Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 6
Minha premonição


Notas iniciais do capítulo

OLÁ !!! *Autora: Fazendo dançinha mucho loka*
Valeu por lerem, capitulo promete, queridos!
Perfeita Leitura e desculpem erros...



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Hermione sentiu ser lançada contra a porta, um grito de dor escapou de seus lábios contra sua vontade. O lado esquerdo de seu rosto ardia, a dor era de um tapa. Um tapa que fora dado com toda a força que Tom havia conseguido retirar de seu corpo. Ela sentou-se com a coluna escorada na porta, colocou a mão em seu rosto e percebeu uma marca de dedos começando a inchar. Quando levantou seus olhos viu a figura de Riddle bufando de raiva se aproximando dela.

Com uma mão, Riddle ergueu Hermione pelo pescoço e a prensou na porta, sua outra mão tinha a varinha apontada para o peito dela. Em cinco segundos a respiração dele já estava mais calma e seu olhar, de desprezo. Ela tinha os olhos abertos, encarando-o, seu rosto era vazio. Hermione não acreditava que havia dito aquilo, e pelo que disse iria pagar com a vida, ou no mínimo, uma longa rodada de tortura. Como ela havia chegado aquilo? Tudo bem ele saber que ela era uma bruxa, mas, como ela explicaria para ele que sabia que ele era um fraco? Ele a torturaria para descobrir o que ela realmente quis dizer com “você não sabe oque eu passei”?

Ela podia ser uma grifinória corajosa, mas fechou seus olhos tentando pensar em uma memória feliz, não morreria olhando para aqueles olhos vermelhos. Tom achou a atitude dela extremamente covarde.

- Olhe para mim, Granger... – Ele sussurrou com a voz doce e melosa. Ela abriu seus olhos e o encarou com medo e pavor. – Quero ver seu rostinho com dor enquanto a torturo...

- Você... É... Um fraco – Ela conseguiu dizer com muito esforço devido a força que ele usava em sua garganta. E fechou os olhos novamente.

- Shh... Não fale mais... Shhh... Você pode morrer... – Ela sabia muito bem disso. Mas aguentaria firme, ela estava com muita raiva de si mesma. Morrer por poucas palavras não valia a pena.

Hermione começou a estranhar quando se passou alguns minutos e nenhuma maldição a atingiu. Arriscou abrir os olhos, a mão em seu pescoço estava mais fraca, sua bochecha ainda ardia. Ele tinha raiva e nojo em seu olhar. Já ela, que sabia que sofreria muito, mesmo que não morresse, começou a provocar.

- Me mate, Tom... Você é um fraco, um fraco, Marvolo... – Ela não estava nem aí se teria que arranjar uma boa desculpa para isso.

Resolveu aproveitar o pouco tempo em que o rosto dele se encheu de uma expressão confusa e incrédula. O estuporou e saiu correndo para seu quarto (ninguém notaria, todos estavam no jantar) e trancou a porta com todos feitiços de proteção que ela conhecia. Sua vida havia mudado tanto em uma semana, seus planos trocados. Agora ela não teria nem tempo de pensar em como executar seus planos, sua vida se esgotara, seu atestado de óbito assinado. Quanto tempo levaria para ele acordar e arrombar seu quarto? Quantos segundos, minutos ou horas ela teria para pensar em seus amigos? Por causa de palavras apressadas e ações impensadas ela estaria dando fim ao uma possível solução de salvar o mundo mágico. Aquela atitude de estuporar Riddle fora muito egoísta, mais egoísta do que ter deixado Harry em perigo por essa ideia maluca, mas que parecia ser a coisa mais sensata a se fazer. Hermione resolveu parar de se martirizar.

Tom não a matou quando pode. Isso deu a Hermione uma pequena esperança de que talvez ele não a matasse, apesar disso ser muito improvável. Mas porque ele não a matou? Por que nem ao menos a torturou? Será que ele ainda não tinha o sangue frio de Voldemort?

