Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 25
Oxigenada demais faz mal para a saúde mental?


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas! Sim, estou de volta! Desculpe a enorme demora, o bloqueio nas inspirações dessa vez foi enorme, mas farei de tudo para não voltar a acontecer. Também tive que refazer o capítulo, pois modifiquei um pouco a história. Por favor, não desistam dela! (Tentei colocar uma imagem pra vocês, mas não deu muito certo acho. Hahaha)

Não esqueçam de comentar! XD

Enjoy!



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Nem em um milhão de anos eu acharia que viveria o que aconteceu ontem. Bizarro seria se eu dissesse que nunca me passou pela cabeça, mas na hora parecia que era tudo o que eu mais desejava no momento? Não, talvez o mais bizarro fosse o fato de ter sido com ninguém menos que o Cullen e eu achar que não poderia ser com nenhum outro. Isso sim é bizarro, ao menos para mim.

O mais chato de tudo isso é ter vivido a noite de ontem e hoje ter acordado sozinha. Claro que eu não ficaria na ilusão de que acordaria no dia seguinte com o Cullen ao meu lado fazendo juras de amor eterno. Isso eu já esperava que não acontecesse, afinal, estamos falando do General todo poderoso Cullen, porém, não posso evitar a onda de decepção que me abateu.

E, cara, isso dói pra caralho.

Eu já tinha perdido quase meia hora do café da manhã, então decidi me dar o “luxo” de ficar um pouco mais na cama. Ainda não tinha coragem reunida o suficiente para enfrentar Edward.

Às sete horas em ponto eu já estava à espera dos outros soldados no pátio principal. Vestida para mais um dia de treinamento, tentava deixar minha mente em branco para que nenhum sentimento fosse visto em minha expressão. Mais alguns minutos ali e estranhei que nenhum soldado ou superior tenham dado sinal de vida.

— Bella! — escutei a voz de Jacob antes que ele corresse até mim — Não haverá treinamento essa manhã, todos estão reunidos no auditório. O General dará esclarecimentos sobre o ataque de ontem.

— Ah, sim. Tudo bem.

— Está tudo bem, Bella? Você parece um pouco... Aérea. — avaliou-me ele.

— Não é nada, só pensando no que aconteceu ontem. — respondi evasiva. De qualquer forma, foi uma meia verdade. Ele só não sabe com o que estou me referindo. — Vamos?

Ele assentiu e me acompanhou. Quando chegamos ao auditório lotado, demorou um pouco para encontrarmos nossos amigos. Eles pareciam muito apreensivos e de certa forma isso parecia estar em todos os rostos daquela sala, o que eu entendia muito bem e compartilhava daquilo. Não era normal nós termos sido atacados daquela forma, alguns até comentavam que isso nunca tinha acontecido em toda a história da N.S.A. Era no mínimo suspeito.

— Bom dia.

A voz rouca e forte de Edward sessou os murmúrios da sala e, em compensação, fez meu corpo se agitar. Evitei olha-lo diretamente enquanto todos estavam em posição, era inevitável que ele me visse, mas eu poderia muito bem fazer o esforço de não vê-lo.

— Creio que todos estão se perguntando o que houve na missão de ontem. Isso nunca aconteceu e admito que nós estávamos com a guarda baixa. Aparentemente, um grupo de terroristas resolveu brincar de gato e rato com vocês.

Grupo de terroristas? Por que eles iriam atacar diretamente a Agência Nacional, ou melhor, uma turma de míseros soldados e não planejar algum ataque contra o país? Isso está estranho.

— O Major Whitlock está tentando rastreá-los e encontrar mais informações, mas não é preciso que fiquem assustados. Os treinamentos continuarão normalmente para não serem afetados na formação de vocês. Estão dispensados.

Pouco a pouco as pessoas foram deixando a sala e eu, finalmente, tomei a iniciativa de olhar para Edward. Para minha surpresa, ele estava acompanhado não só por Jasper, como também pela loira que vi outro dia no refeitório. Se eu já estava ressentida por hoje de manhã, agora eu já não sabia mais o que sentia. Então foi por isso que ele não estava mais no meu quarto? Foi por que ele foi encontrar a loira aguada?

