Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 24
A quase morte.


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas do meu batalhão!
Primeiro, quero agradecer aos leitores que comentaram o capítulo anterior. Muito obrigada! Amei todos e logo responderei.
Segundo, desculpe a demora para postar, gente.
E por fim...
DEDICO ESTE CAPÍTULO AO GRUPO PAPO DE GAROTAS (Que agora se chama Fanfic: Único Prazer da minha querida autora Nick Montanari). Meninas, capítulo inteirinho dedicado a vocês que me cobraram tanto por ele. ♥

Ps.: Olhem lá a fanfic da Nick. Vocês irão se surpreender com as fanfics dela.

Vamos a leitura!



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“Tudo de bom nesta vida despenteia: fazer amor, pular, dançar, gargalhar, beijar. Por isso, tomara que você viva sua vida com o cabelo sempre um desastre.”

 

 

Minha cabeça dava voltas e mais voltas em busca de uma solução para aquela situação. Fazia mais de quatro horas que nós tínhamos chegado ao quartel e até agora não tínhamos nenhuma notícia, isso estava me enlouquecendo gradativamente. A concentração de pessoas preocupadas com os agentes que ficaram, depois de duas horas de espera, foi dispersa por ordem dos superiores. Todos se recolheram, menos eu. Eu não sairia dali até ter notícias.

Mike e Jacob tentaram me convencer a ir para o dormitório ou comer algo, porém não tiveram êxito. Eu estava irredutível.

Sentada na calçada da garagem dos automóveis militares e sem me importar com o frio absurdo que fazia, eu aguardava que o caminhão que faltava ali aparecesse nos portões do quartel. O lugar, cada vez mais escuro, estava totalmente vazio. Os poucos agentes que apareciam de vez em quando já não davam mais as caras.

Encosto a cabeça na parede e não consigo evitar o longo suspiro, o corpo e a mente cansados demais para um único dia. Eu lutava para manter meus olhos abertos, mas eu tinha a impressão de que eles pesavam toneladas.

Onde você está, Cullen? Será que está bem ou... ferido?

Balanço a cabeça dispersando esses pensamentos, não era hora de pensar negativo. Ele está bem e logo estará aqui me chateando e dando ordens para todos os lados, exibindo sua exagerada superioridade.

O som inconfundível do portão abrindo me fez levantar com rapidez. Sem esperar que o caminhão alcançasse a garagem, corri em direção a ele procurando Emmett entre os soldados. Seu semblante cansado e preocupado quando desceu do veículo foi como um soco no estômago.

— Emmett.

— Bella? — assustado chegou até a mim e segurou meus ombros — O que ainda faz aqui?

— Eu estava esperando vocês. Eu... — agoniada, esperei que o Cullen descesse do carro ou que os outros dissessem onde ele estava. — Cadê o General?

Emmett suspirou antes de responder:

— Não o encontramos, não deu tempo de vasculhar tudo antes de escurecer.

— Vocês o deixaram lá? — perguntei histérica.

— Seria perigoso se continuássemos lá à noite, Bella, não poderia colocar o resto do batalhão em perigo.

Assenti, concordando mesmo contrariada. Eu entendia os motivos de Emmett para preservar os outros agentes, contudo, não me saía da cabeça que Edward precisa de ajuda, que pode ter sido capturado e estar sendo torturado de alguma forma.

— É melhor ir descansar, Bella, qualquer notícia você ficará sabendo.

— Mas, Emmett...

— Agora, Bella. — interrompeu-me seriamente.

Não retruquei. Caminho devagar para meu quarto, exausta demais para prestar atenção nas coisas ao redor. Em menos de trinta minutos eu já estou de banho tomado, deitada em minha cama e com os pensamentos afoitos. Não consigo dormir mesmo estando muito cansada, nem tento me distrair já ciente de que é impossível no momento.

22h19min.

