Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 32
Cuidado com o que você deseja


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
DESCULPE A DEMORA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
MUDEI O RUMO DA FIC, DE NOVO !!!!!!!!!!!!!!
Bem, achei o cap. meio rápido demais, mas os próximos vão ter um ritimo mais lento.......
Boa Leitura!!!!!!!!!!
Desculpem os erros *-----*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/176462/chapter/32

E os dias foram passando para Hermione. Ela torcia para que os membros da Ordem soubessem que ela estava, fisicamente, bem. As aulas eram horríveis, muitas vezes ela era torturada em Artes das Trevas, e os métodos de ensino haviam mudado drasticamente. Ela tentou procurar, por diversas vezes, as horcruxes, porém os lugares que ela podia ir eram extremamente limitados e desde sua chegada ninguém tinha acesso a Sala Precisa. E é claro, ela continuava infinitamente depressiva por estar sozinha, melhor dizendo, por estar sem ele. Ela não conseguia viver, a única coisa que não permitia que ela se afogasse na escuridão de seu sofrimento eram as pessoas que estavam sofrendo com essa guerra e precisavam da ajuda dela.

Para aumentar sua preocupação, havia as palavras que Snape dissera quando ela chegou. Que poder desconhecido era esse? Ela lembrava-se de já ter escutado algo sobre isso...

"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima… nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês… e o Lorde das trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece… e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver…aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar…"

Um poder que o Lord das Trevas desconhece... O amor...

E se fosse um amor de uma pessoa, ou... O amor de Hermione?

“Claro que não! Como Snape saberia disso?” Hermione pensou. Mas ela sabia que se Voldemort não tivesse realizado aquele ataque, ela não teria ido embora e provavelmente, eles estariam felizes e juntos agora...

E era verdade que antes de Tom a conhecer, ele não sabia o que era o amor... Mas ela também não sabia...

Não queria pensar nisso. Ela resolveu deixar este assunto sobre a Profecia de lado e ir para o jantar. Hoje era dia 24 de dezembro. Os alunos foram obrigados a ficar no feriado para a “inspeção”.

Ela entrou no Salão Principal; várias pessoas falavam, e ela era capaz de apostar que falavam sobre a inspeção do dia seguinte. Ninguém sabia o que iria acontecer, Hermione muito menos, já que preferia se manter alheia a este tipo de assunto. Só pensava em horcruxes impossíveis de serem encontradas.

Sentou-se ao lado de Neville e Simas, como de costume.

- Nervosa? – Neville perguntou sussurrando perto dela.

- Ãhn? Ah, sim... – Ela respondeu vagamente. Começou a servir-se mecanicamente.  Tinha uma leve ideia do que se passava ao seu redor. Por mais que ela quisesse esquecer tudo e começar de novo, parecia impossível. E era impossível, por que na realidade, ela não queria esquece-lo.  Por isso, sofria todo o tempo, todo segundo que ela pensava nele. A dor era a lembrança de que ele fora real.

Será que ele viria realizar a inspeção? Será que ele mandaria Comensais?

Ela queria tanto respostas para isso... Sem perceber como acontecera, ela já se encontrava deitada em sua cama, com seu pijama. Não conseguia dormir. No dia seguinte, provavelmente, seria o momento crucial de sua estadia em Hogwarts. Ou até de sua vida.

Como de costume, as lágrimas quentes começaram a trilhar suas bochechas, ela só queria parar de sofrer tanto por alguém que talvez nem se lembrasse dela. O Patrono dela havia mudado por uma lembrança... Uma forte lembrança...

Hermione perdeu a conta de quanto tempo ficou assim, sofrendo. Até que raios de luz externa começaram a tingir a cortina vermelha de sua cama, ela levantou-se. Como de costume, quase automaticamente, ela preparou-se para mais um dia de aula. Sentou-se novamente em sua cama e ficou encarando um ponto fixo...

