Trevasluz escrita por Mondai


Capítulo 19
Romeu e Julieta


Notas iniciais do capítulo

OIIIII! Como o próprio título do capitulo diz, me inspirei na Cena V de Romeu e Julieta, só que as cotovias viraram corujas....
Anyway,
Boa Leitura
E desculpem os erros....



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Naquele mesmo dia, depois do almoço, Tom e Hermione encontraram-se na Sala Precisa. Em menos de vinte e quatro horas ela se tornara perdidamente apaixonada por ele. Estavam sentados no mesmo tapete felpudo e a sala estava infestada de gatos. A mesma sala que Hermione pensara alguns dias atrás. Os gatos de pelagem ruiva insistiam em pular sobre Tom, que os jogava (literalmente) para longe. Ela não parava de ralhar com ele que os gatos só queriam brincar.

- Temos Poções juntos agora, não é? – Pergunta Hermione, estava deitada no colo dele, ele estava sentado a observando.

- Sim... Eu gostaria de ficar aqui pela eternidade... – Ele disse acariciando os cabelos dela, enquanto esta sorria abobada.

- Você pode ser muito romântico quando quer, sabe? – Ela pergunta. Tom abaixa o rosto para encara-la melhor.

- Sei... – Ele diz sarcasticamente, a beijando. Talvez ele não conseguisse ser amoroso com palavras, mas era um príncipe com seus gestos. Aquilo estava indo rápido demais, e ela sabia disso, porém não tinha forças para parar seu coração.

- Estou falando sério, Tom. Quando você diz que gostaria de ficar assim pelo resto de nossas vidas...

- Eu disse pela eternidade. – Ele a interrompe. Opa! Ela chegara ao ponto crucial...

- Mas nós não viveremos pela eternidade... – Ela instigou e viu o corpo dele enrijecer. Sentou-se o encarando. – Ou...

- Ou...? – Ele pergunta, frio.

- Você... – Ela provoca.

- Eu... – Ele instiga novamente.

- Horcruxes... – Ela murmura, antes que pudesse de controlar, fingiu ficar pasma. Tom ficou estupefato.

- Você sabia, não é? – Ele estava frio e incrédulo.

- O que? Não... Só pensei que... Por que... – Péssima mentira. Realmente não esperava falar aquilo ou que ele reagisse assim.

- Você está mentindo...  – Ele fala acusatoriamente. Hermione foi pega, olhou para o tapete, constrangida. – Você não vai me dizer como você sabe, não é? – Ele pergunta, erguendo o queixo dela com um dedo. Ela nega com a cabeça.

- Me desculpe... – Ela diz abraçando o pescoço dele.

- Eu lhe entendo... Apesar de realmente querer saber como você descobriu... – Ele fala a abraçando. Hermione deitou-se novamente sobre o colo dele. Reparou que ele estava tenso e a cada dez segundos mudava o olhar. Sabia o que isso queria dizer.

- Você quer me dizer algo? – Ela pergunta, tocando o rosto dele. Ele olha para ela.

- Você não... – Ele soltou o ar- Esquece... – Ele diz, desviando o olhar.

- Tom, me diga, por favor... – Ela diz, tocando novamente o rosto dele. Ele a olha, profundamente.

- Hermione, seja sincera, eu lhe peço, você... Você não me acha um monstro? Ou, não sei, um assassino...? – Ele pergunta usando a melhor voz persuasiva. Hermione ficou séria e sentou-se, segurando o rosto dele firmemente entre as duas mãos. Pensou antes de falar as suas palavras.

- Tom, agora, quem eu vejo aqui, não é um monstro... Não, definitivamente não é... Você agora é a melhor pessoa que eu conheci... E eu... Eu te amo... Muito... É claro que acho erradas suas ações e não as defendo, mas eu amo muito você... O suficiente para relevar seus ideais... Sabe, eu acho que você é a pessoa mais carinhosa que eu conheci... Quando quer... – Ela disse tudo isso olhando profundamente nos olhos tempestuosos dele. Observou eles ficarem brilhantes e... E... E vivos.