O tempo passava, minha agonia crescia. Meus ouvidos estavam atentos a cada mínimo ruído do corredor, ainda tinha esperança de escutar os passos dele indo para seu quarto, minha mente me enganava ao imaginar escutar a voz rouca dele. Se eu fechasse os olhos poderia sentir seu toque firme, sua respiração quente misturada a minha, seus lábios nos meus...

23h01min.

Edward, onde você está?

23h58min.

Sem segurar as lágrimas, decidi não ficar mais no quarto, o desespero já me sufocava. Por que eu fui uma idiota e o ignorei? Tudo bem que ele abraçou aquela loira aguada e siliconada, mas nós não tínhamos nada, não é? Eu não posso ficar com raiva disso. Ou posso?

Dane-se! Eu posso sim!

Por que eu não insisti mais e fui procura-lo? Eu devia ter fugido! E se ele não voltar mais? Não! Isso não pode acontecer!

Saí novamente no frio da madrugada em direção ao pátio, não aguentaria ficar no quarto, no quentinho da minha cama, me afogando na agonia de saber que Edward estava por aí no frio e talvez ferido e precisando de ajuda. Sento no mesmo lugar de antes na frente da garagem e fico na espera de não sei mais o que. Mais uma vez encosto a cabeça e respiro fundo tentando controlar as lágrimas. Nunca um momento de espera foi tão doloroso.

Mais alguns minutos ali e eu estava quase caindo no sono, mas o barulho, ao longe, de pneus na estrada de barro que levava até o quartel me despertou imediatamente. Com o coração batendo mais forte que uma escola de samba, vi um carro se aproximar cada vez mais. Quando o farol alcançou o portão, que foi rapidamente foi aberto, uma pessoa desceu do carro, acenou para o motorista e cambaleante entrou, indo em direção aos dormitórios. Eu sabia quem era.

— Edward!

Assim que eu gritei, ele parou surpreso por alguns instantes, mas logo voltou andar, dessa vez em direção a mim. Sem nem pensar, corri até ele. No minuto seguinte eu estava em seus braços, chorando igual a um bebê desesperado.

— Bella... Você está bem? Onde você estava? — sua voz embargada deu alívio para meus ouvidos. Meus braços não soltavam seu pescoço e os seus pareciam muitos confortáveis agarrados fortemente em minha cintura. — Eu te procurei em todo canto.

— Eu consegui sair de lá com outros agentes. Eu... — respirei fundo tentando controlar o choro. — Eu pensei que você não voltaria mais.

— Shiii... Eu estou aqui, está tudo bem. — ele beijou minha testa e me pegou no colo. — Vamos sair daqui.

Não o contrariei. Naquele momento eu iria para onde ele quisesse me levar. Finalmente eu sentia meu mundo se reconstruir e fazer sentido, aos poucos eu sentia que estava voltando a ser eu mesma. Minha gravidade voltou, estou segura novamente.

Poucos minutos depois, estávamos em seu quarto. Ele me pediu para esperar enquanto tomava banho e, mesmo contrariada em deixa-lo se afastar, permaneci calada e o obedeci. Sentei-me em sua cama e esperei o que para mim foi uma eternidade antes dele sair. Sem saber o que falar e nem como agir, aguardei que ele se pronuncia-se primeiro.

— Você está bem?

Assenti, mesmo sentindo as lágrimas voltarem a turvar minha visão. O Cullen sentou ao meu lado, sua postura tensa mostrou-me o quanto ele também não sabia como agir.

— Como conseguiu fugir? — rompi o silêncio.

— Conheço aquela floresta como a palma da minha mão, eu sabia que tinha uma rodovia movimentada ao sul dela. Eu só precisei chegar nela, o que demorou um pouco já que a floresta é grande e escureceu muito rápido.

Sua explicação não aliviou aquele maldito sentimento de que ele esteve em perigo há algumas horas atrás, que poderia ter sido pego. Que poderia estar morto agora.

O silêncio voltou. Nenhum dos dois olhava um para o outro, parecia que algo faltava ali. Uma peça faltava se encaixar.