Mesmo com tanta raiva, tentei sair do auditório mais disfarçadamente o possível. Já perto dos corredores dos dormitórios, disparei para meu quarto ignorando os chamados de Mike. Eu não estava com vontade de conversar com ele, na verdade, com ninguém.

— Que ódio! Burra! Você é burra, Isabella! — bati com força a porta, trancando-a em seguida. Eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, Mike ou Ângela iriam querer falar comigo e eu não estava disposta.

Puxei os lençóis da minha cama, ainda desarrumada, e joguei com raiva no chão. Não queria mais sentir o cheiro do Cullen enquanto eu estivesse deitada. Queria bloquear as imagens da minha mente, queria parar de sentir a sensação de suas mãos em meu corpo, queria parar de lembrar-me de seus beijos e o carinho estampado em seus olhos. Queria esquecer que um dia eu me entreguei completamente para ele.

Por que, Edward? Por quê?

E então eu senti. Senti aquele líquido gelado e que expressava tanta dor descer por meu rosto e cair no travesseiro. Logo depois veio a agonia de saber que eu estava chorando. Eu não queria chorar pelo Cullen, mas já não controlava os soluços.

Maldito! Por que me faz sentir isso? Por que eu quero odiá-lo a todo custo e não consigo.

Prendi a respiração quando bateram na porta, calada continuei à espera que a pessoa se pronunciasse.

— Bella? Bella, você está aí? — era Emmett. Permaneci calada enquanto enxugava o rosto e levantava da cama. — Sei que está aí, Mike me disse que te viu vindo nessa direção.

— Estou sim, Emmett. Só um segundo.

Arrumei rapidamente a cama e, antes de abrir a porta, verifiquei minha aparência. Eu estava horrível. O nariz e os olhos vermelhos denunciavam que eu tinha chorado e meus cabelos presos em um coque estavam bagunçados. Sem sombra de dúvida, eu não estava uma imagem bonita naquele momento.

— E aí, Bellinha, que bom que abriu... — Emmett me saudou animado, mas, ao ver meu rosto, sua preocupação ficou evidente — Você estava chorando?

— Não. Sim... Quero dizer... — me enrolei ao responder — Eu me lembrei dos meus pais, então... — deixei a frase solta no ar e Emmett assentiu consternado. — Você queria algo? — mudei rapidamente de assunto.

— Vim te chamar para mais uma reunião secreta, mas se você não estiver...

— Não! Está tudo bem. — o interrompi. — Se ela é secreta, então acho que o assunto envolve meus pais, não é? — indaguei e, antes que ele respondesse, fechei o quarto e segui acompanhada por Emmett até o escritório do General. Só quando me vi de frente para a porta foi quando lembrei que teria que olhar para cara dele. Oh, inferno! Isso não é justo.

— Tá tudo bem mesmo, Bella? — perguntou desconfiado.

— Não se preocupe, Emmett. — respirei fundo e entrei na sala sem ao menos olhar na direção da mesa de Edward. — Queriam falar comigo?

— Sim, só faltam mais duas pessoas. — respondeu Jasper.

— E quem seria?

E então a porta se abre em um rompante e Alice entra resmungando acompanhada de você sabe quem. O que aquela loira estava fazendo aqui?

— Desculpe o atraso, Tanya resolveu ficar mais um tempo conversando no banheiro feminino.

— Ai, gente, não é para tanto. Só estava conhecendo as recrutas. — disse risonha.

— Conhecendo, Tanya? Sei... — debochou Emmett, me deixando confusa.

— Isso não vem ao caso agora. — interferiu Edward, fazendo o meu corpo ficar rígido. — Temos um assunto mais importante a tratar.

— Ah, é. Você deve ser Isabella Swan, não é? — Tanya perguntou esfuziante e estendeu a mão. — Prazer, sou Tanya.

— Você já sabe quem sou. — apertei sua mão sem vontade. — E então, o que queriam comigo?

— É sobre ontem. — respondeu Edward. Congelei por dentro só de pensar na hipótese de ele estar se referindo ao que nos aconteceu. — Sobre o ataque. — acrescentou rapidamente, me fazendo relaxar.

— Suponho que ele não tenha sido só uma brincadeira de terroristas.

— E não foi. Acreditamos ter alguma ligação ao caso CRS. Por isso, a chamamos aqui.

— Por que acham isso?