Tom a tomou nos braços e a beijou, apaixonadamente. Suas bocas mexiam-se em harmonia, suas mãos vagueavam pelo corpo um do outro. Depois de ficarem sem fôlego, ele a puxou para seu peito, enquanto ambos recuperavam o ar. E fez círculos com o polegar pela bochecha dela.

Depois de recuperados, ele ergueu o rosto de Hermione e eles se fitaram sérios. Depois Tom piscou os olhos e sorriu. Ela não sabia que essa era a maneira de ele dizer “Eu também lhe amo...”.

O dia se passara vagarosamente e infelizmente o professor Slughorn percebeu os olhares e sorrisos que Hermione e Tom trocavam. E ficou fazendo insinuações toda a aula. Hermione foi convidada a participar do Clube do Slug, e iria mesmo contra a sua vontade. Enquanto se encaminhava para o jantar do Clube, ficava pensando no quão perto chegara de descobrir o que eram as horcruxes, mas teria que ter mais paciência, ele estranharia se ela retomasse aquele assunto e ela não tinha pensado em como abordar aquele assunto novamente. Chegou perto de uma porta que estava fechada. Ótimo. Estava atrasada. Bateu de leve.

- Entre! – Disse a voz do professor. Hermione abriu a porta timidamente e entrou, procurando um lugar para sentar-se. Havia uns quinze alunos, a maioria sonserinos. Olhou para um em especial, que estava sério e frio, mas deixou uma piscadela escapar. Sabia que Tom gostava de manter a postura serena e inabalável perto de seus “amiguinhos”. Sentou-se perto da mesa de Slug. Dois assentos ao lado de Tom. Sorriu para o professor.

- Olá, Srtª Granger! Acho que você já conhece os seus colegas... Então, como tem passado? – Slughorn pergunta animadamente.

- Muito bem, obrigada. – Ela responde educadamente e sorrindo.

- Hm, bem, Avery, por que não continua nos contando sobre suas férias? – Ele pergunta para um sonserino, que começa a narrar uma viagem que havia feito. Hermione se distraiu e respondia elegantemente a perguntas que ocasionalmente lhe eram feitas. Ficou um pouco mais de uma hora lá, depois o professor disse que estava tarde e era melhor irem para seus dormitórios. Enquanto saiam, todos juntos pela porta, Tom pegou a mão de Hermione. Ela surpreendeu-se com o ato, Malfoy e Lestrange estavam atrás e poderiam ver claramente o gesto de Tom. Hermione aproximou-se dele e sussurrou em seu ouvido.

- Mas os Comensais estão vendo... – Ela sussurra para ele. Que sorri em resposta e abaixa-se para falar em seu ouvido.

- Se quiserem que feche os olhos, eles me devem respeito, Hermione... – Ele fala e depois adiciona com a voz de Voldemort. – Eles sabem o que sou capaz de fazer.

Hermione ficou séria depois daquele comentário. Sabia o que ele era capaz. E sabia que ele podia estar a enganando para descobrir quem ela era. Sabia que podia ser tudo fingimento, mas ele parecia ser tão sincero com ela!

Foram para a Sala Precisa, sem que ela percebesse, Tom imaginou a sala. Hermione entrou, ainda presa em seus devaneios, mas estancou quando passou pela porta. Que diabos eram as intenções dele quando ele transformou a sala em um quarto?

