Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 28
Quando se deixa de amar


Notas iniciais do capítulo

Oi! Quem é vivo sempre aparece!
E aí, cadê as minhas leitoras pacientes que aguardaram esse cap?
oooooooooooooooooooooooo/oooooooo
Er.... Mãe, saí daí.....
ooooooooooooooooooooooooooooooooo
Bem...........
MAIS UM CAP !!!!!!!!!
AGORA ACHO QUE EU VOLTO AO RITIMO ANTIGO DE POSTAGEM....
Não se preocupem quanto as duvidas que esse capitulo irá deixar, logo logo vocês vão entender.....
* Só porque a Hermione estava no passado na época de Natal, não significa que agora que ela voltou seja a mesma época, ou seja, o cap de hj se passa duas semanas após o ínicio das aulas de Hogwarts do futuro.
PERDOEM A MINHA DEMORA, CORAÇÕES!
NÃO DESISTAM DA FIC!



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Hermione não demorou nem uma fração de segundo para distinguir que era Harry a sua frente, ele segurava a lateral dos ombros dela e tinha uma expressão de terror e choque.

Permitiu-se desabar sobre o corpo dele e agarrar com muita força as costas dele, o apertando. Desatou a chorar (ou melhor, urrar e berrar) agarrada ele, murmurando frases desconexas, não percebeu que havia pessoas atrás de Harry. Ela mal podia ver por causa das lágrimas. Deixou ser acolhida pelos braços dele e deixou seu corpo desabar, só não caiu porque ele a segurava contra seu corpo. Ela estava agarrada a única coisa que ela ainda amava ou lhe trazia felicidade, a única pessoa da qual ela ainda podia contar. O único que nunca a abandonara ou a machucara e sempre estivera ali. Sentiu-se terrível e culpada pelo o que ela havia feito, seu único consolo era que ela não tinha ficado no passado com ele. Perguntava-se internamente como era possível ela sentir tanta dor, a dor que ela sentira não se comparava nem um pouco a sua dor emocional, ela fora tão tola... Tão sentimental...

Escutou pessoas lhe chamando, mas estava distante disso, apesar do seu choro, desfrutava a sensação de estar em casa, como se fosse um pesadelo que havia acabado e agora tudo estava bem. Quando na realidade, nada estava bem. Continuava na mesma posição, chorando e praguejando ao peito de Harry como se estivesse levando Crucios.

– Saiam da frente! Harry, me ajude a leva-la para o quarto de Gina. Oh! Meu Merlin! Olhem o estado da pobrezinha! Ela precisa descansar... – Disse a voz preocupada e maternal da Sr.ª Weasley (apesar de Hermione não conseguir distinguir quem falava).

Pareceu que um turbilhão de emoções a atingiu e Hermione sucumbiu à escuridão.

Quando acordou, passou sua mão sobre a superfície onde se encontrava deitada, sentiu o lençol macio de algodão. Aspirou o ar e lembrou-se que estava na Toca. Levantou e foi até o banheiro de Gina, seus olhos ardiam e seu rosto estava inchado. Lavou seu rosto com água gelada. Saiu e sentou-se novamente na cama de Gina, pela janela viu que estava noite e havia conversas e tilintar de talheres no andar de baixo. Era hora do jantar, talvez.

Se fosse no ano passado (ou alguns meses atrás) Hermione estaria sorrindo sozinha por estar naquele lugar aconchegante e familiar que ela tanto gostava. Hoje, mutilada física e emocionalmente, o máximo que conseguia extrair daquele lugar era um pouco de segurança. Mas nada de motivos para sorrir.

Como em cada segundo de sua vida nos últimos meses, estava pensando no seu Tom. Ou melhor, na sua ruína, seu caos e seu veneno. Mas ela tomou uma decisão quanto a Tom, contaria para Harry tudo o que descobrira, não cometeria o mesmo erro duas vezes. Hermione não se preocupava com sua dor; há muito tempo os outros haviam virado sua prioridade. Na realidade, a dor era tanta que ela nem sabia se havia acordado de verdade. Não chorou, não conseguia ao menos fazer isso. Resolveu descer as escadas, a fim de distrair sua atenção de si mesma. Quero dizer, do que restara de astuta e vivaz Hermione Granger.

