Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 27
Planos de última hora


Notas iniciais do capítulo

Dois capitulos hj, me superei..........
Beeeeem, esse cap. não é muito esclarecedor e tals, mas ele é importante.
Booa Leitura
Desculpem os erros



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Hermione acordou com o delicioso cheiro de geleia de morango. Levantou-se e foi para o banheiro. De lá ela tirou um vestido até os joelhos, marrom. Foi para a cozinha e viu que Cedrico estava tomando café da manhã. Sentou-se ao lado dele.

- Dormiu bem? Sentiu alguma dor? – Ele pergunta com uma torrada na mão.

- Dormi perfeitamente e não senti nenhuma dor, senhor Diggory. Sabe, você podia ser medi-bruxo. – Ela falou distraidamente enquanto se servia. Parou e pensou no que tinha dito. – Desculpe, eu esqueci...

- Não, eu tenho pensado seriamente em contar para as pessoas que eu estou vivo... Depois da morte de Madelaine eu preciso me distrair, se não vou acabar morrendo nessa casa, quero trabalhar. – Ele disse vazio, olhando para sua xícara de leite.

- Oh... Isso é uma boa ideia... – Ela disse, tentando anima-lo. Sorriu fracamente para ele, que retribuiu seu sorriso.

- O que você pretende fazer hoje? – Ele pergunta mudando de assunto, ela deu de ombros. Ela não fazia ideia do que faria para encontrar Harry. Comeram em silêncio. Depois Cedrico sentou-se em uma escrivaninha e começou a escrever, Hermione sentou-se aos pés da lareira e ficou observando ele escrever vários pergaminhos. Ele flexionou os dedos depois de terminar de escrever e foi até o andar de cima, levando os pergaminhos. Ela escutou alguns pios e podia ter certeza que ele estava enviando os pergaminhos. Talvez fossem os artigos que ele escrevia.

Hermione levantou-se e começou a olhar as fotos e objetos que decoravam a casa. Na mesa de centro, no meio da sala de estar, estavam vários porta retratos.  Ajoelhou-se e começou a passar os dedos pelas molduras das fotos. Eram bruxas, por isso mexiam-se. Uma delas era de Cedrico abraçado ao uma jovem de cabelos longos e loiros platinados. Outra era da mesma jovem, sozinha, sorrindo e piscando os olhos. Era uma menina muito bonita, para quem olhasse de fora, diria que ela e Diggory eram o casal perfeito. Se eles tivessem filhos seriam lindos...

- Ela era linda... – Sussurra uma Hermione emocionada.

- Era... – Cedrico diz, aparecendo atrás dela. Hermione vira-se para ele e o encara.

- Eu vou lutar, Cedrico, vou vingar a morte dela. E de todos outros que morreram por culpa de Voldemort. – Hermione levanta-se. Destemida.

- Eu também.  – Ele fala. Depois os dois se abraçam. Ficaram assim por alguns segundos.

Mais tarde naquele mesmo dia, Hermione foi tomar banho. Pegou uma muda de roupas e foi para o banheiro, passando pelo corredor, ela repara em uma porta que ela ainda não tinha visto, no fim do corredor.  A porta estava entreaberta e Hermione, muito curiosa, abriu completamente e ficou bestificada com o que viu.

Era um quarto de bebê, todo rosa, o que indicava que era um quarto de menina, havia bichos de pelúcia e bonecas de porcelana. Um berço e mais muitas outras coisas. Ficou em choque com o que viu e pela segunda vez naquele dia, foi surpreendida pela presença de Diggory.

- Madelaine estava grávida quando morreu. Quatro meses. – Ele diz emocionado. Fungou. – Seria uma menina, Violet. Nós ficávamos pensando se ela seria bruxa ou não.

Hermione sentiu-se invadindo a privacidade dele e apressou-se em desculpar.

- Cedrico, me desculpe, eu não queria entrar, é que a porta estava aberta e eu...

- Não, não tem que se desculpar... É que eu não tive coragem de desmontar o quartinho dela, sabe? – Ele diz. Hermione o abraçou, consolando-o e deixou as lágrimas de Cedrico molharem seu vestido. Ficou imaginando como era difícil para ele, ter que viver sozinho, sem ter ninguém para desabafar. Ela desistiu de seu banho e ficou conversando com ele, ou melhor, escutando os desabafos dele. Por que a tristeza dele era semelhante a dor dela. Estavam assim, abraçados no chão da sala de estar, chorando, mutuamente. Era só o que ela conseguia fazer, e era o que ela estava tentando evitar desde que acordara, pensar em Tom. Ele parou de chorar e ficou a observando.

- Hermione, por que você está chorando? – Ele pergunta, tentado entende-la.