- Mione? Vamos? – Gina disse, sacudindo a mão na frente do rosto de Hermione. Ela levantou-se sem dizer nada. De repente, pelo menos para Hermione, elas estavam no Salão Principal. Gina sentou-se com suas amigas. Hermione sentou-se ao lado de Neville.

Hermione estava prestes a entra em estado catatônico. Neville a cutucou.

- Hermione, coma alguma coisa... – Ele disse, de fato, estava preocupado com ela.

- Neville, eu estou me segurando para não vomitar – Ela anunciou encarando seu prato vazio. Era impressão sua ou estava extremamente quente ali? Suor frio começou a brotar na nuca dela. Ela tentou engolir a saliva. Péssima ideia. Parecia que havia bolhas obstruindo sua garganta.

- Atenção! – Amico disse. Hermione virou-se para encara-lo. Estava no meio do salão – Antes da inspeção, teremos alguns breves avisos... – Dizendo isso ele foi para frente da mesa dos professores. Snape e Aleto ficaram de pé ao lado dele.  As portas do salão foram abertas e o coração de Hermione falhou uma batida.

Era ele. O seu Tom. Com vestes negras e as mãos nos bolsos, encarando o salão com um sorrisinho de escárnio. O cabelo, como ela sempre conheceu, impecavelmente arrumado. A pele alva e os olhos tempestuosos brilhando, parecia um anjo... Hermione estava à beira de um colapso, encolheu-se discretamente atrás de Neville, observando cada piscar de olhos de Tom. Ele começou a andar para o local de discursos de Dumbledore. O andar dele era o mesmo, elegante e inabalável, como ela se lembrava com perfeição. Ele tinha o queixo erguido e o mesmo sorriso ainda. Virou-se para encarar os alunos. O sorrisinho de canto dele se ampliou, fazendo o coração de Hermione assumir um ritmo frenético. Ele analisava os rostos de cada um dos alunos. Ela virou seu rosto para o outro lado, encarando as portas. Olhou de canto para onde Tom estava, agora vários Comensais da Morte estavam ao lado dele.

- Grifinórios e sangues-ruins estão dispensados – Tom anunciou com a voz calma. Hermione sentiu seus olhos umedecerem e, se fosse possível, seu coração acelerar mais ao ouvir a voz dele. Rapidamente a mesa da Grifinória foi se esvaziando e ela não conseguia mover suas pernas. Obrigou-se a sair dali. Talvez tarde demais.

Saiu pelas grandes portas com as pernas trêmulas, não conseguia avistar ninguém nos corredores, decidiu ir para a Torre de Astronomia. Agora mais lúcida, começou a subir correndo as escadas de caracol. Debruçou-se sobre o peitoril da janela e começou a chorar, por que ela tinha que se sentir assim... Porque ela sofria tanto... Queria que aquilo passasse...

- Sabia que encontraria você aqui... – Braços fortes circularam sua cintura no mesmo tempo que a voz sussurrou em seu ouvido. Ela estremeceu e praguejou alto, tombando a cabeça para trás, a apoiando no peito de Tom. Ah, como ela se sentia bem ali! Tocou as mãos deles com as suas. Novas lágrimas caíram de seu rosto. Ela queria tanto que aquele momento durasse para sempre. Ele respirava no pescoço dela, fazendo-a se arrepiar. Ela percorreu os braços dele e tocou seu maxilar com a ponta dos dedos.

- Ah, Tom! – Ela exclamou, mais lágrimas desceram de seus olhos – Por que você fez isso comigo? Por que me enganou? – Ela praguejou – Por que me faz sofrer tanto?...

Tom a virou e aproximou seus lábios, roçando-os. Ela não conseguiu resistir e fechou os olhos. Ele a segurava pela cabeça.

- Me perdoe... Eu queria você do meu lado... – Ele murmura sobre os lábios dela. Hermione passou os braços na cintura dele, queria tanto o tocar, mesmo que depois se arrependesse – Mas você e também me abandonou... – A voz dele tornou-se extremamente melosa.  Ela abriu os olhos. O sentimento de proteção que ela estava sentindo nos braços dele desapareceu. Ela tentou, disfarçadamente, tirar os braços dele de sua cintura. Ele apertou mais um pouco, colando-a a seu corpo – Eu sofri muito, minha querida... – Ele continuou no tom açucarado. Ela arregalou os olhos de pavor – Você me abandonou... Você ficou feliz com isso? – Ele a apertou dolorosamente.

