Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 2
O começo de tudo!


Notas iniciais do capítulo

Recrutas, aí está o primeiro capitulo. É um pouquinho grande. Espero que gostem. Boa leitura!



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Não existiam dias ruins para a família Swan, mesmo sabendo do perigo de serem pegos, Charlie e Renée Swan faziam o impossível para que isso não os atingisse. Entre eles existia uma cumplicidade e um amor invejável. Viam um no outro, a segurança e a força de seguir em frente. E desse amor incondicional nasceu o que para eles era a flor mais linda e meiga que existe, o mais precioso tesouro.

Tinham medo do que poderia acontecer, afinal, fazer parte de uma das máfias mais perigosas do mundo não é a coisa mais sábia a se fazer, principalmente, quando se está traindo a confiança do perigoso Aro Volturi, que não media esforços para conseguir o que desejava.

Charlie possui amigos em outra máfia. A máfia Russa era, sem sombra de dúvida, muito respeitada e realmente uma das mais ricas e poderosas. Claro, sempre em conflito com a sua maior inimiga, a máfia Italiana. John e Charlie tinham uma grande amizade, eram amigos de infância. Mesmo com o fato de Charlie ser da máfia inimiga de John, não atrapalhava em nada a amizade dos dois. John devia muitos favores a Charlie, mas o mesmo nunca chegou a cobrar.

Renée, desde que descobriu que estava grávida, queria, definitivamente, abandonar as missões e, consequentemente, ficar longe da máfia. Ela queria ter uma vida tranquila com seu amado marido e sua filhinha que iria nascer. Conversou várias vezes com Charlie e decidiram que falariam com Aro, mas o maldito informou que não seria possível devido uma dívida que fizeram ao fracassarem na última missão que receberam.

[...]

Sete anos se passaram e a linda e pequena Isabella crescia. Exalava amor e beleza por onde passava. Uma menina linda, meiga, amável e com um coração de ouro. Extremamente alegre, fazia com que o amor que seus pais a davam fosse retribuído de tal forma que a família se tornasse exemplo de felicidade para todos ao redor.

[...]

Itália, sede dos Volturi  - 27.06.1997 - 09h38min.

Aro Volturi analisava os documentos de sua próxima conquista. Era um carregamento vindo de Londres e valia uma gorda fortuna. Vinte milhões de dólares em barras de ouro. Ele se sentia frustrado, pois sabia que a máfia Russa também queria o carregamento. E, sem dúvida, usariam seus melhores homens para consegui-lo.

Ele estava tão tenso que não notou a presença de Jane, sua mulher, que estava a observá-lo da soleira da porta de sua sala.

— Jane, querida, entre! — disse Aro para a loira que não pensou duas vezes e já estava atrás de sua cadeira com as mãos em seus ombros.

— Amor, não acha que está dando atenção demais a essa missão?

Ele a encarou incrédulo. Jane era uma mulher muito bonita, loira, baixa estatura, tinha um corpo um pouco avantajado, mas nada que chamasse muita atenção. Ambiciosa, adora gastar com coisas inúteis. Em sua cabeça ao invés de um cérebro, encheram de vento. Apaixonada por Aro, um homem de trinta e poucos anos, feições fortes e um pouco cansativas, olhos azuis, alto, corpo másculo. Totalmente frio. Seu único ponto fraco era sua paixão por Renée Swan.

— Meu Deus, Jane! — exclamou ainda a encarando — Vou fingir que você não disse isso. – completou.

— Desculpe, Aro, é só que... — desviou o olhar. — Eu me sinto rejeitada. Você passa seu maior tempo aqui ou na sala de reuniões. Você nem me procura mais a noite... — disse, com um sorriso malicioso nos lábios, apertando levemente os ombros de Aro.

Ao ouvi-la, Aro logo se animou, mas lembrou-se que teria uma reunião às dez com o grupo que irá fazer a missão do carregamento de ouro. E que veria sua amada, pois a mesma estaria no grupo.

— Agora não posso, Jane. Tenho uma importantíssima reunião agora e você sabe que eu odeio me atrasar. Desculpe, querida. — disse voltando a analisar os documentos. Jane bufou e saiu da sala deixando-o sozinho com seus planos.

[...]