Sentiu vergonha enquanto descia as escadas; afinal de contas ela chorara como um bebezinho e tivera que ser carregada por Harry até o quarto. Corou envergonhada, mas no fundo, para ela, isso era bom. Pelo menos, não os preocuparia exibindo a cara de morta viva que estava em seu interior.

Sorriu fracamente (porém verdadeira) quando chegou à mesa e viu que todos que ela ainda prezava estavam bem, em todos os casos. Todos olharem para ele com... Pena?

– Querida... – Disse a Sr.ª Weasley que estava de pé, colocando pratos de porcelana na frente de todos que já estavam sentados na mesa.

– Desculpem a surpresa... E o incômodo... – Hermione disse, estava rouca. Olhou com pesar para todos na mesa. – Hmm, Harry? Podemos conversar lá fora? É de extrema urgência... – Falou, olhando para o final da mesa, onde o menino estava sentado, prestando atenção em cada sílaba pronunciada por Hermione. Ele acenou com a cabeça e ambos se dirigiram ao jardim.

Caminharam um pouco pela noite fria que estava ali. Harry virou-se para Hermione e a abraçou.

– Ah, Mione! Porque você fez isso comigo? Você não faz ideia de como eu fiquei... Olhe para você... O que houve? O seu cabelo e... – Ele falava rapidamente e preocupado. Ela colocou a mão na boca dele e fez ele se calar.

– Harry... Harry, me escute, está bem? Preste atenção, não posso lhe falar nada do que eu fiz nem para onde fui. Espero que um dia você possa me perdoar por ter te abandonado, mas você não imagina de como eu estou feliz de lhe ver bem e... E vivo... – Ela disse passando as mãos pelo rosto e cabelos dele, nervosamente. – Oh, Harry, eu tive tanto medo... De... De não conseguir fazer nada certo e... Ah, mas isso não é importante, definitivamente, não... Eu descobri! Bem, não exatamente, mas de qualquer forma...

– Hermione; se acalme, não precisa falar nada agora, procure descansar, você está muito nervosa, vamos voltar para dentro, amanhã nós falamos... – Ele estava preocupado. Começou a puxar ela para dentro.

– ME ESCUTE! – Ela gritou antes de se refrear. – Desculpe, desculpe! – Ela respirou fundo e voltou para onde eles estavam. Ele foi com ela, um pouco receoso. – Estão em Hogwarts. – Disse, simplesmente.

– As... Horcruxes?... Co-como? – Ele perguntou, não conseguia acreditar.

– Sim. Não... Não posso lhe falar nada, como disse, mas eu tenho certeza disso; por favor, não insista em descobrir como sei, por favor... – Ela disse, apelando para o sentimentalismo. – São relacionadas á Hogwarts. Acho que devemos começar a procurar daqui alguns dias, me sinto muito fraca agora, mas posso começar a escrever os planos...

– FICOU LOUCA? – Ele vociferou. Ela se assustou e encolheu os ombros. – Não... Não teime, mas não vou deixar você ir comigo... Olhe para o estado que você está, Hermione! Você vai ficar aqui e se recuperar! Foi... É por minha culpa que você está assim!

– Não, Harry! Se eu estou assim é por minha culpa! Eu entrei nessa guerra sabendo dos riscos e arrisquei minha vida porque eu quis! Arrisquei minha vida por pessoas que eu amo! Não me arrependo, na realidade, não irei me arrepender! Porque se você pensa que vai me manter trancada aqui de braços cruzados, enquanto você e todo mundo que eu amo e me importo está em perigo, você está redondamente enganado, Harry! – Ela disse. Como ela queria gritar que ele não tinha culpa em nada se ela se apaixonara por Voldemort! Se ela fora uma tola imatura que pensou com o coração ao invés do cérebro, a culpa era estritamente dela!

– Está bem! Mas você precisa se acalmar, precisa se recuperar... – Ele acariciou o ombro dela. Hermione percebeu que ela estava fazendo muito escândalo e logo se arrependeu de estar gritando. Harry só queria o bem dela...