Ele já havia matado seu pai, que era do mesmo sangue que ele. Mas seu pai tinha feito muito mal a ele quando abandonou Merope e mesmo sabendo que ele era seu filho não o aceitou. Ele deve ter ficado com muito rancor. Ela, no fundo, compreendia seu rancor, mas isso também não o deixava com crédito para usar a morte de seu pai para criar uma horcrux.

Hermione olhou seu rosto em um espelho que ela havia trazido no seu malão. A marca de cinco dedos vermelhos se destacava em sua pele alva. Ela permitiu-se chorar enquanto murmurava um feitiço para consertar aquilo, ela tinha certeza que nunca mais veria seus pais nem seus amigos. Isso a machucava mais que a morte dolorosa que a aguardava.

Ela não foi jantar, colocou um moletom largo e uma calça larga, ambos azul marinho. Soltou o cabelo elaborado e deitou-se na cama o aguardando. Eram uma, duas, três da madrugada e Hermione começava a se perguntar como seu feitiço poderia ter sido tão forte, ou o que ela o estuporou ou os que protegiam seu quarto. Pequenos raios solares brotavam no horizonte da janela do quarto dela e ele não aparecera. Ela olharia a biblioteca depois do café da manhã, para ver onde ele estava. Quando estava perto da hora do café da manhã, ela tomou seu banho e vestiu-se com mais roupas, por causa da neve que cercava a larga rua.

Quando se sentou na ponta da mesa mais afastada, seu lugar de costume, olhou para a mesa dele.  Ele estava lá e a olhava, ela terminou sua comida em cinco grandes dentadas e se retirou da mesa. Quando estava no seu quarto, fechando a porta, Tom entra, a empurra e fecha a porta sem utilizar nenhum feitiço. Ela se senta na cama, seu coração parecia voar livremente pelo seu pescoço. Tom anda até ela, mas permanece em pé.

- Você me deve explicações, Srtª Granger. – Sua voz era normal. O que deixou Hermione preocupada.

- Você não irá me matar? – Sua voz era trêmula, em resposta a voz despreocupada de Riddle.

 - Não. – Eles se encaram, uma parte de Hermione estava feliz por poder continuar com seu plano. Ela não iria desistir dele. – Você me deve respostas.

- Depois que eu disser o que sei você irá me matar? – Pronto. A felicidade momentânea dela se esvaíra.

- Como eu disse, mas você parece ser muito lenta para entender, não. – Ele explica, rispidamente. – Parece que terei de ser objetivo – Tom põe suas mãos no bolso- Como sabia meu nome do meio? O que você queria dizer com fraco? Por que pensa que eu vou lhe matar? Por que tem medo de mim? Como você me conhece e o que sabe sobre mim? – Agora Hermione estava com medo, muito medo. Procurou por alguns segundos sua voz que parecia ter evaporado.

- E-eu... Olha... – Ela respira profundamente e diz com o último adeus de sua coragem - Pode me torturar, não falarei nada.

- E se eu lhe ameaçar de morte? – Ele disse docemente, inclinado seu rosto um pouco para o lado.

- Então não saberá de nada. – Hermione diz levantando-se e passando por ele, esperava que ele a segurasse, mas ele só a seguiu. Ela chegou a pensar em ir para o banheiro feminino, apesar de acreditar que ele a seguiria. Parou em um corredor deserto e ela se virou para olhar em seus olhos. Ele estancou e manteve o olhar dela. Era melhor para ela acabar com isso agora.

- Deseja alguma coisa, Sr. Riddle? – Ela não estava sendo cínica ou sarcástica, estava sendo sincera.

- Sim, uma explicação – Ele olha para os lados e fala com voz que causou medo quando estavam no quarto dela: - Sobre o que eu lhe perguntei.

- Eu sei seu nome porque Sr.ª Cole havia me dito, que ela achava você estranho e para eu ter cuidado com você, acho que isso também responde por que eu tinha medo de você. Você é um fraco por não enxergar nada além do próprio nariz, só sei que você é um antissocial que só deseja o poder e sei disso porque você passa o dia inteiro na biblioteca tentando extrair conhecimento de todos os livros. Para ser glorioso.