Impaciente, Aro andava de um lado para o outro na grande sala de reuniões. Sua paciência estava quase nula. Odiava esperar. Charlie e Renée tiveram um pequeno problema em casa. Bella, como a chamavam, acordou mal naquela manhã, estava com um pouco de febre e isso preocupava e muito seus pais. Isabella nunca ficara doente. Era uma menina saudável, vendia saúde.

— Mamãe, eu tô melhorzinha! Não fica preocupada não. — a menina acariciava os cabelos da mãe que a segurava em seu colo.

— Eu sei, meu bebê, mas a mamãe não consegue evitar... — Renée mantinha um enorme sorriso no rosto. A cada dia se via mais encantada por sua filha. A menina era de uma simplicidade e inocência muito grande. Charlie assistia a cena um pouco longe. Ele estava descendo as escadas quando se deparou com a linda cena. Estava emocionado. Não conseguia evitar. Então se aproximou das duas e únicas mulheres de sua vida. As amava mais que tudo.

— Será que eu posso participar dessa conversa também? — perguntou as encarando.

— Papai! — a menina de imediato pulou para o colo do pai. — Você é sempre bem vindo, né mamãe?

— É sim, querida! — respondeu sua mãe. Aquela pequena família exalava um sentimento puro e incondicional. Não buscavam a felicidade para si e sim para os outros, pois seriam retribuídos da mesma forma, apesar de não pedirem nada em troca.

— Renée, temos que ir. Não podemos chegar atrasados. — disse Charlie um preocupado. Sabia que se chegassem atrasados seriam punidos.

— Tem razão, querido. — respondeu Renée e virou-se para sua filha. — Tem certeza que está tudo bem com você, querida? — a menina assentiu. — Então a mamãe e o papai vai trabalhar, ok? Se precisar de alguma coisa já sabe, é só pedir a Marta, tá?

— Aham...

O casal deu um beijo na garotinha e partiram para o “trabalho” o mais rápido o possível. Ao chegarem ao local foram direto para a sala de reuniões e encontraram um Aro soltando fumaça pelo nariz. Berrava, incontrolavelmente, com seus capangas.

— EU DISSE PARA NÃO PASSAR A MÃO EM ‘MARMANJO METIDO A ANJO DE REPENTE’! E OLHA O QUE FIZERAM!!! DEIXARAM AQUELE IDIOTA ROUBAR A MINHA DROGA! — ele nem tomava fôlego para falar.

— Mas, chefe, foi só um pouco, não irá fazer falta! — um de seus capangas, Felix, tentava acalmá-lo, pena que era em vão.

— COMO NÃO? É A MINHA DROGA, PORRA! Argg... DÊ O FORA DAQUI!

— Mas...

— AGORA! — gritou Aro, vermelho de raiva. Mas essa raiva, instantaneamente, evaporou ao ver Renée entrar em sua sala com seu marido em seu encalço.

— Desculpe a demora, Aro, tivemos um contratempo. — se preocupou logo em se desculpar. Ela sabia dos sentimentos de Aro por ela. Aliás, ele já tentou e continua a tentar levá-la para sua cama, mas com muito trabalho, ela conseguiu driblá-lo e ficar o mais longe o possível.

— Tudo bem, — respondeu docemente. — mas que não se repita.

— Claro! — respondeu Charlie. — Desculpe mais uma vez.

Aro deu de ombros e voltou sentar-se em sua poltrona. Aquela reunião estava tensa, mas ocorreu tudo bem. Fizeram planos, arquitetaram esquemas e decidiram os que ficariam responsáveis pela missão. Charlie e Renée foram os escolhidos, pois com essa missão iriam fechar a conta de missões e poderiam, finalmente, viver em paz longe da máfia.

O plano seria da seguinte maneira: esperariam que o carregamento chegasse no domingo e efetuariam o roubo, uns dias depois, durante a semana. Não queriam dar bobeira nem para a N.S.A. e nem para a máfia Russa. Charlie, Demitri e Felix, fariam a segurança dentro do local. Caius e Laurent entrariam no cofre para pegar a mercadoria. Renée e Heidi ficariam encarregadas de fazer a segurança externa. Fora os outros que iriam circular pelo local para dar apoio. Tudo teria que ser feito da forma mais cautelosa que conseguissem. Nem que para isso tivessem que cometer mais alguns crimes.




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Notas finais do capítulo

Pronto! Espero que tenham gostado! Não deixem de comentar, tá? Ah! Antes que eu me esqueça, postarei ainda nesse final de semana o segundo capitulo! Beijos!