Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 11
Segredos de um novo suposto aliado


Notas iniciais do capítulo

alexa_zambini
Marii Black
Obrigada pelas lindas recomendações ;3
Obrigada pelos lindos reviews meninas (meninos?) !
Boa leitura ;D



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Lilly Luna Potter narrando:

            Eu tomo uma decisão que pode mudar a minha vida, e sei que vai ser um inferno, mas eu não posso me esconder ou vou acabar morrendo. Eu nunca me importei com isso, só que algo estava mudando, ao contrário do que eu pensava antes, que a morte seria a solução, agora eu queria viver. E quem estava querendo me fazer viver era sem dúvida alguma o Riley, claro que é idiotice eu confiar no garoto em tão pouco tempo, porém aqueles belos olhos azulados me fazer sentir como se eu pudesse tudo, e talvez eu realmente possa.

            Então quando eu entro no Salão Comunal, eu sei que a Rose vai estar lá, eu sei que vão me provocar, e sei que vão tentar me machucar, mas eu não vou correr, não vou me esconder, chorar ou aceitar tudo aquilo, eu simplesmente vou enfrentar, nem que aquilo custe a quase paz que ás vezes encontro.

            -Olha lá quem vem, é a Lilly, pra quem será que estava dando para chegar a essa hora da noite? – é a voz da Rose, gélida e cruel, meu corpo tem um leve arrepio e começaria a tremer se não fosse a leve coragem que está crescendo dentro de mim.

            -Não estava “dando” para ninguém, esse é o seu papel e não o meu, e eu não roubo a função de ninguém, principalmente a de ser vadia – respondo, já com varinha em punhos, pois sei muito bem que vou ser torturada por isso. Rose me encara com raiva, e fica perplexa por alguns segundos.

            -Como ousa...?

            -Falar a verdade? – eu interrompo um discurso besta que eu não preciso ouvir, um monte de gente me olha perplexo. Eu sei, eu reagindo, é como se o mundo fosse acabar, talvez realmente acabe, não sei.

            -Ahh... Sua vadia – Rose quase grita, mas mais parece um gemido, e dou um meio sorriso, deixando meu rosto com uma expressão calma e até certo ponto irritante.

            -Essa é você Rose – retruco e sinto que estou sendo rodeado por um monte de garotos – Deixa eu adivinhar, esses garotos que querem me bater são todos os caras com quem você chifra o Scorpius? – falo sem penar nas consequências, como eu sempre fiz antes do meu segundo ano ali. Scorpius me olha perplexo de cima a baixo, e me fuzila com o olhar, porém ele para de me olhar como se fosse me matar assim que vê meus pulsos, eu coro ao perceber que estão expostos e puxo a manga da minha camiseta para escondê-los, sei que parece ser um gesto nervoso, porém não quero que ninguém veja.

            -Não sei o que você está falando – Rose reponde totalmente vermelha, e com um gesto manda que se aproximem mais, eu dou de ombros e reviro os olhos, virando o corpo para subir ao dormitório, mas assim que faço isso algum grifinório idiota me empurra e perco o equilíbrio, só não caio porque Albus me segura. O encaro confusa, mas ele não olha para mim, apenas e coloca de pé.

            -Rose, não vamos arrumar confusão aqui – ele diz com um sorriso encantador para a minha prima – Não duvido nada que façamos algum barulho e a Minerva venha pra cá, sabe que depois que ela quase nos pegou nos drogando ela está desconfiada e anda rondando por aqui – parecia sensato – Amanhã de manhã pegamos a vadia – ele fala me empurrando para as escadas do dormitório feminino.

            -Eu não preciso da sua piedade, Potter, eu não tenho medo que a Minerva venha aqui, vocês sabem que ela ficaria do lado de vocês – retruco para o meu irmão – E eu posso muito bem lidar com vocês – Albus revira os olhos com desprezo, e Rose dá um sorrisinho sarcástico.

            -Aceite a piedade vadia, amanhã de manhã prometo que não seremos piedosos – ela sorri malignamente e Albus segura meu braço, pegando em minhas cicatrizes, arde, é óbvio que arde, mas não solto um pio, quem vem me socorrer é Scorpius, acho que eu devo ter alguma magia que faça os Malfoy’s terem piedade de mim.

            -Deixa que eu levo ela pro quarto dela – ele diz segurando meu braço e fazendo meu irmão me soltar. Rose sorri malignamente e faz um gesto para Scorpius, acho que ela quer que ele me estupre, mas algo em volta dele diz que ele não vai fazer isso.

            A turminha deles conhece um feitiço que faz com que os garotos possam subir no dormitório feminino, então Scorpius faz aquilo e me leva parecendo violento, porém gentilmente, chegamos no meu quarto e ele finge que me joga, porém só me coloca para dentro e fecha a porta atrás de si, trancando por dentro.

            -Vai me estuprar? – pergunto com a varinha em punhos pronta para soltar uma maldição imperdoável, ele simplesmente revira os olhos.

            -Não que você não seja bonita e não desperte instintos masculinos – eu coro violentamente quando ele diz isso – Porém não faria isso, não teria coragem de fazer uma garota sofrer e ser humilhada á esse ponto.