- Não... Tom... Pare, está me machucando! – Ela tentou se debater. Não adiantou. Olhou intensamente nos olhos dele.

- Eu lhe procurei por cinquenta anos! CINQUENTA ANOS! E agora, descubro que você é... Do futuro... Ainda não entendi direito... – Ele continuou, um pouco alterado.

- Tom... Eu... – Ela tenta explicar, já chorando novamente, mas ele aproxima seus lábios dos dela.

- Não, não... Você terá muito tempo para me contar... – Ele a abraça, apertando seu queixo contra o ombro dela – Muito tempo, querida... Muito tempo...

Ela, num impulso de adrenalina, o empurra e sai correndo para as escadas. Não o deixaria machuca-la de novo. Mal havia chegado ao primeiro degrau quando ele a agarrou pelas costas a virando para encara-lo.

- Porque a pressa, meu amor? – Ele questiona com os olhos vermelhos e um sorriso cruel. Hermione, com novas lágrimas, tenta se soltar dele.

- Me solte, por favor! Por favor, Tom! – Ela implora tentado sair das garras de Voldemort. Com um empurrão brusco, ela consegue o afastar, porém acaba se enredando na sua capa. O que a fez cair rolando todos os degraus da escada.

- HERMIONE! – Tom grita apavorado. Mas Hermione jazia inconsciente e com um profundo corte no crânio, no chão. Ele, literalmente, atirou-se escada a baixo, procurando chegar o mais rápido até ela. Ele sentou-se ao lado dela, colocando sua cabeça em seu colo. Agora era impossível, para Tom, controlar as lágrimas que ele tentava segurar desde que a vira no Salão Principal – Não... Não morra, Hermione! Fique comigo! Não morra! – Ele começou a murmurar todos os encantamentos de cura que podiam ser conhecidos pelo homem. Vendo que o sangramento estancara, ele pensou que não podia deixar ela ali. Pegou-a no colo e aparatou para sua mansão. É, ser Voldemort tem suas exclusividades.

Aparataram no meio da sala de estar. Ele a deitou no divã negro que havia ali e ajoelhou-se ao lado dela.

- Hermione, acorde, por favor... – Ele continuava chorando. Sorte que os Comensais estavam em Hogwarts. Ele deitou seu rosto sobre a bochecha dela, segurando com força suas mãos – Vamos, querida... Você consegue... Acorde – Ele soluçou – Por favor... Não me deixe de novo...

- Por que você está sobre mim? – Uma voz confusa saiu do rosto debaixo de Tom.

- Ah! Hermione! – Ele se afastou, olhando ela com admiração – Eu sinto tanto, foi minha culpa... Eu não devia ter lhe pressionado... Me perdoe, querida... Por favor... – Ele implorou olhando profundamente nos olhos dela.

- Não chore... Você não fica bonito assim... – Ela disse, ele estranhou, mas sorriu – Onde eu estou? – Ela perguntou olhando ao redor.

- Na minha casa – Ele também olhou ao redor. Ela tentou se sentar, mas colocou a mão na testa e empalideceu – Ei! Nada de se levantar... – Ele disse a deitando novamente.

 - Por que você me ajudou? – Ela perguntou, já deitada.

- Ahn? – Ele não entendeu. Na realidade, não sabia o que dizer.

- Você é meu amigo? – Ela perguntou, com a testa franzida. Ele também franziu a sua testa.

- Hermione, você sabe quem eu sou?  - Ela negou com a cabeça, corando e abrindo um sorriso pequenino. Tom apavorou-se. Ela agia como uma criança... – Você sabe o que aconteceu com você? – Ela negou, agora com o cenho franzido – Querida, do que você se lembra?

