Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 3
O grande dia... Maldita Noite! 01


Notas iniciais do capítulo

Aí está o segundo capitulo... Desculpa a demora, estava sem net em casa! Espero que gostem! Boa leitura!



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Casa dos Swan - 31.06.1994 - 19h58min.

O casal Swan estava uma pilha de nervos. Tentavam a todo custo não deixar que sua filha percebesse. O grande dia havia chegado. O dia em que, sem perceberem, teriam suas vidas marcadas pelo maldito destino. No momento estavam jantando com Bella, que percebeu a tensão em que seus pais estavam. Várias vezes naquela noite perguntou o que estava acontecendo, mas, como sempre, não obteve resposta. De repente a campainha tocou. Charlie foi atender a porta enquanto Renée levava Bella para se trocar e ir dormir. Não queriam que a menina visse as pessoas que foram lhe fazer uma visitinha.

Ao entrar no quarto de Bella, Renée levou-a ao banheiro para que pudesse fazer a higiene bucal enquanto ela procurava uma roupa de dormir para a menina. Estava apreensiva. De alguma forma não queria fazer essa missão. Estava com medo de deixar sua pequena sozinha.

— Pronto, mamãe! — a menina a tirou de seus devaneios. — Algum problema, mãe? Está tão distraída!

— Não é nada, meu bem, é só que a mamãe está um pouco cansada. Só isso! — respondeu tentando fazer com que a menina deixasse de se preocupar. — Agora está na hora de ir dormir. Sonhe com os anjos, meu amor! Boa noite, querida! — deu beijinho na testa da garotinha.

— Boa noite! — sussurrou para a mãe depois de bocejar.

Depois de deixar a menina na cama, Renée foi para o escritório para juntar-se aos outros. Demitri, Caius, Laurent, Heidi, Felix e Charlie, conversavam sobre os planos e modos mais fáceis de entrar no banco sem serem percebidos. A mesa do escritório estava repleta de armamentos, desde pequenas armas com soníferos até armas especializadas, com lazeres e infravermelhos, explosivos, sensores de calor, roupas camufladas e entre outros. Estavam decidindo que armas iriam usar, quando ouviram um barulho baixo, mas um pouco estranho. Como se fosse algum tipo de vidro sendo quebrado e depois uma musiquinha infantil. Assim que ouviram, imediatamente, procuraram saber do que se tratava. Mas como estava tudo tranquilo, voltaram à sala para continuar com a pequena “reunião”.

[...]

Um pouco longe dali, em um quarto completamente rosa, estava uma pessoa com a respiração um pouco acelerada, tanto pela corrida até ali, como também pelo fato de quase ter sido descoberta.

Bella queria falar com seu pai antes de dormir e pedir para que lhe contasse uma história, pois ele fazia isso todas as noites. Decidiu, então, procurá-lo. Procurou no quarto de seus pais, nos banheiros, na cozinha, na sala de estar, na de jogos, na de cinema, no jardim, na garagem, mas não o encontrava. Então, só haveria um lugar onde ele poderia estar. No escritório. Então foi direto para lá.

Ao chegar ao corredor, começou a ouvir várias vozes, a maioria masculina. “Ah... te achei, papai!”, pensou e caminhou até a porta do escritório, com seu pijama vermelho preferido. Ao chegar, encontrou a porta entreaberta, e quando estava preparada para dar seu gritinho de: “Te achei!”, escutou uma voz grossa, falando um monte de coisas que ela não entendia. Foi aí que a curiosidade bateu e foi forte, pois não resistiu e deu uma olhadinha.

— Essa aqui, Charlie, é um fuzil, com tiros de longa distancia, infravermelho e a prova de som. Faz um estrago até em carros blindados. — Falou o homem, Demitri, alto e com uma cara assustadora. Segurava uma grande arma nas mãos, mostrando-a a Charlie. — É uma das minhas preferidas!

— Imagino que sim, até porque você disse que fazia um estrago! — respondeu Charlie, sem conseguir conter o riso.

Assim que a menina viu, imediatamente, se assustou. Foi se afastando devagar e como estava andando de costas, não percebeu o móvel atrás de si e bateu as costas contra ele, deixando cair um potinho de vidro que se espatifou no chão. Depois disso, percebeu que poderia ser descoberta, então escondeu os caquinhos de vidro debaixo do móvel e correu para seu quarto. Nervosa, não percebeu sua boneca que estava no chão e pisou-a, assim a musiquinha que a boneca cantava começou a tocar a assustando ainda mais. Então, pegou a boneca e correu para seu quarto, fechou a porta e foi para a cama.