— Eu vou dormir. — levantei motivada em não permanecer naquela situação e segui até a porta.

— Bella!

E a motivação se vai. Devagar, viro-me para ele e finalmente o encaro. Ele fitava-me atordoado, como se estivesse em um dilema mental difícil de resolver. Seus longos dedos alcançaram seus cabelos e passou nervosamente entre eles, deixando-os ainda mais bagunçados. Era a primeira vez que eu o via assim.

— Eu te procurei feito um louco. Eu só pensava em te achar, em te proteger, em não deixar ninguém te tocar. Eu... — levantou num rompante vindo até a mim, suas mãos logo se instalaram ao redor do meu rosto. — Só de pensar que você poderia ter sido pega e que poderia estar morta agora, eu...

— Edward...

Seu rosto estava tão próximo ao meu, nossas respirações ofegantes se misturavam como em todos os nossos beijos. Sempre seria assim, sempre haveria o encaixe perfeito, a temperatura perfeita, o abraço perfeito, sempre seria ele e eu.

Mas sempre haveria um empecilho entre nós, eu sabia que logo ele diria a mesma coisa que me disse antes: Que não podíamos fazer isso, que era um erro. Eu tinha que afasta-lo, mas eu não conseguia.

Mas ele sim.

— Bella, nós...

— Eu sei, já entendi. — o cortei e me afastei rapidamente. — Eu vou dormir.

Saí dali em disparada para meu quarto sem nem mais me importar com as gordas lágrimas que preenchiam meu rosto. A dor da rejeição, que gradativamente me consumia, era horrível. Parecia que flechas e mais flechas perfuravam meu corpo sem intervalo de tempo. Entretanto, mal fechei a porta e escutei batidas fortes nela. Assustada, enxuguei o rosto como podia e, depois de respirar fundo, a abri.

Em minha frente estava o Cullen, apoiado no parapeito da porta, com os olhos esmeraldinos decididamente fixados em mim. Senti uma lufada sair forte da minha garganta.

— Foda-se a porra da missão.

Em um movimento rápido, eu já estava prensada entre ele e a parede mais próxima, segundos depois sua boca esmagava a minha. Um gemido de satisfação de ambos logo foi ouvido. Uma de suas mãos estava em minha nuca e a outra apertava firmemente minha coxa esquerda. Já as minhas, não se decidiam em que parte do seu corpo ficar, eu explorava tudo afoitamente. Era como se sentíssemos saudade, muita saudade um do outro.

— Porra, Bella, eu te quero tanto.

— Eu também...

Ele nem me deixou terminar de falar e já me beijava novamente. A partir daí éramos beijos desesperados, carinhos intensos, gemidos de prazer, toques nos lugares certos. Quando vi já estávamos na cama, parcialmente vestidos. Eu sentia o desejo louco correr por minhas veias e se concentrar em um lugar específico, Edward parecia saber direitinho que eu precisava dele mais um pouco ali quando pressionou sua avantajada ereção contra a minha virilha. Isso me fez gemer alto, como nunca antes.

— Edward, eu preciso de você.

— Eu sei, meu amor, e você me tem.

Para mim, depois dessas palavras, eu nem precisava de algo mais sexual para alcançar o clímax daquela noite. Ele me chamou de meu amor! Meu coração inflou de um sentimento estranho, a necessidade de tê-lo para mim aumentou. Ou melhor, a necessidade de ser dele aumentou.

— Me faz sua. — sussurrei em sua boca. — Quero ser sua como nunca fui de ninguém.

— Oh, Bella. — seu gemido gutural parecia mais um rosnado. Logo ele aventurou-se a retirar o resto de nossas roupas com a minha atrapalhada ajuda. A tensão sexual era muito intensa, quase palpável. Nós precisávamos um do outro, nós pertencíamos um ao outro. — Minha. Só minha.

Sua boca desceu por meu rosto e seguiu caminho por meu pescoço até chegar a meus seios, sua atenção se concentrou ali e eu me vi perdida. Ele beijava, acariciava, lambia, mordia. E eu? Bom, eu enlouquecia.