- Nada... Não sei... Eu sei que eu sou Hermione Granger...  – Ela olhou para o resto da sala e sorriu novamente – Essa casa é muito escura... – Ela fez um biquinho – Eu moro aqui?

Ele negou com a cabeça.

- Então onde eu moro? – Ela sentou-se. Parecia melhor.

- Na sua casa... – Ele respondeu. Aquilo era óbvio.

- E onde fica minha casa? – Ela perguntou, a cabeça levemente inclinada apara o lado.

- Não sei... – Era verdade. Ele não conhecia Hermione, não verdadeiramente. Ela pareceu ficar nervosa – Mas você pode ficar aqui, está bem? – Ele sentou-se ao lado dela, afagando-lhe desajeitadamente seus ombros.

- Mas... Se essa casa não é minha... Eu não posso ficar aqui... E você não é meu amigo...

- Eu sou seu amigo – Ele falou, um pouco ofendido.

- Mas eu não sei quem você é... Você pode ser mal... – Hermione se encolheu. Ele a abraçou.

- Não! – Ele exclamou, fazendo-a se assustar – Desculpe... Eu vou lhe proteger... Você vai ficar aqui, você quase morreu hoje... – Ela tocou a cabeça, fazendo uma expressão de dor que Tom consideraria “bonitinha” – Bem... – O que se faz com uma pessoa que não se lembra de nada? - Acho que você precisa colocar um pouco de sal para aí dentro... – Ele cutucou a barriga dela. Ela riu. Tom foi até a cozinha falar com os elfos, deixando-a sozinha. Depois de pedir um lanche grandioso, voltou para a sala de estar. Ela estava olhando por uma das janelas daquela peça.

- Aqui é lindo... – Ela disse enquanto observava os jardins.

- Eu também acho... – Ele disse, aparecendo atrás dela. Ela se assustou.

- Você me assustou... Qual é seu nome? – Ela pergunta, virando-se para ele.

- Tom. Tom Riddle – Ele fez uma reverência e beijou a mão dela. Ela gargalhou deliciosamente para deleite de Tom e segurou as pontas da saia do uniforme de Hogwarts, fazendo uma reverência.

- Encantada... – Disse. Depois começou a passar os dedos pelo uniforme – Que roupa estranha...

- Você quer trocar de roupa? – “É óbvio, Riddle! Ela está suja de sangue!”. Ela assentiu, timidamente. Ele fez questão de chamar um elfo. O elfo aproximou-se temerosamente, Hermione estava admirada com a pequena criatura.

- Sim, mestre?

- Traga roupas para a Srtª Granger. Agora. – Ele ordenou. O elfo reverenciou e saiu.  Hermione olhou para Tom.

- Você tem um bichinho de estimação? Eu vou ganhar roupas novas? Podemos ver os jardins? – Ela perguntou num fôlego só. Ele a abraçou rindo e a levou para o sofá.

- Temos tempo para estas respostas, querida – Ele sorriu e foi inevitável beijar-lhe a testa. Ela corou – Você não se lembra de seus amigos? – Hermione negou triste.

- Você não acha que as pessoas irão se preocupar comigo se eu ficar aqui? Não há alguém que eu deva avisar? – Perguntou olhando séria para ele.

- Não, você só precisa se preocupar em ficar bem... – Ele quase havia dito “em recuperar a memória”, mas não queria que ela se lembrasse de tudo. Um “clack” invadiu a sala.

- Senhor? As roupas da senhorita estão no quarto de hóspedes...  – E sem esperar um agradecimento, desaparatou.

- Venha, Hermione – Ele levantou-se e a guiou pelas escadas de mármore negro. Não pode deixar de notar o brilho nos olhos dela ao olhar a luxuosa escadaria – Você vai ficar aqui. – Ele disse ao chegar a um corredor com uma porta branca. Ele abriu a porta e Hermione abriu a boca ao ver o quarto. Era diferente do resto da casa, em tons de marfim e branco, com uma grande janela que tinha acesso a uma sacada. Havia uma cama no centro, branca e alta, com uma grande cortina ao redor. Havia poltronas e uma grande penteadeira no meio. O chão era de um carpete felpudo e alto, cor marfim. Também tinha uma porta, que era o banheiro. Ela queria se atirar naquela cama, mas sabia que sua cabeça doeria. Olhou para Tom.