- Srtª. Granger, você está mentindo. – Ele fala com um meio sorriso nos lábios, como se estivesse satisfeito em descobrir uma mentira tão bem contada. Hermione dá de ombros e se vira em direção ao dormitório quando sente uma mão envolvendo seu ombro. Não era o mesmo arrepio que ela sentia quando ele a tocava, não era de medo ou surpresa, era de apreciação. “Não, Hermione! Oque você está pensando?”, ela pensou, “Ele é lindo, só pode ser por isso! Ele é um cretino, olhe para si mesma, garota!!!” .

- A senhorita acha que irá se livrar de mim tão facilmente? Daqui a duas semanas iremos para Hogwarts e eu irei descobrir tudo sobre você, sangue-ruim, tudo. – Hermione arfou, deixou o medo dominar seu rosto. Ele sorriu abertamente e foi embora.

POV Harry

Ele estava começando estranhar aquilo, apesar de Hermione ter dito que voltaria daqui a meses e mal havia se passado uma semana. Harry confiou (A mando de Dumbledore, é óbvio) o segredo das horcruxes para ela e não existiria perigo maior que aquilo. A não ser... A não ser que o que ela estava fazendo fosse mais perigoso do que aquilo... Ou... Ou ela tivesse sido induzida a escrever aquela carta. Uma lufada de ar escapou dos lábios de Harry; ele havia descoberto que Ron estava na casa dos Weasley’s (por causa de uma piada que Fred (ou Jorge) havia feito no rádio: E o bobalhão traidor de amigos de infância corre para os braços da mamãe) e seguro, mas e Hermione? Harry era para ter Ron e Hermione o ajudando e sobre a proteção dele, agora ele estava só...

Ele resolveu aparatar na Toca. Era de madrugada, mas ele precisava falar com alguém, ter a ajuda de alguém, não para achar horcruxes, mas para achar Hermione. Ele poderia continuar sua busca quando ela tivesse voltado, talvez ela tivesse um plano. Harry não conseguira encontrar nada nos livros e anotações e ele tinha certeza que ela traria pelo menos uma descente descoberta.

Devia ser o dia de sorte dele, conseguiu aparatar na porta da frente da Toca, os feitiços protetores deles poderiam estar fracos ou Harry fosse uma exceção, Sr.ª Weasley talvez ainda esperasse que ele voltasse. Quando ele levantou sua mão para bater na porta, ele vê a porta ser aberta e uma mão o puxar para dentro da casa, que estava escura, o prensando contra a parede e todas as luzes serem acesas.

Todos os Weasley, Lupin (Que segurava ele), Tonks e Fleur estavam ali, alguns ao pé da escada outros espalhados pela pequena sala que tinha duas camas de armar. Em milésimos de segundos, Lupin e todos os outros que apontavam sua varinha para ele correram para abraça-lo, gritando: Harry! Ou Pelas barbas de Merlin! Ou Ele voltou! . Ninguém se deu ao trabalho de verificar se ele era um comensal disfarçado.

- Silêncio! – Gritou Sr. Weasley e todos se afastaram de Harry e ficaram quietos. Sr. Weasley estava de pijama no topo da escada, mais a frente estavam os gêmeos e Gina, ele era o único que não sorria. – Onde você estava Harry? Rony não quis nos contar o que vocês estavam fazendo – Sr. Weasley lançou um olhar de desaprovação para Rony que ficou escarlate e encarou o chão. – O que você e Hermione estão fazendo?...

- Por que Hermione não veio junto?... – Perguntou Sr.ª Weasley interrompendo seu marido, a voz dela estava falha, temendo o pior. Harry engoliu seco e olhou para baixo, sentiu seus olhos começando a marejar, ele queria tanto saber essa resposta. A pergunta da mulher levantou uma dúvida na cabeça dele, ele não havia pensado no pior, até agora.

Eles entenderam errado o súbito choro dele, ele não conseguia distinguir quem chorava, quem tinha as mãos na boca ou quem caíra de joelhos no chão; as turvas lágrimas embaçavam sua visão. Ele apressou-se em dizer.