– Ah, Harry! Me perdoe... Eu só estrago as coisas, ai, eu fui horrível, te abandonei no momento que você mais precisava de mim... – Ela disse, sentiu que iria começar a chorar.

– É... Mas você me trouxe uma informação muito valiosa, Hermione. Que eu não conseguiria em meses de pesquisa... Vem, vamos para dentro, quando estiver melhor você me conta tudo o que aconteceu. – Ele falou, com calma, a puxando para dentro.

Hermione sabia que ele não descansaria de tentar retirar aquela informação dela, mas estava muito cansada (apesar de ter tirado um cochilo) para discutir com Harry, só soltou um suspiro e eles entraram para o jantar.

Eles entraram novamente pela porta dos fundos. Harry voltou ao seu lugar e Hermione sentou-se ao lado de Harry e... Rony. Todos a olhavam, estavam esperando eles para jantar. Harry pensava em como ela reagiria com Rony ali. Mas Hermione não se importou com a presença dele; havia amadurecido muito nesses últimos meses e tinha dores piores para se preocupar. Como o Tom...

Ficou desconfortável com tantos olhares sobre ela e ao mesmo tempo feliz por todos que estavam ali poderem estar olhando para ela. Novamente, Sr.ª Weasley quebrou o silêncio.

– Bem... Vamos comer! – Ela disse sorrindo. Hermione agradeceu por todos terem começado a remexer nos pratos. Fez o mesmo. Depois de algum tempo em silêncio ela perguntou.

– Então, Fred... George... Como vão as Gemialidades? – Hermione disse, simpática. De verdade.

– Ótimas. – Os dois respondem juntos. Harry sorriu de canto.

Depois disso as conversas começaram a surgir e Hermione pode relaxar. Após o jantar, todos foram para a sala de estar. Hermione descobrira que Gina fora para Hogwarts, então a pequena sala estava assim: Rony jogava snap explosivo com George e Fred no tapete, Sr.ª Weasley tricotava alguma coisa em uma poltrona, Harry estava no canto mais afastado da sala, deitado sobre pergaminhos; impossibilitando a visão do que ele escrevia, Lupin conversava com Sr. Weasley e Tonks estava lendo uma revista de moda bruxa e cantarolando. Hermione parou o seu olhar em Rony, mas logo o desviou. Tinha coisas mais importantes para pensar, por exemplo; falar com Harry. Mas ela estava despreparada emocionalmente para ter uma nova dose do que tivera mais cedo. Resolveu sentar ao chão, pendendo a cabeça contra a parede, esperando o sono chegar para poder subir e dormir, sem que ficasse revirando-se na cama até pegar no sono; queria desviar seus pensamentos de Tom, então ficou prestando uma atenção desnecessária na conversa de Lupin com Sr. Weasley, ninguém prestava atenção. Hermione não sabia, mas todos já haviam ouvido aquela mesma conversa mais cedo, o que eles falavam já havia sido dito naquela manhã, mas Sr. Weasley estava trabalhando naquela manhã, por isso não sabia do que Lupin agora lhe falava. Hermione prendeu-se uma frase que Lupin dissera:

–... É verdade, Arthur... É por causa disso que ele retomou a forma humana... - Disse Lupin, Hermione não havia prestado atenção na frase que ele dissera antes, mas juntou o óbvio com o aparente e teve certeza de que eles se referiam a Voldemort.

– QUE? – Ela grita incrédula, levantando-se. Se Lupin não tivesse dito “retomou” ela estaria em choque por pensar em ter alterado o futuro.

– Você-sabe-quem retomou a forma humana. Ou melhor, a forma de adolescente. – Lupin diz com calma, agora todos haviam parado o que faziam para encarar o showzinho de Hermione. Ela abriu a boca para falar, mas foi interrompida por Fred. Ou George.

– Não diga o nome dele! É um Tabu! Faz com que os feitiços de proteção se extinguem. – Ele alertou. Hermione perguntaria o porquê mais tarde, agora estava confusa e incrédula.

