Uma Vida A Três escrita por ro_dollores


Capítulo 3
Capítulo 3




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Grissom ajeitou a cadeirinha de Arthur no banco traseiro de sua Denali, depois lhe entregou um pequeno chocalho.

_Vamos buscar a mamãe … depois vamos fazer um passeio.

_Vem garoto, suba aqui !

Hank obedeceu se sentando em cima de uma manta, esperando que Grissom o prendesse no cinto de segurança.

Estava dirigindo devagar muito atento ao trânsito, e não percebeu que um carro o seguiu até o laboratório, depois desapareceu.

Assim que chegou, pegou seu filho no colo e pediu ao segurança que ficasse de olho em seu carro e em Hank.

Uma multidão o rodeou, querendo brincar com Arthur.

O garoto se agarrou ao seu pescoço, muito tímido.

_Olha quanta gente querendo ver você, filho !

Arthur espiou de lado, assim como ele mesmo sempre fazia, estendeu a mãozinha e deixou que alguém a segurasse, mas não deixou de se agarrar ao colarinho da camisa de Grissom.

_Alguém viu a minha mulher ?

_Ela está com a Cath tomando um café.

Greg estava de saída e logo quis pegar o garoto, que ao reconhecê – lo se jogou em seus braços.

Sara veio ao seu encontro.

_Oi querida, já está de saída ?

_Sim, cadê o Arthur ?

_Com o Greg ! - Ele levantou as mãos se rendendo._Ele praticamente se jogou nos braços dele.

Elas riram e pouco tempo depois, eles já estavam na estrada.

_Gil, eu falei com meu supervisor e pedi para fazer algumas mudanças em meu horário.

_Que mudanças ?

_Nós tivemos uma reunião, e alguns estagiários farão parte da equipe de apoio, temos alguns em nível mais avançado que pleitearam mais funções. Isso pode ser bom, pois posso ter uma redução em minha carga horária. Queria ter mais tempo para você, Gil !

Ele a olhou com carinho, depois, cuidadosamente tocou seu rosto.

_Sara … sabe que sempre podemos ajeitar as coisas, eu também posso fazer algumas mudanças, aceitar algumas propostas.

_É eu sei … talvez esteja na hora de fazermos alguns ajustes.

_Quando voltarmos, analisaremos o que for melhor para nós dois.

Arthur dormia na cadeirinha com Hank ao seu lado esparramado no banco. Ela riu.

_Se quer fazer ele dormir rapidamente é só colocá – lo no carro.

Grissom olhou pelo retrovisor e foi presenteado com a imagem de seu filho, os olhinhos fechados e a cabeça ajeitada sob o encosto macio.

Ele sorriu também. Amava aquele garoto, faria qualquer coisa por ele, assim como faria por ela. Estava feliz com a sua família e só queria viver em paz. Havia passado por tanta coisa, chegara o momento de desfrutar daquela alegria.

Assim que chegaram Beth veio os receber de braços abertos. O pequeno ainda dormia e Sara o ajeitou em seu colo.

Beth passou as mão em seu rostinho delicado e lhe beijou a testa, agradecendo a Deus por estar vivendo o bastante para conhecer seu adorável netinho.

Ela havia ajeitado um quarto apenas para o garoto, berço, cercadinho, um pequeno armário e alguns brinquedos espalhados pelo tapete macio com grandes letras coloridas.

_Vovó coruja ! - Grissom estava surpreso com a arrumação e beijou com carinho a face de sua mãe.

Você nem imagina como estou feliz que estejam aqui. Gostaria que Arthur se sentisse em casa.”

_Tudo está perfeito, mammy !

Sara também lhe deu um novo abraço, reconhecendo que ela estava fazendo de tudo para viverem em harmonia, como uma família.

Eles se ajeitaram e Beth pediu ao seu filho que lhe ajudasse em algumas tarefas.

Sua festa de aniversário seria no dia seguinte e ainda tinham algumas coisas a fazer.

Uma grande amiga de Beth havia lhe cedido sua casa, com um grande espaço, um jardim maravilhoso e piscina. Seus convidados estariam bem instalados. A maioria, do colégio onde ainda prestava seus serviços.

Grissom estava descarregando algumas sacolas quando seu telefone tocou. Ele atendeu mas ninguém respondeu, ouviu somente um som bem distante, talvez uma música parecida com hip hop.

Depois a ligação caiu. Ele tentou retornar mas era uma chamada privada.

Ninguém do laboratório era autorizado a ligar privado por questões de segurança.

_Quem era querido ?

Sara carregava algumas sacolas e viu quando ele fez uma careta estranha.

_Não sei, sem remetente.

Ele esqueceu o assunto. Depois, bem mais tarde, brincava com seu filho no tapete da sala quando ouviu seu telefone novamente. Apenas um toque e parou.

Sara estava na cozinha ajudando sua mãe e pegou o telefone em cima da mesa, olhou para o visor e não havia registro de nenhum número.

_Alguém deve estar ligando por engano.

_Pode ser. - Ele apenas respondeu.


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