- Não, não, ela não está morta... Eu acho... – Agora todos estavam confusos. Ele retirou a carta amassada de seu bolso (ele perdera a conta de quantas vezes ele relera) e alcançou para Lupin, que ficou com uma expressão indistinguível quando terminou de ler e foi passando de mão em mão. No final, quando todos leram, olharam para Harry.

- É isso que vocês estão fazendo? Tentando dar um fim em Voldemort?  Não que isso me surpreenda, afinal nós estamos fazendo o mesmo, mas porque vocês não ficaram com nós? – Perguntou Tonks, ela ainda tinha o rosto vermelho.

- Eu, sinceramente, gostaria poder contar, mas não posso, isso não está ao meu alcance... – Harry diz, sua voz está um pouco rouca. – Eu vim aqui por que preciso da ajuda de vocês, temo que Hermione tenha sido obrigada a escrever essa carta ou o plano dela esteja dando errado.

- Mas, Harry, ela disse que voltaria daqui a alguns meses... – Diz Gui, tentando ser positivo.

- Eu seu disso, mas ela... Não é típico de Hermione fazer isso, tenho duas alternativas; ou ela está muito encrencada que não consegue mandar nem um patrono dizendo que está viva ou o que ela está fazendo é muito perigoso, perigoso a ponto dela não poder falar nada comigo por medo de ser pega ou descoberta.  

- Harry querido, Hermione sabe se cuidar, ela é muito inteligente, apesar de eu estar preocupada com ela agora, acho que você deve acreditar quando ela disse pra você não se preocupar. – Sr.ª Weasley disse amavelmente. Ele nega com a cabeça.

- Não Sr.ª Weasley, a senhora não está entendendo, ela sabe que eu ficaria extremamente preocupado com ela...

- Harry, acho que Molly está certa, mas nós o ajudaremos a encontra-la, todos prezamos o bem de Hermione. – Diz Sr. Weasley com uma voz autoritária.

- É claro que vamos procurar ela! – Diz Ron impaciente.

- Estranho, Ron... Quando você foi embora não se preocupou em como ela ficou, não se preocupou se eu e ela sobreviveríamos, nem se preocupou com o perigo que você nos expos. – Harry dizia furiosamente, não prestava atenção na plateia que tentava retirar o máximo de segredos da misteriosa missão de Harry naquelas poucas palavras, queria que Ron entendesse a gravidade do que ele havia feito.

- Harry, eu quis engolir minhas palavras no momento que tirei aquilo... - Ele olha para os lados com medo de ter dito demais. – Me perdoe, eu traí vocês... Eu estava com medo de ter minha família morta... Mas eu me arrependo de ter fugido... Fui... Fui um covarde. – Rony falava baixo e olhava para seus pés, envergonhado.

- Agora nós precisamos nos preocupar com ela, Ron. – Harry tentou ser ríspido, mas uma parte dele compreendia e acreditava no arrependimento de Rony. Ele sabia que ser rancoroso não era seu forte e que acabaria o perdoando mais cedo ou mais tarde.

Todos naquela casa estariam procurando por Hermione. Uma grande perda de tempo. É impossível eles a acharem.

No dia seguinte (ou naquela manhã), Harry descobriu que Gina iria para Hogwarts, eles não podiam levantar suspeitas. Rony continuaria em casa com sarapintose, como eles haviam combinado no inicio daquela missão. E Harry ficaria escondido na Toca até ele ter noticias de Hermione. O café da manhã era delicioso e farto, mas ele não conseguiu comer, lembrando- se de Hermione e quais condições ela provavelmente estaria. A Toca fora reforçada com mais feitiços protetores e Harry ajudou contra a vontade de Sr.ª Weasley.

Eles nem imaginavam que há vários anos atrás, Hermione chorava em seu travesseiro, pensando no que ele faria com ela.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews??? Vou tentar postar dois capitulos por dia... Ainda mais agora que eu PASSEI DE ANO !!! Ano que vem vou pro nono ano e eu precisava falar... Desuculpa...
Tá, continuem acompanhando....