– Po-por quê? Quero dizer, porque ele fez isso? – Ela pergunta com o cenho franzido. Não entendia o motivo para ele trocar da sua forma ofídica assustadora para uma forma humana frágil.

– É meio óbvio, digamos que se ele quisesse mais pessoas para o lado dele, ele necessitaria de uma imagem... Normal. Porque uma pessoa pode ter medo de uma forma aterrorizante, como ele era, mas uma pessoa pode ter mais medo ainda, consequentemente tendo respeito, se ele fosse uma pessoa normal, porque ele quer que as pessoas pensem que mesmo sendo normal, ele pode realizar a matança que ele está realizando, isso as faria ficar como mais medo e respeito, sendo ele igual a todos. Diga-me, você não ficaria com mais medo se soubesse que é uma pessoa normal que está fazendo tudo isso? – Ele apontou para o jornal que estava sobre a mesa de centro. Hermione não respondeu, o jornal anunciava a morte de famílias trouxas. – E infelizmente, parece que mais pessoas estão se aliando as trevas por causa disso, por medo.

– É... Faz sentido... – Ela diz, concluindo o mesmo pensamento que Lupin. Olhou para todos. – Existe mais alguma coisa que eu não sei? Que aconteceu enquanto eu estava fora? – Ela pergunta. Lupin dá de ombros.

– Nada que sabemos. Na realidade, só sabemos que ele está humano por causa de uma conversa interceptada de um Comensal que trabalha no Ministério. E nessa mesma conversa ele falou que Você-Sabe-Quem está pior, que não tem havido tantas reuniões entre ele e o os Comensais e que ele tortura qualquer um que ousa olhar nos olhos dele. Parece que ele perdeu um pouco da cautela que tinha, mas é claro, são só suposições. Não podemos afirmar nada.

– Ele está sofrendo... – Ela disse, olhando para a lareira sem interesse. Todos a olhavam confusos.

– Perdão? – Questionou Harry.

– Nada... – Hermione disse cruzando os braços e voltando a olhar para a lareira, ciente de que todos a olhavam, continuou a olhar para o mesmo ponto, criando hipóteses.

Voldemort sofria e matava mais por causa de Hermione. Ele sofria porque confiara nela seus segredos e ela o traíra, ele descontava sua fúria em todos, menos ela, por que talvez nem soubesse que ela estava viva. Isso era o que Hermione achava, na realidade, Voldemort sofria e matava por que havia perdido ela. Perdera seu amor. Porque o Voldemort do futuro se lembrava de Hermione, porque o Voldemort do futuro não conhecia nenhuma vida além daquela que ele havia passado o final da adolescência com Hermione. Ele pensava que ela estava morta, por que diferente dele, era não ela uma aberração sem alma. E os anos passaram...

Porém, a mente pequena de Hermione só a deixava pensar que ele estava assim porque se sentira traído. Perdeu-se em seus devaneios, não reparou em alguém a chamando.

– Hermione! – Disse a Sr.ª Weasley preocupada que agora estava na frente de Hermione, ela acenava na frente do rosto da menina. Hermione ainda olhava para o mesmo ponto da lareira. Saiu de seu transe.

– Hãn? – Ela pergunta, focalizando os rostos preocupados que estavam a sua frente.

–Está com dor?... Na sua mão... – A mulher disse, indicando a mão direita de Hermione. Ela olhou para baixo e viu que estava esfregando sua mão com a outra.

–... Um pouco... Acho que... Que eu vou tomar uma poção e dormir... – Hermione disse confusa consigo mesma, precisava esclarecer algumas coisas. Subiu as escadas ignorando todos os olhares. Tomou uma poção para passar o formigamento de sua mão e deitou-se na cama de armar no quarto de Gina. Mas dormir foi a última coisa que fez.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gente, não se acanhe! Vcs são de casa!
Queria dar um abraço nos leitores novos! E nos antigos!
Obrigada!
Podem mandar critíca se ficou ruim!!!!!!
Só posso adiantar uma coisa do próximo cap. : SURPRESAS!
Por hj era só! Tchau amiguinhos!
Beijõessssss
JuB'S (Até... Amanhã (eu acho))