhado por mim e não pelas mãos de fada dela."

Eu gemi com o pensamento, era mesmo o meu destino inaugurar essas armas? Era só impressão minha ou eu tinha inaugurado a escova do bom aluno?

Será chamada, a escova do bom aluno, e a partir de hoje ela vai morar na gaveta do meu escritório.

Olhei pra ele horrorizado, não sou eu o leitor de mentes?

"Papai... por que só uma escovada?"

perguntei só pra entender merlhor.

"Primeiro porque sua mãe é muito mole..."

Todos rimos juntos, escutamos até a rizada dos meus irmãos nos quartos.

"E segundo porque eu não seria capaz de te dar outra surra, eu te amo e tenho plena consciência que você não podia ter mais."

Meu olhos se encheram de lágrimas ele me abraçou fazendo-as escorrer na sua camisa.

Oooh... meu Bebê, o papai sabe, quando vocês choram pedindo pra parar e o papai não para e por que sabe que não foi suficiente, eu os amo o bastante pra dosar a disciplina, eu nunca vou cometer um abuso com nenhum de vocês.

Meus soluços pararam e eu abracei a minha mãe, enquanto meu pai esfregava meu cabelo.

"Estou orgulhoso de sua mãe, era pra te dar só uma escovada por causa da escola e ela te deu mais duas, É melhor não brincarem com essa vampira não em!"

Ele falou mais auto pra meus irmão ouvirem, mas em tom de brincadeira.

Todos rimos, meus pais se levantaram pra sair do quarto, e eu resolvi terminar essa história com uma boa idéia.

"Pai espera!"

Eu chamei quando ele já estava na porta, me ajoelhei perto da estante, puxei o livro que estava lá de baixo e o estreguei pra ele.

"Aqui está, eu juro que é o ultimo..."

Eu disse já de pé olhando para o tapete.

"Obrigado pela honestidade filho, mesmo que tardia, como recompensa ela honestidade você não vai apanhar por causa disso."

Suspirei fundo pela ótima idéia.

"Mas..."

Eu sabia que tinha que tinha um mas.

"Seus livros estão todos confiscados na minha biblioteca até eu decidir que pode tê-los de volta."

Ele beijou minha testa e saiu fechando a porta com a chave, não que fosse deter um vampiro mas ao arrombá-la eu deixaria evidências, em seguida ouvi as portas das minhas irmãs e dos quartos de hospedes sendo trancadas também, provavelmente culpa da Alice que violara o castigo de ficar no quarto por duas vezes, ele nunca nos trancara antes.

Deitei bufando no meu divã de bunda pra cima e abracei meu travesseiro com o rosto enterrado nele.

"Oooh, Droga!Tudo isso foi Péssima Idéia!"

FIM


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Notas finais do capítulo

nota da escritora: Espero que tenham gostado, deixem-me saber, não sejam malvados, estou aguardando reviews desde o capítulo 10, eu preciso saber o que vocês acharam pra poder escrever mais, carro sem combustível não anda. Obrigada a todos que estiveram presente impulsionando cada pedacinho dessa história, de coração nelluca



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