Bella arfava com a falta de respiração, enquanto tentava assimilar o que acabara de ver. Havia muitas pessoas conversando no escritório com seus pais. Pessoas que nunca vira em toda sua curta vida. Mas não era esse o motivo de estar com medo. E sim por ter várias coisas estranhas em cima da mesa do escritório. Ela viu o homem segurando uma arma enquanto mostrava a seu pai. “uma arma... uma não VÁRIAS!”, pensou. E isso a deixou ainda mais apavorada. Tinha armas em sua casa.

As horas passavam e a menina não conseguia dormir. Estava sentada em sua cama, quando o barulhinho do trinco da porta ser destravado. De imediato deitou-se e se escondeu debaixo das cobertas. Seu coração dava saltos em seu peito, suas mãos suavam, ela estava com muito medo.

Charlie e Renée, após terminarem a reunião e levarem os outros até a porta, foram dar uma olhada em Bella para ver se estava tudo bem. Ao chegarem e entrarem no quarto estranharam a forma com que Bella estava deitada. Naturalmente, depois que dormia, Bella se remexia muito na cama, fazendo assim que, dificilmente, ela ficasse coberta e nesse momento ela estava coberta dos pés a cabeça. Preocupados se aproximaram da cama e tentaram puxar o cobertor de cima da cabeça da menina. Mas a menina não deixava, parecia que seu pequeno corpo tremia e isso os deixava ainda mais preocupados.

— Bella? Bella, querida, sou eu a mamãe! — falou Renée tentando acalmá-la. A menina tirou um pouco o cobertor da cabeça para poder verificar se era mesmo sua mãe.

— Mãe?

— Sim?

— Posso fazer uma pergunta a vocês? — perguntou aos pais ainda sentindo medo. Seus olhinhos estavam pidões, mas não escondiam o medo e a curiosidade.

— Claro que pode, minha princesa! O que quer perguntar? — perguntou Charlie, que até agora se mantinha calado. Eles não faziam a mínima idéia do que a menina queria perguntar. Raramente Bella pedia permissão para fazer uma pergunta, e quando isso acontecia é porque era realmente importante.

— Por que tem armas aqui em casa? — Sem rodeios perguntou. Queria ser direta de uma forma que pudesse obter respostas. O casal estava estático. A olhavam se perguntando como ela sabia e o que iriam lhe responder. Então lembraram do barulho que escutaram enquanto estavam no escritório.

— Você estava nos vigiando? — perguntou Charlie tentando distraí-la da pergunta que a mesma fez.

— Não! — respondeu a menina de forma rápida — Eu só fui atrás de você para dizer “Boa noite!” e pedir para que ler uma historinha pra mim! — explicou para os pais que, mais uma vez, não sabiam o que dizer. — Não venham dizer que não eram armas porque eu vi com os meus próprios olhinhos! — disse apontando os dedinhos para os olhos.

— Querida, é que... Nós... er... — Renée olhou para Charlie suplicando por ajuda. — Querida, é melhor você ir dormir, amanha nós conversamos!

— Não, não e não! Não vou conseguir dormir sem saber por que tem armas aqui em casa! — falou a menina irritada. Não gostava que seus pais escondessem as coisas dela. Eram uma família, não precisavam ter segredos.

— Nós... as usamos para defender as pessoas... para fazer a segurança delas. — respondeu Charlie atônito.

— Vocês são policiais? — perguntou Bella com um pouco de empolgação, mas depois os olhou preocupada — Mas não é perigoso, não?

— Não, meu bem, não somos policiais... — respondeu Renée com um sorriso sincero nos lábios, enquanto passava a mão nos cabelos da filha. — Quando você crescer irá saber!

— Prometem?

— Prometemos! — respondeu os dois e caíram na risada logo depois, aliviados por conseguirem deixar essa conversa de lado. — Agora está na hora de dormir! O papai vai ler uma historinha pra você, minha princesa! Qual vai querer? — continuou Charlie. Eles ficaram no quarto até a menina adormecer e saíram para a missão. Durante o caminho conversavam sobre o que acabara de acontecer. E deram graças a Deus por ser a última missão que fariam. Não queriam que Bella os flagrasse com os armamentos de novo.

 


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela atenção! Vou postar mais essa semana, prometo!
Comentem, por favor!

Beijos.


Clessi Magalhães.



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