- Obrigada... – Ela disse tímida. Quase como uma criança.

- Perdão? – Ela o estava agradecendo?

- Ah, bem... Não é isso que devo fazer? Agradecer por você estar cuidando de mim? – Ela torcia as mãos nervosamente.

- Como você sabe que tem que agradecer? – Ela deu de ombros. Tom foi até uma prateleira pegar um livro, abriu-o em uma página qualquer e apontou o dedo na primeira linha, mostrando para ela – Você sabe o que está escrito aqui? – Ela aproximou o rosto da página e franziu o cenho. Novamente, aquela expressão era “bonitinha”, para Tom.

- Era para eu saber? – Ela questionou, ainda olhando para o livro nas mãos dele. Ele sentiu pena, sabia que ela adorava ler. Mas não seria problema para ele, ele a ensinaria.

- Bem, era... – Parecia que lembrava-se de algumas coisas básicas e outras não... – Er, você gostaria de se lavar? – Ela olhou para a blusa suja de sangue e olhou para ele com um biquinho. Tom riu da indecisão dela – Vamos – Ele a levou pela mão para o banheiro. Era todo de mármore branco. Hermione estava bestificada olhando para a enorme banheira. Tom achou melhor deixa-la sozinha e ver como as coisas estavam na cozinha. Ele já estava na porta...

- Riddle? – Ele voltou até ela. Hermione ainda olhava para a banheira, roendo a unha do polegar – O que eu devo fazer?

- Ow... Ahn... Eu vou te ajudar, está bem? – Ele desabotoou as mangas e as arremangou. Foi até a banheira, torcendo a torneira prata. Hermione estava com uma expressão curiosa. Tom andou até ela e desabotoou a camisa e sua saia. Ela só olhava para as mãos dele com curiosidade. Depois ele retirou as roupas intimas dela, tentando olhar para qualquer lugar que não fosse ela... Ela não estava corada como ficaria em uma situação daquelas, só... Curiosa. Atirou as roupas dela para um lado qualquer – Entre aqui... – Ele apontou para a banheira, que já estava cheia. Ela andou até a banheira e entrou. Tom só olhou para ela quando tinha certeza que a espuma estava cobrindo seu corpo – Muito bem, agora... – Ele pingou algumas gotas de sabonete em uma esponja. Ela retirou das mãos dele.

- Eu sei o que eu tenho que fazer – Hermione disse e começou a massagear seus ombros.

- Hm... Eu vou ir para a cozinha... E, ahn... Eu... – Sem dizer mais nada, ele saiu. Mas não foi para a cozinha; ficou parado do lado de fora do quarto de Hermione. Andando de um lado pro outro. O que ele faria agora? Era óbvio que ele iria cuidar dela, mas... Ela havia se esquecido dele? De tudo? Da guerra? De ler?...

Ele podia ter ficado horas lá, foi quando uma voz insegura soou dentro do quarto.

- Sr. Riddle? – Hermione disse.

Tom entrou no quarto. Hermione estava de pé, seca e limpa. Só que com o vestido rose ao contrário.

- Oh, não, não, querida... – Ele andou até ela e arrumou o vestido.

- Obrigado, Sr. Riddle... – Ele a segurou pela mão e desceram as escadas, em direção à cozinha.

- Me chame de Tom – Ele olhou para ela com um sorriso. Eles adentraram a sala de jantar, onde a grande mesa de mogno estava cheia de alimentos e Tom puxou a cadeira para ela sentar-se. Ela sentou-se e Tom sentou ao lado dela. Por mais debilitada que ela estivesse, ele estava feliz de tê-la de volta. Mesmo ela não se lembrando dele ou ele não entendendo como ela o conhecera no passado. Estava  muito feliz, seria capaz de cantar. Porém, estava confuso demais para isso...

