No outro dia, Angel acordou ainda com uma leve dor de cabeça, e com um grande esforço conseguiu levantar-se para ir ao colégio.

Chegando lá foi direto para seu lugar, sem prestar muita atenção, mas vendo o lugar de Cadu vazio.

- Bom dia Angel! – Matt disse, literalmente jogando-se em seu lugar.

- Bom dia. – respondo normalmente

- Muita ressaca, é? – ele riu

- Vai se catar.

- Já começou com a agressividade, só estou brincando.

- Brincadeiras tem limites.

- Mas que porra Angel, da onde que ultrapassei algum limite falando que ta com ressaca?

- Insinuando isso, né?

- Insinuando, aham.  Já fiquei sabendo do porre que você tomou, e ainda vem me xingar, sorte tua que eu não estava lá.

- Eu te xinguei?

- Sim, o Brian me disse.

- Aquele viado é um filho da puta fofoqueiro... Pelo amor de Deus. E eu disse que você é um idiota, mas isso é algo que falo na sua cara sem problema algum.

- É, já to me acostumando com seu amor diferenciado.

- Amor, que belo amor.

- Também acho isso. – ele riu novamente e virou-se para frente, Angel não tirava os olhos dele, teve lembranças do dia em que ele a beijou, e ficou entorpecida ao lembrar-se do toque dele, daquele olhos verdes tão próximos dos seus... “ANGELINA, O QUE DEU EM VOCÊ?” ela pensou com raiva de si mesma por pensar essas coisas, Matt não podia estar mexendo com seus sentimentos, mas era impossível até para ela negar isso.

- No que você tanto pensa, ein? – perguntou Matt encarando a jovem que estava inerte, e nem se quer reparou que ele a estava olhando.

- Nada, sei lá. Af. – ela disse irritada, levantou-se e saiu da sala, entrando no banheiro e ficando lá por um bom tempo. Perdendo as primeiras aulas do dia.

Quando o sinal do intervalo bateu, Angel seguiu até os degraus da biblioteca, onde sempre ficava com Cadu, que realmente não aparecera no colégio, o que era estranho, ainda mais por ele não ter avisado nada.

- ANGEL! – Matt gritou ao longe quando avistou a garota, correu até ela e sentou-se ao seu lado. – Onde você tava? Não suma desse jeito de novo.

- Só tava precisando de um tempo.

- Tempo pra quê? Eu falei algo que não gostou?

- Você vive falando coisas que eu não gosto, Matt.

- Mas dessa vez sei lá, você ficou estranha na sala, e depois saiu daquele jeito... Só queria saber o que houve.

- Porque quer saber, ein? Que eu saiba não devo explicações pra você. Desde quando se preocupa comigo?

- Não precisa ser estúpida dessa maneira, e eu me preocupo com você sim, e quer saber por quê?

- Não sei se quero...

- Não sabe? Nessas horas você sempre dá um jeito de fugir.

- Que horas? Af Matthew, se toca.

- Nas horas em que eu quero olhar pra você, parar de ficar de birrinha infantil e te beijar. – disse ele segurando Angel pelo braço quando ela foi sair dali, no puxão ela foi pra bem perto dele, sentindo aquele perfume amadeirado e encarando aqueles olhos verdes, ficando novamente extasiada.