- Hermione, amanhã é sábado. Você pode dormir aqui comigo. Dormir. – Ele repetiu a palavra. Ela corou. Tom bocejou e andou até a cama do quarto. Hermione olhou para todo o quarto; era amplo e alto. Todo negro e feito de seda e cetim. Até os lençóis! Ficou bestificada ao vê-lo tirar a capa e camisa e ficar só com a calça do uniforme, sem sapatos nem meias. O que ela faria. Tom olhou para ela e deitou-se na cama. Cruzando os braços atrás da cabeça e cruzando os pés. Ela sentiu suas pernas entorpecerem e aproximou-se da cama; fechou os olhos e pensou em uma camisola. “Uma camisola reservadora” ela pensa. E por cima do dossel da cama apareceu um tecido bege. Ela ficou na ponta dos pés e o pegou. Era uma camisola com mangas longas e arrastava no chão, tinha um decote e o tecido era leve e fluido, afinal de contas era inverno. Olhou para ele e viu que ele tinha o olhar fixo nela. Começou a tirar sua roupa, envergonhada. Trocou rapidamente de roupa e virou-se para Tom. Que se sentou na cama e ficou de joelhos, engatinhando até chegar à beira da cama e puxar ela pela cintura.

- Você é linda... – Ele sussurra. Hermione fica envaidecida, mas sabia que não era linda e não conseguiu sorrir ou agradecer. – Não acredita em mim?... Tudo bem, um dia você verá o quão linda você é... – Ele tomou o s lábios de Hermione e começou a deitar-se de costas, puxando ele junto ao seu corpo. Ficaram agarradinhos trocando carícias e olhares românticos. Ela deitou-se de lado e ele fez o mesmo, ficando um de frente para o outro. Tom tinha a mão na cintura dela, enquanto ela afagava o rosto e cabelo dele. Ambos não paravam de se olhar profundamente, como se a alma deles estivesse exposta.

Ele bocejou novamente e Hermione o acompanhou, depois sorriram. Ela observou Tom fechar os olhos e as velas que iluminavam o ambiente sumiram. Ela chegou mais perto do corpo dele, moldando sua forma a dele, sem deixar de estremecer com a pele nua do abdômen dele. Abraçou-o, tocando as costas nuas dele. Tom puxou a cintura dela, e tirou os cabelos dela que caiam sobre o rosto. Ela fechou os olhos apreciando o toque, ele viu a reação dela e tocou o a bochecha dela. Hermione sempre fora dada às reações exageradas, estremeceu. Abriu os olhos e mesmo no escuro viu que ele sorria. Tocou os lábios dele e em seguida o beijou carinhosamente.

- Hermione? Eu... Você sabe... – Ele disse inseguro e ela não conseguiu evitar um sorriso. Sabia que ele queria dizer que a amava. E isso valia mais que a frase completamente verbalizada.

Deixou-se levar pela respiração sempre calma dele e adormeceu. A melhor sensação do mundo estava sendo experimentada agora por ela, dormir com aqueles braços fortes e protetores ao seu redor era perfeito. Era como se eles fossem moldados para o corpo de Hermione e ela não queria dormir e perder aquela sensação, mas o cansaço a venceu e ela adormeceu.

Pequenos raios brilhosos atravessavam a janela. Tom acordou e mexeu-se um pouco, fazendo com que ela acordasse também. Ele tentou levantar-se, mas sentiu uma mãozinha delicada em seu braço.

- Onde você está indo? – Ela pergunta com sono.

- Hermione, as pessoas estranhariam se nós não aparecêssemos  para o café da manha... – Ele também não queria ter de sair dali.

- Mas Tom, está noite! – Ela exclama olhando pela janela, ele imitou seu gesto.

- Não, não vê os raios de sol do amanhecer? – Ele pergunta sentando-se ao lado dela e indicando com o dedo.

- Amanhecer? Não! Estes são os últimos raios de sol, indicando a noite... – Ela tenta explicar.

- Escute... Ouviu? São as corujas se preparando para mais um dia de trabalho... – Ele fala, algumas corujas piavam longe.

- Não, Tom, elas estão comemorando um dia de trabalho cumprido e preparando-se para descansar! – Suplica Hermione, tocando o rosto de Tom.

- Vamos ficar... – Tom diz, não dando importância a quem estava certo e deitando-se ao lado dela novamente.

 Abraçaram-se e voltaram a dormir. Sem importar-se com fofocas de onde eles deviam estar, no momento eles estavam em um mundo só deles. Onde não havia preocupações e anseios.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Crucios?
Beijos
JuB'S (Amo vocês!)