            -Você faz isso todos os dias desde que eu coloquei os pés aqui comigo, garanto que um estupro não mudaria em nada no que eu sinto – falo sem pensar e o loiro abaixa os olhos e cora, mas logo me olha e pega meus pulo gentilmente, levantando as mangas e vejo um leve tremor passar pelo corpo dele assim que vê minhas cicatrizes.

            -É por nossa causa? – ele pede ainda com as mãos vacilantes, eu tiro minhas mãos de vista e cubro meus pulsos.

            -Vocês fizeram minha vida um inferno, tanto aqui quanto em casa, o que você acha? – retruco, mas sei que meus olhos já devem estar cheio de lágrimas, e então percebo que Scorpius está quase chorando também. Seguro os pulsos dele e levanto as mangas, cicatrizes finas e algumas poucas recentes se encontram ali, eu passo minhas mãos levemente.

            -Eu entendo o que você sente – ele sussurra, meus olhos encontram os dele e vejo a profundidade da dor que ele sente – Meu primo também, porém creio que ele tenta não sentir. As nossas famílias mudaram um pouco, porém não é tão fácil assim.

            -Eu entendo – respondo largando os pulsos dele – Porém eu não sou culpada dos seus cortes.

            -Não – ele fala e sinto que há culpa em sua voz – Não queria ser culpado disso Lilly, porém eu sou. Só que sua prima me fascinou, e agora não consigo me livrar dela, é um saco ser o maior corno de Hogwarts e nenhuma mina ficar contigo por ter medo da sua namorada.

            -Você é namorado, não escravo para ter feito o que ela mandou, e se não ama então termine com a Rose, ou você não tem coragem o suficiente para isso? – eu retruco sem dó, não que eu não tenha dó, porém sei que ele precisa que alguém lhe diga o que precisa ouvir. E não que ele mereça a minha ajuda, mas é instinto ajudar.

            -Ela tornaria da minha vida um inferno, e eu gosto da paz que tenho aqui – ele responde com o olhar distante, eu dou de ombros e o encaro.

            -Você que sabe, mas sua paz é inventada, se você tem a reputação estragada e se obriga a fazer coisas por medo, então você não tem paz, e finge ser alguém que você não é. E por mais que seja difícil, se não formos quem nós somos, nos perdemos dentro de nós e aí, isso aí que você tem nos braços, vira isso – eu mostro os meus braços – Vira tentativa de suicídio – ele dá um passo para trás e fica pálido.

            -Eu... eu... – eu viro o rosto, parando de olhar para aqueles olhos em conflito com eles mesmos. Scorpius se aproxima de mim e me abraça, seu abraço é confortador, não tanto quanto o de Riley, mas de alguma forma, parece um abraço de um irmão mais velho – Sinto muito Lils, por isso que eu fiz – ele beija a minha testa, e arruma meu cabelo – Vou ajeitar isso, nem que eu me ferre.

            -Faça o que for melhor por você, não preciso de pena ou piedade de ninguém – eu sussurro me soltando de seu abraço, ele dá um sorriso encantador, parecido com o de Riley.

            -Não estou com dó ou piedade, Potter, só estou fazendo o que tenho que fazer – ele fala e pisca um olho, e então saí do quarto, eu dou de ombros e tomo um longo banho, sentindo meu corpo começar a tremer, e um impulso inebriante de me cortar. O vício me consome.

            Meu corpo treme do leve ar gelado do meu dormitório, Lithium ficou trancada lá fora e é provável que tenha ido para a Floresta Proibida. Com a mão trêmula eu pego a lâmina em cima da minha penteadeira, e roço em meu braço, abrindo um corte antigo e deixando sangrar. Faço um corte novo e sinto a dor atingir meu corpo, e entorpecê-lo.

            A droga da automutilação está ali, meu corpo pede pela dor assim como o corpo de um drogado pede pela droga. Parece que eu preciso daquilo, como eu preciso de comida, é como se sem cicatrizes, sem a dor e sem o corte, eu me transformasse em um enorme nada e perdesse totalmente o pouco controle que eu tinha.

            Fecho os olhos e adormeço, tenho pesadelos, como sempre, e acordo com o sol nascendo. A manhã parece rir de mim, está começando a ficar frio, o que me permite colocar uma blusa de manga cumprida sem gerar estranheza de ninguém. Coloco minha saía, uma meia listrada que vem até o joelho, meu all star em forma de botinha, deixo meus cabelos soltos.

            Passo uma maquiagem escura, apesar de tudo pareço de luto, dou de ombros, algo em mim não está bem, como se eu soubesse que algo fosse ficar errado. Coloco meus fones de ouvido como sempre, coloco minha veste meio jogada e a deixo aberta, jogo minha mochila de qualquer jeito nos ombros e nem me olho novamente no espelho, não preciso em desaprovar novamente. Conto até dez antes de abrir a porta, saio com a varinha em punhos e assim que saio vejo Rose com a varinha apontada para mim e a única coisa que posso fazer é gritar um “Protego”, que a faz cair com tudo e bater na parede do outro lado do lance da escada e sair correndo para o Salão Comunal.


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Notas finais do capítulo

Título do cap fail, mas espero que tenham gostado
Quatro reviews
beijinhos