Minha Amada Potter escrita por B_M_P_C


Capítulo 10
A caminho da cova dos leões


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários e por não terem me abandonado minhas lindas (e meus lindos?)
Boa leitura :D



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Lilly Luna Potter narrando:


Riley ainda está ali, eu viro meu olhar para ele e dou um sorriso, ele sorri e se aproxima de novo, sentando do meu lado na maca e me envolvendo em seus braços, eu me sinto protegida como se nada pudesse dar errado.

-Obrigada – eu sussurro, sei que a ideia de trazer James foi dele, e eu estou feliz por ele ter tido essa ideia, ter ao menos um dos meus irmãos do meu lado era algo que eu queria há muito tempo, mesmo que James não estudasse mais em Hogwarts.

-Era o que eu precisava fazer – ele responde com uma voz suave, uma voz que simplesmente combina mais com ele do que a voz desprezível que ele usava comigo antes.

-Eu preciso sair daqui – eu sussurro tentando me levantar, e ele me segura.

-Não, você precisa descansar Lilly.

-Eu estou bem – isso é mentira, só a tentativa de levantar fez que eu ficasse tonta, mas consegui disfarçar bem, eu sempre conseguia- Riley não quero que tudo fique pior para mim, se eu sumir, Rose não vai deixar passar isso, tá? – ele me fita com aqueles olhos profundos, e suspira.

-Você vai passar na cozinha e comer alguma coisa, tá? – ele me olha preocupado e eu sinto meu estômago roncar, sei que vou me sentir enjoada com a comida e acabar vomitando, então não respondo, apenas mordo o lábio – Eu vou com você – ele sussurra e me entrega minhas roupas, apontando um banheiro para ir se trocar.

Eu coloco as roupas, sentindo meus pulsos arderem e fico tonta, preciso me agarrar na parede por alguns segundos, fico pensando em James, e o que ele vai falar para o Albus, de algum jeito eu acho que só vai piorar tudo, apesar de ser bom ter pelo menos alguém que me ame.

Assim que saio sinto Lithium rodear minhas pernas como uma gatinha manhosa, eu a agrado e brincamos um pouco, ela se comporta quase como um filhote, sei que ficou preocupada. Começamos a brincar de lutinha, e dois segundos depois já estou no chão, e ela passando a cabeça em minha barriga, que pela queda levantou a camiseta e a abriu um pouco, mostrando uma parte dos meus seios. Lembro-me de Riley e vejo que ele está nos observando, coro violentamente e ele sorri se aproximando calmamente e de uma maneira leve e sexy.

-Adorei a brincadeira de vocês – ele sussurra um tanto malicioso e eu sinto que eu coro mais ainda, ele ri de mim, e eu sorrio envergonhada, arrumo minha camiseta e fecho o decote, ele faz um biquinho fofo – Ah tava melhor assim – ele sussurra abrindo dois dos meus botões, e apesar de eu me sentir fraca dou dois tapas na sua mão e um em seu rosto e saio marchando da sala precisa, porém não fecho os botões da minha camiseta.

-Não fale nada que você mereceu – eu falei assim que Riley me alcançou, ele deu uma risada gostosa de se ouvir e segurou minha mão gentilmente, fazendo que eu fosse de mãos dadas com ele.

-Eu sei que mereci – ele fala simplesmente e dá de ombros – Mas eu não poso fazer nada se você fica linda corada – coro de novo com o elogio e fico totalmente sem graça, fazia tanto tempo que ninguém me elogiava que eu não sabia mais como responder um elogio.

-Não fico não – apenas retruco, ele para e me encosta na parede do corredor, seu rosto está sério e vejo em seus olhos algo que nunca havia visto, e fico impressionada em como os olhos de Riley revelam tudo sobre ele.

-Olha aqui Lilly – ele me faz manter o olhar com o dele, o que me deixa com vergonha, mas não com medo, meu corpo está tranquilo como se confiasse em Riley, mesmo depois de tudo que ele um dia me fez – Apesar de todas as coisas que falam de você, das coisas que eu falei, a única coisa que ninguém nunca negou, é que você é linda, ou como os meninos gostam de falar: gostosa – eu coro demais com o “gostosa”, e ele sorri de canto de um jeito maroto – Então não vem com essa, porque você é linda sim.

-Não tanto quanto a Rose – retruco e ele suspira, passando a mão no meu rosto de uma maneira carinhosa e que faz a minha pele ficar formigando, mas não de medo, de alguma outra coisa que eu não entendo.

