A mesa estava posta, havia um som gostoso no ambiente. Algumas risadas. Todo mundo disputando a atenção de Arthur.

Nick estava filmando suas gracinhas.

Estava faltando apenas Jim, que não estava na cidade.

Sara e Grissom estavam na cozinha olhando alguma coisa no forno.

_Eu falei com a Cath, podemos ir na sexta, querida.

_Jura ? A sua mãe vai adorar.

Ele sorriu a abraçando pela cintura e lhe dando um beijo. A mão maliciosa descendo devagar pelas costas e se insinuando cada vez mais para baixo.

_Deixe isso para mais tarde, querido, nós temos visitas.

Sem que percebessem, Nick se aproximou com sua câmera, os enquadrando, depois saiu sorrateiramente.

Um pouco mais tarde, com Arthur lutando contra o sono, com alguns espalhados no chão e outros nos sofás, eles riam à beça com as cenas gravadas por Nick.

De repente a cena da cozinha tomou conta da sala . O beijo trocado parecia realmente sem pudor na tela de cinquenta polegadas, a mão insinuosa.

Cath tapou os olhinhos azuis do pequeno e simultaneamente de Greg.

_Hei !

_Bebês não podem ver isso !

O rosto de Sara se tingiu de vermelho e procurou o pescoço de seu marido para se esconder.

Grissom quase engasgou com a colherada do sorvete de creme.

_Hei … existe uma lei para isso. Uso indevido de imagem. Cadê a minha autorização ?

_Tarde demais, chefe.

_Grissom você é um pervertido ! - Cath provocou.

A sala se encheu de risadas e a cabeça de Nick foi alvo de um leve sopapo.

_Você está suspenso. Um mês !

Naquela mesma noite …

Sara havia alimentado o bebê com leite materno, Grissom havia lhe banho e colocado em seu berço para dormir.

Se sentou em sua cama, esperando por ela, com os óculos na ponta do nariz, lendo seu livro de momento.

Ela desfilou na frente dele, quase na ponta dos pés e sentou ao seu lado com um pote de creme nas mãos.

Com muito cuidado ela espalhava o conteúdo cremoso por suas longas pernas, o robe mal cobrindo o que ele conhecia como a palma de sua mão.

O livro se tornou desinteressante quando o cheiro daquele néctar invadiu seus sentidos. Era bom, combinava perfeitamente com ela.

_Isso parece bom …

_Quer um pouco ?

_Só se for por … transferência …

Ele subiu em cima dela, estava a observando tempo demais. Hora de agir.

Tirou o creme de suas mãos e as beijou, depois viu ela esfregar uma mão na outra para retirar o excesso.

_Gostou desse cheiro ?

_Com bina com você !

_Como assim ?

_Delicioso, suave, estonteante.

_Hum … está querendo um bônus ?

_E pontos extras ..

Ele se insinuou para o meio de suas pernas e sorriu maliciosamente, antes de tomar a sua boca e gemer com sofreguidão diante daquele gosto que tanto amava.

De repente um barulho anasalado do aparelho eletrônico.

Ele levantou a cabeça interrompendo o beijo. De novo, parecia uma … risadinha … ele estava brincando sozinho !

_Eu vou até lá …

_Não … deixa que eu vou ver, querida.

Ele deu um pulo e caminhou até a porta, abrindo -a com cuidado.

O quarto do bebê era imediatamente ao lado, ele empurrou a porta encostada e espiou para dentro. Ele estava sonhando, os olhinhos pareciam fechados, entrou muito devagar, velando por alguns segundos seu sono. Estava mesmo dormindo.

A bochechinhas saudáveis, a boca vermelha, esticada em alegria.

Ele sentiu sua mulher atrás dele, o abraçando e encostando o queixo em seu ombro.

Ele sussurrou.

_Está sonhando …

Outro som parecido com um gritinho discreto e eles começaram a rir.

_Pode ser que esteja agitado.

Ele era lindo. Dele, os cabelos cacheados e os olhos azuis, do mais era como ela.

Eles saíram como entraram, em silêncio.

De volta para a cama, com o silêncio do aparelho e apenas os gemidos de um casal se amando, a noite se fez madrugada e eles adormeceram saciados.