Os pratos já estavam servidos. É, talvez ele tenha exagerado um pouco. Ele começou a começou a comer, enquanto observava ela encarar a salada de frutas mordendo o lábio.

- Hermione? Algum problema? Sua cabeça está doendo? – Ele aproximou-se dela sobre a mesa.

- Não... Está latejando um pouquinho, mas não é isso... – Ela voltou seu olhar para a tigela a sua frente – Como?... O que eu tenho que fazer?...

“Merlin! Ela não sabe usar os talheres!”, ele pensou. Ele puxou sua cadeira até ela e mergulhou uma colher na tigela, depois levou até os lábios dela. Ela mastigou insegura e engoliu.

- Gostou? – Ele perguntou sorrindo, ela assentiu – Tente. – Ele disse, entregando a colher para ela. Ela olhou para a colher e fez o mesmo movimento que ele, mergulhando na tigela. Depois, mastigou e engoliu.

- Assim? – Ela repetiu o movimento, meio descoordenado. Como uma criança...

- Sim, muito bem... – Ele afagou os ombros dela. O que a fez sorrir. Depois de muito rirem e frutas serem jogadas no chão, Tom achou que Hermione precisava descansar, não queria forçar a fragilidade mental que ela se encontrava agora.

- Mas eu não quero me deitar! – Ela cruzou os braços, fazendo birra, em frente à cama.

- Você precisa descansar! – Ele a pegou no colo e deitou-a na cama. Deitou-se ao lado dela.

Depois de minutos de silêncio, ela virou-se para encara-lo, com a expressão de raiva suavizada.

- Tom? – Ela sussurrou. Ele estava de olhos fechados e barriga para cima, com as mãos cruzadas sobre o corpo.

- Hm? – Disse abrindo os olhos e olhando para a garota ao seu lado.

- De onde eu conheço você?- Ela perguntou sussurrando.

- Nós... Éramos amigos – Ele resolveu mentir. Vendo que ela continuava confusa, completou: - Em Hogwarts.

- Hogwarts? – Ela questionou.

- É uma escola para bruxos...

- Eu estudo lá? Peraí...  Eu sou uma bruxa? Você é um bruxo?– Ela perguntou, atônita.

- Shiii, shii... Acalme-se... – Ele a obrigou a encostar a cabeça no travesseiro – Você caiu de dois lances de escada hoje, está debilitada... Já abusou o suficiente de sua saúde, durma um pouco... Não quero que você piore... – Ele continuou falando enquanto ela fechava os olhos, obedecendo – Sim, nós somos bruxos. Fomos educados em Hogwarts. Mas você, provavelmente, não deve se lembrar disso... Nem dos feitiços... Mas não há problema, quando você estiver melhor, eu vou lhe ensinar tudo. Eu conheci você lá, você tem outros amigos também, mas não se lembra deles... E você está na minha casa porque eu vi você caindo e lhe ajudei... Agora, descanse – Ele falou, olhou para ela e viu que ela estava ressonando, como um gato. Dormindo. Levantou-se para observá-la.

Ela continuava a mesma. O cabelo curto, mas que agora podia ser colocado para trás das orelhas, a pela branca e frágil, o corpo pequeno deitado graciosamente sobre a cama. Ela tinha os lábios levemente abertos de uma maneira sensual, mas ao mesmo tempo, uma aura de inocência emanava dela, o que parecia tornar o ato de tocar nela pecaminoso. O vestido deslizava pela pele das pernas dela a cada mínimo movimento que fazia... Ele não cederia aos instintos primitivos, não, precisava cuidar dela. Ensinar tudo o que ela havia esquecido e, depois, ensina-la a ama-lo. Novamente. Saiu do quarto retomando a frieza de Voldemort, ele tinha que dar alguma desculpa aos Comensais sobre o seu desaparecimento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Deixem reviews, por favor!!!!!!!!!
Obrigada por lerem!!!!!!!!!
Hermione não se lembra de nada. Só de algumas coisinhas simples...
Beijões
JuB'S