-Mais do que ela, sua beleza é natural, não artificial – ele beija a minha testa em um gesto de proteção e me leva até a cozinha, onde me faz sentar e comer um bom prato de comida, de alguma maneira não me sinto enjoada.


Riley Black Malfoy narrando:



Meu coração está mais leve agora que a Lilly está acordada e comendo, é a primeira vez que a vejo comendo com vontade e a cor parece voltar ao rosto dela, o sorriso é involuntário em meus lábios, e ainda não compreendo o que sinto por essa garota.

Eu nunca amei, isso é um fato, mas não consigo definir se o que sinto por Lilly se enquadra nisso, acho que não. Eu nunca tive o amor verdadeiro de ninguém, e creio que não sou capaz de amar, tenho muitos medos, anseios e desejos dentro de mim para amar alguém. Mas quero que Lilly fique bem, isso sim, é tão injusto o que eu fazia com ela, e o pior é que tudo fica cada dia pior.

James ajudou a Lilly a melhorar, porém o que ele fosse conversar com Albus podia tornar tudo pior, ou melhor, para a minha ruivinha... Espera aí, eu coloquei mesmo um “minha” ali no meio? Creio que o sono está começando a me afetar.

-Riley – ela me chama com a voz suave, e assim que meus olhos encontram aqueles olhos expressivos e tão belos sei que estou de alguma forma perdido, não posso evitar dar um sorriso verdadeiro para Lilly – Eu sei que estava desmaiada até agora pouco, mas amanhã tem aula e eu preciso descansar - ela levanta – Eu já vou.

-Vou com você – eu digo, temo em deixá-la ir sozinha, Rose tem uma mente maligna e não duvido que mande alguém estuprar a garota, se é que já não mandou fazer isso e Lilly apenas não contou para mim.

-Tem medo de me deixar sozinha? – ela pergunta quebrando o silêncio logo depois que saímos da cozinha, eu suspiro, acho que ela me entende tão bem quanto eu a entendo.

-Tenho medo do que Rose pode fazer – ela me encara e então cora violentamente, ás vezes acho que Lilly é capaz de ler pensamentos, ou eu sou alguém que expressa demais o que está pensando.

-Ela não iria ter coragem de mandar alguém me estuprar – ela sussurra e sua voz saí tremula como se abominasse a ideia – E não eu não leio pensamentos, mas seus olhos dizem tudo o que eu preciso saber - eu dou de ombros.

-A Rose é maluca, se Albus vir para o seu lado Lilly... – ela não me deixa completar a frase a completa por mim de uma maneira até calma demais.

-Ela vai fazer da minha vida um inferno – eu a encaro, a calma que ela fala aquilo é incompreensível, ou talvez seja, ela conhece Rose a mais tempo do que eu – Ela sempre fez, e meus pais vão ficar do lado dela, mas eu não posso ter medo, tenho tido medo demais nesses últimos anos, já chega de me esconder dela e dessas coisas, eles não vão parar se eu não os enfrentar.

-A comida está fazendo bem para o seu cérebro – eu comento, e ela me dá um tapa no pescoço, mas ri, e não posso deixar de apreciar o seu riso. A risada de Lilly é melodiosa e é um som tão agradável que eu não quero que acabe.

-Talvez esteja, ou talvez você esteja me ajudando a ter coragem – ela dá de ombros – Obrigada por me dar chance de mostrar quem eu sou.

-Desculpe não ter dado antes – eu respondo e pisco para ela que cora, estamos na frente do Salão Comunal da Grifinória, e Lilly já tira a varinha das vestes como se pressentisse que algo pudesse acontecer.

-É aqui que eu fico – ela sorri, posso sentir que Lilly está mais forte, e que não teve nenhum enjoo ou impulso de sair correndo para vomitar, meu coração parece se aliviar quando meu cérebro constata isso. Sinto medo desse sentimento estranho que sinto por aquela ruiva, porém parece tão certo que não poso contestá-lo.

-Cuidado – eu sussurro no ouvido dela e ela assente piscando para mim, Lithium aparece do seu lado como uma guarda, e então eu puxo Lilly sentindo um impulso estranho de beijar seu lábios, mas me contenho e beijo sua bochecha macia, ela cora como sempre – Boa noite.

-Boa noite – ela responde e parecendo tão segura quanto a vi rebatendo os balaços, ela entrou na Sala Comunal da Grifinória, e eu rumei para o da Sonserina.






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Notas finais do capítulo

Quatro reviews, sim?