Deixando um rastro de beijos por minha barriga, ele chegou a um lugar que me deixou tensa. Eu nunca tinha feito isso. Nas pouquíssimas vezes que tentei ter relações sexuais, aquilo nunca foi testado.

— Edward?

— Shiii, amor... Apenas sente.

E então, transformei-me em um mar de sensações absurdas. Sensações essas que nunca nem sequer imaginei sentir. Meus gemidos aumentaram e às vezes se confundiam com os seus. Minhas mãos, uma hora puxavam seus cabelos e em outra pressionavam seu rosto contra a minha virilha. Eu estava totalmente perdida.

De repente eu me desfaço e conheço, finalmente, aquela sensação de quase morte que tanto falam. Tento controlar minha respiração enquanto sinto o Cullen voltar a ficar por cima de mim, seus beijos logo estão em meu pescoço novamente.

— Tão gostosa... Tão minha. — sussurrou roucamente em meu ouvido.

Aperto seus ombros largos e musculosos e rodeio sua cintura com minhas pernas. Não consigo decifrar seu olhar sobre meu corpo, parecia uma mistura de desejo, paixão, adoração e algo mais. Eu sabia que em meu olhar aquilo tudo se refletia, éramos o reflexo do outro.

Não consigo evitar ficar tensa quando sinto o toque da sua virilha na minha sem o empecilho de qualquer roupa, era mais forte que eu. Nunca esquecerei os momentos horríveis que vivi no passado, porém, dessa vez, eu me sentia segura para continuar. Ele pareceu ter notado, já que seus toques e apertos ficaram ainda mais gentis. Nossos olhos se conectaram e um lindo sorriso se formou em seu rosto, foi impossível não retribuir.

Oh, man! Era o meu Cullen ali.

De novo as indescritíveis sensações prazerosas me consumiram, resolvi aproveitar ao máximo. Edward, em certo momento, teve que controlar minhas ações, responsável o suficiente para lembrar-se da camisinha. Mesmo com o desejo palpável e a intensidade do momento, ele ainda acariciou meu rosto delicadamente e plantou um beijo em minha testa no momento em que nos tornamos um só.

E, porra, o que era aquilo?

Como é que se controlam os gemidos nessa hora? Eu impulsionava meu quadril para junto do dele e arranhava suas costas por puro instinto. Em resposta a isso, ele me penetrava cada vez mais forte, mais fundo. Parecia um ciclo vicioso, quanto mais forte ele ia e vinha, mais eu o arranhava e movimentava meu quadril. Um gemido alto saiu de mim quando senti que estava chegando ao clímax, Edward demonstrou sentir o mesmo quando soltou um rosnado e aumentou os movimentos, me fazendo revirar os olhos de prazer e morder os lábios fortemente. E lá estava ela, a quase morte.

Com a respiração ainda descompassada, abracei seu corpo junto ao meu quando senti voltar o medo que eu tinha de perdê-lo. Contudo, ele se desvencilhou de mim e o medo tomou proporções absurdas.

Era agora que ele dizia que tudo foi um mero erro?

Mas contrariando meus pensamentos medrosos, ele deitou ao meu lado e me puxou para perto dele, abraçando a minha cintura enquanto em descansava o rosto em seu peito ofegante.

— Isso foi... — meu coração parou.

— Um erro? — cortei-o receosa.

— Eu ia dizer maravilhoso. — completou com um sorriso. — Bella, você sabe que não tem mais volta, não é? Não há mais a possibilidade de eu te deixar ir.

— E eu não quero.

Ele virou-se, ficando um pouco em cima de mim e segurou meu rosto.

— Nem sob uma ordem superior? — sorriu faceiro.

Sorri maliciosa antes de responder:

— Sou eu quem manda aqui, General.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado satisfatório. XD
Não esqueçam de comentar, hein? Até o próximo capítulo!

Att,

General Clessi Magalhães.