- Eu também... Perdi... O... Amor... Da... Minha vida... – Ela murmurou entre soluços. Ele a abraçou fortemente e ela se encolheu nos braços dele como uma criança. Ambos precisavam daquele abraço. Ela ficou até o jantar assim, Cedrico disse que iria preparar o jantar e ela foi tomar seu banho. Relaxou no chuveiro, retirando a água salgada de seu rosto.

Jantaram e conseguiram até dar algumas gargalhadas quando ela virou o molho de tomate em si mesma. Ela deitou no sofá e tentou dormir, porém recomeçou a chorar quando começou a pensar em Tom. Abraçou o próprio corpo e dormiu por exaustão.

Passou-se uma semana, ela aprendera a conviver com Cedrico e eles eram até amigos agora. Chegara o dia que o Observatório Potter iria ao ar, ela estava sentada na cozinha enquanto Diggory tentava fazer um aparelho de rádio funcionar. Ficaram duas horas tentando sintonizar a estação, mas não estava dando certo.

- Eu acho que não vai dar certo, Hermione, tem dias que eles não vão ao ar... – Ele disse, se desculpando.

- Que pena... – Ela disse. Ele deu um meio sorriso, já fazia tempo que eles não choravam sobre seus amores. Peraí, eles não choravam, mas... Ela teve uma ideia.

E se Harry tivesse ficado preocupado com ela e tivesse ido atrás dela? Ela conhecia Harry, e sabia que quando se tratava dela ou de qualquer outro amigo dele, ele buscava ajuda. E se a Ordem também estivesse atrás dela? A cede da Ordem era Grimmauld Place, mas que agora estava desativada, então a nova cede seria... A Toca? E se Harry estivesse na Toca? Procurando ela? Levantou-se da mesa da cozinha assim que conclui o seu raciocínio rápido.

- Cedrico, eu acabei de montar um plano, eu vou precisar ir embora, agora. Acho que se eu estiver certa eu não vou voltar mais, mas essa é a chance de você vir comigo e contar para todos que você está vivo! – Ela exclama, mataria dois coelhos com uma cajadada só. Ele arregala os olhos. E passa as mãos pelo cabelo.

- Não, eu não posso ir! Escute, Hermione; eu andei pensando sobre isso e a maioria das pessoas não iria me compreender como você me compreendeu.

- Mas você precisa lutar! Pela morte de Madelaine! Violet! – Ela fala exasperada. O que acontecera com aquele papo de vingar a morte delas e não morrer naquela casa?

- Eu sei! Mas... Eu não consigo... – Ele murmura fracamente. – Não quero ficar exposto...  – Ele olha para os pés.

No fundo, ela o compreendia. Sabia que estava sendo difícil para ele também.

- Tudo bem, então. Vou ir agora, está bem? Não sei se eu irei voltar, mas pense sobre contar aos outros que você está vivo... Por Madelaine... – Ela diz. Ele abre os braços e sorri para ela. Eles se abraçam, como irmãos. Ela pega suas malas e olhou seu rosto no espelho do banheiro, antes descer as escadas correndo. Estava com olheiras e os olhos inchados, levantou sua mão direita; estava precariamente com cicatrizes e juntando com o cabelo raspado, ela estava horrível. A voz de Tom soou nos seus ouvidos “Você é linda...”, segurou suas lágrimas. Deu um beijinho na bochecha de Cedrico e saiu pela porta, pensando em aparatar na Toca. Sabia que ela devia estar protegida, então aparataria um pouco distante. Era o entardecer, talvez alguém estivesse nos jardins e a visse.

Fechou os olhos e se concentrou sentindo um puxão no umbigo. Quando o mal-estar passou e seus pés tocaram o chão, ela sentiu que aparatara corretamente, pois o familiar aroma de terra invadiu suas narinas, sorriu involuntariamente e começou a caminhar, vagarosamente para o caso deles terem colocado um feitiço expulsório como proteção. Andou pela estradinha demarcada na grama e depois de caminhar um pouco, sentiu como se tivesse uma parede invisível. Tocou com as mãos aquele impedimento e olhou para frente; não viu nada além da continuação da estradinha. Então eles haviam colocado um feitiço desilusório, ou seja, eles (se estivem do lado de fora da Toca) poderiam vê-la, mas ela não.

Largou o seu malão no chão, ao seu lado e começou a chacoalhar os braços e assoviar.

- Sr.ª Weasley! Hey! É a Hermione! – Ela gritava, mexendo os braços, talvez eles a escutassem.

Depois de algum tempo sentiu ser sugada para dentro da barreira. Dois olhos verdes estavam na sua frente.

 - Hermione?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Preciso saber, gente!
Mais reviews = cap's mais rápidos, uhuuuuuuuuuuuu
Beijoos
JuB'S