Eu encarava qualquer coisa da sala, menos Edward. Eu sentia o peso de seus olhos em minha direção, mas eu ainda não estava pronta, principalmente com a presença da coisa... Quero dizer, com a presença de Tanya na sala.

— A maior parte dos terroristas se concentrava no lado sudoeste da floresta. Nos outros lugares, eles pareciam só estar espalhando as equipes para o outro lado. É como se estivessem isolando aquele lado. — explicou Jasper ao por um mapa sobre a mesa.

— E o que isso tem a ver com meus pais?

— Não com seus pais e sim com você, Isabella. — quem me respondeu foi Edward, me fazendo olhá-lo. Seus olhos estavam questionadores e avaliavam minha expressão. — A área isolada só possuía duas equipes. A equipe dos seus amigos e a sua. — ele moveu-se para mais perto da mesa e encarou-me profundamente. — O intrigante é que os integrantes da sua equipe saíram da floresta, menos você. Até seus amigos te acharem, mas os invasores persistiam naquela parte.

— Eu...

— Um traidor, talvez? — Tanya me interrompeu e eu quase agradeci. Não conseguia raciocinar com Edward me olhando daquela forma. — Alguém que esteja por perto e que saiba o suficiente sobre a N.S.A para passar informações.

Um rosto ganhou forma em minha mente. Jacob! Ele sempre aparentou saber demais sobre os treinamentos e parecia ambicioso o suficiente para fazer carreira na Agência em troca de algumas informações.

Não! Não posso pensar isso do meu amigo. Jacob não seria capaz disso!

— Desconfia de alguém, Bella? — perguntou Edward.

— Não, — respondi com a voz fraca e pigarreei antes de continuar — mas ficarei em alerta.

— Certo, então... Quando Jasper tiver mais informações, nos reuniremos de novo. Estão dispensados. — mal escutei aquela frase e prontamente fiquei de pé, louca para sair dali. — Menos você, Isabella.

Merda!

Permaneci na sala e de costas para ele. O silêncio permaneceu até que Emmett fosse o último a deixar a sala e me lançar um sorriso malicioso antes de fechar a porta. Revirei os olhos. Emmett iria encher o meu saco depois.

— Agora que estamos sozinhos... — Edward andou até mim e parou a minha frente. Suas mãos se apossaram da minha cintura e me puxaram para ele. — Quero saber, por que não falou comigo direito?

— Não sei, me diz você! — Tentei me soltar dele. — Será que pode me soltar?

— Estou bem assim. — negou com um sorriso sacana — Bella, por que está arredia?

— Ah, você não sabe? — ele negou novamente — Talvez o fato de que o que aconteceu ontem não foi nada pra você e você já está com aquela loira oxigenada hoje. Ela sabe que oxigenada demais faz mal pra saúde mental dela?

— O quê? — ele se afastou confuso — Bella, de onde você tirou isso de que ontem não foi nada pra mim? Bella, você é absurda. Ontem foi maravilhoso, foi tudo o que eu queria desde que te conheci. Como pode dizer isso?

— Então por que eu...

— Acordou sozinha? Tive que sair mais cedo por causa de um chamado dos superiores e não tive como voltar. — explicou-se e se aproximou de novo, seu rosto logo estava enfiado em meu pescoço arrepiando meu corpo por inteiro. — Emmett que me acordou.

Oh, inferno. Agora entendo o sorriso malicioso dele.

— E Tanya?

— O que tem a Tanya? — perguntou distraído.

— Não vai admitir que exista algo entre vocês?

Diferente da outra vez, Edward não me olhou confuso e sim sorrindo. Minha raiva aumentou com a quase confirmação. Tentei me soltar dele novamente, mas ele me segurava fortemente contra seu corpo.

— Você está com ciúmes! — disse e depois gargalhou. O miserável gargalhou! — Amor, não precisa ter ciúmes. Eu sou seu.

— Parece que também não sabe disso. — falei tentando não me desmanchar toda com o que ele falou.

— Bella, — tentou ficar sério — quem deveria ter cuidado com Tanya sou eu, não você.

— Por que diz isso?

— Tanya é homossexual.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar! Irei responder os comentários amanhã. Domingo estarei de volta com mais um capítulo, ou antes quem sabe?! Hahaha


Att,

General C. Magalhães.



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